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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Princípios dos Serviços Públicos .......................................................................................................................2
Classificações .....................................................................................................................................................................2
Política Remuneratória dos Serviços Públicos ...............................................................................................................3
AlfaCon Concursos Públicos
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Princípios dos Serviços Públicos
 ˃ Continuidade (ou permanência) – o serviço público deve ser prestado de maneira ininterrupta, 
salvo situações emergenciais ou mediante prévio aviso. Ainda que a administração pública des-
cumpra sua parte, o prestador de serviços públicos essenciais (transporte coletivo, por exemplo) 
não poderá interromper a prestação, afetando os usuários.
 ˃ Generalidade: também conhecido como princípio da impessoalidade ou universalidade. 
Conforme exige esse princípio, todos os usuários que satisfaçam as condições legais possuem 
direito à prestação do serviço, sem qualquer discriminação, privilégio, ou abusos. O serviço 
público deve ser estendido ao maior número possível de interessados, sendo que todos devem 
ser tratados de maneira isonômica.
 ˃ Eficiência: deve o Estado prestar seus serviços com a maior eficiência possível. Ela reclama que 
o Poder Público se atualize com os novos processos tecnológicos, de modo que a execução seja 
mais proveitosa com o menor gasto.
 ˃ Modicidade: os serviços públicos devem ser prestados a preços módicos e razoáveis. A fixação 
da remuneração do serviço público deverá considerar a capacidade econômica do usuário e as 
exigências do mercado, de maneira a evitar que aquele deixe de utilizá-lo em razão de ausência 
de condições financeiras.
 ˃ Cortesia: o destinatário do serviço público deve ser tratado com cortesia e urbanidade.
 ˃ Adaptabilidade ou atualidade – o Estado dever adequar os serviços públicos à modernização 
e atualização das necessidades dos administrados, conforme exigência da Lei 8987/95 , em seu 
art. 6º, §2º:
“A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conser-
vação, bem como a melhoria e expansão do serviço.”
 ˃ Transparência – esse princípio exige que seja trazido ao conhecimento público, e em geral dos 
administrados, a forma como o serviço foi prestado, os gastos efetuados e a disponibilidade de 
atendimento.
 ˃ Controle – esse preceito determina que deve haver um controle rígido e eficaz sobre a prestação 
dos serviços públicos, primando pela fiscalização deles.
 ˃ Segurança – os serviços públicos devem ser prestados sem oferecer riscos aos usuários, não 
expondo sua saúde ou segurança na utilização do serviço.
Classificações
Serviços Gerais (Indivisíveis ou Uti Universi) e Individuais (Uti Singuli)
Serviços Gerais (indivisíveis ou uti universi) – são aqueles prestados a toda a coletividade, 
de maneira indivisível, cujos usuários são indeterminados e indetermináveis, não sendo possível 
mensurar de maneira individualizada quanto cada um foi beneficiado por tal serviço. Não podem ser 
remunerados mediante taxa. Exemplos: varrição de uma rua, conservação de logradouros públicos, 
policiamento urbano, etc.
Serviços Individuais (divisíveis ou uti singuli) – nesse caso, o serviço público é prestado 
a beneficiários determinados, sendo possível mensurar a utilização individual de cada um deles. 
Esses serviços podem ser remunerados mediante taxa (regime legal) ou tarifa (regime contratual). 
Exemplos: fornecimento de água encanada e energia elétrica, serviço postal, serviço telefônico, gás 
canalizado, etc.
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Serviços Delegáveis e Indelegáveis
Serviços públicos delegáveis – são os que podem ser prestados centralizadamente pela adminis-
tração pública, ou mesmo de maneira descentralizada, pelos entes da administração indireta ou por 
particulares. Ex: serviços de telefonia, energia elétrica, transporte coletivo rodoviário, etc.
Serviços públicos indelegáveis – somente podem ser executados pelos entes federados ou por 
pessoas jurídicas de direito público da administração indireta (autarquias), pois exigem o exercício 
do poder de império. Exemplos: defesa nacional, segurança interna, fiscalização de atividades, etc.
Serviços Administrativos, Sociais e Econômicos
Serviços administrativos – são as atividades-meio da administração (atividades internas), que, 
embora não representem uma prestação a qual pode ser fruída diretamente pela população, benefi-
ciam de maneira indireta a coletividade, sendo atividades necessárias ao funcionamento da máquina 
pública.
Serviços públicos sociais – são prestados de maneira obrigatória pelo Estado, que os presta como 
serviço público, regido, portanto, pelo regime jurídico de direito público, embora não sejam e titula-
ridade exclusiva do poder público (podem ser executados diretamente por particulares, sem precisar 
de delegação). Exemplo: educação, saúde e assistência social.
Serviços públicos econômicos (ou serviços públicos comerciais ou industriais) – trata-se do 
disposto no art. 175 da CF, refletindo serviços públicos que, ao menos em tese, podem ser explorados 
com intuito de lucro, sendo de titularidade exclusiva do Estado, que deve prestá-los direta ou indire-
tamente. Exemplos: telefonia, fornecimento de energia elétrica, água encanada, gás canalizado, etc.
Serviços Próprios e Impróprios
Serviços próprios (ou exclusivos) – são atividades que traduzem uma comodidade para a popu-
lação, sendo de titularidade exclusiva do poder público, que irá prestá-los, sob o regime jurídico de 
direito público, direta ou indiretamente, mediante delegação a particulares.
Para Hely Lopes Meirelles, essa classificação traduz os serviços públicos que não admitem dele-
gação, isto é, são atividades que não podem ser exercidas por particulares.
Serviços impróprios (ou não exclusivos) – representam atividades de natureza social que 
podem ser executadas diretamente por particulares, sem a necessidade de delegação, sendo, nesse 
caso, regidos pelo direito privado. Exemplos: educação, assistência e saúde.
Para Hely Lopes Meirelles, essa classificação traduz os serviços públicos que podem ser delega-
dos a particulares.
Política Remuneratória dos Serviços Públicos
Taxa
“CF – Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;”
A taxa é compulsória, pois visa resguardar o interesse público; não pode haver a recusa na presta-
ção do serviço, exemplo: coleta de lixo urbano. Ela é existente por se tratar de tributo. A contrapres-
tação pelo serviço é devida independentemente da vontade do contribuinte. Art. 145, II, CF. Não há 
finalidade lucrativa, a prestação pecuniáriaexiste somente para cobrir os custos da atividade.
Desse modo, a taxa pode ser definida como um tributo, sendo instituída unilateralmente pelo 
poder público, obrigando o particular à sua incidência nos casos de algumas atuações estatais espe-
cíficas, decorrentes do poder de polícia ou na prestação de alguns serviços públicos específicos.
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Tarifa
A tarifa (também chamada de preço público) é a contraprestação devida pela prestação de 
serviços públicos, regida pelo direito privado, por empresas públicas, sociedades de economia mista, 
empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos (art. 2° e 3° do Código de Defesa do 
Consumidor).
Diferentemente da taxa, a tarifa (ou preço público) é facultativa, ou seja, somente poderá ser 
cobrada caso haja a efetiva utilização do serviço público ofertado; ela não pode ser imposta. Exemplo: 
transporte coletivo urbano e telefonia.
A finalidade lucrativa existe como o principal interesse do particular em explorar uma atividade 
pública. A tarifa não possui natureza jurídica de tributo.
Súmula Vinculante 19
A TAXA COBRADA EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE COLETA, 
REMOÇÃO E TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE 
IMÓVEIS NÃO VIOLA O ARTIGO 145, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Súmula Vinculante 41
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Súmula 545 do STF
PREÇOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS E TAXAS NÃO SE CONFUNDEM, PORQUE ESTAS, DIFERENTE-
MENTE DAQUELES, SÃO COMPULSÓRIAS E TÊM SUA COBRANÇA CONDICIONADA À PRÉVIA 
AUTORIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EM RELAÇÃO À LEI QUE AS INSTITUIU.
EXERCÍCIOS
01. Não viola a CF a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, 
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
Certo ( ) Errado ( )
02. Considerando que um usuário do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada 
concessionária deixe de pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista 
aspectos diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A remuneração do fornecimento de energia pela empresa privada concessionária do serviço se dá 
por taxa, a qual possui natureza tributária.
Certo ( ) Errado ( )
03. Serviço público de natureza exclusiva e, no tocante ao regime de prestação, deve ser classifica-
do como uti universi. Refere-se ao serviço:
a) Educacional.
b) De fornecimento de energia.
c) Postal.
d) De limpeza dos logradouros públicos.
e) De atendimento à saúde.
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - D

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