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Vista do filme Erin Brockovich - Uma mulher de talento

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2°Semestre - Vista do filme Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento. 
O presente relatório, trata de resumo da obra Erin Broockovich, Uma mulher de Talento, com base nos ensinamentos até aqui obtidos durante o curso de Direito.
A história de Erin Brockovich é de uma mulher separada, com três filhos para criar, que se vê com a necessidade de ter de trabalhar para sustentar seus filhos, após perder uma ação judicial devida um acidente de carro.
Após arrumar um emprego em um pequeno escritório de advocacia, ela descobre processos arquivados da PG&E, Pacific Gás And. Eletric Company, uma companhia de gás e energia que vinha contaminando uma cidade no deserto espalhando doenças entre seus habitantes, ela convence seu chefe a deixá-la investigar o caso.
Mesmo sem ser uma profissional da área após achar fichas médicas arquivadas em pastas de litígios imobiliários ela começa a investigar a relação das duas coisas, assim ela se depara com a empresa PGE-Gás.
Em meio a sua pesquisa Erin descobre que a PGE-Gás durante 14 anos despejou de maneira dolosa o elemento cromo-6, sendo este altamente tóxico, assim contaminando o subsolo e as águas subterrâneas que são consumidas pelos habitantes da região que estão sofrendo com vários tipos de doenças como consequência.
 Erin se abstém de todos os seus problemas pessoais para ir embora de uma solução para todos da população, usando todas as suas qualidades naturais, desde a fala macia e convincente até seus atributos físicos, para convencer os cidadãos da cidade a cooperarem com ela, fazendo com que tenha em mãos um processo de 333 milhões de dólares.
Assim, PG&E passou a adotar padrões para p escoamento dos resíduos sem que a prejudicasse o meio ambiente e as pessoas.
O filme aborda a situação vivida de acordo com a matéria de fatos e negócios jurídicos, no que tange aos vícios do consentimento e atos ilícios, quanto aos vícios, erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo e os atos ilícitos, dano, ação, omissão, culpa e responsabilidade civil, assim como indenização e ressarcimento.
A empresa PGE-Gás respondeu pela responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, englobando o solo, água, animais e humanos, assim percebemos que o principio da informação foi usado para ajudar na construção da argumentação do caso, além de laudos médicos de todos os tipos de doenças que os habitantes se encontravam como alergia, asma, vários tipos de cânceres, deficiências imunológicas, mulheres não conseguindo finalizar a gestação, chegando ao ponto de alguns dos querelantes ter a extração do útero e seio consequência do câncer que foi induzido pelo cromo-6.
No tocante aos vícios de consentimento, verifica-se que há a presença do erro vez que a empresa possui a intenção de induzir as pessoas ao erro, além do dolo na medida em que eram adulterados os exames médicos nas pessoas e testes de qualidade da água por uma empresa contratada para manipular os reais resultados, gerando a vontade de lesar, por interesse lucrativo.
A empresa ainda encobria qualquer tipo de contrato que fosse feito, sendo anulado absolutamente e sempre com indenizações em dinheiro, o que se verifica novamente o dolo.
A conduta dolosa apresenta os seguintes requisitos: intenção de enganar o outro contratante; induzir o outro contratante em erro em virtude do dolo; causar prejuízo ao outro contratante; angariar benefício para o seu autor ou terceiro; que o dolo tenha sido a causa determinante da realidade do negócio, o que se enquadra a proposta do filme.
No que tange às pessoas que venderam suas propriedades e se mudara, para outra região por causa dos males causados pela agua, novamente se verifica o dolo, visto que induzem a celebrar o negócio jurídico.
Também ocorre o vício de lesão e a coação na medida em que as pessoas que ficavam doentes precisavam ir urgente para outras cidades para tratamento de saúde, sendo coagidas a realizar o negócio jurídico com a empresa, obrigando a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
Essa desproporção está clara na venda de propriedade, doenças graves, mortes causadas pela empresa e que nunca foram até então ressarcidas pela referida indústria. Não trata de saber da rgência, omo no estado de perigo, mas da inexperiência de saber o que acontece na realidade, visto que as pessoas não possuíam o conhecimento do que a empresa estava manipulando o meio ambiente.
No código civil, o capítulo “IV- Dos Defeitos do Negócio Jurídico” estabelece os vícios do consentimento sendo: erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, os quais podem geram a invalidade do negócio jurídico, podendo ainda ser nulo ou anulável.
Além disso, preconiza o art. 186 e 187 do Código Civil, a configuração do ato ilícito, que no caso em epígrafe foi estabelecido pela empresa:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
Desta forma, restou configurado o ato ilícito causado pela empresa, gerando o dever de indenizar, como estabelece o art. 927 do Código Civil o dever de indenizar, in verbis:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Assim, podemos visualizar em diversas situações de vícios do consentimento e atos ilícitos estudados na matéria de Direito Civil, gerando o direito de indenização por dano material e moral causados pela empresa.

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