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Relatório de Estágio - Educação Infantil (1)

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil
LETICIA CRISTINA DE SOUZA DA SILVA
Rio de Janeiro 2017
�
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de 
Educação Infantil
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil sob a orientação da Professora Odila Mara Barcelos Nunes.
Curso: Pedagogia
Rio de Janeiro 
2017
�
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA.........................05
1.1 Caracterizações da Escola................................................................................05
1.1.1 Histórico.............................................................................................................05
1.1.2 Localização........................................................................................................05
1.2.3 Estrutura e Funcionamento...............................................................................05
1.2.4 Projeto Político Pedagógico..............................................................................07
1.2 Caracterização da Turma e Aspectos a Serem Observados................................08
1.2.1 O planejamento e atividades pedagógicas.......................................................08
1.2.2 A sala de aula (espaço físico) ...........................................................................09
1.2.3 A rotina e o lúdico..............................................................................................10
1.2.4 Avaliação...........................................................................................................11
2 DESENVOLVIMENTO E ANALISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E ANALIZADAS
2.1 Atividades Observadas......................................................................................	
2.2 Atividades Realizada.........................................................................................	
3 CONFRONTO DA PRATICA COM A TEORIA.....................................	43
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................	45
BIBIOGRAFIA.........................................................................................	47
ANEXOS.................................................................................................	49
�
INTRODUÇÃO
O objetivo deste relatório é abordar reflexões relacionadas ao dia a dia e as possibilidades de trabalho durante a Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência em Educação infantil. Observando a prática in loquo de como é realizada a abordagem que é aceita para o exigente mercado de trabalho educacional onde atua o pedagogo.
Mais à frente haverão demonstrações de coleta de dados e observações referentes as práticas em sala de aula junto aos alunos, planos de aula, do ambiente da instituição (infraestrutura), do Projeto Político Pedagógico.
Toda a observação e interação permitiu que fosse ampliado o olhar de como o professor contribui massivamente para o processo de formação e desenvolvimento do indivíduo, não só cognitivamente, mas agindo também na formação afetiva, social e comportamental do aluno.
Realizado na Escola Municipal Paulo Saldanha. Apresentando um total de sessenta e seis horas distribuídas no período de 01 a 29 de setembro de 2017, com o objetivo de embasar toda a teoria pedagógica aprendida até o momento, observando e aprendendo na prática como se dá o manejo de crianças da educação infantil para desenvolvimento das futuras atividades profissionais.
A turma escolhida para a realização das práticas do estágio foi a Pré I, que atende crianças na faixa etária de quatro anos à quatro anos e onze meses de idade.
O principal método utilizado para a construção deste instrumento de avaliação foi o de registro em diário de campo, onde foram anotadas todas as observações e experiências vivenciadas no período em que estive inserida na escola.
A prática do estágio é um importante elo que liga a teoria e a prática, com o papel de fortalecer todo o conhecimento que foi sedimentando ao longo do caminho percorrido no curso de pedagogia, com o papel de aquisição de conhecimentos, procedimentos e habilidades (planejamentos e planos de aula, conteúdos obrigatórios, metodologias de ensino e avaliação) para que se possa atender da forma mais ampla possível as expectativas que são depositadas do professor.
A seguir será evidenciado as etapas seguidas durante a realização do estágio, descrevendo em itens aspectos importantes como: caracterização da escola e da turma observada, desenvolvimento e análise das atividades realizadas, métodos de avaliação e confronto entre a teoria e a prática.
1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
1.1.1 Histórico
	A Escola Municipal Paulo Saldanha situa-se à Rua Estrada da Saudade s/n, bairro da Estrada da Saudade, em Petrópolis-RJ. O público alvo para atendimento são crianças na fase da Educação Infantil, com idade entre dois anos e cinco anos e onze meses que residem nas comunidades adjacentes: Florido, Fragoso, Ventura, Félix dentre outras e pertencentes as classes socioeconômicas D e E.
	Fundada no ano de 2002, a escola veio com o objetivo de suprir a carência de escolas de educação infantil na região, pois antes dessa, havia apenas uma, que não conseguia absorver todas as crianças na idade indicada para a educação infantil, obrigando-as a serem direcionadas para outras instituições mais afastadas do bairro de suas residências.
1.1.2 Localização
A Escola está localizada no município de Petrópolis na zona urbana, cercada por comunidades carentes na Rua Estrada da Saudade s/n, bairro da Estrada da Saudade, em Petrópolis-RJ. As ruas do entrono são pavimentadas, com iluminação pública e farta demanda de meios de transporte públicos, porém as calçadas que a cercam são muito estreitas, tornando de certa forma o trânsito de pedestres, principalmente crianças, um tanto perigoso.
1.1.3 Estrutura e Funcionamento
	De administração pública e municipal, a escola atende crianças na fase da Educação Infantil seriadas da seguinte forma: Maternal I (de dois anos à dois anos e onze meses), Maternal II (de três anos à três anos e onze meses), Pré-Escola I (de quatro à quatro anos e onze meses) e Pré-Escola II (de cinco à cinco anos e onze meses).
	Majoritariamente provenientes das comunidades adjacentes e realidade socioeconômica variando entre as classes D e E, com divisão em dois turnos: manhã e tarde.
	A integração entre a família e a escola é muito importante, havendo muitas vezes participação nas atividades e reuniões promovidas pela escola. Sendo estas são de grande utilidade para o aproveitamento escolar de seu filho e de como se dá o trabalho dos professores.
	Existem parceiros da comunidade que se disponibilizam a ajudar a escola em algumas questões relacionadas a infraestrutura, manutenção de equipamentos e uma vez por semana vem um voluntário que faz contação de histórias e uma que dá aulas de dança, ambos fazem parte de um projeto social do bairro que está em parceria com a escola.        
	A instituição possui uma infraestrutura ampla que consegue atender de forma satisfatória as necessidades do público. Oferecendo alimentação escolar diária para cada turno. Possui água encanada e filtrada, energia elétrica, sistema de esgoto, coleta periódica de lixo.
 	Quanto aos aspectos físicos, a escola foi construída em um prédio de dois andares. No primeiro andar temos um pátio descoberto, um refeitório, uma cozinha, uma sala de leitura, duas salas de aula, dois banheiros (um masculino e um feminino)com chuveiro e adequados à Educação Infantil e um banheiro destinado ao uso dos funcionários. No segundo andar, a escola conta com três salas de aula, um laboratório de informática e dois banheiros (um masculino e um feminino) e adequados à Educação Infantil.
	Algumas estruturas de importante relevância a escola não possui devido ao espaço físico em que foi alocada: acessibilidade para deficientes físicos e nem sala de recursos multifuncionais para atendimento educacional especializado, sala de professores, secretaria, biblioteca e parquinho infantil.
	Em relações as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e equipamentos, a escola dispõe de um laboratório de informática equipado com cinco computadores para uso dos alunos, dois computadores para uso administrativo e dos professores, duas televisões, dois aparelhos de DVD, uma copiadora, duas impressoras, cinco aparelhos de som, um projetor de multimídias (Datashow) e uma máquina fotográfica digital.
	O quadro de funcionários conta com um total de doze funcionários que ingressaram na rede municipal através de concurso. Sendo:
	Nº
	CARGO
	ESCOLARIDADE
	1
	Diretora
	3º grau com especialização em Gestão Escolar
	1
	Orientadora pedagógica
	3º grau com espacialização em psicopedagogia
	7
	Professor 
	3º grau
	1
	Secretária
	2º grau
	1
	Zelador /ASG
	1º grau
	1
	Merendeira
	1º grau
	Funcionando em dois turnos, manhã e tarde, a escola consegue atender a 142 alunos distribuídos em dez turmas, cinco por turno. A organização das turmas se dá através do nível de maturidade e da idade cronológica de cada aluno.
	Dentro das salas de aula, laboratório de informática, biblioteca e refeitório o mobiliário é completamente adequado a realidade dos alunos. Têm uma boa altura e todos conseguem utilizar o espaço escolar sem auxilio de qualquer adulto, estão muito adaptados a escola e consegue-se notar que estão bem acolhidos e felizes no espaço escolar.
	A escola não oferece nenhum serviço além do qual se destina. É um espaço educativo, onde além de ensinar, instruir e acolher o aluno, também presta assistência a suas famílias, orientando quanto ao desenvolvimento e a como agir na criação das crianças. A equipe é altamente qualificada e consegue direcionar todos aqueles que venham precisar de algum tipo de auxilio de um profissional externo: médicos, psicólogos, dentistas, dentre outros.
1.1.4 Projeto Político Pedagógico
	Todo fim de ano é revisado o Projeto Político Pedagógico da escola junto com a equipe que irá trabalhar no ano seguinte. Os professores não só têm conhecimento, mas tem papel fundamental na construção do documento. Por este fato, podemos observar que há coerência entre a prática e o que está descrito no Projeto, agindo em consonância com o descrito na as Diretrizes e Parâmetros curriculares.
	Ao fim de cada projeto elaborado pela equipe pedagógica, há uma culminância em que a escola abre as portas aos responsáveis para que haja participação da família e da comunidade escolar, estratégia essa adotada para dar continuidade aos aprendizados escolares pedagógicos, psicológicos, afetivos, de formação de caráter e senso crítico. Geralmente a comunicação com os responsáveis é feita através de circular enviada pelo caderno do aluno, os responsáveis são orientados a ver as mochilas de seus alunos todos os dias, além disso, há reuniões com estes responsáveis a cada fim de bimestre, para que as professoras conversem com cada um sobre a respectiva criança entregue os relatórios.
CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
A prática de estágio e observação pedagógica está sendo realizada na Educação Infantil, turma de Pré I. Os alunos são muito espertos e ativos, demonstram sempre muito interesse nas atividades propostas, mesmo que alguns deles mostrem de maneira mais tímida.
Uma das alunas é portadora de necessidades educativas especiais (déficit de atenção e hiperatividade – TDAH). Esta criança tem acompanhamento médico e psicológico, sendo assim está controlada e estável, não perturba a dinâmica da aula, acompanhando o ritmo e a evolução da turma.
Em linhas gerais a turma é muito boa e comportada. Os alunos são extremamente motivados e empenhados, graças às estratégias desenvolvidas pela professora e equipe pedagógica.
O planejamento e atividades pedagógicas
Uma das peças fundamentais para o sucesso no processo de aprendizagem do aluno, é o planejamento. Através dessa ferramenta, o professor pode rever a prática e refletir em relação as atividades adequadas a realidade da turma, podendo assim fazer adaptações necessárias para que o conteúdo consiga atingir a todos, propondo aulas prazerosas, estimulantes e interessantes para os alunos.
O planejamento da professora é baseado no que é preconizado pelo Ministério da Educação, no Projeto Político Pedagógico e nas discussões com a equipe pedagógica que acontece uma vez a cada quinze dias. Observa-se clareza, flexibilidade frente a imprevistos, utilização de metodologias variadas para a difusão do conteúdo e respeito ao aluno (realidade a qual está inserido, história de vida e conhecimentos que trazem previamente).
A professora não aborda somente os conteúdos, há uma preocupação com o desenvolvimento socioemocional e socioafetivo, corroborando para o processo de ensino aprendizagem que envolve a escolarização. Entendendo que cada um tem diferentes tempos de aprendizagem.
Há grande influência na abordagem interacionista em combinação com a construtivista dentro da sala de aula, já que todo o Projeto Político Pedagógico está baseado no desenvolvimento social, no qual a criança é compreendida como um ser com constante contato com a sociedade e tudo que a cerca.
Todo o conteúdo trabalhado com os alunos, são pensados para que ele possa construir conhecimentos paralelamente com o mundo que o cerca. Nesta fase do desenvolvimento, os conteúdos são pensados para desenvolver principalmente os domínios motor, afetivo e cognitivo, movimentos reflexos e complexos (coordenação motora fina, ampla e global).
Na grande maioria das vezes são preconizados trabalhos coletivos com cada um participando de um momento da construção de um resultado final. Cada um dos sujeitos é peça importante e fundamental, sem o qual não haveria o mesmo resultado se não fosse construído por muitas mãos.
Os conhecimentos e a vivência que os alunos trazem nunca são negligenciadas, antes de serem propostas as atividades, há uma conversa com as crianças para uma sondagem prévia para identificação do nível de conhecimento sobre o assunto a ser abordado, logo depois a professora faz a explanação pedagógica referente ao conteúdo, só aí, que a atividade de fato é realizada. Há uma grande interação com o currículo multicultural e a interdisciplinaridade.
A professora tem domínio completo da turma e consegue reter a atenção de todos de forma lúdica, em que todos participam, durante as conversas e desenvolvimento das atividades.
A sala de aula 
A sala de aula é bem equipada e construída, há espaço físico pertinente ao número de alunos alocados, há ventilação natural com grandes janelas gradeadas posicionadas ao longo da parede esquerda, além de três ventiladores de teto. É bem iluminada e arejada. As mesas e cadeiras estão dispostas em círculos e são pequenas, individualmente, cada carteira possui forma hexagonal e estão alocadas de cinco em cinco, adaptadas ao tamanho dos alunos atendidos. Na parte da frente há um quadro branco de tamanho médio e na parte de trás, há um grande tapete de emborrachado, uma caixa de brinquedos e uma estante ao alcance das crianças com alguns livros, uma vez por semana a professora faz a roda de leitura nesse espaço, além de ser utilizada nos dias de chuva durante o horário do recreio, pois não há pátio coberto na escola.
A sala é toda decorada com atividades produzidas pelos alunos, vogais, números, cores e formas geométricas. Possui também mural dos dias do mês, da semana e como está o tempo, outro mural divididoao meio: de um lado o nome de todas as meninas e do outro o nome de todo os meninos, através do qual a professora realiza a chamada diária.
A Rotina e o lúdico
Brincar é uma atividade completa e intrínseca a criança, através da brincadeira e do lúdico percebemos o desenvolvimento das capacidades de adaptação, interação, autonomia, habilidades cognitivas, solução de problemas, comunicação e função sensório-motoras.
A professora é muito próxima com os alunos, nota-se uma relação muito estreita. É receptiva e sempre escuta cada um dos alunos com muita atenção, não importa o que seja dito, elogia e realça as intervenções positivas, agradecendo sempre a colaboração das crianças, há grande dinâmica durante a realização das atividades com ela percorrendo toda a sala e intervindo sempre que necessário e por sim, sempre incentiva comportamentos corretos, como também recrimina o errado, mas sem expor ou constranger o aluno que o cometeu. Observei que ama a profissão e está muito realizada, embora confesse que a mudança necessária para a melhoria do ensino na Educação Infantil ocorra de forma muito lenta, ela faz a parte dela para programar ações que julga serem corretas para o desenvolvimento coletivo da turma e individual de cada aluno.
Apesar de a professora ter conhecimento e uma base forte na prática pedagógica, certas questões não foram explicadas, pois através da observação foi notado que algumas atividades propostas eram cumpridas de forma mecânica, eram muitas crianças demandando atenção ao mesmo tempo e muitas coisas a se fazer relacionadas a parte burocrática e de registro dos alunos. Mesmo assim, o lúdico e a brincadeira não deixaram de ser valorizados, pois como o citado, a professora tem completo conhecimento da importância do brincar para a formação e desenvolvimento desses alunos. Atividades baseadas no método Montessoriano, Piagetiano e Vygotskiano tinham prioridade e objetivos claros de acordo com a faixa etária de desenvolvimento.
Todos os dias os alunos chegam a escola e tem o momento do acolhimento, guardam suas mochilas no lugar correto, cantam uma música, contam coisas relacionadas ao cotidiano, fazem a chamada e descrevem o dia: dia da semana, do mês, como está o tempo e a chamadinha. Tudo isso ocorre em murais grandes e multicoloridos. As atividades ocorrem de acordo com o planejamento traçado pela equipe pedagógica e na hora da saída todos cantam uma música antes de ir embora, este momento a professora preza por acalmar a turma para que possam ir de maneira tranqüila para casa.
Duas vezes por semana há o momento de contação de histórias, um realizado pela professora e outro por um voluntário de uma O.N.G. do bairro, além de aula de dança, com uma menina pertencente ao mesmo lugar.
Avaliação
	Os alunos são acompanhados diariamente, isso torna a avaliação continuada e vai sendo dada de forma qualitativa através da observação e registro do professor, nessas anotações são descritos o desenvolvimento e progresso de cada aluno, mostrando como ele está adquirindo conhecimento e a maneira como ele constrói pontes e se relaciona interpessoalmente com os demais colegas da turma. Tudo isso é descrito em uma ferramenta (anexo) desenvolvida pelas professoras e a equipe pedagógica. Apesar de um pouco engessada, a professora é capaz de avaliar aspectos importantes do desenvolvimento, é necessária boa vontade para fazer uma avaliação completa, detalhada e adaptação da ferramenta.
	Todo este processo é direcionado pela orientadora pedagógica, juntas elas conseguem elaborar a melhor estratégia para que determinado conhecimento seja aplicado de maneiras diferentes, para que toda turma consiga acompanhar.
DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
2.1 Atividades Observadas
01/09/2017 – Dia de reconhecimento de todos os funcionários, do espaço físico, do Projeto Político Pedagógico e da unidade escolar. Com tais atividades foi possível visualizar como se estabelecem as diretrizes básicas de organização e funcionamento da escola, reconhecendo a identidade baseada na realidade sociocultural a qual está inserida, como são definidos os conteúdos do trabalho em consonância com o que o M.E.C. preconiza e como se dá a orientação vinda da Secretaria Municipal de Educação.
	Aconteceu minha apresentação e uma conversa com a professora com a qual fui designada para estagiar.
04/09/2017 – Quando toca o sinal, a professora se encaminha para o espaço que é destinado a organização da turma em uma fila. Os alunos já sabem para onde devem se dirigir. Assim que todos chegam a sala e se acomodam, a professora faz minha apresentação a turma e explica que estarei lá para ajuda-los.
	Há uma atividade realizada diariamente: existem três quadros diferentes, em cada um deles, respectivamente, devem descrever como está o tempo, quantos alunos estão presentes (número de meninos, de meninas e número total) e que dia é hoje.
	Uma vez por semana é realizada uma atividade integrada com voluntários da O.N.G. do bairro, neste dia foi realizada a oficina de contação de história, com o conto “A formiga e a cigarra”. Após ouvirem a história, houve um momento de reflexão conjunta para que todos pudessem chegar à conclusão de qual era a moral da história e quais os valores que eram transmitidos. Para retenção do que foi aprendido, a turma construiu um cartaz coletivo baseados na história.
05/09/2017 – É realizada a rotina diária: tempo, quantidade de alunos e dia da semana. Como está próximo o 07 de setembro, foi realizado um trabalho para reconhecimento das cores e das formas geométricas presentes na bandeira do Brasil colorindo com giz de cera uma atividade impressa.
	Após retornarem do intervalo, o momento foi o momento para explorar atividades para desenvolvimento psicomotor com cantigas de cunho patriótico: “Marcha soldado”, “Um tal de D. Pedro” (Rogério Azeredo).
	As crianças têm uma relação íntima de aprendizado quando os conteúdos preconizados são transmitidos de forma lúdica e participativa. Todos se mostraram muitos entusiasmados e satisfeitos com a atividade proposta.
06/09/2017 – Hoje a discussão foi sobre o sentimento de pertencimento a nossa nação. Resgate da cultura e da importância de honrar a Pátria. Os alunos se empolgaram muito e deram exemplos junto com a professora de brasileiros notáveis. Foi ensinado o hino nacional e após o intervalo, confeccionaram a bandeira do Brasil, a professora aproveitou a interdisciplinaridade com a matemática e chamou atenção para as cores e formas geométricas de nossa bandeira.
11/09/2017 – Qual a letra inicia o meu nome? Atividade lúdica com vários rótulos e embalagens de produtos conhecidos pelas crianças, que embora não saibam ler, conseguem identificar o que são e qual a função de cada um deles.
	Depois de separarem em categorias (limpeza, comestíveis, higiene pessoal e outros), cada criança escolheu um rótulo / uma embalagem ao qual a letra inicial correspondia com a letra inicial de seu nome. Com essa mesma embalagem, cada criança recortou sua inicial e colou no canto superior direito de sua carteira. 
	Ao final da aula, foi proposta a construção de brinquedos de sucata para que os materiais pudessem ser reciclados.
12/09/2017 – Continuação da atividade do dia 06/09/2017, com o reconhecimento e identificação de formas geométricas através de caixas de blocos lógicos distribuídas aos alunos. 
	Após o recreio, as crianças retornaram para um jogo muito estimulante e competitivo. A professora elaborou um jogo com as mesmas regras do Twister, porém introduziu as formas geométricas (quadrado, círculo, triangulo e retângulo), ao invés de apenas círculos, como é feito no original. A turma foi dividida em quatro equipe, as quais os próprios alunos escolheram o nome, criando uma competição entre as mesmas. As crianças se divertiram bastante e mal sentiram o tempo passar.
13/09/2017- Oficina de leitura com jovem voluntário da O.N.G. do bairro com a história “O Patinho Feio”, logo após uma roda deconversa para percepção do entendimento da história pelos alunos e captação de valores morais.
Quando retornaram do intervalo, foi realizada a recontagem da história utilizando fantoches através do aprendizado captado pelos alunos. Eles foram divididos em pequenos grupos, nos quais faziam essa recontação sem intervenção externa dos adultos presentes.
14/09/2017- Dia de vídeo e dança, mais uma vez, a O.N.G. que disponibiliza voluntários para a escola, envia um profissional. Desta vez foi o dia da professora de dança. Ela passou um vídeo e uma coreografia com a música “1,2,3 indiozinhos”, os alunos se divertem muitos com essas atividades que promovem o desenvolvimento através do lúdico.
	A professora e os voluntários da O.N.G. sempre procuram conversar para poder saber o conteúdo a ser desenvolvido, para que o mesmo possa ter conexão tanto nessas aluas extras curriculares quanto no que é desenvolvido pela professora.
	Ao retornarem do recreio, a professora realiza uma rápida roda de conversa sobre a letra “i” e quais palavras se iniciam pela vogal. Após a conversa, são desenvolvidas atividades para identificação da letra (mural e atividade impressa).
15/09/2017- As crianças começam a desenvolver o conceito de cores frias e quentes, o trabalho foi realizado com massa de modelar. A professora dificilmente perde a oportunidade de vislumbrar a interdisciplinaridade, aproveitou o momento e pediu as crianças para fazerem o traçado da letra “i”, enquanto estava terminando a construção de um painel sensorial com a mesma temática: fez a letra de diferentes formas, utilizando diversos materiais: lixa de parede, lã, areia, caroços de milho e macarrão. Cada criança pode passar a mão no painel seguindo o traçado da letra e observar as diversas formas que ela pode assumir.
	Quando voltaram do recreio receberam uma atividade impressa na qual deveriam fazer o traçado da letra “i” com um barbante e logo após escolher uma cor fria e pintar a letra.
18/09/2017 – Trabalho com material concreto (tampinhas de garrafa pet) para reconhecimento do numeral 6 e da quantidade que o representa. 
	Floresta das joaninhas: foi entregue para cada aluno uma das partes da caixa de uma pizza redonda com uma floresta e seis joaninhas. Os alunos colaram as costas de cada uma das joaninhas 6 sementes de feijão, 3 de cada lado, para representar as pintinhas pretas do inseto.
	Jogo de dados para associar numerais e quantidade. As crianças jogavam para o ar um dado gigante, uma por vez e tinham que escrever no quadro o numeral correspondente a face revelada pelo dado.
19/09/2017 - Hoje continuamos os trabalhos que envolvem o meio ambiente – seres vivos e preservação. A professora trouxe para a sala de aula enfeites com o motivo da primavera e todos nós decoramos a sala juntos. Após esta divertida atividade, sentamos em um círculo e discutimos a aproximação da primavera e o que podemos observa de mudanças na natureza com a sua chegada. As crianças mostraram que observam bastante as mudanças que ocorrem ao seu redor. Comentaram sobre o aparecimento das flores, borboletas, que os pássaros cantam mais alto e mais cedo, que começaram a se encher de folhas mais verdes e etc.
	A professora apresentou aos alunos a obra de Van Gogh “Girassóis”, a qual foi colada no quadro e as crianças através da observação deveriam fazer uma releitura da pintura com tinta guache em um pedaço de cartolina preta.
	Atividade lúdica com a música da Eliana “Primavera”, os alunos aprenderam a cantar a música e a professora deixou que eu fizesse com os alunos um momento de “Dança Criativa”, já que havia conversado com ela antes que trabalhei durante anos ensinando ballet para crianças e achamos que seria uma ótima ideia eu também poder oferecer essa vertente para os alunos. Foi muito divertido descobrir com eles quais os caminhos e possibilidades que o corpo de cada um pode criar, além de desenvolver a imaginação, a colaboração e o respeito com o outro, a coordenação motora, lateralidade noções de tempo e espaço, dentre outras coisas. Essa foi uma das atividades mais divertidas que realizei nesse tempo de estágio.
20/09/2017 – Contação de histórias: “ A Margarida Vaidosa”. Após a história, fizemos a dobradura de flores e em um cantinho da parede da sala, fizemos um grande jardim com todas as flores que foram confeccionadas.
	Mais tarde, após o intervalo, fizemos novamente a nossa coreografia da música “Primavera”, com os movimentos descobertos com a colaboração coletiva. Ao fim da atividade, senti no chão junto com os alunos e conversei com eles para saber quais tinham sido as sensações e impressões de cada um por ter construído uma coisa tão linda juntos. Não deixei de incentivar e elogiar cada um deles pelo trabalho bem feito. Mostrando a valorização do trabalho de cada um para a construção da atividade.
21/09/2017 – Anda dentro do tema de Meio Ambiente, hoje discutimos mais uma vez sobre as plantas, dessa vez dando importância para a árvore com a abordagem de sua importância e mostramos todas as partes que a compõe (raiz, caule, folha, flores e frutos).
	Ao término da discussão construímos uma árvore com o carimbo das mãos dos alunos.
22/09/2017 – Hoje eu estava muito empolgada, foi o dia em que eu e a professora acordamos que eu poderia ministrar uma aula e ela ficaria me auxiliando no que precisasse.
	Iniciei o dia como de costume, buscando as crianças no pátio junto com a professo, realizamos a rotina diária: chamadinha, previsão do tempo.
	Realizamos um passeio no entorno da escola, no qual observamos o meio ambiente e todas as árvores, apontando suas características marcantes. Após o passeio, tivemos uma conversa sobre a importância e benefícios da árvore para os seres vivos. Cantamos a música “Dona Árvore” – Bia Bedran e ao final cada aluno plantou um feijão em um potinho de café para observar o crescimento de uma planta.
25/09/2017 – Aula de meios de transporte e educação para o trânsito. Identificamos as cores do semáforo e o que cada uma delas quer dizer e logo após foi distribuído uma folha para que as crianças pintassem com giz de cera um semáforo.
	Entregamos a cada aluno um conjunto de tangram para que montassem um meio de transporte de sua preferência de acordo com as referências dadas no quadro.
28/09/2017 – Atividades para diferenciação de dentro e fora / maior e menor. Utilizados o Datashow da escola para fazer esta atividade sugerida por mim, levei o meu notebook. O objetivo da atividade era dizer se o meio de transporte estava dentro ou fora, ou ainda se era pequeno ou grande, de acordo com o referencial que lhes era apontado.
	Quando retornamos do recreio fizemos pesquisas em revistas para achar meios de transporte para que pudessem ser coladas no mural de construção coletiva. 
	No momento final da aula construímos um pequeno circuito no qual as crianças deveriam seguir os comandos de acordo com as cores do semáforo (passe, atenção e siga).
29/09/2017 – Rotina diária com os alunos e recreação com brincadeiras: cabra cega, o lencinho está na mão e passa anel. 
	Ao retornarmos do recreio, foi feita uma festa de despedida para mim junto com a turminha que me acolheu tão bem. Confesso que nesse dia, eu chorei. Foi muito bom ter sido tão bem recebida em um espaço de aprendizagem onde vejo que as crianças são felizes;
Atividades Realizadas
A aula escolhida para desenvolvimento junto a turma foi pensada por mim e pela professora, já que desde o início de minhas atividades de estágio havia deixado claro que apenas queria observar e jamais atrapalhar o curso natural da turma. Então, decidimos por dar continuidade a todo o planejamento que fora realizado anteriormente e que dentro dele, quando eu me sentisse à vontade e preparada, que eu poderia escolher um dia e um tema para abordar com os alunos e que ela faria o meu papel, apenas observaria e auxiliaria nos momentos de desenvolvimento das atividades no decorrer da aula.
Escolhi a aula que falava sobre o meioambiente, mais especificamente, sobre o tema “As Plantas”. Através dessa atividade pude trabalhar o lúdico a coordenação motora, noções de lateralidade e espaço/temporal, através da música e de uma pequena coreografia. Fizemos um passeio no entorno da escola destacando os pontos a serem observados pelos alunos para a realização das próximas atividades. Ao fim do passeio conversamos sobre tudo o que foi observado e a importância das plantas para o meio ambiente e os seres vivos, assim ampliando o conhecimento, oralidade e vocabulário. Como culminância, realizamos o plantio de uma semente de feijão utilizando copinhos descartáveis de café, um pouco de algodão embebido em água e uma semente de feijão. O retorno dos alunos foi muito positivo, pois fizemos desse dia, um dia de brincadeiras e aprendizado, onde todos puderam falar e exprimir suas opiniões sobre o meio ambiente e a preservação livremente. Muitos já tinham uma grande noção do tema que estava sendo abordado e como cada um de nós pode fazer a sua parte para a preservação de um todo.
	A todo momento eu e a professora auxiliamos os alunos no plantio dos feijões: desde a distribuição dos copos, pega adequada da quantidade de algodão necessária, quantidade de água a ser embebida no algodão, até a seleção de sementes para a realização da atividade.
	Ao final da atividade, fiz questão de observar o trabalho desenvolvido por cada um e os elogiei individualmente pelo empenho e capricho na realização da tarefa, expliquei que a partir desse momento, eles que teriam a responsabilidade de observar e cuidar de sua plantinha para que ela não morresse.
	Ao término de tudo, organizamos a sala e colocamos nossos potinhos devidamente identificados em uma caixa de madeira para a observação do dia a dia de nossa plantinha.
	
Abaixo, segue o Plano de Aula para apreciação.
Plano de Aula
	PLANO DE AULA
	TEMA: Meio Ambiente: Seres vivos (plantas)
	OBJETIVOS 
	GERAL:
Desenvolver a consciência de preservação do meio ambiente;
Compreender a importância e o uso das plantas para o meio ambiente e os seres vivos.
Observar o desenvolvimento de um ser vivo.
	ESPECÍFICOS:
Perceber a diversidade de plantas existentes no local;
Identificar as partes das plantas;
Favorecer a construção de conhecimentos com o grupo sobre a importância das plantas.
	CONTEÚDO
	As Plantas
	METODOLOGIA
	
Passeio e observação do ambiente no entorno da escola;
Música: Dona Árvore – Bia Bedran;
Roda de conversa com os alunos: quais os tipos de plantas e as características de cada uma que foram observadas;
Plantio de uma semente de feijão.
	AVALIAÇÃO
	
A avaliação foi realizada através de anotações individuais de cada aluno onde foram observados: o interesse do aluno pelo tema, envolvimento e participação nas atividades propostas, interação e reflexão com o grupo, compreensão e expressão de ideias.
CONFRONTOS DA TEORIA E DA PRÁTICA
O Estágio Supervisionado é parte da formação curricular do professor pedagogo, o qual permite a possibilidade de contato com a realidade à qual será inserido como profissional da educação. O estágio possibilita, na prática, a “vivência das relações sociais com os sujeitos do cotidiano escolar” (FONTANA e GUEDES-PINTO, 2002, p. 9). Ademais, o estágio associa a relação teoria-prática, no que se refere às epistemologias pedagógicas, administrativas, jurídicas e financeiras da unidade escolar. Nesse sentido, o estágio é o momento em que o acadêmico vai até a escola para conhecê-la e desenvolver várias atividades, espaço esse que será seu futuro campo de trabalho. Consequentemente, conhecer as expectativas dos acadêmicos antes dessa inserção possibilita ao professor conduzir as orientações sobre esse momento com mais segurança. Além disso, é forte ferramenta para que se molde o profissional do futuro, possibilitando a construção de novas orientações até então não analisadas.
Observamos que durante muito tempo a educação infantil, foi negligenciada quanto as questões de planejamento de um trabalho direcionado: objetivos, conteúdos, metodologia, avaliação, replanejamento.... Os professores eram vistos apenas como tutores da infância, o cuidado era levado além do pedagógico, ou seja, era mais importante preservar a integridade física da criança.
Amadurecendo em muitos aspectos, mostrou a que veio: contribuir para o desenvolvimento saudável do ser humano desde os primeiros momentos de vida. Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a necessidade de que as escolas de Educação Infantil incorporem de maneira integradora as funções de educar e de cuidar focando na aprendizagem significativa.
Segundo Ausubel (1963.), “a aprendizagem significativa no processo de ensino necessita fazer algum sentido para o aluno e, nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno”.
A construção de um adulto consciente, produtivo e feliz está diretamente relacionada com o que é oferecido nos primeiros anos de vida das crianças. No período de zero até os 3 anos, se estabelecem as bases do desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial. Entre 5 e 6 anos, a criança já consegue refletir qual a consequência de determinada atitude, qual a consequência ante a comportamentos bons e ruins. Toda a experiência as quais forem expostas oferecerão às crianças condições para que se torne um adulto capaz de conduzir com autonomia a sua vida. “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (LDB 1996. Art.29).
Observei o incansável trabalho da professora ao promover o respeito entre as crianças e a aceitação das diferenças. Desenvolvendo os conhecimentos através dos conteúdos sempre aplicados com base no currículo integrado e na interdisciplinaridade. Sem que os alunos percebessem, a professora estava trabalhando conceitos que giravam em torno do trabalho em equipe e da cooperação, mostrando que para a construção de um todo, a participação de cada aluno era necessária. Segundo Vygotsky, todo esse trabalho cooperativo no caminho da aprendizagem. De acordo com Wertsch (1985, p. 60), “...“Os processos inter-psicológicos envolvem pequenos grupos de indivíduos ocupados com interações sociais e são explicados em termos da dinâmica e das práticas comunicativas de pequenos grupos. ”
Muitos professores acreditam que crianças são “tábulas rasas” e que não trazem nada consigo. Entram em sala de aula com a visão que primeiro o aluno deve aprender o que está compreendido nos livros didáticos e métodos engessados. Acredito na importância do conhecimento acumulado e das experiências de vida que cada aluno carrega consigo. De acordo com Ausubel (2000 p. 155), “...a principal função do organizador prévio é a de servir de ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de que o material possa ser aprendido de forma significativa”. Ao observar, discutir e propor atividades com a professora regente da classe, tentei ao máximo preservar essa visão. Adaptando os conteúdos sempre que possível e mantendo um diálogo aberto com as crianças para identificar quais pontos de conhecimento relacionado ao assunto a ser aplicado poderiam ser aproveitados.
A professora é muito responsável, carinhosa e luta muito por sua turma. Claramente nota-se que sua maior preocupação é a que todos os alunos em sala de aula tenham o mesmo aprendizado sempre dando um jeitinho para que todos realizem as atividades propostas. Pensando sempre em respeitar tempos e espaços, criando ambientes que possibilitem às crianças ampliar suas experiências, autonomia e que se desenvolvam em todas dimensões humanas: afetiva, motora, cognitiva, social, imaginativa, lúdica estética e criativa. 
Segundo FARIA (1998), os esquemasafetivos levam à construção do caráter, são modos de sentir que são adquiridas junto com as ações exercidas pelo indivíduo sobre as pessoas ou os objetos. Os esquemas cognitivos conduzem para a formação da inteligência, tendo a necessidade de serem repetidos. 
É importante considerar que na pré-escola o processo de ensino-aprendizagem deve ter um olhar especial no qual respeite as fazes de desenvolvimento do aluno. Uma prática educativa na qual os recursos sejam altamente adaptáveis ao público que se direciona.
Na maioria das vezes durante as aulas foram utilizados materiais concretos como estratégia para a reflexão do aluno e para que ele pudesse colocar em prática a experiência acumulada que traz consigo.
Assim, a formação escolar propicia o desenvolvimento de capacidades que vão além dos conteúdos, ou seja, que favorece a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais, e também possibilita aos alunos usufruir de diferentes manifestações culturais. 
A educação escolar é uma prática libertadora que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade a de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas. Estas condições são fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente. (PCNs, v.1, 1997).
Durante a observação, percebemos que a turma apresenta um bom desempenho. No entanto, há dois alunos que apresentam dificuldades no que diz respeito à motricidade e uma aluna com T.D.A.H. Diante disso, surgiu a necessidade de passar aos alunos com dificuldades, atividades diferenciadas. Nesse sentido ressalta Zabala: “Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as particularidades dos processos de aprendizagem de cada aluno (diversidade) ” (ZABALA, 1998, p.2). Pode -se dizer que o professor tem que levar em consideração a particularidade do indivíduo, no que diz respeito a questão da formação dos processos de aprendizagem, identificando a dificuldade do aluno e posteriormente adaptar o conteúdo às suas necessidades de aprendizagem.
A escola não pode ser um espaço apenas para a aquisição de conteúdo. Os alunos são sujeitos ativos no processo de ensino-aprendizagem, O papel do professor e da escola é propiciar oportunidades que tornem os alunos sujeitos capazes de analisar criticamente a realidade de nossa sociedade, onde inúmeras oportunidades surgem instantaneamente, por isso é através da aprendizagem significativa que os educandos não se tornam meros receptores de informações. Construindo uma aprendizagem que caminha na interação dos aprendizes com o professor, para uma ponte até a aprendizagem significativa.
 A aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles. Esta conexão entre o desenvolvimento e aprendizagem acontece através da zona de desenvolvimento proximal até chegar ao ponto que o indivíduo alcance o nível de desenvolvimento potencial. (Vygotsky 1989).
Assim finalizo com a concepção Freireana, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. ” (FREIRE, 1996, p.47).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A medida que somos expostos a realidade, as situações do dia-a-dia acabam vindo à tona, não temos como saber disso se apenas formos expostas as teorias abordadas durante as aulas. De fato, isso nos ajuda a responder aos questionamentos que levantamos durante todo o curso em ralação a qual caminho dentro de todo o contexto educacional que iremos seguir, esse espaço aberto é crucial para a formação do futuro pedagogo.
Ao longo do estágio, uma das maiores percepções foi a da importância de conhecer a realidade de uma instituição escolar para que possamos como docentes, criar as melhores estratégias de intervenção para com os alunos e a comunidade escolar. 
A experiência a qual fui exposta durante o período de estágio, serviu para ampliar o significado do que, em minha visão, é ser profissional da área de educação: compreendi as barreiras enfrentadas dentro do sistema educacional para alcançar a legitimidade e o objetivo maior, que é o desenvolvimento e o aprendizado pleno de cada criança que passe por minhas mãos. Coisa que foi muito além do que complementar minha formação acadêmica. 
Educação é sinônimo de comprometer-se, assumir novas posturas, ousando e dando a devida importância na forma de trabalhar para que as crianças possam desenvolver as suas potencialidades cognitivas e psicológicas, compreendendo que a escola como um espaço prazeroso. 
Para quem está de fora, o trabalho na educação infantil é considera uma tarefa fácil, mas basta ter um olhar mais profundo que toda essa premissa cai por terra. É preciso muito mais do que apenas executar um monte de atividades sem sentido para distrair as crianças, é preciso o ato de ação-reflexão-ação contínua, busca constante por metodologias que correspondam aos interesses infantis e que valorizem sua cultura. 
Estar na escola em uma sala de aula, superaram minhas expectativas, uma vez que vendo as atividades realizadas pela professora eram completamente coerentes com o Projeto Político Pedagógico, com os planos traçados pela orientação pedagógica e pelo que espero de um profissional da educação comprometido em mudar o mundo.
Só posso dizer que vou carregar um enorme aprendizado. A oportunidade de estar em uma escola humilde e com poucos recursos, porém que se preocupa com o aluno e que realmente funciona, me faz ter esperanças de que podemos proporcionar um grande futuro aos nossos alunos, basta ter boa vontade. Absorvi tudo o que pude ao observar a metodologia de trabalho dos profissionais que lá estão inseridos.
Fui bem recebida, acomodada e ajudada em todos os momentos em que precisei. A professora com quem eu tive o prazer de realizar os trabalhos e preparativos estará sempre em minha lembrança como figura de inspiração, respeito e admiração, auxiliando-a aprendi bastante. Compreendi com mais clareza que ser professor é oportunizar aos alunos momentos agradáveis para que assim possam adquirir uma aprendizagem significativa, e não se tornarem meros receptores de informações. Nessa experiência pude refletir e (re) construir meus conhecimentos junto e através dos alunos. 
BIBLIOGRAFIA
AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning. New York: Grune & Stratton, 1963.
AUSUBEL, D.P. The acquisition and retention of knowledge. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2000.
BRASIL: MEC/SEB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf. Acessado em 10/11/2017.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1997ª, v.1.Edição, 2001.
FARIA, Anália Fernandes Rodrigues De. (2000). Desenvolvimento da criança e do adolescente Segundo Piaget. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1998.
FERNANDES, Reynaldo; GREMAUD, Amaury. Qualidade da educação básica: avaliação, indicadores e metas. In: VELOSO, Fernando et al. (Orgs.). Educação básica no Brasil: construindo o país do futuro. Rio de Janeiro: Elseiver, 2009.
FONTANA, R. A. C.; GUEDES-PINTO, A. L. Trabalho escolar e produção do conhecimento. In: NETO, A. S.; MACIEL, L. S. B. (Org.). Desatando os nós da formação docente. Porto Alegre: Mediação, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 27ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KAJIHARA, O. T.; GODOY, M. A. B. A importância do professor na identificação do respiradororal na infância. In: RODRIGUES, E.; ROSIN, S. M. (Orgs.). Infância e práticas educativas. Maringá: Eduem, 2007.
VALADARES, J. e Moreira, M.A. A teoria da aprendizagem significativa: sua fundamentação e implementação. Coimbra: Edições Almedina, 2009.
VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Wertsch, J. Vygotsky and the social formation of mind. Cambridge (USA): Harvard UniversityPress, 1985.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar, 1998.
ANEXOS
6.1 Método de avaliação utilizado pela escola
Quadros da sala de aula e atividades desenvolvidas
 Janelinha do tempo
Chamadinha
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��� SHAPE \* MERGEFORMAT �
Árvore com carimbo de mãos
Quadro inspirado em Girassóis de Van Gogh
Plantio de Feijões

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