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A puberdade fisiológica perturba a imagem do corpo construída na infância

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”A puberdade fisiológica perturba a imagem do corpo construída na infância”
Puberdade: sentida como uma catástrofe (perturbação) apesar de ”normal”, fundamental para humanização
Corpo como imagem construída: agora o corpo é igual ao do genitor Perturba a ordem do mundo: a diferença sexual, na adolescência, é mais importante que a diferença de idade
”Só-depois do estádio do espelho, a adolescência é o momento em que, sob o olhar do outro, o sujeito vai ter que se reapropriar de uma imagem do corpo transformada; ao preço, eventualmente, de um novo sintoma, ou de uma modificação do sintoma, então mais explicitamente sexual”
Adolescência como momento em que terá que se reapropriar de uma imagem de corpo agora transformada. Crise: havia uma imagem, agora é outra. Isso sob observação de outros.
Gera sintomas: agora cunho sexual. 
Oque antes era uma enurese noturna passa a ser no jovem uma dismenorreia, ou Gagueira passa a ser ejaculação precoce.
A IMAGEM DO CORPO
Essa imagem do corpo é afetado de 4 formas complementares. Primeiramente, mudanças dos atributos: pêlos, silhueta, seios. Em segundo pelos seus funcionamentos genitalidade, menstruação, voz. Depois pela semelhança com o corpo do adulto e, mais precisamente do seu genitor do mesmo sexo, em quarto lugar por sua importância para o olhar do adolescente ou do adulto do outro sexo.
Para fazer parceria sexual (não ato)
Na parceria sexual do adolescente, Rassial aponta que ele deve se conjugar em si 3 qualidades, em primeiro lugar deve ser um semelhante, em segundo o corpo é posto como objeto e para ser desejado , deve o atrair. E por fim, só pode ser amado se tomar a vez dos pais como referentes últimos das palavras, ou seja,sustentar o Outro como figura absoluta do ideal assim como os pais já foram esse Outro absoluto um dia , apresentado pelo complexo de Édipo.
É sob esse olhar múltiplo desse outro, ao mesmo tempo semelhante, que o corpo do adolescente muda de estatuto e de valor
Estatuto da mudança do corpo
Não é uma transformação, desenvolvimento qualquer. 
”Este corpo muda de estatuto essencialmente porque a genitalidade ocupa uma posição dominante para o sujeito”
Conquista da identidade só se dá com o pertencimento a um sexo (lógica fálica: os que tem e os que não tem)
O reconhecimento da maturidade, e a qualificação desse corpo como desejável vem a partir do outro. 
A transformação da puberdade determinará a possibilidade ou não da ocorrência da relação sexual
O valor do corpo no olhar do outro
Pode acontecer de a imagem de corpo ser perturbada – “castrações”
Corpo que muda não somente de imagem, mas de valor: o olhar do outro não mais como olha o corpo infantil, olhar privilegiado dos pais. Agora é outro olhar.
”A estruturação da imagem do corpo, que já aconteceu, é agora posta à prova, e as castrações carregam seus frutos, para além do olhar dos pais que as sustentaram. É por isso que a puberdade pode ser vivida por alguns adolescentes como uma doença”
Transformações da puberdade – Freud em ”Três Ensaios”
As transformações acentuam a defasagem entre o auto-erotismo e a relação de objeto. A pulsão, que era auto-erótica, vai descobrir o objeto. (ou seja fase quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo – o outro.)
A evolução sexual Se daria diferente para homens e mulheres
A do homem é mais logica, já que a integração do édipo anteriormente foi mais simples pra ele
Nas mulheres essas mudanças causaria uma espécie de regressão 
Os dois sexos só podem se conjugar de uma forma ”capenga”. O ato sexual não tem, para homem e mulher, o mesmo valor.
A mulher mantem com a genitalidade uma relação menos exclusiva – atraída pela ternura. Questiona o que é a sexualidade feminina
O homem constata (diante da falta de controle entre ereção e detumescência) que não é mestre, consequente falta de jeito na relação com o próprio corpo
”A adolescência é o momento privilegiado onde, encontrando a sexualidade não mais como o próprio de um adulto diferente, mas como que organiza sua nova posição, o sujeito deve responder com os meios de que dispõe”
Narcisismo
Nome do caminho que a libido faz para o próprio eu. Toda ela, previamente, e depois parcialmente, uma vez que no narcisismo secundário, a tendência é uma parte da libido do eu escoar para a libido objetal. Modo como passamos a nos amar de modo parecido como fomos amados pelos nossos primeiros outros. 
Narcisismo secundário: modo como vivemos a perda da libido do eu, uma vez que, se tudo correr bem parte da libido passa a se endereçar aos objetos. Mas uma posição de satisfação jamais é facilmente abandonada. Então até topamos perder narcisismo, mas desde que alguém nos restabeleça dele. Assim, na vida adulta, buscaremos pela via do amor restituir o narcisismo infantil perdido. 
Édipo – observação geral
O Complexo de Édipo vem para tentar dar conta de um universal que não é só apaixonar pela mãe e pelo pai. Mas é o modo como cada um de nós aprende a amar e desejar. Como vamos ter conflito por não conseguir separar desejo e amor ou por não juntar.
O Complexo é Édipo nos mostra como a gente se junta, para sobreviver, e depois do trabalho que dá para se separar desses alguéns. 
Mostra como é difícil se separar do Outro, do quão trabalhoso é ficar parecido consigo mesmo
Mostra como é angustiante quando não sabemos qual é o desejo do Outro, e qual é o nosso. Como é mais fácil saber o que o outro quer pra gente do que se confrontar com o nosso próprio desejo. 
É a história de como nascemos vazios e solitários e nos permitimos sermos preenchidos pelo Outro e de como precisaremos de ajuda para encontrarmos um modo de nos esvaziarmos tanto desse outro. 
De como é difícil não confundir independência com solidão, do trabalho que dá perceber que estamos sós mesmo que colados. E que nem toda solidão é dolorida. É a história de como, no melhor dos casos, saímos perdendo, marcados com uma falta.

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