Prévia do material em texto
Movimentos Eruptivos e Esfoliação Dentária O processo pelo qual o dente se desloca do local em que inicia seu desenvolvimento – a cripta óssea – até alcançar o plano oclusal na cavidade oral. Termos: erupção, nascimento e irrompimento (termo mais técnico). Fases dos Movimentos Eruptivos: Pré-eruptiva: pequenos movimentos de acomodação do germe durante os seu desenvolvimento. Não faz parte da erupção propriamente dita. Erupção intra-óssea: coroa do dente desloca-se para a cavidade oral, porém ainda dentro do osso, até chegar na mucosa oral. Estabelecimento do canal gubernacular e reabsorção óssea. Velocidade de erupção 1 a 10 micrometros por dia. Penetração na mucosa: velocidade de erupção aumenta e o dente alcança o epitélio. Epitélio oral se funde com o epitélio reduzido do órgão do esmalte. Pressão do dente na lâmina própria, produz leve isquemia e prurido local. Epitélio reduzido do órgão do esmalte produz imunoglobulina E → reação de hipersensibilidade local → febre. Boa parte da raiz está formada mas o forame apical ainda é muito amplo. Fase de erupção pré-oclusal: dente se movimenta até alcançar o plano oclusal. Velocidade de erupção 75 micrometros por dia. Forças externas (lábios, bochechas, língua, etc), hábitos também (chupeta, respiração bucal, sucção do dedo, etc) e crescimento craniofacial interferem na direção do movimento eruptivo do dente. Fase de erupção pós-oclusal: dente alcança sua posição funcional no plano oclusal, erupção quase estaciona, entretanto a capacidade de erupção permanece ao longo da vida. Estruturas de suporte do dente continuam se modificando, completando seu amadurecimento. Movimentos muito lentos, ao longo de toda a vida para acomodação nos arcos dentários: Movimentos de acomodação dos maxilares: finalizam-no final da segunda década, formação de osso na crista e no assoalho alveolar Movimentos para compensar o desgaste oclusal: compensação → formação de cemento celular no ápice radicular. Movimentos para acomodar o desgaste interproximal: Mecanismos do para o movimento eruptivo: É um evento multifatorial, que envolve a ação dos tecidos que estão ao redor do dente, sinalização genética, fatores de crescimento, moléculas variadas Teorias: Crescimento da raiz: impulsionaria o dente em direção a oclusal, pelo anteparo da presença do osso alveolar. Experimento Marks e Cahill - dentes sem raiz erupcionam normalmente. Experimento fixação coroa de dente de rato – fixação não impede a formação de raiz. A raiz não pode ser considerada como única responsável mas tem participação. Ligamento Periodontal: colágeno, fibronectina e proteoglicanos em conjunto com fibroblastos teriam certa contratilidade e motilidade. Experimento dente de rato com a coroa dentária cortada. Ligamento pode não ser o mais importante mas controla a velocidade do movimento. Folículo Dentário: É a mais bem aceita atualmente mas não pode ser considerada como a única responsável. Trabalho I – mostrou que foi a única estrutura requerida para a coordenada ampliação da via de erupção. A reabsorção e formação óssea alveolar é regulada por partes do folículo dentário. Trabalho II - em dentes de cachorro, remoção do folículo dentário por meio de raspagem - no dente em que ouve remoção não erupcionou, no que foi removido mas reimplantadas algumas células erupcionou. Esfoliação Dentária: Dentes decíduos servem como via eruptiva para os permanentes. Nos dentes posteriores, a coroa do dente permanente ocupa os espaço entre as raízes divergentes dos decíduos. Nos dentes anteriores, o dente permanente fica por palatina ou lingual dos decíduos. Como ocorre a esfoliação? Por reabsorção dos tecidos dos dentes decíduos - tecidos duros → odontoclastos. Como ocorre o desaparecimento dos tecidos moles? (polpa e ligamento periodontal) por meio da apoptose – morte celular programada Por que acontece a esfoliação? porque é um evento programado, em 80 % por determinação genética. Dentes permanentes – decíduo esfolia lentamente.