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TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 Semiologia do Coração II: Achados patológicos AUSCULTA Ausculta-se: 1-FC 2-Ritmo cardíaco (regular? Arritmias?) 3-Bulhas (N=B1 e B2/ bulhas acessórias?/ Desdobramentos?/ hiperfonese? Hipofonese?) 4-Sopros (patológicos? Fisiológico? sistólicos? Diastólicos?/ em que foco?/irradia?/ ?+/ 6+) 5-Estalidos ou cliques de abertura 6-Atritos 7-Sopros em artérias/ pescoço/ axila Focos de Ausculta Aórtico (2º EICD) Pulmonar (2º EICE) Aórtico Acessório (3º EICE) Tricúspide (apêndice xifóide) Mitral (5º EICE/ ictus) Bulhas: B1 (sístole)= Fecha V. mitral + Tricúspide B2 (diástole) = Fecha V. aórtica + Pulmonar Bulhas Atípicas (ritmo de galope): B3 = Choque do sangue no enchimento lento ventricular (sobrecarga de volume) B4 = Sístole Atrial (sobrecarga de pressão) Sopros Avaliar: 1-localização (focos de ausculta) 2-Timbre (Suave/ rude/ musical/ aspirativo/ em jato ruflar) 3-Irradiação (axila, pescoço, borda esternal, região interescapular) 4-Modificações com manobras 5-Intensidade (graduar em cruzes- até 6+) 6-Tipos: sistólicos/ diastólico Manobras: (aumenta ou diminui sopros) Rivero Carvalho=Inspiração = RV (aumenta sons lado D- ET/IT/EP/IP) diminui EM o Diferencia insuficiência mitral de tricúspide Agachamento = RV ( EA/ diminui PVM) Manobra de Handgrip = Fechar a mão = RVP ( IM e IA) Valsalva (soprar contra mão)= RVP ( PVM/ diminui EA e EP) RESUMO DOS SOPROS Sístólicos (coincide com o pulso) 1-Mesossistólicos (em crescendo e decrescendo/ diamante) Ex: estenose aórtica 2-Telessistólico começa no final da sístole e termina em B2 3-Holossistólicos (panssistólico) EX: insuficiência mitral Diastólicos (sempre patológicos): 1-Protodiastólicos (em decrescendo) EX: insuficiência aórtica 2-Mesodiastólicos- começa um pouco depois da B2 3-Telediastólico (pré-sístólico- em crescendo) EX: estenose mitral Irradiação dos sopros: Axila: IM Pescoço/ vasos da base: EA Meso e foco aórtico acessório: IA EM: não irradia (Ictus) TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 1 - Estenose mitral (Tum – Ta – Click - Fuuu) Ausculta Ruflar diastólico (mais audível com campânula) em foco mitral B1 (TUM): hiperfonética, com qualidade metálica e seca B2 (TA): normal Ausculta pulmonar: estertores crepitantes bibasais Estalido de abertura o Click/Estalo: (após B2) – refere-se ao muco e sangue que pressiona a válvula ao ser aberta o S/ click/Estalo: estenose mitral sem calcificação do aparelho valvar Flebograma (atrial) cateter encunhado na A. pulmonar: Onda A: Gigante, pois acumula muito sangue, força de contração atrial será alta devido dificuldade de abertura Onda V: normal ou aumentada, depende do grau de estenose da válvula Onda Y: horizontalizada, menor fluxo saindo do AE->VE Pré carga / Pós carga (ventricular) Pré carga: diminuída, volume ejetado período diastólico é menor com a dif de abertura da válvula Pós carga: diminuída, volume menor Quadro clínico Dispneia aos esforços Síndrome de baixo débito (fadiga, cansaço, lipotímia) Edema agudo de pulmão Tosse com hemoptise Dor torácica Rouquidão Disfagia para sólidos Resumo 1) A congestão pulmonar (advinda do Gradiente de Pressão Transvalvar) é a principal responsável pelos sintomas da estenose mitral,especialmente a dispneia aos esforços e a ortopneia. Esforço físico piora a congestão. Aumento do Débito Cardíaco -> Aumento do fluxo sanguíneo pela valva -> Aumento do gradiente de pressão valvar 2) Hipertensão Pulmonar Gera consequências sobre o ventrículo direito (VD). 3) Diminuição do débito cardíaco Estenose crítica com disfunção do VD, especialmente durante o esforço físico OBS: Estenose mitral é a valvulopatia MENOS tolerada durante a gravidez. A estenose mitral pura predomina no sexo FEMININO Fenômenos tromboembolíticos são mais prevalentes em estenose mitral Flebograma (atrial) com onda A Canhão: Diagnóstico: apresenta fechamento da valva atrioventricular ao mesmo tempo, durante contração atrial e ventricular, produzindo onda A em canhão. A maior causa estrutural é bloqueio átrio-ventricular total Um sinal clinico importante é estase jugular bilateral ou sincope, durante o evento, o momento do ciclo cardíaco é a 2 e 3 fase do ciclo cardíaco. TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 2 - Febre Reumática Exercício: E.F.G, 33 anos, feminina. Coração: Ictus visível e palpável no 5EICE à esquerda da linha hemiclavicular (deslocado). Sopro sistólico ++/4+ e Sopro diastólico +++/4+ em ruflar foco mitral com irradiação p/ região axilar. ECG: ritmo de fibrilação atrial com resposta ventricular adequada. O possível diagnóstico etiológico é febre reumática devido à dupla disfunção valvar mitral e a precocidade da alteração estrutural valvar em função da idade do paciente. O diagnóstico anatômico é de dupla disfunção valvar mitral com predomínio de estenose (sopro diastólico +++/4+) A alteração mais importante do pulso venoso é a formação de onda V gigante. A conduta a ser tomada é cirúrgica em função de presença de fibrilação atrial e descompensação clínica em classe funcional III de (N.Y.HA) Sinal patognomônico: fusão comissural OBS: A febre reumática continua sendo a principal causa de insuficiência mitral, por causar retração dos folhetos, encurtamento das cordas tendíneas, impedindo a correta coaptação dos folhetos mitrais. 3 - Insuficiência mitral – (Tumff – Ta) Ausculta B1: hipofonética em área pulmonar, indicando hipertensão pulmonar B2: Ta B3: sobrecarga de volume Sopro sistólico de refluxo de sangue (rude), mais audível em foco mitral com irradiação para axila, cobrindo 2ª bulha Influência Ausculta melhor Manobra expiração forçada Posição decúbito lateral esquerdo (Pachon) Flebograma (atrial) cateter encunhado na A. pulmonar: Onda A: não é proeminente Onda V: gigante, pois além AE estar recebendo sangue das V. pulmonares ele recebe 50% de retorno venoso do VE Onda Y: verticalizada, ejeta muito sangue e em alta velocidade (50% a mais) Pré carga / Pós carga (ventricular) Pré carga: Aumentada, válvula não se fecha direito, acumula volume maior AE Pós carga: diminuída em até 50% devido ao refluxo de sangue, ejeta menos p/ Aorta Quadro clínico Dispnéia progressiva / Dispneia paroxística noturna Hepatomegalia Edema MMI Estase jugular Alterações Patológicas – Febre reumática – IM Fusão comissural Espessamento valvar Calcificação do anel valvar Calcificação dos folhetos Alterações Ictus Cordis Extensão aumentada Desvio p/ esq da linha hemiclavicular Freqüência aumentada Intensidade aumentada (Ictus Globoso) TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 OBS: Insuficiência mitral pura predomina no sexo MASCULINO 4 - Estenose aórtica (Tum – Fuuu – Ta) Sopro sistólico (mesossistólico) de ejeção (rude), com irradiação para pescoço (fúrculas carótidas), mais audível em foco aórtico B2: hipofonética durante expiração B4: sobrecarga de pressão Aumenta de intensidade se agachado, Diminui com manobra de vasalva (expiração forçada) Flebograma (atrial) Onda A: Gigante, AE precisa de maior força de contração para ejetar sangue, AE hipertrofiado, c/ alta pressão Onda Y: horizontalizada, devido a hipertrofia e alta pressão ventricular, AE demora mais pra ejetar sangue Quadro clínico O aparecimento dos sintomasmarca o estágio descompensado da doença. Os sintomas clássicos da EA compõem a tríade clínica: angina, síncope e dispnéia. Complicações hipertrofia exacerbada – Tríade clínica insuficiência cardíaca Dispneia: sintoma inicial, devido redução do volume que entra VE, causará altas pressões retrógradas e problema final é congestão venocapilar pulmonar, causando dispnéia. o Sobrevida 2 anos Síncope: à má perfusão cerebral associada a um esforço físico. Como o débito é fixo pela obstrução aórtica, a vasodilatação periférica associada ao exercício leva a hipotensão e a hipoperfusão cerebral. o Sobrevida 3 anos Angina pectoris: É causada devido à isquemia miocárdica decorrente do consumo aumentado de oxigênio do miocárdio hipertrofiado agravado por uma perfusão diminuída pela compressão dos vasos coronários. o Sobrevida 5 anos Alterações Ictus Cordis - Puntiforme Intensidade: aumentada, batendo e saindo rápido: puntiforme Alterações Pulso – Parvus Tardus Amplitude: diminuída – Parvus Tardus o Elevação lenta e prolongada Exercício: Paciente admitido na sala de emergência com quadro de IAM de parede inferior. No 2º dia evolui subitamente com quadro de edema agudo de pulmão e hipotensão arterial. O exame físico revela sopro sistólico do 5ºEIE irradiado para região axilar. Determine e explique o provável diagnóstico. Descreva a conduta a ser tomada para este paciente. Rompimento do m. papilar em função do comprometimento isquêmico da coronária direita e seu ramo descendente posterior. CONDUTA: encaminhar imediatamente para reparação da valva mitral. Síndrome Coronariana Três critérios para diagnóstico de IAM 1) Clínica: dor torácica típica ou equivalente sistêmico 2) ECG: ECG c/ supra de ST positivo (obstrução total) ou ECG com supra de ST negativo (obstrução parcial) 3) Enzimas cardíacas: alteras – Mioglobina, Troponina T e CPK. Se houver dois sinais positivos, há diagnóstico de IAM, com ou sem supra (depende do ECG), já é possível agir. Tempo ideal para atendimento de IAM é de até 2h, chamado TEMPO DOURADO. TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 Conduta para paciente com diagnóstico IAM com supra de ST: Uso de trambolíticos ou angioplastia, desde que esteja em ambiente hospitalar adequado. Conduta para paciente com diagnóstico IAM sem supra:. UTI por pelo menos 3 dias para estabilizar a dor e fazer cateterismo depois. Não há intervenção aguda: trombolítico e angioplastia Exercício: - Paciente admitido com dor torácica típica a mais de 12h com exames subsidiários sugerindo infarto agudo do miocárdio sem supra desnivelamento do segmento s.t. Conduta: Procedimento a ser adotado é estabilização do paciente em unidade de terapia intensiva devido ao tempo decorrido de dor de 12 horas, onde não há benefício com terapia de reperfusão em seguida realizar cineangiocoronariografia para estabelecer gravidade de lesões coronárias e posteriormente terapia clínica ou cirúrgica. Tratamento inicial – MONABC: todos com dor torácica Morfina IV Oxigênio Nitrato SL AAS - Ácido Acetilsalicílico Beta-bloqueador Clopidogrel Equivalente isquêmico: devem ser abordados da mesma forma que pacientes com dor torácica típica (ocorrem mulheres, idosos e diabéticos) Sintomas: Sudorese excessiva Náuseas Vômitos Dispneia Fadiga excessiva Angina Instável Devido à dor torácica ter apresentado de início recente nos últimos 15 dias, não ter apresentado alterações eletrocardiográficas e enzimáticas importantes e ter apresentado alterações do seg. st infra. Desnivelamento importante ao teste ergométrico. Melhora em repouso e nitrato SL, associados a esforços usuais ou repouso e exposição ao frio A conduta a ser tomada é realização de m.o.n.a.b.c , internação com monitorizarão clínica e posteriormente cineangiocoronariográfica para estudo das coronárias. NYHA - Tabela de classificação funcional de Insuficiência cardíaca NYHA - Classe funcional: (é a mesma de cima) I- s/ Dispnéia II- Dispnéia aos grandes esforços III- Dispnéia aos médios esforços IV- Dispnéia em repouso Sopros em insuficiência cardíaca B3 em tricúspide/mitral indica insuficiência cardíaca sistólica de VD. TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 B4/HVE em tricúspide/mitral sugere que ventrículo esquerdo pouco complacente, provavelmente por hipertrofia concêntrica devida estenose aórtica ou HAS. Insuficiência cardíaca diastólica VE. Insuficiência ventricular esquerda · Taquicardia · Ritmo de galope · Convergência pressórica · Dispneia paroxística noturna · Ortopneia · Respiração de Cheyne-Stokes Insuficiência ventricular direita · Taquicardia · Ritmo de galope · Ingurgitamento jugular · Hepatomegalia · Fígado doloroso à palpação · Refluxo hepatojugular · Edema mole, inelástico, não doloroso em membros inferiores e na genitália · Cianose · Ascite · Derrame pericárdico (atrito pericárdico) FATORES DE RISCO CV NA AVALIAÇÃO DE RISCO ADICIONAL NO HIPERTENSO (alguns) Sexo Masculino Idade o Homens ≥ 55 anos o Mulheres ≥ 65 anos História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1º grau o Homens ≤ 55 anos o Mulheres ≤ 65 anos Tabagismo Dislipidemia Obesidade Hipertrofia ventricular esquerda Albiminúria ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DO PACIENTE HIPERTENSO De acordo com fatores de risco adicionais, presença de lesão em órgão-alvo e doença cardiovascular ou renal Paciente com RISCO BAIXO/MODERADO: deve ter meta de pressão < 140x90 mmHg Paciente com RISCO ALTO: deve ter meta de pressão < 130x80 mmHg TÓPICOS – PPM-V - A1: Carlos Couto 5T – 2019/2 *Importante: se o paciente apresentar ALTO RISCO, porém tendo pressão PAS > 180 mmHg e/ou PAD > 110 mmHg, a meta de pressão será < 140x90 mmHg (única exceção) → isso se justifica pelo fato de como a pressão está muito elevada, não deve abaixar muito, pois pode ocasionar problemas sérios
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