Buscar

anamnese aula 1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Conteúdo:
• Anamnese: 
- Conceito e importância
O exame clínico tem papel essencial em 3 pontos basilares da prática médica: estabelecer uma boa relação médico-paciente, formular hipóteses diagnósticas e tomar decisões. A iniciação de tal exame se dá por procedimentos, sendo esses a anamnese ( processo social de interação entre o médico e o paciente e/ou seu acompanhante diante de uma situação que envolve um problema de saúde) e o exame físico. 
A anamnese ( aná – trazer de novo- e mnesis – memória) é, em geral, uma entrevista que tem como objetivo trazer de volta á mente do usuário fatos relacionadas com a doença e a pessoa doente. 
É de grande importância, uma vez que é o núcleo em torno do qual se desenvolve a relação médico-paciente. Além disso, é essencial para a escolha de quais exames complementares serão requeridos, uma vez que diminui-se, por exemplo, o aumento de custos.
- Estrutura, fatores facilitadores e dificultadores, técnicas, aspectos éticos
A anamnese pode ser conduzida de diversas maneiras, por exemplo:
	o médico se limita a ouvir o paciente, o qual relata livre e espontaneamente suas queixas sem ser interferido. 
	O médico conduz a entrevista, com base em um esquema mais objetivo. 
	O médico, em um primeiro momento, deixa o paciente falar espontaneamente de queixas e, depois, conduz a entrevista em um modo mais objetivo 
Os elementos importantes da anamneses são:
	identificação: é o perfil sociodemográfico do paciente que permite a interpretação de dados individuais e coletivos. É obrigatório possuir: nome ( jamais designar o paciente pelo número do leito ou pelo diagnóstico), idade ( cada grupo etário tem sua própria doença), sexo/ gênero ( há enfermidades que só ocorrem em determinado sexo), cor/ etnia ( é preferível o registro das cores: parda, negra e branca), estado civil, profissão, local de trabalho ( não somente o atual), naturalidade, procedência ( última localidade em que o indivíduo residiu), residência ( anota-se a residência atual sendo incluído o endereço do paciente), nome da mãe, nome do responsável ( de crianças, adolescentes, idosos, tutelado ou incapazes), religião, filiação a órgãos previdenciários e planos de saúde. 
	Queixa principal: nesse item é anotado o motivo pelo qual o paciente teve a necessidade de procurar o médico ( se possível anotar as expressões usadas por ele). Exemplos de perguntas: “qual o motivo da consulta?”, “o que está incomodando?”
	História da doença principal: é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual. As normas fundamentais para se obter um HDA são: permitir que o paciente fale de sua doença, determinar o sintoma guia, descrever o sintoma guia com suas características e analisá-lo minuciosamente, usar o sintoma guia como fio condutor da história e estabelecer relações das outras queixas com ele em ordem cronológica, verificar se a história tem início, meio e fim, não induzir respostas, apurar evolução, exames e tratamentos realizados em relação à doença atual, ler a história feita pelo profissional ao usuário, a fim de que ele possa ter algo à criticar. 
Observação: Sintoma- guia: é o sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão ( orientação geral: determinar que esse sintoma seja o de maior queixa). Depois de relatar esse sintoma guia, é necessário determinar a época em que teve início a esse sintoma. Após isso, deve-se investigar a maneira como o sintoma evoluiu até como está no presente. Portanto, deve-se analisar esse sintoma, através de elementos, como: início ( súbito ou gradativo, se teve fator desencadeante ou não) , características ( definir localização, duração, intensidade, frequência, tipo) , fatores de melhora ou piora ( fatores ambientais, posição, atividade física ou repouso, alimentos ou uso de medicamentos), relação com outras queixas, evolução e situação atual. 
	Interrogatório sintomatológico: constitui um complemento da história da doença atual, documenta a presença ou ausência de sintomas relacionados com cada um dos principais sistemas corporais. A principal utilidade prática do IS reside no fato de permitir ao médico levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. Outra função importante do IS é avaliar práticas de promoção á saúde ( maneiras de como prevenir doenças e evitar riscos à saúde). 
	Antecedentes pessoais fisiológicos: inclui os itens: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural e desenvolvimento sexual 
	antecedentes pessoais patológicos: compreende os itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgia, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso. 
	Antecedentes familiares: começa com a menção do estado de saúde dos pais e irmãos do paciente. Depois anota-se cônjuge, os filhos, avós, tios e primos maternos e paternos. Caso haja algum falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu. 
	Hábitos de vida: esse engloba os itens alimentação, ocupação atual e anteriores, atividades físicas, hábitos 
	condições socioeconômicas e culturais: avaliam a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, condições de moradia e grau de escolaridade
Fatores facilitadores 
	um ambiente adequado ( silencioso, adequado e limpo) 
	instrumentais adequados ( aparelhos que funcionem bem, por exemplo)
	o médico deve dar atenção especial à linguagem utilizada 
	sentar-se de frente um para o outro, o médio e o paciente 
	o médico deve se apresentar com uma postura calma e tranquila 
	uma boa aparência pessoal ( roupas limpas etc), contato visual, clareza na fala 
Fatores dificultadores 
	não usar termos médicos durante a entrevista, mas se usar eles ter certeza de qe o paciente entendeu, não usar gravadores
Técnicas 
	silêncio: o entrevistador deve se utilizar o silêncio quando o paciente se emociona, facilitação; técnica de comunicação verbal ou não que encoraja o paciente a continuar falando, confronto: o confronto indica ao paciente que o examinador detectou algum aspecto que merece mais aprofundamento , apoio: promove segurança ao paciente , reafirmação: encoraja o paciente, é um modo de reforçar um diálogo que transparece distanciamento, validação, respostas empáticas ,tranquilização , resumir a situação
Relevância da comunicação verbal e não verbal 
	exemplos: contato visual, expressão facial, postura, movimentos, posição
Questão ética 
	não maleficência: não fornecer ao paciente informações incorretas, ou sem relações com os problemas, é errado evitar tópicos relevantes, beneficência: as ações tem de ser motivadas pelos interesses do paciente , autonomia, confidencialidade
- Relação com o Projeto Terapêutico Singular
• Projeto Terapêutico Singular:
- Conceito e importância
	é um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas em discussão coletiva interdisciplinar. Portanto, representa um momento de toda equipe envolvida ( nasf e esfs) envolvida. É desenvolvido em 4 momentos: diagnóstico ( avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário) , definição de metas ( serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo maior) , divisão de responsabilidades e reavaliação ( irá se discutir a evolução e se farão as devidas correções de rumo)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando