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A TUTELA JURÍDICA DA DIGNIDADE HUMANA: O DIREITO AO ESQUECIMENTO E A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO.

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A TUTELA JURÍDICA DA DIGNIDADE HUMANA: O DIREITO AO ESQUECIMENTO E A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO.
PRADO, Tauani França¹; MONTEIRO, Vitoria Janini Pupile².
MEDEIROS, Haroldo Paulo Camara³.
² Discentes do Curso de Direito (UNIGRAN)
³ Docente do Curso de Direito (UNIGRAN)
E-mail: janinivitoria@outlook.com. 
Introdução: 
Com os elevados avanços da tecnologia e o alcance das informações que são disseminadas instantaneamente em diversos meios de comunicação, dados sobre fatos condenáveis pela sociedade são armazenados por um espaço de tempo indefinido, violando a privacidade individual e promovendo a superexposição das pessoas.
Por consequência, levantaram-se diversos conflitos sobre princípios basilares da dignidade da pessoa humana, sobretudo entre o direito fundamental da liberdade de informação, bem como os direitos da personalidade, onde se situa o direito ao esquecimento.
À vista disso, o presente trabalho tem como objetivo central lançar um novo olhar sobre a clássica discussão analisando pontos positivos e negativos, a fim de se demonstrar a importância sobre a perspectiva do esquecimento, além de ensejar reflexões acerca do tema.
Métodos: 
Método qualitativo utilizado como fonte de pesquisa a revisão bibliográfica e artigos publicados sobre o tema. 
Resultados\discussão:
A necessidade de informação é inata ao homem, sendo o direito de informar e de ser informada, fundamental no seu papel social. A Constituição Federal de 1988, por meio do artigo 5º, XIV garante que “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário o exercício profissional”. Dessa forma é reconhecida a importância da imprensa como instrumento de formação de opinião, “direito que uma pessoa tem de não permitir que um fato, ainda que verídico, ainda que ocorrido em determinado momento da sua vida, seja exposto ao público em geral, causando-lhes sofrimento ou transtorno”, bem como sua função de disseminar informações com grande influência no âmbito social.
Os direitos de personalidade, por sua vez, são direitos que integram a condição essencial da dignidade da pessoa humana, tutelando os valores mais significativos do indivíduo como pressupostos de sua existência. No que lhe diz respeito, surge o direito ao esquecimento que impede a veiculação de informações privadas mesmo que verdadeiras ocorridas em determinado momento de sua vida, seja exposto publicamente, especialmente na vida de quem praticou o ilícito, causando-lhe prejuízo à sua dignidade, uma vez que o responsável pelo ato cumpriu sua pena perante a justiça.
A doutrina moderna aponta no sentido de que a tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o Direito ao Esquecimento, embora alguns doutrinadores criticam a existência desse direito, visto que sua compreensão teórica envolve uma colisão entre direitos fundamentais: de um lado, dignidade humana como intimidade e vida privada; e do outro, os direitos às liberdades comunicativas como de expressão e informação. Alegam que a veem como atentado à liberdade de expressão e de imprensa, pois podem prejudicar ou adulterar a história individual ou até mesmo coletiva, e não deve uma informação lícita se tornar ilícita pelo fato do tempo transcorrido. 
Em decorrência dos princípios citados, para proteção da pessoa humana, haverá de se conciliar o direito ao esquecimento com o direito à informação, analisando a existência do interesse público relevante e dos critérios básicos de ponderação a serem aplicados em cada caso concreto. Não havendo interesse público relevante, o direito ao esquecimento deve ser aplicado e as notícias do fato devem ser impedidas, tornando dessa forma possível a eliminação de conflitos sobre o tema, uma vez que o estabelecimento de critérios é de suma importância para permitir a aplicação justa e equilibrada do direito, sem prejudicar a liberdade de expressão ou a memória nacional.
Conclusão: 
Diante do quanto exposto acima, é possível concluir que a evolução da internet e a convivência na sociedade de informação, otimizada pela tecnologia computacional, trouxe grande apreensão no campo jurídico, além da necessidade de regulamentar o bem tutelado da dignidade da pessoa humana. Portanto, se faz necessário ao operador do direito, depois da inevitável atualização do conceito de privacidade e liberdade, que realize análise específica do caso concreto, utilizando a Constituição Federal com garantia aos indivíduos, por intermédio de seus princípios, a liberdade de expressão, informação e imprensa, o direito de expandir suas ideias e vontades, por meio de comunicação que contribuem no exercício da democracia e no desenvolvimento social.
Entretanto, é necessário equilíbrio e ponderação entre tais direitos para que não se sobreponham aos outros, além de selecionar quais informações consideradas significativas ou necessárias deverão ser preservadas, apenas com o escudo protetor da privacidade a pessoa poderá construir e escolher livremente seus aspectos pessoas e existenciais, sem qualquer vicio discriminatório exterior, dessa forma será traçado um campo seguro e justo sobre qual direito deverá ser aplicado. 
Palavras-chave: Globalização; Conflito entre direitos fundamentais; Direito ao Esquecimento; Direitos da Personalidade; Liberdade de Expressão; Informação; 
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, Daniel Blume Pereira de. DIREITO AO ESQUECIMENTO: uma Investigação sobre os Sistemas Jurídicos Português e Brasileiro. Disponível em <https://www.migalhas.com.br/arquivos/2017/11/art20171121-08.pdf>. Acesso em 30/09/2019.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>.
FERREIRA. Direito ao esquecimento: genuíno mecanismo de proteção à dignidade humana ou escamoteado instrumento de violação às liberdades comunicativas?. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/64284/direito-ao-esquecimento-genuino-mecanismo-de-protecao-a-dignidade-humana-ou-escamoteado-instrumento-de-violacao-as-liberdades-comunicativas>. Acesso em 30/09/2019.
LUCENA, Marina Giovanetti Lili. A tutela jurídica do direito ao esquecimento no Brasil: conceito e aplicação no STJ e STF. Disponível em <http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFJF_ce9ad90e7377895e5d519b351fbe806d>. Acesso em 30/09/2019.
ORTEGA, Flávia Teixeira. O que consiste o direito ao esquecimento?. Disponível em <https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/319988819/o-que-consiste-o-direito-ao-esquecimento>. Acesso em 30/09/2019.

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