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Revisão de Estudo Humanidade e Sociedade

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PONTOS RELEVANTES PARA ESTUDAR PARA A AVALIAÇÃO PRESENCIAL
O que é ética e moral? Qual a diferença entre esses dois conceitos?
ÉTICA: É a condição humana que possibilita questionar a "Moral" instituída na sociedade visando a sua transformação, associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade
LEI MORAL: São os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
Qual a importância da cultura na construção da sociedade e das relações humanas? O que é o processo de hominização?
A cultura na construção da sociedade é importante pois é somente a partir dela que a sociedade pode gerar suas religiões, leis, morais e ética. Nas relações humanas ela infere na relação de ideais das pessoas que compõem aquele sociedade, ideais estes que condiz com sua cultura já estabelecida na forma dos itens supracitados. 
Hominização é o processo evolutivo a partir do gênero animal que leva as características próprias da espécie humana, distinguindo os hominídeos dos demais primatas.
Qual a diferença entre a noção de ética elaborada por Platão e a de Aristóteles?
Para Platão a noção de ética partia da compreensão do “Bem em sí mesmo” e de como este bem se apresenta como bem para nós, ou seja, como bem na vida humana. tem como sua finalidade a construção de uma sociedade onde a justiça seja seu maior valor. Do mundo Ideal é que retiramos o conceito de Justiça e pela razão devemos apreendê-lo e praticá-lo na vida em sociedade.
 	 
Sobre Platão (Para ajudar): Você estudou que o caminho de Platão para definir o horizonte da vida boa, ou seja, da vida plenamente realizada (a existência moral), passa por uma análise minuciosa dos modelos possíveis de existência humana, os quais devem, em última instância, serem confrontadas com a estrutura geral do Bem em-si a fim de se verificar que gênero de existência é digno de ser chamado "bom" (GADAMER, 1994, p. 37-38).
Para Aristóteles a questão do que é o bem para alguém não se resolve pela busca de um tipo ideal de vida boa, na qual teriam as pessoas que inspirar-se. Por mais que se possa considerar que um "modelo" de vida que se ligue à natureza racional humana seja mais propício ao pleno desenvolvimento do caráter, o bem para a pessoa é sempre decidido em situações já dadas, numa determinada cultura, num determinado tempo histórico, enfim, no horizonte de um determinado ethos, e aí nenhuma teoria geral do bem pode oferecer respostas adequadas, ou respostas últimas para cada situação.
 Saber relacionar a noção de ética de Platão com a sua analogia do Mito da Caverna.
Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida. As pessoas ficam presas a estas ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas.
O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade.
Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”.
Qual a diferença entre a ética de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino? Qual o período histórico desses autores? De qual filósofos gregos eles se aproximam? Como eles integram a religião a noção de ética?
380 D.C
Para Santo Agostinho é (Fluir x Usar), este se aproxima mais de Platão. A nossa existência terrena estará marcada pela tensão permanente entre escolher uma vida centrada no amor – princípio fundante da Cidade de Deus, ou deixar-se levar pelos vícios – falsas virtudes que afirmam proporcionar o amor àqueles a que a eles se entregam. Para ele, a liberdade é um fundamento da ética, por isso está colocada diante de todas as pessoas a possibilidade de fazer escolhas. Assim, escolher o bem é colocar-se em sintonia com a ordem natural e com o propósito real de tudo o que existe.
Para Tomás de Aquino que (mais se aproxima de Aristóteles), a ética na cristandade medieval é pautada na centralidade da justiça, de modo que nesta virtude estão focados todos os atributos de uma vida ética. A pessoa cristã necessariamente é uma servidora do bem comum e, portanto, alguém que deve orientar sua existência na cidade (realidade política) de modo a construir relações justas. pessoa e todas as coisas criadas estão 'logicamente' direcionados para o Criador, sendo este o fundamento último da própria racionalidade e liberdade. A busca da felicidade, neste tipo de pensamento, nada mais é do que trilhar o caminho de retorno a Deus!
Saber o que é o imperativo categórico de Kant. O que Kant traz de novo para discussão de ética? O que Kant propõe com relação a ética?
Kant não acredita que a felicidade seja resultado da ação humana, o que cria um pensamento denominado Númeno, onde ele acredita que a norma moral se apresenta a todos de forma universal.
O imperativo categórico se define por determinar uma ação que visa a si mesma; não é meio para outro objetivo, mas é fim em si mesma.
Exemplo de Imperativo Categórico: Kant dá o exemplo da pessoa financeiramente necessitada que precisa pedir dinheiro emprestado, mas sabe que não terá condições de devolver o empréstimo. Kant pergunta: em virtude da necessidade pessoal e familiar, não seria prudente e correto esconder a impossibilidade de devolução àquele a quem se pede emprestado? Ao aplicarmos o imperativo categórico e analisarmos a ação em relação à necessidade de desejarmos que fosse universalizada e tomada como lei da natureza, perceberíamos claramente que nosso desejo nunca coincidiria com a possibilidade de universalização daquela ação. Não há como justificarmos o desejo de que todos mentissem para conseguir o dinheiro de que necessitam.
Em síntese, os três imperativos categóricos propostos por Kant são:
"Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
"Age como se a máxima da tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza."
"Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca como meio"
Em relação a ética, para Kant, o que define a moralidade da ação não é seu propósito – pelo contrário, qualquer propósito que não seja o de apenas realizar o que se deve fazer já conspurcaria a ação – mas sim o dever. E Kant define assim o dever: "Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei" (KANT, 1980, p. 114).
O que defende a ética de Stuart Mills? O que diferencia Stuart Mills de Jeremy Bentham?
A ética de Stuart Mills se refere ao nosso modo de viver e, por isso, devemos correr atrás de seu bem-estar ou felicidade, maximizando o prazer e minimizando a dor; e não só a nossa felicidade, mas a de todas as pessoas que possam ser atingidas por nossa ação.
Para Bentham (1989), o valor do prazer depende de dois fatores: Sua duração e sua intensidade, os quais podem ser medidos, pode-se calcular seu valor. Para ele, era necessário medir as consequências da ação a fim de saber se o ato é certo ou errado.Mill porém critica Bentham, por causa de sua concepção limitada de natureza humana, reduzindo a pessoa a ser apenas um intelecto instrumental, capaz de fazer cálculos para medir a intensidade e duração do prazer e da dor de suas ações éticas. No utilitarismo hedonista de Mill, há a possibilidade de elaboração de preceitos ou princípios secundários que fazem com que, em geral, nas ações éticas, não se precise calcular o prazer e a dor.
O que é a ética da alteridade? O que Levinás defende?
A ética da alteridade visa reduzir todas as pessoas ao Mesmo, em que não há lugar para a diferença, a estrangeiridade, a exterioridade e  a diversidade; conhecer é sempre uma tentativa de reduzir o desconhecido ao já conhecido e, assim, tudo fica igual: não há lugar para o que escapa a essa redução. A alteridade de outrem é apagada, é esquecida. Tudo, todas e todos somos "entes". Estamos no domínio da indiferença do ser, dessa forma, conhecer é roubar a alteridade das pessoas, as diferenças se extinguem no ser.
Levinas defende que não devemos fazer uso da visão ontológica (que faz desaparecer o outro) mas colocar o Eu e a Outra Pessoa não mais na relação de Sujeito-Objeto, como se dá no conhecimento ontológico, mas numa relação anterior a todo conhecimento, no encontro face a face. Nesse encontro frente a frente, o rosto de Outrem fala. O rosto interpela o Eu suplicando-lhe que seja acolhido em sua alteridade e que não o mate. Se o Eu agora responder positivamente ao apelo da Outra Pessoa, nasce o ato ético.
Quem escreveu sobre a Ética da Responsabilidade? E quais são os argumentos do autor?
Hans Jonas discuti sua Ética da Responsabilidade, a partir da preocupação com a tecnologia e com as questões que envolvem a ação da pessoa sobre a natureza.
Para o autor, é preciso saber o que está em jogo nesta custódia sobre a natureza. A cidade, deve produzir um novo equilíbrio na natureza, a crítica de H. Jonas atinge a atitude da pessoa, que descuidando da natureza descuida da vida, esquecendo-se de que a sua própria estabilidade está ameaçada e corre perigo, pois não podem ser retiradas as condições fundamentais da existência humana.
9.1 Saber os principais tópicos de discussão sobre “Ethos mundial” de Leonardo Boff
Ethos mundial trata-se de uma ética que possa ser aceita pela maioria da população ou até mesmo pela sua totalidade.
Segundo Boff (2000), todas essas questões podem ser resumidas a três: a crise social, a crise do sistema de trabalho e a crise ecológica.
A crise social se caracteriza pelo crescimento vertiginoso da desigualdade, sobretudo depois das recentes mudanças tecnológicas, as quais, por meio da robotização e da informatização, propiciaram o aumento da riqueza para um número reduzido de pessoas e o empobrecimento da maioria absoluta da população.
A crise do sistema de trabalho está relacionada com a anterior. A automatização dispensa o trabalho humano e cria ociosidade, falta de perspectiva de vida e frustração.
Já a crise ecológica, hoje também tão visível, está levando à destruição da nossa única morada, o planeta Terra. A ação humana tem sido irresponsável, produzindo estragos irreparáveis e desequilíbrios ecológicos que ameaçam seriamente a sustentabilidade do planeta que levou bilhões de anos para ser construída.
O que é Bioética e sua relevância para o debate sobre a ética mundial. AULA 8
A Bioética se sustenta e se desenvolve por meio do princípio de respeito à vida. Inicialmente essa preocupação estava mais voltada para a vida humana. Mas logo se percebeu – especialmente nos últimos trinta anos – que como a vida humana não estava sozinha no planeta, era preciso também ter uma preocupação com a vida animal e a vida vegetal.
A Bioética é a preocupação, o cuidado, com todas as formas de vida em seu ambiente natural.
No que diz respeito a bioética humana, a questão esbarra no conceito de pessoa. Disso decorre outra questão: quando começa a existência humana e quando alguém pode ser declarado pessoa humana.
Saber o que é a ideia de modernidade e pós-modernidade (concepção de modernidade líquida). AULA 9
As sociedades modernas referem-se aos centros urbanos, em particular, às grandes metrópoles e megalópoles. Como se integram essas sociedades modernas, ou "sociedades complexas", como são denominadas por sociólogas e sociólogos? Ora, ao contrário das "comunidades" e/ou sociedades tradicionais, elas são marcadas por profundas diferenciações, inúmeras segmentações, individualismo exacerbado, papéis sociais extremamente fluidos e diversos.
A modernidade líquida em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman, no livro Amor líquido, investiga de que forma as relações tornam-se cada vez mais 'flexíveis', gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Saber sobre as diferentes formas de direitos humanos
O Estado Democrático de Direito, fundamenta-se na defesa da dignidade humana, na democracia e no exercício da cidadania, os direitos humanos são as garantias estabelecidas a toda pessoa sem distinção para uma vida digna e com possibilidades reais do exercício da cidadania.
Os direitos humanos são inerentes ao ser humano, mas devem estar previstos na Constituição e em um conjunto de leis e normas a fim resguardar os direitos fundamentais para o exercício da cidadania, criando instrumentos de garantias destes e deveres do Estado e em sua promoção.
Saber o que é um Estado-Nação e quais os impactos da Globalização
A globalização se apresenta e se revela em diferentes campos. Com efeito, globalização refere-se a um processo de mundialização das relações sociais, políticas, econômicas, sociais, simbólicas, tendo adquirido maior proeminência e impacto no decorrer dos séculos XX e XXI.
Wikipedia: Um estado-nação é uma área histórica que pode ser identificada como possuidora de uma política legítima, que pelos próprios meios, constitui um governo soberano. Enquanto um estado é uma entidade política e geopolítica, uma nação é uma unidade étnica e cultural. O termo "estado-nação" implica uma situação onde os dois são coincidentes. O Estado-nação afirma-se por meio de uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania, sobre um povo, num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças armadas próprias também.
O que é ciberespaço, ciberativismo, Revolução digital, inclusão e exclusão digital
Ciberespaços, são os mais diversos ambientes virtuais de comunicação como em residências, escolas, shoppings centers, praças, universidades e muitos outros lugares, como analisam Altoé e Silva (2005).
Os impactos da era tecnológica foram sentidos a partir do século XIX e acentuados com a revolução digital, nas últimas três décadas, com o processo de globalização nos diferentes campos: nas relações sociais, na economia, na política, na educação, na vida cotidiana, nas formas de entretenimento, na produção do conhecimento e na maneira como lidamos com o nosso corpo.
Inclusão e Exclusão digital, refere-se ao impacto de uma desigualdade social entre as pessoas inseridas no mundo digital e as não inseridas.

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