Buscar

Prévia do material em texto

Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1878, sala 502- Jardim 25 de Agosto – Duque de Caxias – RJ – CEP: 25071-182 
Tels: (21) 2151-9204 –(21) 96423-4000 
email: adrianalima.adv@outlook.com 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE BUSQUE/FLORIANÓPOLIS 
– SC. 
 
 
 
 
JOAQUIM MARANHÃO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portadora da identidade 
nº ***********, inscrita no CPF sob nº ************, endereço eletrônico 
**************@***********,residente e domiciliada na Rua Bauru, n° 371, Brusque – SC, CEP 
*******-***, por sua advogada in fine assinado, com endereço profissional constante da 
procuração em anexo, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, propor a presente 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO 
Em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portadora da carteira de identidade nº 
********, inscrita no CPF sob o nº ********, endereço eletrônico ********@******8, residente e 
domiciliada na Rua dos Diamantes, nº 123, Brusque/SC; JONATAS, espanhol, casado, 
comerciante, portador da carteira de identidade nº ********, inscrito no CPF sob o nº 
**********, endereço eletrônico *******@*******, residente e domiciliado na Rua Jirau, nº 366, 
Florianópolis/SC e JULIANA, brasileira, casada, *******, portadora da carteira de 
identidade nº *******, inscrita no CPF sob o nº *********, endereço eletrônico 
*********@********, residente e domiciliada na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/SC pelos 
motivos de fato e de direito que passo a expor: 
 
DA CONCESSÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
Requer a Vossa Excelência a realização da Audiência de Conciliação com base no art. 319, 
inciso VII do Código de Processo Civil, devendo desta forma ser citado dos Réus, com 
fulcro no art.334 do referido diploma legal. 
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO 
A PARTE AUTORA, conforme o documento de identidade anexo à presente inicial, 
conta hoje com 65 anos de idade, tendo, desse modo, direito ao benefício da prioridade 
na tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1.048 do Código de 
Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso. 
 
Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1878, sala 502- Jardim 25 de Agosto – Duque de Caxias – RJ – CEP: 25071-182 
Tels: (21) 2151-9204 –(21) 96423-4000 
email: adrianalima.adv@outlook.com 
 
 
DOS FATOS 
Em novembro de 2011, a PARTE AUTORA outorgou à PRIMEIRA PARTE RÉ 
uma procuração, constituindo-se em contrato de mandato com poderes especiais e 
expressos para alienação. 
Porém, o referido mandato foi revogado pela PARTE AUTORA em 16 de 
novembro de 2016, tendo a ciência da PRIMEIRA PARTE RÉ e do titular do Cartório 
do 1º Ofício de Notas no qual o documento foi lavrado ocorrido no dia 05/12/2016. 
Mesmo já notificada da revogação do mandato, a PRIMEIRA PARTE RÉ, no dia 
15 de dezembro de 2016, alienou à SEGUNDA e à TERCEIRA PARTE RÉ o imóvel de 
veraneio situado na Rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC, de propriedade da 
PARTE AUTORA e da PRIMEIRA PARTE RÉ, pelo valor de R$ 150.000,00. 
A PARTE AUTORA só teve ciência da realização do referido contrato de compra 
e venda no dia 01 de fevereiro de 2017, quando foi até o imóvel e constatou que este 
estava ocupado pela SEGUNDA e a TERCEIRA PARTE RÉ. 
 
DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
O negócio jurídico em questão é plenamente anulável, pois foi realizado pela 
PRIMEIRA PARTE RÉ sem mandato específico para tal, e não houve ratificação 
expressa da PARTE AUTORA. 
O artigo 682 do CÓDIGO CIVIL dispõe que cessa o mandato pela revogação, o 
que de fato ocorreu no dia 16 de novembro de 2016, sendo a PRIMEIRA PARTE RÉ 
devidamente notificada no dia 05 de dezembro de 2016, ou seja, 10 dias antes da 
alienação. 
Importante ressaltar ainda que a SEGUNDA e a TERCEIRA PARTE RÉ em 
nenhum momento podem alegar que desconheciam a revogação do mandato, já que, 
devido à notificação do titular do Cartório do 1º Ofício de Notas no qual o documento 
foi lavrado, ocorrida no dia 05/12/2016, era dever deles proceder a todas as 
diligências necessárias para atestarem a validade do contrato de compra e venda. 
A celebração de negócio jurídico por quem não tenha mandato ou sem poderes 
suficientes é ineficaz em relação aquele em cujo nome foi praticado, nos termos do 
artigo 662 do Código Civil. 
 
Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1878, sala 502- Jardim 25 de Agosto – Duque de Caxias – RJ – CEP: 25071-182 
Tels: (21) 2151-9204 –(21) 96423-4000 
email: adrianalima.adv@outlook.com 
 
Em que pese o fato de que a PRIMEIRA PARTE RÉ era coproprietária do imóvel 
juntamente à PARTE AUTORA, em nenhum momento houve, por parte desta, o 
consentimento quanto à celebração do contrato de compra e venda. 
Diante dos fatos apresentados, depreende-se que há razões suficientes para que 
se declare a anulação do negócio jurídico celebrados pelos RÉUS. 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
A- Gratuidade de justiça; 
B- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu 
comparecimento; 
C- Citação do réu para integrar a relação processual 
D- Que seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico; 
E- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e 
nos honorários advocatícios. 
DAS PROVAS 
Que seja deferida a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial a testemunhal, documental, suplementar e depoimento pessoal dos representantes do 
Réu. 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). 
Termos que 
Pede e espera deferimento 
Santa Catarina, 26 de abril de 2019. 
__________________________________________ 
ADRIANA LIMA SOARES 
202.385 OAB/RJ