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FERIDA E CURATIVO Profª Esp. Maria Rita Rosa Profª. Ma. Mariana Sperotto Profª. Ma.Suellem Borges 2019 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP 1 OBJETIVO Conhecer a técnica de realizar um curativo e saber diferenciar os tipos de tecidos. HISTÓRICO Conhecer o paciente Relação do paciente e da família com a ferida 3 PELE Possibilita a interação do organismo com o meio externo. Função : Barreira mecânica de proteção ao corpo Percepção tátil de pressão, temperatura e dor Equilíbrio hídrico Regulação da temperatura EPIDERME 5 FERIDA Qualquer interrupção ou ruptura da continuidade ou integridade da pele, mucosa ou órgão. Representadas não apenas pelas rupturas da pele e do tecido celular, mas também por lesões em músculos, tendões e ossos. 6 CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA QUANTO A CAUSA Cirúrgicas – resultante de uma intervenção cirúrgica. É quando as bordas saudáveis da pele são aproximadas e suturadas. Traumáticas - provocadas acidentalmente por agentes, químicos, mecânicos e físicos. Ulcerativas - relacionadas ao impedimento do suprimento sanguíneo. 7 CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA QUANTO A PRESENÇA DE INFECÇÃO Ferida limpa - produzidas em ambientes cirúrgicos, não apresentam sinais de infecção. Limpa-contaminada – lesão inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. Ferida contaminada - tempo maior a 6h entre trauma e atendimento, sem sinal de infeção. Ferida infectada - presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver pus. 8 CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA QUANTO A EVOLUÇÃO Ferida aguda - progride através de um processo reparativo ordenado, que resulta na restauração da integridade anatômica e funcional. Ferida crônica - ferida que tem um tempo de cicatrização maior que o esperado devido sua etiologia, não apresentam a fase de remodelação no tempo esperado, retardo na cicatrização. 9 TIPO DE TECIDO TECIDO DE GRANULAÇÃO – É o crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de tecido conectivo para preencher feridas de espessura total. O tecido é saudável quando é brilhante, vermelho vivo, lustroso e granular com aparência aveludada. Quando o suprimento vascular é pobre, o tecido apresenta-se de coloração rosa pálido ou esbranquiçado para o vermelho opaco (DEALEY, 2008). 10 TIPO DE TECIDO EPITELIZADO – redução da vascularização é um aumento do colágeno, contração da ferida, coloração rosado, indicativo de encerramento da ferida, surge a partir das margens. 11 TECIDO NECRÓTICO ESFACELO – Tecido necrosado de consistência delgada, mucóide, macia e de coloração amarela. Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos intactos, fragmentos celulares, exsudato e grandes quantidades DNA. Podem estar firmes ou frouxamente aderidos no leito e nas bordas da ferida (DEALEY, 2008). . TIPO DE TECIDO 12 TIPO DE TECIDO TECIDO NECRÓTICO Liquefativa: Tecido delgado, de coloração amarelada. Coagulativa: As células convertem-se em uma lápide acidófila e opaca de coloração negra. (DEALEY, 2008). ESCARA – é descrito como capa/ crosta de consistência dura, seca, difícil remoção. Coloração – cinza, marrom ou preta. 13 TIPO DE TECIDO TIPO DE TECIDO TIPO DE TECIDO 16 Extensão: Comprimento X largura X Profundidade Deslocamento: considerar a borda Localização: anatômica Pulso: mais próximo Edema Tipos de tecidos Dor Região perilesional: cor, textura, temperaturra, integridade. Exsudato AVALIAÇÃO DA FERIDA MENSURAÇÃO DA FERIDA Comprimento x largura x profundidade Profundidade superficial ou parcial: atinge somente a epiderme, podendo chegar a derme. Profunda ou total: a lesão das camadas superiores podem envolver também, subcutâneo, músculos e ossos. 18 AVALIAR O EXSUDATO 19 AVALIAÇÃO DA FERIDA Demostrando 21 CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos celulares e moleculares objetivando a repavimentação e reconstituição do tecido. 24 FASES 25 A NATUREZA DA CICATRIZAÇÃO É A MESMA PARA TODAS AS FERIDAS, MAS DE ACORDO COM A PERDA TECIDUAL , O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO PODE OCORRER DE TRÊS FORMAS: 26 MECANISMO DA CICATRIZAÇÃO PRIMEIRA INTENÇÃO: Feridas criadas assepticamente, com um mínimo de destruição de tecido, fechadas adequadamente. Tecido de granulação não é visível, geralmente estas feridas são cobertas por curativos secos. Bordas justapostas SEGUNDA INTENÇÃO: Perda acentuada do tecido e não há possibilidade de fechamento. O tempo de cicatrização será superior e o curativo deve ser utilizado como tratamento da lesão, havendo necessidade de manutenção do meio úmido. • TERCEIRA INTENÇÃO: Ocorre quando há fatores que retardam o processo cicatricial por primeira intenção e há necessidade de deixar a lesão aberta para drenagem. Posteriormente ao tratamento poderá ser fechada por primeira intenção. 27 MECANISMO DA CICATRIZAÇÃO 28 Fatores que interferem na cicatrização Idade: pele fragilizada, resposta inflamatória diminui, reduzindo o metabolismo do colágeno, a angiogênese, a epitelização, especialmente associadas a desnutrição, insuficiência vascular e doenças sistêmicas. Condição nutricional: conhecer a realidade do paciente, as proteínas e vit c influenciam na síntese de colágeno e favorece a epitelização e aumenta a resistência da cicatriz. Infecção: presença de corpo estranho, tecido desvitalizado, prolongam a fase inflamatória, provocam a destruição do tecido, inibem a angiogênese, retardam a síntese de colágeno e impedem a epitelização. 29 Fatores que interferem na cicatrização Agentes tópicos inadequados Técnica de curativo Medicamento Tabagismo Estresse, ansiedade, depressão Diabetes 30 CURATIVO Proteger a ferida Reduzir edema Absorver o excesso de exsudato Imobiliza a ferida Diminui a dor Remover o tecido não viável Mantém a ferida em um ambiente úmido Proporcionar ao paciente conforto físico e mental 31 TIPOS DE CURATIVO Abertos: são realizados em ferimentos descobertos, cortes pequenos, escoriações. Semioclusivos: curativo absorvente, permite a exposição da ferida ao ar, feridas cirúrgicas, drenos e ferida exsudativa. Oclusivos: não permite a passagem de ar, barreira contra bactérias, impede a perda de fluidos, formação de crostas e isolamento térmico. Compressivos: reduz o fluxo sanguíneo, auxilia na aproximação das extremidades. 32 TIPOS DE CURATIVO 33 O Ambiente favorável para Cicatrização • Mantém a umidade da ferida • Acelera a angiogênese • Estimula a formação do tecido de granulação e epitelização • Facilita a remoção de tecido necrótico e fibrina • Barreira protetora contra microorganismo • Promove a diminuição da dor • Retirar o excesso de exsudato • Isolamento térmico • Evita traumas na troca do curativo Ambiente úmido, porque a síntese do colágeno e a formação de tecido de granulação são melhoradas, ocorrendo com maior rapidez e recomposição epitelial e, além disso, não há formação de crostas e escaras. 34 DESBRIDAMENTO O desbridamento remove tecidos mortos, desvitalizados ou contaminados, assim como qualquer corpo estranho no leito da ferida, ajudando a reduzir o número de microrganismos, e outras substâncias que inibem a cicatrização. Cirúrgico Químico Mecânico Autolítico 35 MATERIAL Luva de procedimento Máscara Impermeável Bacia Traçado Biombo Saco de lixo Gaze Soro Fisiológico 0,9% 36 MATERIAL Cobertura Pacote de curativo Compressa Seringa de 20 ml Agulha 40 x 12 Esparadrapo / fita hipoalergênica Carrinho de curativo/ mesa de apoio 37 PACOTE O pacote de curativo deve ser esterilizado, caso tenha alguma mudança de coloração ou apresentesujidade, este não deve ser utilizado. Como saber se o pacote está esterilizado? Mudanças na coloração dos indicadores químicos. Data de validade 38 TÉCNICA FERIDA LIMPA Limpe em direção única, a partir da área menos contaminada, de dentro para fora. O centro da ferida é mais limpo que as bordas. Nunca passar a gaze suja duas vezes na lesão . FERIDA CONTAMINADA • Deve iniciar a limpeza de fora para dentro, das bordas para o centro, para não espalhar a infecção nos tecidos ao redor da ferida. . 39 TÉCNICA TÉCNICA DE IRRIGAÇÃO • Técnica de irrigação: através de seringa, para esguichar a área com bastante fluxo, úteis para feridas abertas e profundas (limpeza de cavidade). 40 TÉCNICA • Feridas com tecido de granulação a irrigação deve ser suave para não danificar o tecido. 41 COBERTURA É o recurso que cobre a ferida, com o objetivo de favorecer o processo de cicatrização e protegê-la contra agressões externas, mantendo o meio úmido e preservando a integridade de sua região periférica. 42 COBERTURAS Sulfadiazina de Prata Indicação: feridas causadas por queimaduras ou que necessitem ação antibacteriana. Pomada Enzimática – Colagenase Indicação: feridas com tecido desvitalizado. Ácidos Graxos Essenciais (AGE) Ação: acelera o processo de cicatrização Lesão aberta superficial com ou sem infecção. Contra indicação: não relatada. 43 COBERTURAS Papaína % – desbridamento químico. Hidrocolóides Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a moderada exsudação. Prevenção ou tratamento de lesão por pressão não infectadas. 44 COBERTURAS Curativos com Carvão Ativado Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas. • Antissépticos Exercem efeitos tóxicos prejudicando a síntese de colágeno , pois possuem ação citotóxicas para os fibroblastos que retardam a cicatrização. 45 REFERÊNCIAS DEALEY, C. Cuidando de feridas: um guia para as enfermeiras. Tradução: Rúbia Aparecida Lacerda, Vera Lucia Conceição Gouveia Santos, 3.ed. São Paulo Atheneu, 2008. FRANCO D.; GONÇALVES L.F. Feridas Cutâneas : A Escolha do Curativo Adequado Rev. Col. Bras. Cir. vol.35 no.3 Rio de Janeiro May/June 2008. National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) http://www.npuap.org/resources/educational-and-clinical-resources/npuappressure-injury-stages. Acesso em Junho/16. SILVA,R.C.L,FIGUEIREDO,N.M.A,MEIRELES,I.B.Feridas fundamentos e atualizaçãoes em enfermagem. 2ed. São Paulo:Yendis,2010. 46
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