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TEORIA DA CONTINGENCIA c

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TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS
Segundo Chiavenato (2014), Na década de 1970, diversos escritores formularam teorias de administração que projetavam estruturas organizacionais e ações gerencias apropriadas para situações especificas. Na literatura administrativa, o termo “contingência” implica que uma coisa está relacionada à outra. De acordo com a Teoria da Contingência, a estrutura mais apropriada depende das contingências da situação para cada organização individual.
Para Chiavenato (2014), A estrutura ideal de uma organização dependeria de uma série de fatores situacionais.
- Poder e controle.
- Características dos membros das organizações.
- Preferências da alta gerência.
- Tamanho.
- Tecnologia.
A Teoria das Contingências indica os tipos de estrutura que podem ser as respostas adequadas a cada um dos vários tipos diferentes de contexto ou situação organizacional. Sua contribuição mais notável é a identificação das variáveis que têm um forte efeito no projeto geral das organizações, como tecnologia, tamanho e natureza do ambiente.
ORIGENS DA TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS
Segundo Chiavenato (2014), Woodwart, no entanto, deu à tecnologia um papel de destaque. Foi um esforço pioneiro que pode ser considerado o início da administração de contingência. Dentre as principais conclusões de seus estudos, Woodwart apontou que as empresas que mais se aproximam da estrutura adequada para suas tecnologias deveriam ser as de maior sucesso. 
Entre esses teóricos, a socióloga industrial inglesa, Joan Woodwart (1916 – 1971), destacou-se por dirigir um relevante estudo chamado, analogamente, de Woodwart. Este estudo foi tão importante para a Teoria Contingencial quanto Hawthorne foi par teoria Comportamentalista.
Outros estudos importantes para a Teoria da Contingência foram desenvolvidos por Charles Perrow. Ele sugeria que a organização deveria avaliar se suas atividades produtivas eram previsíveis (como no sistema de fabricação em massa) ou variáveis (como projetistas de roupas). 
ORGANIZAÇÕES MECANÍSTICAS E ORGÂNICAS 
A partir dos resultados da pesquisa, Burns e Stalker definiram dois sistemas opostos de prática e estrutura administrativa: “sistema mecanísticos” e “sistema orgânico”. As incertezas do ambiente são importantes para o projeto organizacional, porque o grau de incerteza afeta a intensidade com a qual as atividades das tarefas em si podem ser pré – planejadas ou estruturadas. A característica mais evidente das organizações mecanísticas é a sua previsibilidade. 
Modelos mecanísticos descrevem o funcionamento das organizações como o de uma máquina, para o alcance dos seus objetivos e metas, de maneira eficaz. Já a estrutura orgânica se estabelece como oposição à estrutura mecanística. O termo “orgânico” implica a qualidade de fluidez, mais de um organismo vivo do que de uma máquina.
 Nas estruturas orgânicas, os funcionários podem se auto – orientar, mais do que serem controlados por um sistema formal elaborado. As estruturas orgânicas são mais comuns em pequenas companhias de eletrônicos, por exemplo, do que poderiam ser em bancos, por causa das regulamentações, dos procedimentos e controles.
OS ESTUDOS DE LAWRENCE E LORSCH
Segundo Caravantes (2005) “Paul R Lawrence(1922-) e Jay W. Lorsch (1932-), ambos professores de Harvard Business School, investigam a relação entre as características estruturais da organizações complexas e as condições do ambiente que essas organizações enfrentam. Buscavam entender o que a organização faz para lidar com as diversas condições econômicas e de mercado.
As estruturas internas das empresas foram analisadas em termos de diferenciação e integração:
- DIFERENCIAÇÃO: descreve as diferenças entre os comportamentos dos gerentes nos vários departamentos de uma organização. Dependem ainda da natureza da organização: mecanísticas ou orgânica;
-INTEGRAÇÃO: descreve a qualidade do estudo de colaboração entre diferentes departamentos. 
“Na conclusão de seus estudos, Lawrence e Lorsch verificaram que as empresas de maior sucesso foram aquelas com mais alto grau de integração e diferenciação.”
OS ESTUDOS DE CHANDLER
Segundo Chiavenato (2014), Um estudo clássico conduzido por Alfred D. Chandler (1918-2007), professor norte-americano de Harvard, também teve implicações na teoria das contingências. Seu estudo tinha como tese a ideia de que a estrutura da organização segue a estratégia gerencial. Chandler afirmava que se a organização operasse em um ambiente relativamente dinâmico e especifico (concorrência, clientes, fornecedores), então, uma estrutura flexível de organização seria mais eficaz. Uma coisa conduz a outra.
DESENHO ORGANIZACIONAL
Segundo Caravantes (2014), O desenho organizacional é fundamental uma consideração sobre a determinação da estrutura de uma organização. A estrutura é tipicamente representada por um organograma. Além disso, é possível identificar quatro componentes básicos de uma estrutura organizacional:
- ALOCAÇÃO DE RESPONSABILIDADES E TAREFAS para indivíduos e departamentos;
- RELACIONAMENTO DE SUBORDINAÇÃO dentre os níveis hierárquicos e a amplitude de controle dos gerentes e supervisores;
- AGRUPAMENTO DOS INDIVÍDUOS EM DEPARTAMENTOS e destes no que se considera a organização como um todo;
- MECANISMOS DE COORDENAÇÃO E DE INTEGRAÇÃO dos esforços nas atividades da organização. 
O desenho organizacional refere-se ao processo de determinar a forma organizacional apropriada, servindo como base da departamentalização e da coordenação. 
Basicamente as organizações são classificadas, de acordo com sua estrutura ou departamentalização, em organizações funcionais, divisionais e matriciais.
ORGANIZAÇÕES FUNCIONAIS
Segundo Chiavenato (2014), As organizações funcionais são altamente centralizadas. Seu mecanismo básico de coordenação é a hierarquia de níveis, e as cabeças funcionais são inerentemente dependentes de uma cabeça central para a coordenação do trabalho. Entretanto, uma organização funcional está associada a alguma desvantagens como: a responsabilidade por toda a coordenação está no topo da organização; quando o ambiente se torna instável ou quando as linhas de produção proliferam, a alta administração torna-se sobrecarregada com decisões e pressões de coordenação.
ORGANIZAÇÕES DIVISIONAIS
Segundo Chiavenato (2014), Na base da departamentalização estão os grupos de clientes ou as linhas de produtos para os grupos. A alta administração supervisiona os gerentes divisionais, que são responsáveis pelo desempenho geral de suas divisões. A estrutura de cada divisão geralmente se parece com a de organização funcional. Para cada linha de produto, todas as funções necessárias são agrupadas dentro de divisões. 
ORGANIZAÇÕES MATRICIAIS
Segundo Chiavenato (2014) A estrutura matricial (ou híbrida) busca reunir as vantagens das duas estruturas anteriores. A eficiência operacional da estrutura funcional e a agilidade de resposta ao mercado da organização divisional.
As características mais notáveis da organização matricial é que tanto a estrutura funcional quanto a de produto são implementadas simultaneamente. A organização matricial não se parece com uma pirâmide, porque existem duas bases de departamentalização operando simultaneamente. Existem duas estruturas de comando: uma segue a estrutura funcional e a outra segue a estrutura divisional. 
A eficiência de uma estrutura organizacional deve considerar tanto requisitos formais e tecnológicos como os princípios do projeto, bem como os fatores sociais, as necessidades e as demandas da parte humana da organização. 
Conclusão
Ao decorrer deste trabalho observamos que não existe uma só, ou uma melhor maneira de se organizar, não há nada de absoluto nas organizações. As organizações precisam estar adequadas ás condições ambientais. Assim, temos com a “Teoria da Contingência” que possui as seguintes ideias: As organizações devem adotar um sistema aberto e flexível a mudanças e apresentar um equilíbrio entre as tarefas da organização com o ambiente em qual ela está inserida. Foi concluídoque há uma dependência da organização em relação ao ambiente e à tecnologia adotada, uma organização não depende apenas de si mesmo, e sim das circunstâncias da tecnologia que ela está utilizando no momento. Todos focados em obter sucesso, sempre se adaptando nunca irá ficar desatualizada perante as outras organizações. 
REFERENCIAS
CHIAVENATO, Idalberto – Introdução à teoria geral da administração. – 9.ed.- Barueri, SP: Manoele, 2014.
CARAVANTES, Geraldo; PANNO, Cláudia; KLOECKNER, Mônica. Administração: Teoria e Processo. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2005.

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