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RESUMO LABORATÓRIO CLÍNICO

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RESUMO LABORATÓRIO CLÍNICO 
 
SANGUE – ERITOGRAMA/HEMATÓCRITO 
 Diferença de soro e plasma? 
o Fibrinogênio com ação de cálcio se transforma em fibrina, quando há 
coagulação espontânea do sangue, forma-se o soro sobre o depósito de 
cálcio 
o Quando o fibrinogênio não consegue se transformar em fibrina é por 
conta do uso de anticoagulantes como EDTA, citrato e heparina. O 
sangue + anticoagulante é usado para o hemograma, ele se separa em 
formas figuradas ao fundo e acima o plasma que é formado por água, 
proteínas, sais, lipídeos e glicose 
 Coleta é feita a partir de esfregaço de sangue fresco de forma diferencial e 
usada uma tabela média para cada espécie 
 Hemáceas (glóbulos vermelhos) carregam oxigênio, leucócitos (glóbulos 
brancos) fazem defesa e, plaquetas e proteínas mantém a hemostasia 
 Vários fatores interferem no hemograma como sexo, idade, nutrição, 
tempo de coleta e método, região e estresse 
 Células sanguíneas tem origem na medula principalmente quando adultos, 
em fetos a produção começa no baço, fígado 
 Hematopoese 
o Célula totipotente (stem cell) tem capacidade de se transformar nas 
outras células por estímulo de mensageiros como interleucina, citocinas 
e hormônio eritropoetina 
o Medula óssea gera célula hematopoiética que se transforma em 
macrófago (destrói hemáceas), basófilo, eosinófilo, neutrófilo, eritrócitos, 
plaquetas e linfócitos B e T 
 Eritropoese é a transformação até as hemáceas, de animais domésticos 
perdem seu núcleo no processo 
o Proeritroblasto – eritroblasto basófilo – eritroblasto policromático – 
eritroblasto ortocromático – reticulócitos - hemáceas 
 Hemáceas (eritrócitos) tem estrutura bicôncava, função de carrear O2 
(alostérica) e hemoglobina (possui ferro), utiliza energia anaeróbica, 
utilizando o mínimo possível de oxigênio 
o Hemáceas fantasmas não se veem muito na coloração 
 Ciclo da hemoglobina e bilirrubina 
o No sangue a hemácia é destruída – hemoglobina é liberada (as proteínas 
viram aa que vai para depósito junto do Fe) – se transforma em 
protoporfiria (heme) – biliverdina que com ação da enzima biliverdina 
redutase – bilirrubina indireta/não conjugada/insolúvel que se associa a 
albumina 
o Ela é sequestrada/capturada pelo fígado e entra no hepatócito se 
desligando da albumina e com ação do ácido glicurônico + enzima 
glicuronidase – bilirrubina direta/conjugada/solúvel, ela é um pigmento de 
cor amarela, drenada pelos canalículos biliares via colédoco – vesícula – 
duodeno 
o No intestino pode ter ação de bactérias da flora transformando B. direta 
em urobilinogênio – 
1. Se transforma em estercobilinogênio que vira estercobilina que dá 
cor as fezes 
2. Vai para circulação porta-hepática – fígado e refaz o ciclo 
3. Circulação – rins e é excretado traços de urobilinogênio na urina 
o Logo se uma pessoa tem um cálculo do colédoco, a bilirrubina começa a 
se acumular e torna o animal ictérico, não possuindo urobilinogênio na 
urina e as fezes ficam brancas 
 Hematócrito ou volume globular (VG) – centrifugação do sangue que faz 
com que se calcule % de células vermelhas. O tubo apresenta ao fundo uma 
camada de hemáceas (GV), leucócitos (GB) e plaquetas que são as formas 
figuradas e plasma 
o Calcula com o nível de células figuradas total que é, exemplo: 10 cm em 
100%, como o de hemáceas é 5 cm em x% = 50% de células vermelhas 
 Anemia – é mielotóxica, apresentando sinais como falta de ar, mucosas 
brancas e palidez 
o Pode apresentar hemácias normais 
o Relativa é quando apresenta anemia por deficiências nutricionais e a 
absoluta é a verdadeira, quando realmente apresenta problemas nas 
hemáceas, como em processos patogênicos 
o VCM – classifica o tamanho das hemácias em macrocíticas, microcíticas 
e normocíticas 
o CHCM – classifica quantidade de Hb nas hemáceas em normocrômicas 
e hipocrômicas 
 Anemia regenerativa – medula funciona (muita anisocitose), hematócrito 
usado em cão e gato, em equinos precisa do uso de mielograma, pois não 
possui reticulóides na circulação para avaliação. 
o Pode apresentar elementos de regeneração como reticulócitos > 1 
 Anemia arregenerativa (não regenerativa) – medula não funciona (muita 
policromasia), comum em processos crônicos, menos hemáceas, 
hematócrito e hemoglobina, pode apresentar VCM e CHCM normais 
o Pode apresentar reticulócitos < 1 na maioria dos casos 
 Anemia normocítica e normocrômica – queda de eritropoese em doenças 
crônicas, apresentando resposta reticulocitária ausente ou insignificante e 
VCM e CHCM normais 
 Anemia microcítica e hipocrômica – surge a partir de insuficiência de Fe, 
hemorragia crônica, deficiência de Cu e piridoxina, apresenta VCM e CHCM 
diminuídos 
 Anemia macrocítica e hipocrômica – reticulocitose como resposta da 
anemia aumentando VCM e diminuindo CHCM, então tem como 
consequência triângulo da hemorragia – hipoproteína + anemia + 
reticulocitose (aumento de reticulócitos) 
 Anemia microcítica e normocrômica (menos VCM, CHCM normal) e 
Anemia normocítica e hipocrômica (VCM normal e CHCM baixo) – 
deficiência de Fe 
 Microscopia das hemáceas 
o Anisocitose – tamanhos diferentes, analisa o VCM – normocitose, 
macrocitose ou monocitose 
o Policromasia – cores diferentes, analisa CHCM – normocromia e 
hipocromia 
o Poiquilocitose – formas diferentes, como target cells (anemia 
arregenerativa), carenada, esferócitos (anemia hemolítica) e corpúsculo 
de Heinz (acoplado ao redor de hemácias) 
 Reticulócitos – possui material agregado (restos de RNA), contém 
pontilhados dispersos 
 Plaquetas – origem medular, não possuem núcleo, são pedaços do 
citoplasma megacariocítico, participa da cascata de coagulação e age como 
tampão, podem ser associadas a neoplasias 
o Satelismo – plaqueta em volta de neutrófilos segmentados 
o São destruídas por macrófagos ou sequestradas fazendo deposição no 
baço e fígado 
o Mielodisplasia – plaquetas não funcionam direito 
o Trombocitose – aumento da mobilização de plaquetas do baço e nos 
pulmões, pode aparecer de forma secundária sendo aumento transitório 
de plaquetas 
o Trombocitopenia – aparecimento de petéquias, causada por produção 
anormal ou remoção acelerada de plaquetas 
 Hemossedimentação (VHS) – teste não especifico de precipitação de GV 
servindo para triagem, feito até 6 horas pós coleta 
LEUCOGRAMA – GLÓBULOS BRANCOS 
 Na medula granulócitos polimorfonucleados geram neutrófilos 
segmentados, eosinófilos e basófilos. 
 Agranulócitos mononucleados geram linfócitos nos órgãos linfoides e 
medula e monócitos na medula 
 É dado o número relativo (ideia) no leucograma, mas para análise se faz 
cálculo de GB está para 100%, assim como a quantidade de célula em % 
está para um número absoluto (certeza) 
 N/L < 1, ou seja, a quantidade de neutrófilos sobre linfócitos tem que ser 
menor que 1 
 Leucocitose – aumento de leucócitos = células maduras > células jovens 
 Leucopenia – diminuição de leucócitos = células maduras < células jovens, 
associada a problemas na medula 
 Neutrófilos segmentados – principal função é fagocitose (destruir agentes 
externos) e participa da reação anti-inflamatória destruindo células infectadas 
o Equinos, cães e gatos possuem mais e em bovinos menos, pois a medula 
não possui muita reserva 
o Se tem mais no sangue = menos na medula (para de produzir por um 
tempo) 
o Pool fabricado e pool reserva (quantidade indefinida) que libera pool 
circulante nos capilares que são os neutrófilos usados e quando vai para 
tecidos (pool tecidual) não pode retorna então são destruídos, por conta 
da ação de adesina (corticoideretira ela), o neutrófilo também pode ficar 
marginal (pool marginal) nos capilares 
o Na medula a célula tronco se transforma em mieloblasto – promielócito – 
mielócito – metamielócito e no sangue bastonete – neutrófilo segmentado 
 Neutrofilia – aumento de segmentados por febre, exercícios, corticoide, 
processos infecciosos ou inflamatórios, anemia hemolítica 
o Gasta todos neutrófilos da circulação, medula começa manda neutrófilos 
jovens aumentando eles na circulação causando desvio a esquerda 
o Desvio a esquerda – aumento da produção de neutrófilos jovens, pode 
ter em observações aumento de corpúsculos de Dohle 
 + ou leve = aumento de bastonetes 
 ++ ou moderado = metamielócitos 
 +++ ou marcado = mielócitos e promielócitos 
 ++++ ou acentuado = mieloblasto 
o Em relação a produção medular pode ser regenerativa (leucocitose) ou 
degenerativa (leucopenia) 
 Neutrófilos tóxicos – são granulações tóxicas em doenças inflamatórias 
intensas ou toxemia 
 Neutropenia – diminuição de segmentados na circulação por causa de 
deficiência na produção medular, processo inflamatório grave, desvio maior 
para pool marginal, se possuir desvio a esquerda é horrível 
 Eosinófilos – produção na medula, dentro deles há grânulos com histamina, 
servem para fagocitose, mas menos que segmentados 
o Aumentam numa infecção crônica e diminuem em um aguda 
o Migram em relação pool marginal e circulante 
o Em lavado brônquico em caso de asma felina aparecem muitos 
 Eosinofilia – aumento da produção de eosinófilos, ficam no pool marginal, 
causa comum em processos alérgicos, parasitários, inflamatórios crônicos 
 Eosinopenia – diminuição da produção de eosinófilos, presença deles em 
tecidos comprometidos por processos alérgicos ou parasitários, estresse, 
processos inflamatórios agudos 
 Basófilos – são mais raros em cães e gatos, é comum basofilia (mais 
basófilos) se associar a eosinofilia, sendo mais comum em equinos e bovinos 
o Possui grânulos com histamina (hipersensibilidade) e heparina 
(anticoagulante para aumenta vascularidade na inflamação) 
 Linfócitos – linfócito B e T, são produzidos na medula e órgão linfoides, 
como linfonodos, timo, baço e placa de Peyer (no duodeno) 
o Recirculam = mais LT, ou seja, sangue – linfonodo – linfa – sangue 
o Servem para imunidade celular (LT) e humoral (LB), possuem efeito 
buster/rapel que seria ter memória para resposta 
o Corticoides causam imunossupressão diminuindo os linfócitos e ureia 
tende a destruir eles em casos de IRA 
 Linfocitose – aumento de linfócitos, o estresse causa liberação de epinefrina 
sendo muito comum em felinos na hora da coleta 
 Linfopenia – diminuição de linfócitos, pode ser causada por estresse 
também desviando Ls do sangue para outros compartimentos 
 Linfócitos ativados – Ls com transformação blástica, possui núcleo grande, 
nucléolo e citoplasma basófilo 
 Linfócitos atípicos – células grandes com modificação em seu núcleo 
(fendido), comum em doenças infecciosas e neoplásicas 
 Monócitos – origem na medula, quando estão em tecidos são denominados 
macrófagos, fazem fagocitose (RI) e liberação de mediadores 
 Monocitose – ocorre em processos como inflamação ou infecção crônica, 
pode ser associada a neutrofilia com desvio a esquerda, em cães aparece 
em leucograma de estresse 
 Monopenia – inflamação ou infecção aguda e casos de verminose (todos GB 
normais) 
 Monócitos tóxicos – fazem muita fagocitose, presentes em casos de 
septicemia aguda bacteriana 
 Leucograma de estresse – pode apresentar neutrofilia, eosinopenia, 
linfopenia e monocitose 
 
 
URINÁLISE 
 Análise comum da urina tipo I 
 No rim a presença do néfron e glomérulos, no filtrado glomerular passa algo 
parecido com plasma sanguíneo 
o Desidratação gera menos filtração glomerular 
o Glomérulo excreta, secreta e absorve fluídos 
 Cavalo possui muito carbonato de cálcio na urina 
 Coleta de urina é feita com cateter, sonda desprezando primeiros mLs, lavar 
local com soro fisiológico morno, feito palpação bimanual/bilateral da bexiga 
para estimular a saída da urina 
 Frasco – transparente ou de coloração âmbar para ter fácil visualização de 
conteúdo biliar, estéril em caso de urocultura 
 Conservantes – colocado na geladeira, mas não pode deixar que mude o 
pH da urina, amostra colocada em temperatura ambiente antes de análise, 
congelar a urina destrói elementos figurados, sendo só usado então quando 
é para provas químicas 
o Formalina, timol, tolueno e clorofórmio 
 Interpretar urianálise – análise de sedimentos, propriedades físicas e 
químicas, varia pelo metabolismo, líquido, alimentação e doenças 
 Exame físico – análise do volume, aspecto, odor, cor e densidade 
o Para ver volume de urina do animal é feito análise por 24h 
o Odor é suigeneris, ou seja, característico do gênero/espécie, variando 
o Densidade é massa (soluto)/volume, a padrão é a da água = 1000 ou 1 
o Aspecto límpido não indica que não há alterações e urina turva acontece 
quando há elementos figurados, necessariamente não é alguma doença 
o Cor comum é amarelo ouro, se apresentar cor roxa/preta é mioglobina 
 Exame químico – análise de proteína, nitrito, glicose, produtos biliares, 
corpos cetônicos, sangue oculto, urobilinogênio e pH 
o pH em herbívoros é alcalina, carnívoros é ácida e em onívoros varia de 
acordo com espécie 
o Bactérias Gram-negativas possuem uréase que transforma ureia em 
amônia (NH4) tornando a urina alcalina causando muitos problemas 
 Poliúria – alta eliminação de urina em um certo período, podendo ser 
compensatória a excesso de consumo de fluídos, farmacológica, IR e 
diabetes 
 Oligúria – diminuição da formação da urina pelos rins e menos excreção 
o Fisiológica – alta densidade, causada por uremia pré-renal 
(desidratação, choque e ICC) 
o Patológica – forma muita pouca urina, IRA primária, alterações 
glomerulares e tubulares 
 Glicosúria – glicose na urina normalmente é reabsorvida, mas em excesso 
acaba sendo excretada 
 Glicosúria fisiológica – causada por estresse, que leva a liberação de 
adrenalina e corticoide, principalmente em felinos 
o Glicosúria com hiperglicemia, como em casos de diabetes 
 Glicosúria patológica é a glicosúria nefrogênica sem hiperglicemia – 
glicose no sangue em excesso, causada por doenças renais congênitas e 
agudas 
 Diabetes – uso de lipídeos como fonte de energia gerando corpos cetônicos 
presentes na urina (cetonúria) 
 Bilirrubinas – em cães é normal aparecer traços na urina, usada para 
rastrear alterações hepáticas no gato 
 Sangue oculto – centrifuga-se a urina, detectar hemáceas, Hb e mioglobina 
o Falsos positivos – entra água na hemácea e rompe ela, gerando falso 
positivo, mesmo tendo origem como hematúria 
o Falso negativo – urina em repouso, nitrito, ácido ascórbico 
 Hemoglobinúria – presença de Hb na urina 
o Não urinária – tóxica (fármacos, elementos), agentes físicos, infecciosos 
o Urinária – em caso de urina muito diluída/mais alcalina 
 Mioglobinúria – mais rara, causada por trauma, tóxico e isquemia 
 Proteinúria – é o excesso/perda de proteína na urina, normalmente acontece 
que a carga elétrica do glomérulo é negativa e da proteína também se 
repelindo, mas as proteínas de baixo peso molecular passam para urina 
apresentando traços na coleta, por conta de algumas doenças, acaba 
passando mais que o comum 
o Pré renal/pré glomerular – acontece no sangue antes do rim, como a 
proteinúria de Bence Jones (positiva), é causada por mieloma, 
apresentando proteína de baixo peso molecular (PM) múltiplo 
(plasmócito)o Glomerular – alterações no glomérulo (rim) que impede saída de 
proteínas de alto PM, normalmente com ausência de piúria (leucócitos ou 
pus na urina) e hematúria 
o Pós-renal/pós-glomerular – causa após o rim, podendo ser da pelve até 
ureter, comum apresentar junto a hematúria e leucocitúria (piúria) 
o Pode ser mais de um local de causa, como glomerular + pós-glomerular 
o Falso negativo – de Bence Jones, urina acidificada 
o Falso positivo – urina alcalinizada, reagentes, contaminação 
 Urobilinogênio – produto de reações de bactérias anaeróbicas em intestino, 
está presente na urina, ausência ou excesso indica problemas 
o Aumenta quando há quantidade de bilirrubina direta levada ao intestino 
 Nitritos – ácido ascórbico proveniente de bactérias impede nitrato de se 
transformar em nitrito, pode apresentar falsos negativos 
 Sedimentroscopia – análise de parasitas, bactérias, fungos, cristais, 
espermatozoides, hemáceas, leucócitos, cilindros, células epiteliais, etc. 
o Serve para análise de elementos figurados em 400x no microscópio, o 
sobreandante acima é descartado 
 Hematúria – sangue na urina, utiliza exame de sangue oculto, tem como 
causa trauma iatrogênico (ocorre na administração na coleta), coagulação 
intravascular disseminada (CID), infecções (hemácias + leucócitos), estro 
(cio), IR, terapia com ciclofosfamida (falso positivo) 
 Leucocitúria – leucócitos na urina, causa principal é infecções por bactérias, 
sendo feito cultura por contagem de colônias e antibiograma, pode ocorrer 
processos não infecciosos como cálculos, se tiver piúria (pus) faz cultura e 
sem piúria pode ser por conta de jato trazendo bactérias do próprio trato 
urinário 
 Células epiteliais podem aparecer na urina 
o Renais – provenientes dos túbulos (raras) – significa doença se aparecer 
o Transicionais – origem de pelve, ureter, vesícula e uretra proximal 
(raras) – significa doença se aparecer 
o Escamosas – vagina ou pênis e uretra distal (presentes) – esfoliação 
celular e não significa doença necessariamente 
 Cilindros – elemento renal com origem da proteína de Tamm-Horsfall 
(proteinúria), no tubo dos cilindros vai ter pH muito ácido, redução do fluxo 
glomerular e privação de oxigênio 
o Cilindrúria – cilindros renais na urina que se precipitam quando falta 
oxigênio, aparecendo apenas em doença glomerular 
o Hialinos – comuns em veterinária, composto de proteína de Tamm-
Horsfall, transparentes e homogêneos 
o Gordurosos – comuns também, acúmulos de lipides no citoplasma antes 
da descamação tubular 
o Bilirrubinas – em casos como leptospirose que causa problemas renais 
e no fígado 
o Hemáticos – apresenta hematúria, dando sangue oculto positivo, usado 
corante para gordura (Sudam Black) para diferenciar 
o Mistos – podendo ser gorduroso + hialino 
o Urinas normais não apresentam cilindros, mas também animal pode não 
ter cilindros, mas não quer dizer que ele não possui nenhuma doença 
tubular como por ex.: animal A apresenta cilindros na urina, mas infecção 
aguda, ainda possuindo néfron e animal B apresenta bem pouco cilindros 
na urina, mas sua infecção é severa, não possuindo mais néfron, então 
o animal A mesmo com a presença pode ter melhora e animal B mesmo 
não tendo muito indício chega a óbito, tem que ser feito mais exames 
para realmente dar um diagnóstico 
 Bacteriúria – muito associada a leucocitúria, maior casuística em machos 
por conta da anatomia, animais geriatras e felinos com infecção urinária 
 Fungos e leveduras – geralmente são contaminantes, ou seja, infecção não 
está propriamente na urina, é feito cultura pelo meio seletivo para fungos Ágar 
Saboraud 
 Parasitas gerando doenças no sistema renal/urinário ou de forma secundária 
 Espermatozoides – são formados por proteína dando proteinúria positiva 
quando estão na urina, pode acontecer por conta de macho ejacula na hora 
da coleta ou ter resquícios na uretra 
 Lipides – atrito entre células do epitélio tubular (fisiológico) ou degeneração 
citoplasmática em células dos túbulos renais 
 Cristalúria – cristal na urina, formados por alteração em temperatura, pH, 
alimentação, uso de medicamentos específicos, pode apresentar fator de 
risco para urolitíase 
o Cálculo possui pH ácido, básico ou os dois, podendo apresentar 
hematúria também 
o Shunt postosistêmico é a amônia causando encefalopatia hepática –
amônia fica na circulação formando urato de amônia que gera cristal, tem 
que ser feito tratamento cirúrgico, é comum em cães, como na raça 
Yorkshire 
o Cálculo estruvita – formado na urina infectada, comum em felinos 
BIOQUÍMICA 
 Sistema urinário – proteína sofre hidrólise formando aminoácidos que 
geram a amônia que no fígado gera ureia que é 75% excretada pelo rim ou 
reabsorvida 
 Para analisar a ureia animal deve estar em jejum em média por 12 horas, 
quanto menos proteína = menos ureia 
 Análise da ureia – usa-se soro, tem que ser feita com cuidado a coleta, pois 
a hemólise tem influência e o exame deve ser feito no mesmo dia da coleta 
 Aumento da ureia pré renal – o rim está normal, uso de proteína como 
energia em período de longo jejum, como equinos em provas 
o Aumento do catabolismo proteico – quebra de proteínas 
o Anabolismo reduzido – menos hormônio de crescimento 
o Menos filtração glomerular por conta de menos fluxo sanguíneo, gerando 
menos pressão oncótica da albumina 
 Aumento da ureia renal – por conta de doenças renais familiares, como rim 
policístico em gatos de pelo longo (persas), nefrite intersticial, falência renal 
 Aumento da ureia pós-renal – desordens congênitas, cálculos, neoplasias, 
ruptura da bexiga, erro de técnica com contaminação pôr amônia 
 Diminuição da ureia – não é algo tão preocupante, insuficiência hepática 
levando a não transformação de amônia em ureia, esteroides anabólicos, 
dieta hipoproteica e diabete insípidus 
 Creatinina – usada para avaliar função renal, pois é totalmente excretada 
pelos rins, está relacionada ao músculo por ser seu local de estoque 
o Em dieta hipoproteica tem diminuição de ureia, mas creatinina fica normal 
por conta de não afetar reserva 
o Coleta – usa-se soro e hidrólise interfere na avaliação 
 Aumento creatinina pré renal – possível identifica quando urina está 
concentrada ainda, menos perfusão renal, desidratação e choque 
 Aumento da creatinina renal – não apresenta concentração, faz avaliação 
do fósforo para avaliar comprometimento do néfron/glomérulo e usando como 
diferencial para avaliação do cálcio 
o Doença renal crônica – não volta função dos néfrons, presença de 
anemia não regenerativa, pois não há eritropoetina (estimula produção 
de GV), tendo junto menos plaquetas e linfopenia 
o Doença renal aguda – aumentando fosfato e potássio, mas pouca 
diminuição ou quase normais valores de cálcio, tendo oligúria – poliúria 
 Aumento da creatinina pós-renal – Obstrução do trato urinário, ruptura da 
bexiga e exercícios severos 
 Diminuição de creatinina – caquexia e prenhez 
 Clearence de creatinina – avaliação da urina de 24 horas junto ao exame 
de sangue para avaliar creatinina sanguínea 
 Clearence da ilumina – coleta de sangue de 30 em 30 minutos formando 
gráfico, vai diminuindo a quantidade de creatinina ao longo do período 
 SDMA – metilação da argemina, é um indicador sensível para detectar 
doença renal 
 Proteína urinária/creatinina urinária < 0,2 – entre 0,2 e 0,5 é usada para 
proteinúria renal sendo preocupante 
 Dimorfismo eritrocitário urinário – hematúria na urina faz diferenciação de 
formas das hemáceas para saber se é renal glomerular ou não (como tubular) 
o Isomórfica – nãoé glomerular 
o Dismórfica – é glomerular 
PROVAS PARA FÍGADO 
 Fígado como glândula metaboliza, sintetiza (vitaminas e proteínas) e faz 
excreção, possuindo hepatócitos, ductos biliares e rico suprimento sanguíneo 
 A biliverdina com ação da enzima biliverdina redutase se transforma em 
bilirrubina, enzimas do fígado tendem a acelerar esse processo, então se faz 
análise delas com testes enzimáticos e de função hepática (bilirrubina) 
 São analisados dois tipos de enzimas 
o Enzima de necrose – aparecem na alteração da permeabilidade da 
membrada celular, como injúria celular 
o Enzima de colestase – quando há obstrução de ducto biliar onde há 
grande quantidade de estase de líquido biliar (colestase) 
 Isoenzimas – são enzimas que além de terem no fígado, possuem 
semelhantes em outros tecidos, como no caso do AST que possui 
semelhantes na musculatura cardíaca e esquelética, para realmente saber 
de que parte está vindo a enzima e onde está sendo afetado, utiliza em 
conjunto a parte clínica 
 Análise da integridade hepática – ALT – também chamada de TGP 
(transaminase glutâmica piruvita), é uma enzima de necrose em cães e gatos 
que aparece em grande quantidade no citoplasma de hepatócitos 
o Após injúria hepática, possui pico máximo de 3-4 dias e declina em 10-
14 dias, durante tratamento é feito dosagem continua e análise no mesmo 
dia, pois ALT pode estar alto, mas animal estar em período de 
recuperação (declínio) 
o Quantidade cardíaca e renal é desprezível 
o Aumento de ALT – hepatites, trauma, choque, neoplasias, pancreatite 
que leva ação hepática e drogas hepatotóxicas, necessário fazer 
dosagem de ALT antes de utilizar 
 AST – também chamada de TGO (transaminase glutâmica pirúvica), por ser 
uma isoenzima é usada para diagnosticar alterações musculares em cães e 
gatos, é uma enzima de necrose mitocondrial e pouca quantidade em citosol 
que possui menor quantidade que ALT, mas faz-se análise conjunta 
o Não é uma enzima precoce, ou seja, quando apresentar caso de 
alteração nela pode já ser tarde para o animal 
o Aumento de AST – acontece quando há grande dano celular, em lesões 
hepáticas, cardíacas e musculares 
 AST X ALT – quando há aumento da duas sugere um dano celular severo 
o Doença hepática crônica em estágio final – como em cirrose, não há 
hepatócitos, mas mesmo assim pode apresentar AST e ALT em níveis 
normais, então quer dizer que o processo é tão severo que levou o fígado 
a não conseguir fazer mais nenhuma reação, como altera valor das 
enzimas 
 GGT (gama glutamil transferase) – principal enzima de colestase avaliada 
(protocolo), está presente nos ductos biliares e pouco nos hepatócitos, é uma 
isoenzima presente nos rins (células dos túbulos renais), pâncreas e I.D. 
o Maior valor diagnóstico para felinos por conta da sua maior vida média 
o Aumento de GGT – quando há lesões hepáticas e obstruções biliares, 
semelhante a ALT 
o Relação GGT/ALT – quando aumentada tem maior enzima colestase e 
diminuída tem enzima de necrose 
 FAL (fosfatase alcalina) – enzima de colestase nos ductos biliares e 
hepatócitos, mas apresenta isoenzimas nos ossos (osteoblastos), intestino, 
rins e placenta (FAL aumenta em felina grávida) e esteroide induzida 
o Hiperadrenocorticismo em cães pode fazer com que tenha a FAL 
esteroide induzida no fígado por conta de muito cortisol circulante, 
também aumentando ALT 
o Pode aparecer também em caso de necrose, então é melhor fazer GGT 
para análise da colestase que dá mais certeza 
o Usa-se soro + heparina (anticoagulante) 
o Possui vida curta em felinos, podendo não aparecer mesmo tendo 
problema grave 
o Aumento de FAL – obstruções, doenças ósseas, neoplasias, esteroide, 
drogas, necrose ou regeneração hepática, septicemia 
 Bilirrubinas – origem da quebra de hemácias/mioglobina 
o Bilirrubina total = bilirrubina direta + indireta – são amarelas alaranjadas 
gerando icterícia quando aumentadas, é feita análise do animal quando 
ele apresenta coloração amarelo gema 
o Icterícia – 
 Hemolítica ou pré-hepática 
 Hepatocelular ou hepática 
 Obstrutiva ou colestase ou pós-hepática 
o Pode ter casos também de hepatite anictéricas que animal pode ter 
problema, mas não apresenta icterícia, sendo pedido dosagem de 
bilirrubina 
o Utiliza-se tubo âmbar para evitar que luz degrade a bilirrubina, hemólise 
e lipidemia afeta o resultado 
o Como ela se liga a albumina para transformar B. indireta em B. direta, 
quando há menos albumina pode ter um falso positivo 
o Quando há falha na captura ou conjugação de bilirrubina pelo fígado, 
tendo aumento da B. indireta 
o Drogas competindo por sítio de ação/ligação impedindo com que haja 
ligação da B. indireta (aumenta) 
o Enzima colestase acontece quando há aumento da B. direta, também 
quando há obstrução de ductos biliares 
o Não é muito preocupante quando a bilirrubina está diminuída 
 Prova da Bromosulftaleína – é uma droga injetada no animal que possui 
remoção exclusiva pelo fígado fazendo sua análise continua em relação ao 
seu valor ao passar do tempo, semelhante a bilirrubina 
o Aumento – quando há diminuição da função/fluxo hepático, sendo 
menos excretada, obstrução biliar e drogas ligadas a albumina 
o Diminuição – hipoalbuminemia

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