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ENDÓCRINO estudo dirigido

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1@lucasgrill @primeiramonica Medicina UFPEL
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ESTUDO DIRIGIDO ENDÓCRINO 
Obrigado a todos que corrigiram as questões e mandaram as respostas. 
1. Descreva a biossíntese de hormônios esteroides e peptídeos/ protéicos, respectivamente. 
-Hormônios esteroides sintetizados a partir do colesterol, essa biossíntese é restrita a tecidos como o 
córtex das adrenais, 
-Hormônios Peptídeos: Sua síntese, do mesmo modo que outras proteínas, ocorre no RER. Geralmente 
são sintetizados como proteínas maiores, os pré-pró-hormônios, que são posteriormente clivados, 
originando pró-hormônio. Em seguida, são encaminhados para o Complexo de Golgi, onde são 
empacotados em vesículas. Dentro delas, existem enzimas que clivam esses pró-hormônios em diversos 
hormônios menores. A secreção do hormônio ocorre via exocitose (fusão das vesículas com a 
membrana), mediante estímulo químico. 
2. Como são classificados os receptores hormonais? 
Receptores de membrana e intracelulares. Dos receptores de membrana há os que abrem os canais 
iônicos e os que ativam proteína G, e por meio da adenilato ciclase, e fosfolipase C. Dos intracelulares os 
hormônios derivados de colesterol se difundem direto na membrana encontrando seu receptor no núcleo 
da célula. 
3. Cite as formas circulantes de hormônios encontradas no plasma sanguíneo. 
Os hormônios esteroides precisam se acoplar a proteínas para circular no sangue, já que são 
hidrofóbicos. No entanto, os hormônios ligados a proteínas não conseguem se ligar a seu receptor, a fim 
de exercer seu efeito, estando biologicamente inativos. Assim, a quantidade que permanecer ligada a 
proteínas transportadoras funciona como uma reserva hormonal. Em geral, menos de 10% do hormônio 
consegue se difundir da proteína ligante ao plasma, atuando sobre seu receptor. 
Os hormônios peptídicos são hidrossolúveis; logo, circulam na corrente sanguínea diluídos no plasma. Ao 
atingir seu tecido-alvo, os hormônios peptídicos se ligam a seus receptores na MEMBRANA DA CÉLULA-
ALVO. 
4. O que significa transdução do sinal hormonal? 
É o a interpretação que a célula alvo faz do sinal neuronal. 
5. Explique o mecanismo de ação de hormônios que agem via receptores nucleares. 
Receptores Intracelulares 
1. O hormônio esteroide se difunde pela membrana, encontrando seu receptor no citoplasma ou no 
núcleo da célula; 
2. O complexo receptor-hormônio se liga ao núcleo celular; 
3. A combinação se liga a pontos específicos do filamento de DNA nos cromossomos, o que ativa 
processos de transcrição de genes específicos para formar RNAm; 
4. O RNAm se difunde para o citoplasma, onde promove o processo de tradução nos ribossomos para 
formar novas proteínas. 
Observação: A ação dos hormônios esteroides, por envolver um processo de transcrição nuclear e 
posterior tradução de proteínas, dura mais tempo (várias horas ou até mesmo dias) que a ação 
praticamente instantânea dos hormônios hidrossolúveis. 
6. Por que hormônios esteroides podem ter ação genômica e ação não-genômica? 
Pois esses hormônios possuem receptores tanto no citoplasma, no núcleo, quanto na membrana celular. 
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7. Explique a regulação da secreção hormônio–hormônio por feedback negativo. 
-Responsável por assegurar o nível apropriado de atividade hormonal no tecido-alvo. Isso ocorre porque o 
hormônio, ou um de seus produtos, exerce um efeito inibidor sobre a glândula que está secretando tal 
hormônio. Portanto, quando o grau de atividade do tecido-alvo se eleva até o nível apropriado, os sinais 
de feedback negativo serão suficientes para lentificar a secreção do hormônio. RESUMIDAMENTE, quanto 
as concentrações de determinado hormônio aumentam, ele diminui a ação da glândula que o produziu. 
8. Comente a relação entre o Hipotálamo e as porções funcionais da Hipófise, respectivamente. 
Ele faz a ligação entre o sistema nervoso e o endócrino. Quase toda função hipofisária é controlada pelos 
sinais hormonais e nervosos do hipotálamo. 
O hipotálamo é um tecido neuro-secretor, pois libera neurotransmissor e fatores liberadores (são 
hormônios). Logo, o hipotálamo tem a função endócrina de neuro-secreção, ou seja, são neurônios 
especializados na produção e na liberação de hormônios. Existe um hormônio que é sintetizado no 
hipotálamo e liberado na hipófise que é o ADH. 
Na hipófise tem dois lobos o anterior e o posterior. O lobo posterior da hipófise libera somente dois 
hormônios que são a ocitocina e o ADH e todos os outros hormônios são secretados pelo lado anterior. A 
parte anterior da hipófise libera o restante dos hormônios e a células desta parte são diferentes entre si, 
logo terá tipos diferentes de células que serão ativadas por um hormônio específico que foi liberado pelo 
hipotálamo. Assim, cada hormônio ativa uma célula específica, devido a um receptor correspondente do 
hormônio na célula. 
9. Explique a participação dos osmoceptores na regulação da secreção de ADH. 
Osmorreceptores hipotalâmicos detectam essa perda de água devido à ocorrência de deformação celular. 
Como resposta, ocorre aumento da síntese e secreção de ADH, que exercerá seus efeitos: aumentar a 
permeabilidade à água, reabsorvendo-a em maior quantidade, de modo que a diurese (volume de urina) 
diminui. 
10. Cite efeitos biológicos do hormônio antidiurético (ADH) além dos efeitos renais. 
Ações Renais: Aumenta a reabsorção de água nos túbulos contorcidos distais e no ducto coletor que, em 
situações sem o ADH, não apresentam permeabilidade à água. 
- ADH-Receptor V2 
- Transdução e ativação da adenilatociclase 
- Aumento de AMPc 
- Fosforilação/Ativação da PKA 
- Promove a fusão de vesículas à membrana desses ductos, incorporando canais de água (aquaporinas). 
Isso aumenta a permeabilidade à água. 
- Aumenta a secreção de ACTH; 
- Estimula a gliconeogênese; outros. 
 
11. Qual a natureza química da ocitocina e onde ela é produzida? 
Neuro-hipófise secreta a Ocitocina (predominantemente pelo núcleo Paraventricular). Hormôno 
peptídico com 9 aminoácidos. 
12. Explique o reflexo neuroendócrino de secreção da ocitocina no trabalho de parto e de prolactina 
na amamentação. 
-Provoca contrações fortes na musculatura do útero, e a ocitocina também faz o efeito reverso: fazer 
com que o útero volte ao seu tamanho original depois do parto. 
-Atua sobre as fibras musculares lisas (cel mioepteliais) que envolvem as glândulas mamárias, 
provocando contração e ejeção do leite. 
-Produção do leite e liberação para ducto (ação da prolactina), mas a ejeção para fora do peito depende 
da ocitocina. 
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Adenohipófise: Prolactina 
Crescimento das glândulas mamárias e produção do leite. Hipotálamo produz a prolactina que é 
armazenada na adenohipófise. Um dos melhores exemplos de feedback positivo, já que a sucção mamilar 
feita pelo bebê produz uma aferência sensorial estimula a adenohipófise a produzir mais prolactina. A 
placenta libera estrógeno e progesterona, estimuladores para a prolactina, mas o estrógeno e a 
progesterona inibem a liberação do leite durante a gravidez. Quando o bebê nasce, e a mãe perde a 
placenta, acaba a ação dos hormônios estrógeno e progesterona que estavam inibindo a saída de leite e 
a função da ocitocina e da prolactina na liberação e ejeção de leite ocorrem normalmente, a ejeção do 
leite é realizado pela ocitocina 
- Liberação para ductos e produção: Prolactina 
- Ejeção para fora do peito: Ocitocina 
Obs: o hipotálamo libera pif que é o fator inibidor da prolactina, assim, quando não estamos tendo 
estimulação da prolactina, o pif fica inibindo a produção da prolactina pela adenohipófise. 
13. Explique a relação entre Prolactina e fertilidade. 
Alta prolactina inibe a produção de Kisspeptinae, consequentemente, diminui GnRH, diminuindo a 
produção de FSH e LH, os responsáveis pela fertilidade 
14. Comente as ações do eixo somatotrófico sobre o crescimento linear ósseo e o crescimento de 
vísceras. 
Estimulação do crescimento linear, mediante efeitos proliferativos, captação de aminoácidos e síntese 
proteica no osso e na cartilagem (na infância e na adolescência); 
- Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, que causam o 
crescimento ósseo; 
- Proliferação dessas células; 
- Conversão dos pré-condrócitos em condrócitos 
15. Cite fatores que estimulam e fatores que inibem a secreção de GH, respectivamente. 
16. Identifique os hormônios do eixo da tireoide. 
TRH (fator de liberação do hormônio tireoidiano) é liberado pelo hipotálamo, chega na hipófise anterior 
que secreta o TSH (tireotropina) , esse TSH, por sua vez, se liga a receptores na Tireoide ativando a 
síntese do T3 e T4. (O QUE FAZ O FEEDBACK NEGATIVO É O T3) 
17. Qual a natureza química e a solubilidade dos hormônios da tireoide, respectivamente? 
Produz um derivado de aminoácidos T3 e T4, que como tem iodo são lipossolúveis e tem que ser 
carregados no plasma por proteínas como globulinas. E derivado de peptídeo a calcitonina, hidrossolúvel. 
Fatores que Estimulam a liberação de GH Fatores que Inibem a liberação de GH: 
Diminuição de glicose sanguínea; Glicose sérica aumentada; 
Exercícios físicos; Envelhecimento; 
Sono profundo (estágios II e IV); Obesidade; 
GHRH GHIH ou Somatostatina; 
Jejum ou deficiência de proteínas; entre outros. IGF-1 ou Somatomedina-C; entre outros. 
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18. Qual o hormônio secretado em maior quantidade pela tireoide e qual o que tem maior atividade 
biológica? 
Mais secretado: T4 
Maior atividade: T3 
19. Descreva a função da tireoglobulina, da tireoperoxidase e do NIS, respectivamente. 
O iodo é absorvido no trato gastrointestinal, passando para a corrente sanguínea. Ao passar próximo à 
camada basal das células foliculares, o iodo penetra por transporte ativo, através das proteínas NIS 
(Sódio/Iodo Simporte), que fazem o cotransporte do tipo simporte desses íons. A captação do iodo pelas 
células foliculares é influenciada por diversos fatores, dentre eles, o principal é a concentração de TSH. 
Em seguida, na membrana apical da célula, o iodo é oxidado pela TPO (tireoide peroxidase), na 
presença de peróxido de hidrogênio (H2O2), em uma reação catalisada pela THOX. 
A Tireoglobulina (Tg) é sintetizada no retículo endoplasmático das células foliculares e depois 
transportada pelo complexo do Golgi. Essa molécula contém cerca de 140 sítios de aminoácido tirosina, o 
qual se liga aos átomos de iodo para formar os hormônios T3 e T4. A “Tg” atinge o coloide via exocitose; 
enquanto o iodeto sai da membrana apical das células foliculares, a fim de atingir o coloide, através da 
proteína pendrina. No coloide, o iodeto é transformado em iodo (iodeto ® iodo). 

1. Moléculas de tireoglobulina ricas em tirosina são produzidas no retículo endoplasmático, 
empacotadas em vesículas no complexo de golgiano e exocitadas no lúmen do folículo. 
2. O iodo (I-) penetra na célula folicular graças a cotransportadores basolaterais Na+/I- (sequestradores 
de iodo). O iodeto deixa a célula pelo lado apical para o lúmen graças a cotransportadores I-/Cl-. 
3. No lúmen folicular, I- é oxidado para formar iodeto pela tireoperoxidase e substitui H+ no anel 
benzeno dos resíduos tirosina de tireoglobulina. 
4. A ligação de um iodeto formará MIT e a ligação de dois íons iodeto formará DIT. Esta reação chama-se 
organificação. A tireoperoxidase cata-lisa também a ligação de um DIT a outro DIT para formar T4. 
Alguns DIT vão também se ligar a um MIT para domar T3. Estes produtos permanecem associados à Tg. 
5. A tireoglobulina madura contendo MIT, DIT, T4 e T3 (do mais abundante ao menos abundante) é 
endocitada de volta para dentro da célula folicular e pode ser armazenada como coloide até ser 
secretada. Diferentemente do que acontece com outros hormônios, os TH podem ficar armazenados por 
semanas enquanto ligados à Tg. 
6. A proteólise do coloide é estimulada por TSH e libera as moléculas que o compõem. MIT e DIT voltam 
ao pool de síntese e T3 e T4 atravessam a membrana basolateral para serem liberados no sangue. 
A próxima etapa na síntese dos hormônios tireoidianos é a Organificação, que consiste na junção dos 
átomos de iodo aos sítios tirosina. Essa reação também é mediada pela TPO. 
-MIT: Monoiodotirosina. Apenas um iodo se liga ao sítio tirosina. 
-DIT: Diiodotirosina. Dois iodos ligados ao sítio tirosina. 
A ligação de duas moléculas DIT forma o T4, enquanto que a ligação de um MIT a um DIT forma o T3. 93% 
dos hormônios tireoidianos são formados na forma de T4 (tiroxina), porém essa quantidade é quase 
completamente transformada em T3 (tri-iodotironina) nos tecidos periféricos, principalmente no fígado e 
nos rins. Cerca de 80% do T3 utilizado provêm da conversão do T4. 
Obs.: Algumas moléculas de hormônio são convertidas em rT3 (T3 reverso) e, em seguida, em T2. Essa 
rota está envolvida no descarte do hormônio. 
Por fim, a Tg com os MIT e DIT ligados retorna à célula folicular por endocitose, através da proteína 
Megalina. Dentro da célula, ocorre a ação de proteases que dissociam os hormônios T3 e T4 da Tg, sendo 
liberados para a corrente sanguínea; e os MIT e DIT sofrem ação de desiodades, sendo reaproveitados 
(convertidos em iodeto). 
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20. Explique o que acontece com o T4 nos tecidos periféricos. 
Ele entra na célula e quando está em estado alimentado favorece a formação de t3, e quando está em 
estado de jejum favorece a formação de t3 reverso. OBS: o t3 reverso é um resíduo metabólico, 
produzido para ser excretado. 
21. Explique o papel do iodo na autorregulação da glândula tireoide. 
Para que a tireoide possa realizar a formação de dos hormônios de maneira adequada é necessário a 
ingestão de 50mg de iodo. 
22. Comente o efeito dos hormônios da tireoide sobre a termorregulação. 
Aumenta a taxa metabólica basal, ou seja, aumenta a termogênese obrigatória, que é a produção de 
calor via respiração celular. 
23. Comente o efeito dos hormônios da tireoide sobre o coração. 
Efeitos de aumentar a atividade cardíaca, efeitos sinérgicos ao sistema nervo simpático. 
24. Qual o papel dos hormônios da tireoide sobre o tratogastrointestinal. 
Aumenta a liberação de secreções gástricas e da motilidade do bolo fecal pelo trato gastrointestinal. 
25. Descreva as zonas do córtex da glândula suprarrenal e seus respectivos hormônios. 
-Glomerulosa: secreção de mineralocorticoides como a aldosterona, células sensíveis a angiotensina 2 e 
potássio. Atuando nos níveis de eletrólitos e íons das células - Pequeno efeito. 
-Fasciculada: secreção de glicocorticoides como o cortisol, possui receptores para o hormônio 
adrenocorticotrópico. Ele afeta o metabolismo da glicose, aumentando seus níveis na corrente sanguínea 
para preparar o organismo para uma situação de estresse- Pequeno efeito. 
Obs: O calor e frio intenso, traumatismos, infecções, estresse, hipoglicemia e a dor estimulam o núcleo 
paraventricular do hipotálamo, que recebe conexões do sistema límbico e porção inferior do tronco 
cerebral, a liberar o CRH promovendo a liberação do cortisol como mecanismo protetor em situação de 
estresse. O aumento do cortisol, pela situação de estresse, eleva a imunossupressão, levando a pessoa a 
poder pegar alguma doença 
-Reticulada: liberação e síntese de andrógenos como a testosterona. 
26. Descreva a regulação do eixo hipotálamo-hipófise-cortisol. 
HIPOTÁLAMO ? HIPÓFISE ? ADRENAL ? tecidos alvos CRH ? ACTH ? CORTISOL ? tecidos Alvos. 
Hipotálamo libera o CRH (hormônioliberador de corticotropina) este irá atuar na adenohipofise (porção 
anterior da hipófise), nas células corticotrópicos ativando o hormônio adrenocorticotropico (ACTH), este 
que cai na corrente sanguínea e ativa a adrenal para liberar cortisol. 
27. Justifique a importância do cortisol na resistência a uma condição de estresse crônico. 
O cortisol prepara o organismo para a situação de estresse, estimula o sistema nervoso simpático 
I. Sobre o metabolismo de carboidratos: 
· Mobilização de combustíveis: Gliconeogênese, glicogenólise, cetogênese, conversão de proteínas em 
glicogênio (proteólise); 
· Aumenta o apetite e a ingestão calórica; 
· Protege o organismo contra hipoglicemia; 
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· Em suma, seus efeitos metabólicos são catabólicos e diabetogênicos. 
II. Sobre os lipídeos: 
· Aumento da Lipólise (quebra de gordura do tecido adiposo para fornecer energia). 
III. Sobre os músculos, ossos e tecido conjuntivo: 
· Mantém a contratilidade do músculo, diminuindo a massa muscular (proteólise); aumenta a reabsorção 
óssea, facilitando a osteoporose; inibe a síntese de colágeno. 
IV. Sobre o sistema vascular, os rins e o SNC: 
· Aumenta a pressão arterial; aumenta a taxa de filtração glomerular; modula o comportamento, o 
humor e o estado de vigília. 
O cortisol, portanto, age no controle da glicemia e em outros aspectos do metabolismo; possui um papel 
na resposta normal ao estresse, ao aumentar a habilidade de resposta a traumas, infecções e condições 
ambientais desfavoráveis. O cortisol também é essencial à ação anti-inflamatória e imunossupressora; e 
possui papel permissivo nas respostas cardiovasculares ao estresse. 
28. Explique o efeito anti-inflamatório dos glicocorticóides 
O efeito é realizado pois DIMINUI a produção de interleucinas, recrutamento de neutrófilos efagocitose 
pelos neutrófilos. Apresenta dois efeitos anti-inflamatórios básicos: bloqueio dos estágios iniciais do 
processo inflamatório, porque o cortisol estabiliza as membranas dos lisossomos (impedindo a liberação 
das enzimas causadoras de dano), reduz a permeabilidade dos capilares, a diapedese, a resposta imune e 
a febre (principalmente, por reduzir a liberação de IL-1); resolução rápida da inflamação e aumento da 
regeneração. 
-Reduz a quantidade de eosinófilos e linfócitos e aumenta a quantidade de hemácias. 
29. Explique o efeito imunossupressor dos glicocorticóides. 
Está relacionado a pois ele diminui a produção de linfócitos, prova atrofia dos tecidos linfoides do 
organismo, caso ocorra altos doses de cortisol. E isso reduz a produção de células T e anticorpos. 
30. Compare os efeitos metabólicos do GH, do cortisol, e da Insulina. 
-GH: Tem efeito anabólico 
- Promove divisão celular e proliferação celular em todo o corpo 
- Conserva proteínas e estimula sua síntese 
- Estimula lipólise 
- Inibição da utilização de carboidratos 
Obs: GH tem que atuar junto com a insulina para potencializar a captação proteica 
-Cortisol: 
-Aumenta a gliconeogênese; 
-Aumenta a síntese de glicogênio; 
-Aumenta a lipólise; 
-Aumenta a glicemia; 
-Diminui a utilização de glicose. 
-Insulina: 
I. Sobre os músculos: 
-Promove a captação de glicose; 
-Inibe a glicogenólise e estimula a glicogênese; 
-Aumenta o depósito de proteínas e reduz a liberação de aa dos músculos; 
II. Sobre o Fígado: 
-Estimula a glicogênese (aumentar a quantidade de glicogênio no fígado); 
-Inibe a Gliconeogênese; 
-Promove a conversão do excesso de glicose em ácido graxo; 
III. Sobre o Tecido Adiposo: 
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-Estimula a Lipogênese (síntese e armazenamento de gorduras); 
-Diminui a Lipólise. 
31. Relacione pressão arterial, renina e aldosterona. 
Estímulos como a diminuição da pressão arterial (hipotensão ocasionada por diminuição da volemia, por 
exemplo), que gera a diminuição da perfusão renal, e a diminuição da concentração de sódio circulante 
provocam a liberação de renina pelas células justaglomerulares dos rins, ativando a cascata a seguir: 
-Rim produz Renina 
o Quebra o Angiotensinogênio (produzido pelo fígado) em Angiotensina I 
-Nos pulmões, é transformada em Angiotensina II pela ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) 
-Efeitos sobre: 
-Vasos: vasoconstrição e aumento da pressão arterial; 
-Rins: como aumenta a aldosterona circulante, a retenção de sal e de líquido também é aumentada, 
resultando em 
1. Excreção do excesso de íons K+ e 
2. Aumentando o volume sanguíneo e pressão arterial, normalizando assim o sistema 
reninaangiotensinaaldosterona SRAA. 
32. O que é SHBG? 
SHBG (Proteína Carregadora dos Hormônios Sexuais, produzida no fígado). 
O aumento de SHBG circulante implica pouco hormônio circulando na corrente sanguínea na forma livre. 
Esse artifício pode ser utilizado na clínica em mulheres que sofrem com excesso de hormônios, como os 
androgênicos. 
33. Cite exemplo de hormônios peptídicos secretados pelas gônadas. 
-Ativina: Atua sobre a adeno-hipófise, estimulando a secreção de FSH. 
-Inibina: Feedback negativo sobre a liberação de FSH. Há suspeitas que esse hormônio seja um indicador 
de climatério, devido a uma relação inversa entre os níveis de inibina (baixos) e de FSH (elevados) na 
mulher em climatério. 
-Folistatina: Impede a ação da ativina; portanto, inibe a secreção de FSH indiretamente; 
-Relaxina: diminui a motilidade do miométrio; 
-Outros: POMC, IGF-1, Ocitocina, ADH. 
34. Descreva os hormônios esteroides produzidos pelas gônadas, respectivamente. 
-Progesterona: inicialmente é secretada em pequenas quantidades pelo corpo lúteo, mas depois passa a 
ser secretada em grande quantidade pela placenta. Os principais efeitos da progesterona são: promover 
o desenvolvimento das células deciduais (importantes para a nutrição do feto) no endométrio; diminuir a 
contratilidade do útero gravídico (evitando abortos espontâneos); contribuir para o desenvolvimento do 
concepto mesmo antes da implantação, pois aumenta a secreção das trompas e do útero, 
proporcionando mais nutrientes para a mórula e blastocisto; preparar as mamas para a lactação. 
-Estrogênio: promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, 
responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. O 
estrogênio mais importante é o estradiol. 
-Promove o aumento de tamanho dos ovários, das trompas, do útero e da vagina. 
-Aumenta o depósito de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, e aumenta os pequenos 
lábios. 
-Altera o epitélio vaginal de cuboide para estratificado, que é mais resistente a traumas e 
infecções. 
-Causa a proliferação acentuada do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glândulas 
do endométrio, que ajudarão na nutrição do embrião implantado. 
-Promove a proliferação dos tecidos glandulares das tubas uterinas e intensifica a atividade dos 
cílios em direção ao útero. 
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-Causa o desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, o crescimento de vasto sistema de 
ductos e o depósito de gordura. 
-Inibe a atividade osteoclástica nos ossos, estimulando o crescimento ósseo. Entretanto, 
promovem o fechamento das epífises ósseas, encerrando o crescimento das mulheres mais cedo. 
 -Testosterona: é o hormônio sexual masculino responsável pelas características sexuais masculinas; é 
secretado pelas células de Leydig nos testículos. Na maioria dos tecidos-alvo, é convertida em um 
hormônio mais ativo, a di-hidrotestosterona. As células de Leydig são abundantes no recém nascido do 
sexo masculino e no homem adulto após a puberdade. 
35. Explique a ação das gonadotrofinas sobre as células foliculares ovarianas durante o ciclo sexual 
mensal. (isto é o que aconteceno ovário) 
Fasesdo ciclo, folicular, ovulatória ou ovocitatória, lútea. 
O FSH age na granulosa induzindo a proliferação de folículos (5 a 12) no ovário após isso, momentos 
antes da ovulação, aumenta a secreção de LH para que ocorra a ovulação. Nesse processo o FSH atua de 
modo a unir-se com estrogênio aumentando o numero de receptores de LH. Após a ovulação, há o 
processo de luteinização pelo LH que, por sua vez, manterá os níveis elevados de estrógeno e 
progesterona. 
 
36. Descreva a produção de hormônios esteroides pelas células do folículo ovariano na fase folicular 
e na fase luteal, respectivamente. 
Fase folicular: começam a subir os níveis de FSH e depois de LH, também aumenta os níveis de estradiol 
e estrona. Caracterizada por níveis mais baixos e constantes de progesterona e de 17OH progesterona, 
comparada à fase lútea. 
Na segunda metade da fase folicular começa a haver mudanças no quadro hormonal, caracterizado pela 
queda de FSH e a elevação do LH, tendo quase o dobro em relação ao primeiro hormônio. O aumento do 
estradiol e da estrona também é visível, ocorrendo um pico maior antes da ovulação. A inibina B também 
aumenta nesse período. O estradiol aqui aumentado promove a inibição da secreção de LH, mas aumenta 
a produção e o armazenamento. 
Fase lútea: caracterizada pelo aumento de 10 vezes no nível de progesterona induzido pelo LH. A 
produção hormonal pelo corpo lúteo também é regulada pelo GH, IGF-1, PGE2, PGI2 e PRL. Tem-se 
também um aumento nos níveis de inibina A. Começam, portanto, cair os níveis de LH e FSH, sendo os 
mais baixos próximos a menstruação. Acontece a luteólise. O processo endócrino-parácrino inicia do 8º 
dia após a ovulação na mulher não grávida. A ocitocina induz a síntese de prostaglandinas que inibe as 
ações do LH nas células lúteas, acontecendo a queda dos receptores de LH. Nesta fase ocorre uma menor 
atividade das enzimas esteroidogênicas, causando num aumento sérico de colesterol, acontece assim a 
redução do numero de esteroides. A prolactina estimula leucócitos que induzem a apoptose das células 
lúteas. Por volta do 12º dia, diminuem os níveis de progesterona, estradiol e inibina A, o que culmina 
com apoptose e necrose do corpo lúteo, causando invasão por leucócitos, macrófagos e fibroblastos. Com 
isso forma o corpus albicans, uma formação de cicatriz avascular. 
Sem gravidez os níveis de progesterona e estradiol caem, e inicia-se um novo ciclo. 
37. Relacione as fases do ciclo ovariano e com as fases do ciclo endometrial. 
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Ciclo Endometrial e Menstruação: o ciclo endrometrial do revestimento uterino ocorre em três estágios: 
1. Fase Proliferativa ou Estrogênica: sob a influência do estrogênio, as células do estroma e as células 
epiteliais proliferam rapidamente, para que haja reepitelização em 4-7 dias após o início da 
menstruação. A espessura do endométrio segue aumentando pela proliferação das células estromais, pelo 
crescimento das glândulas endometrias e dos novos vasos sanguíneos. 
2. Fase Secretora ou Progestacional: os estrogênios nessa fase causam leve proliferação celular adicional 
do endométrio, enquanto a progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório acentuados do 
endométrio. As glândulas endometriais tornam-se tortuosas e o excesso de secreção fica acumulado nas 
células epiteliais glandulares. Há depósito de glicogênio e lipídios nas células estromais. A vascularização 
aumenta ainda mais, sendo que os vasos sanguíneos se tornam tortuosos. Essa fase visa produzir um 
endométrio muito secretor (promover a nutrição através do “leite uterino” até que haja nidação) com 
grande quantidade de nutrientes armazenados para prover condições para a implantação do concepto. 
3. Menstruação: se o óvulo não for fertilizado, cerca de 2 dias antes do final do ciclo, o corpo lúteo 
subitamente involui e a secreção dos hormônios ovarianos involui. A menstruação é causada pela redução 
de estrogênio e, principalmente, progesterona, que resulta em: redução da estimulação das células 
endometriais; involução endometrial; vasoespasmo dos vasos tortuosos para cortar o suprimento 
sanguíneo das camadas mais externas do endométrio; necrose das camadas externas por falta de 
nutrientes; descamação das camadas necrosadas. A menstruação normal é de cerca de 40 mL de sangue e 
mais 35mL de líquido seroso. O líquido menstrual geralmente não coagula, porque uma fibrinolisina é 
liberada em conjunto com o conteúdo necrótico. A menstruação é acompanhada de leucorreia 
(eliminação de leucócitos), que torna o útero muito resistente a infecções durante a menstruação mesmo 
com as superfícies endometrias estão desprotegidas. 
38. Explique os mecanismos hormonais de feedback desencadeados durante as diferentes fases do 
ciclo sexual mensal. 
-Fase Folicular: é estimulada pelo principalmente pelo FSH. Nessa fase, há crescimento acelerado de 
6-12 folículos primários por ciclo. O efeito inicial é a rápida proliferação das células da granulosa, 
levando ao aparecimento de outras camadas dessas células. Além disso, as células do interstício ovariano 
agrupam-se em camadas por volta das células granulosas, formando a teca, que se subdivide em teca 
interna (as células desenvolvem características epitelioides e passam a secretar estrogênio e 
progesterona) e teca externa (forma a cápsula de tecido conjuntivo muito vascular que passa a ser a 
cápsula do folículo). Há liberação de líquido folicular (repleto de estrogênio) dentro do folículo, 
resultando na formação do antro. 
A partir do estágio antral, o crescimento fica mais acelerado ainda pelos seguintes fatores: secreção de 
estrogênio pelo folículo, que estimula a formação de mais receptores de FSH (feedback positivo); o FSH e 
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os estrogênios promovem a formação de receptores de LH, permitindo que os folículos recebam agora 
tanto estimulação do FSH quanto do LH; o estrogênio e o LH promovem a proliferação das células tecais 
foliculares e aumentam a sua secreção. 
Após 1 semana de crescimento, um dos folículos começa a crescer mais do que os outros, resultando em 
atresia desses outros. 
No meio do ciclo, ocorre a ovulação, que é a expulsão do óvulo cercado pelas células da granulosa que 
formam a coroa radiada. A ovulação só é possível se, cerca de 2 dias antes, ocorrer um pico de LH. Esse 
pico de LH converte as células granulosas e tecais em células secretoras de progesterona, por isso há 
queda na quantidade de estrógeno e aumento considerável na quantidade de progesterona. Além disso, 
esse pico de LH desencadeia dois eventos: liberação de enzimas proteolíticas pela teca externa para que 
haja destruição da parede do folículo; crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e 
secreção de prostaglandinas. 
-Fase Lútea: logo após a expulsão do óvulo do folículo, as células da granulosa e tecais internas 
remanescentes se transformam rapidamente em células luteínicas. Elas aumentam de diâmetro e ficam 
repletas de inclusões lipídicas que lhes dão aparência amarelada durante o processo de luteinização 
estimulado pelo LH. O conjunto dessas células forma o corpo lúteo. As células da granulosa produzem 
grandes quantidades de progesterona e quantidades menores de estrogênio. Enquanto isso, as células 
tecais formam androgênios como a testosterona e a androstenediona, sendo que a maioria desses 
hormônios é convertida pela aromatase em estrogênio. O corpo lúteo cresce normalmente até cerca de 8 
dias após a ovulação. A partir daí, ele involui por consequência da ação da inibina, do estrogênio e da 
progesterona sobre a liberação de FSH e LH e perde suas funções secretórias assim como sua 
característica lipídica e amarelada, resultando finalmente em um corpo albicans, cerca de 12 dias após a 
ovulação. O corpo albicans não secreta nem estrogênio, nem progesterona, nem inibina,o que anula a 
inibição por feedback que a hipófise vinha sofrendo, permitindo que FSH e LH sejam novamente 
secretados para que um novo ciclo tenha início. 
39. Compare os efeitos do 17- bestradiol e da progesterona sobre o miométrio uterino e sobre o 
muco cervical, respectivamente. 
17-Betaestradiol: Vai ter mais contrações uterinas e vai deixar o muco mais líquido, fino e se organiza em 
canais para facilitar a entrada do espermatozoide. 
 QUANDO HÁ A FERTILIZAÇÃO 
Progesterona: vai diminuir as contrações e tornar o muco mais ESPEÇO que forma um tampão. 
SE Não OCORRE A GRAVIDEZ 😊 , os níveis dos hormônios tanto a progesterona quanto o estrógeno 17 
betaestradiool, ocorre a menstruação. 
40. Explique a relação entre as gonadotrofinas e as células da gônada masculina, respectivamente. 
Gonadotrofinas – FSH (Folículo Estimulante) e LH (Luteinizante): Controlam o crescimento das gônadas, 
bem como sua atividade hormonal (estrogênios e testosterona) e reprodutiva. Hipotálamo (GnRH) ® 
Adeno-Hipófise (FSH e LH) ® Testículos (Testosterona) 
A secreção do GnRH ocorre durante poucos minutos, em períodos de 1 a 3 horas. O LH acompanha 
fielmente esse padrão de secreção; já o FSH aumenta e diminui sua secreção após cada liberação de 
GnRH. 
A testosterona é secretada pelas células intersticiais de Leydig, sobre estímulo de LH. Ao aumentar sua 
quantidade circulante, ela exerce feedback negativo sobre o hipotálamo, diminuindo a secreção de 
GnRH; e sobre a hipófise anterior, diminuindo a secreção de gonadotrofinas. Por outro lado, quando a 
testosterona está baixa, o hipotálamo é estimulado a aumentar sua secreção de GnRH. 
O FSH estimula a espermatogênese. Quando essa atividade encontra-se elevada, ocorre um mecanismo 
de feedback negativo especificamente sobre a secreção de FSH. Acredita-se que isso se deve à produção 
de inibina B pelas células de Sertoli. 
41. Cite efeitos biológicos da Testosterona e efeitos da DHT, respectivamente. 
Sobre a genitália externa por volta da 9ª e 10ª semana de gestação. 
O desenvolvimento da masculina depende da DHT (di-hidrotestosterona), que é a forma ativa da 
testosterona. 
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-testosterona que possui efeitos parácrinos (sustentando o 1º estágio da espermatogênese) e por efeitos 
endócrinos (agindo nos órgãos alvos). A testosterona é considerada o maior androide masculino, por ser o 
mais produzido. 
TESTOSTERONA: 
Mecanismo de Ação: Testosterona ou a DHT livres atingem a célula alvo, e em um receptor nuclear ativa 
a transcrição de genes que produzirá o mecanismo de síntese de proteínas envolvidas nas ações 
androgênicas. Vale ressaltar também que a DHT tem maior afinidade pelo receptor do que a 
testosterona. 
Efeitos Biológicos 
a) Aparelho Reprodutor e Genitália Externa 
-Manutenção do aparelho reprodutor na fase adulta. 
-Diferenciação dos ductos de Wolff em epidídimo, canal deferente e vesículas seminais. 
-Descida dos testículos para a bolsa escrotal durante os três últimos meses da gestação. 
-Aumento do pênis e das vesículas seminais 
b) Desenvolvimento de Caracteres Sexuais Secundários 
-Crescimento de pêlos no púbis, axilas, tórax e membros. 
-Aumento da laringe e espessamento das cordas vocais, causando uma voz grave. 
-Anabolismo, devido a retenção de nitrogênio. 
-Aumento da massa magra e da musculatura. 
 -Aumento da síntese proteíca nos músculos, pele e nos ossos, o que pode ser causado também 
via estradiol. 
c) Capacidade Reprodutiva 
-Estimulação da espermatogênese via DHT e estradiol. 
-Iniciação do impulso sexual, ou seja, aumento da libido. 
-Ereção potente via DHT e estradiol. 
-Inibição das gonadotropinas. 
d) Outros efeitos 
-Aumento do metabolismo basal. 
-Estimula o crescimento ósseo, pois aumento os receptores de androgênios em osteoblastos via 
estradiol. 
-Deposição de gordura na porção superior do tronco, abdome e vísceras. 
-Elevação dos níveis de VLDL e LDL, e queda do HDL. 
-Estimulação da síntese de EPO e da maturação de precursores da linhagem de eritrócitos. 
-Estimulação na reabsorção de sódio. 
-Supressão da síntese hepática de SHBG, CBG e TBG. 
-Supressão do crescimento das glândulas mamárias. 
-Estimulação do comportamento agressivo. 
DHT - Efeitos Biológicos 
a) Diferenciação de estruturas embrionárias 
-Tubérculo genital à Pênis 
-Protuberâncias genitais à Bolsas Escrotais 
-Pregas genitais à Uretra Peniana 
-Seio Urogenital à Próstata 
b) Estimula a proliferação das células prostáticas 
-Através do PSA (antígeno prostático especifico). 
c) Outros efeitos 
-Estimula o crescimento da barba. 
-Determina a recessão frontal de implantação dos cabelos. 
-Determina a miniaturização dos folículos pilosos do escalpo de indivíduos geneticamente 
predispostos (alopecia androgênica). 
Estimula a seborreia. 
42. Descreva a natureza química, receptores e mecanismo de ação dos hormônios pancreáticos. 
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-Insulina, é um peptídeo. A insulina se liga a um receptor que possui quatro subunidades: duas alfa, 
voltadas para o lado externo (ligação com o hormônio); e duas beta, que possui os sítios tirosina-quinase. 
A ligação da insulina provoca a autofosforilação da subunidade beta, causando ativação dos sítios 
tirosina-quinase. Estes, por sua vez, ativam diversas enzimas intracelulares. O efeito final da ação da 
insulina é o recrutamento de vesículas do citoplasma para a região da membrana. A fusão dessas 
vesículas insere mais receptores de glicose (GLUT’s - entre eles, o GLUT-4, que está presente nos 
músculos , tecido adiposo), aumentando o transporte de glicose para dentro da célula. 
-Glucagon: É um peptídeo, -Hormônio catabólico que estimula a glicogenólise e gliconeogênese, B-
oxidação e cetogênese; o receptor do glucagon faz sua ação por meio da proteína G 
43. Explique o mecanismo intracelular envolvido na regulação da secreção de insulina pela célula b 
frente ao aumento da glicemia. 
O aumento do nível glicêmico ? GLUT 2 faz a captação de glicose ? glicose ativa a via glicolítica com a 
glicoquinase ? quebra a glicose ? vai parar a respiração celular ? produz ATP ? ATP tem efeito 
inibitório sobre o canal de potássio (fecha o canal) não permitindo que o potássio saia da célula ? 
inibindo a reporlarização ? Potássio acumulado ? célula fica mais positiva ? ativa canais de cálcio 
(dependentes de voltagem) ? entrada de cálcio ? ativa enzimas sinalizadoras (fosforilações) ? 
exocitose (liberação) da insulina armazenada em vesículas. 
44. Como se dá a regulação hormonal da glicemia no período entre as refeições? 
No período de jejum há o predomínio do glucagon, que possui os seguintes efeitos: 
-Primeiramente, a rota estimulada pelo glucagon é a glicogenólise (quebra do glicogênio hepático e 
consequente liberação de glicose sanguínea). 
-Em seguida, após a diminuição dos estoques de glicogênio, é estimulada a rota da gliconeogênese no 
fígado, visto que é aumentada a captação hepática de aminoácidos, utilizados nessa rota. 
-Concentrações elevadas de aa, como ocorre após as refeições proteicas, estimulam a secreção do 
glucagon. Nesse aspecto, a função do glucagon e da insulina convergem, mostrando que nem todas as 
funções são opostas. O glucagon promove, então, a conversão de aa em glicose, via gliconeogênese. 
-Ativa a Lipólise, disponibilizando quantidades maiores de ácidos graxos, que são convertidos em corpos 
cetônicos (cetogênese) pelo fígado. Em excesso, essa rota é responsável pela acidose metabólica 
diabética. 
45. Compare os efeitos da insulina e do glucagon sobre fígado, músculo e tecido adiposo. 
Insulina: I. Sobre os músculos, promove a captação de glicose; inibe a quebra de glicogênio; aumenta o 
depósito de proteínas e reduz a liberação de aa dos músculos; 
II. Sobre o Fígado:estimula a glicogênese (aumentar a quantidade de glicogênio no fígado); inibe a 
Gliconeogênese; promove a conversão do excesso de glicose em ácido graxo; 
III. Sobre o Tecido Adiposo: Estimula a Lipogênese (síntese e armazenamento de gorduras); Diminui a 
Lipólise. 
Glucagon: vale ressaltar que o glucagon não possui receptores no músculo e age através da epinefrina. 
Figado: glicogênio é degradado, ocorre gliconeogênese; os AA presentes no fígado e musculo e o gricerol 
da dregadação dos TAGs no tec adiposo é usado como fonte de energia, e seu excesso é convertido em 
corpos cetonicos. 
46. Relacione Paratormônio (PTH) e formação da vitamina D3 ativa. 
O PTH é necessário para a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-dihidroxicolecalciferol, forma 
ativa da vitamina D. 
47. Cite as funções biológicas do PTH. 
• Aumenta a absorção de cálcio a partir do osso, sendo seu nível sanguíneo aumentado 
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O Fase rápida: resulta da atividade das células ósseas já existentes, sobretudo dos osteócitos. Esse 
processo ocorre através da osteolise: processo de bombeamento dos íons cálcio do sistema de canalículos 
dos osteócitos para o líquido extracelular. Como não envolve absorção óssea, seu efeito se manifesta 
rapidamente; 
O Fase lenta: resulta do efeito de indução de proliferação dos osteoclastos, exigindo alguns dias ou até 
semanas para seu pleno desenvolvimento. Em seguida, os osteoclastos agem corroendo (absorvendo) o 
osso, e liberando o cálcio pra corrente sanguínea. 
• Diminui rapidamente a excreção de cálcio pelos rins; 
• Aumenta a excreção de renal de fosfato; 
• Necessário para a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-dihidroxicolecalciferol, forma ativa da 
vitamina D. 
48. Explique o sistema RANK-RANKL e osteoprotegerina. 
O osteoblasto, que é responsável por deposição óssea, produz RANKL e osteoprotegerina. O RANKL, que 
é o ligante do RANK, se liga ao receptor RANK na membrana do pré-osteoclasto, dessa forma converte 
ele em osteoclasto que promove reabsorção óssea, a secreção do RANKL é estimulada pelo PTH. Já a 
osteoprotegerina se liga ao RANKL e impede que ele ativa os osteoclastos, o que diminui a reabsorção 
óssea e sua liberação é inibida pelo PTH. Ainda, os osteoclastos tem receptores de calcitonina, que 
também auxilia na reabsorção óssea. 
49. Descreva as funções da Vitamina D3 ativa no intestino e osso, respectivamente. 
A vitamina D promove a absorção de fosfato pelos intestinos. Para preservar o cálcio absorvido, a 
vitamina D aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelas células dos túbulos renais, diminuindo, assim, a 
excreção dos mesmos. A administração excessiva de vitamina D provoca a absorção do osso. Na ausência 
da vitamina D, o efeito do PTH na absorção óssea é bastante reduzido ou até impedido. A vitamina D em 
quantidades menores promove a calcificação óssea. 
50. Qual o papel da calcitonina no metabolismo ósseo? 
Regulação do metabolismo cálcio, antagônico ao PTH. O efeito imediato consiste na redução das 
atividades absortivas dos osteoclastos. Já o efeito mais prolongado baseia-se na diminuição da formação 
de novos osteoclastos. 
Promove a diminuição dos níveis plasmáticos de Cálcio → inibe a reabsorção óssea → inibe a ação dos 
osteoclastos

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