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CASO CLINICO
Fraturas no Umero
Fraturas Complexas
da Diáfise do Úmero
◦ As fraturas da diáfise do úmero representam cerca de 1 a 3% de todas as fraturas, e
cerca de 20% das fraturas umerais.
◦ É uma fratura de ocorrência bimodal, com maior incidência na terceira e sétima
década de vida, associada a traumas de maior e menor energia, respe-tivamente.
◦ Nos traumatismos de alta energia, como nos acidentes desportivos ou de viação, é
mais frequente nos homens, e nos traumatismos de baixa energia, como nas quedas,
é mais comum nas mulheres acima dos 50 anos.
◦ A maioria das fraturas diafisárias, nomeadamente as oblíquas longas e as cominutivas
do úmero, pode ser tratada conservadoramente.
◦ A tendência vai no sentido do tratamento cirúrgico mesmo nas fraturas que outrora a,
tratadas conservadoramente, se obtinham bons resultados funcionais
Caso clinico.
O presente trabalho é o relato de um caso de uma mulher de 67 anos com história de
queda, da qual resultou fratura cominutiva da diáfise do úmero direito. Observada no
Serviço de Urgência, foi realizada uma imobilização provisória e transferida para o
hospital da área de residência para a continuação do seu tratamento. Durante o
internamento, foi substituída a imobilização, por uma imobilização gessada mais fun-
cional. Após discussão do caso com a doente, foi decidi-do tratamento conservador
(Fig. 2). Por se tratar de um contexto relacionado com seguro de acidentes pessoais, a
doente procurou uma consulta privada de forma a obter uma segunda opinião, tendo-
lhe sido oferecida a opção cirúrgica. Perante duas opiniões distintas, a doente volta ao
Hospital com muitas dúvidas e confundida, chegando mesmo a pôr em causa o
tratamento instituído.Após esclarecimento e discussão do caso com a doente, foi
consensual o tratamento não cirúrgico, com imobilização gessada e controlo
imagiológico, com a troca do gesso inicial às 2 semanas por uma imobilização mais
fraturaal até às 8 semanas. Obteve-se consolidação da Fratura sem repercussões
funcionais relevantes e retorno às atividades habituais e laborais. O follow-up, com Mais
de um ano, revelou a satisfação da doente com o tratamento conservador
Como se dá a consolidação óssea ?
Umero consolidado pós fratura.
1 ano após a fratura
Tratamento Fisioterapêutico
◦ Amplitude de movimento. Depois de uma fratura do úmero, a amplitude de movimento é provavelmente reduzida a nivél do ombro e cotovelo.Esta perda de
elasticidade dificulta o movimento do braço.O fisioterapeuta pode prescrever exercícios para ajudar a melhorar a amplitude de movimento.
◦ Força. O ombro provavelmente será imobilizado numa faixa por quartro ou seis semanas após a lesão.
Normalmente, este período de imobilização provoca uma perda significativa da força muscular e massa.
Os exercícios de fortalecimento são concentrados nos músculos do manguito rotador e o braço: os bíceps e tríceps.
Os músculos que suportam a escápula podem ser fracos, mas são essenciais para manter a saúde do ombro e em seguida devem ser reforçados, juntamente com os
outros.
◦ Dor. Após uma Fratura em qualquer osso no corpo, o paciente está com pelo menos um pouco de dor.
Isto é normal e esperado.O nível de dor deve melhorar dia a dia, mas você ainda pode sentir dor após o início da fisioterapia.
O fisioterapeuta pode ajudá-lo a controlar a dor com os exercícios ou com os tratamentos, tais como calor, gelo ou terapia magnetica.Precisa saber se o tratamento
provocamuitador para que o fisioterapeutapossa fazeralgumas mudanças a terapiae permitir a reduçãoda dor no braço e ombro.
◦ Mobilidade da cicatriz
Se você realiza uma cirurgia para reduzir o úmero fraturado, se forma uma cicatriz cirúrgica na parte frontal ou l
◦ ateral do ombro.
Ocasionalmente, algumas pequenas aderências cicatriciais causam uma sensação de blocos e movimento limitado.
O fisioterapeuta pode realizar uma massagem miofascial sob a cicatriz e a mobilização para melhorar a elasticidade da cicatriz.
Ele ou ela também pode ensiná-lo a fazer uma auto massagem para que você possa fazê-lo em casa.
Tratamento Fisioterapêutico
◦ Pré-operatórios:
◦ Para dor e edema, recursos eletroterapêuticos e físicos: estimulação elétrica nervosa transcu-
tânea (TENS), ultra-som, infra-vermelho, laser e gelo conforme quadro clínico do paciente;
◦ • Exercícios pendulares/Codman: exercícios que usam os efeitos da gravidade para separar o
úmero da cavidade glenoidal. Ajudam a aliviar a dor por meio de tração suave e movimento
scilatóriosos e causam a mobilização precoce de estruturas e líquido sinovial (KISNER, 2009).
◦ • Exercícios de amplitude de movimento ativa (ADMA) para as articulações distais de cotove-lo,
punhoe mão.
Pós Operatório
◦ Exercícios ativos e ativo-assistidos (de flexão, extensão, abdução, adução, RI e rotação externa
(RE) do ombro podendo utilizar polia, bastão, escada digita;
• Exercícios de flexão e abdução de ombro em frente ao espelho para autocorreção e com ajuda
do fisioterapeuta para estabilizar escápula (evitando elevação da escápula);
• Exercícios resistidos inicialmente isométricos evoluindo para isotônicos (podem ser feitos em pé com
faixa elástica (theraband) ou na posição supino com halteres) de acordo com cada paciente;
◦ Alongamento das articulações de cervical, ombro, cotovelo, punho e mão;
• Exercícios isométricos para músculos da escapulotorácica (ex: empurrar parede, entre outros);
• Fortalecimento com exercícios isotônicos concêntricos e excêntricos com auxílio de halteres e
faixas elásticas para articulações do ombro, cotovelo, punho;
• Fortalecimento nas diagonais funcionais do Kabat (com auxílio de halteres e faixas elásticas);
• Exercícios direcionados para as atividades às quais o paciente necessita retornar (arremesso, entre
outros).
• Treinamento proprioceptivo (na posição de quatro apoios colocar uma bola nas mãos, depois
evoluir para uma bola em cada mão, em pé frente a uma parede e com uma bola na mão, entre
outros).

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