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Resumo – Introdução à engenharia de produção Autor: Gilson Castro Engenheiro Civil (UFPA) Graduando em engenharia de produção (CESUPA) Belém, primeiro semestre de 2019 Sumário Matriz SIPOC ................................................................................................................................. 3 Mapeamento do processo ........................................................................................................ 4 Tipos de operações ..................................................................................................................... 10 Função da produção ................................................................................................................ 10 Indústria 4.0 ................................................................................................................................ 13 Estratégia da produção............................................................................................................... 15 Ferramentas da qualidade ......................................................................................................... 19 Gestão da qualidade ................................................................................................................... 23 Logística e cadeia de suprimentos ............................................................................................. 26 Matriz SIPOC O processo produtivo é basicamente explicado por essa figura. O objetivo do engenheiro de produção é reduzir as perdas no processo. Indicador de produtividade = Output/Input Geralmente é menor que um, pois há perdas. Em serviço, pode ocorrer do output ser maior que o input (aplicações financeiras). Os processos podem ser predominantes em: materiais, informação ou consumidores. O processo produtivo é a transformação de algo. Outputs podem ser bens, serviços ou um composto dos dois: O caso do restaurante é um exemplo de output misto, composto de um bem entregue e um serviço (comida + atendimento). Para entender o processo de transformação, podemos representar por: Fluxograma, mapofluxograma ou carta de processo (gráfico de fluxo de processo). Mapeamento do processo a) Fluxograma É a representação gráfica das atividades ou fases de um processo, na sequência como elas ocorrem, permitindo entender, a partir da representação visual, como o processo é executado. Mostra também: I. Atividades desnecessárias ou que não agregam valor; II. Gargalos e atrasos, evidenciando o desperdício → Gestão das limitações III. Identifica clientes que passam despercebidos (internos ou externos); IV. Identifica oportunidades para melhoria. Objetivos secundários: I. Identificar a utilidade de cada etapa do processo; II. Verificar as vantagens em alterar a sequência das operações; III. Procurar adequar as operações (passos) às pessoas que as executam → Atuação em conjunto com o engenheiro de segurança. IV. Identificar a necessidade de treinamento para o trabalho específico de processo. *Ao treinar alguém, explicar o fluxograma do processo que essa pessoa atuará, depois, fazê-la executar de acordo com o planejado. Como construir um fluxograma I. Cabeçalho Nome do projeto e número de identificação (se houver); Nome do (sub)sistema; Nome do processo; Data; Identificação do Autor (Pessoa ou Setor). II. Corpo Fluxograma propriamente dito. Observar: Proximidade dos setores e atividades para evitar longas linhas ou cruzamentos. Quando o espaço não permitir mais desenhos, usam-se conectores. III. Rodapé Identificação dos símbolos novos ou desconhecidos; Vistos dos responsáveis envolvidos; Observações pertinentes. Simbologia Regras gerais Um fluxograma deve ser claro, simples e de fácil leitura; Não deve haver ambiguidade na interpretação (duplo sentido); O texto dentro de cada símbolo deve se limitar à instrução a ser executada; Deve-se evitar o cruzamento de linhas para não comprometer o entendimento; Apenas uma linha de fluxo deve partir ou chegar a um terminador ou conector: Os símbolos de impressão e leitura devem possuir uma linha de fluxo chegando e uma outra saindo: O símbolo de processo admite apenas uma linha de entrada de fluxo e apenas uma linha de saída. Caso haja a necessidade de entrar mais linhas, usa-se o conector abaixo: O símbolo de decisão admite apenas uma linha de entrada de fluxo, permitindo duas ou três linhas de saída: Exemplo: O fluxograma permite três ordens distintas de execução: I. Sequencial As atividades são executadas uma após a outra; Processamento de ações em série; Não há qualquer possibilidade de alterar a ordem de processamento das ações. II. Por seleção Ocorre quando uma via de processamento é escolhida em um ponto de bifurcação, de forma que cada via conduza um processamento distinto. 1 via: Utiliza o símbolo de decisão para escolher um caminho de processamento a ser seguido; Na seleção, o passo (ação) somente será processado caso a expressão lógica avaliada for verdadeira. Caso seja falsa, nenhuma ação é processada. 2 vias: Dois caminhos podem ser tomados, com ações diferentes. III. Por repetição Faz com que a execução ocorra em ciclos de processamento até atingirem uma condição de finalização. Funciona como uma condição de resolução de um item no meio do processo. Fluxograma departamental, global, funcional ou de colunas Proporciona uma visão global ao fluxo de trabalho e mostra os departamentos sob forma de colunas. Utilizado para transmitir o fluxo de trabalho para toda a organização em uma visão sistêmica. *Sempre colocar o fluxo entrando por cima e saindo por baixo. Horizontal descritivo Descreve um processo como se estivesse escrevendo (da esquerda para a direita); b) Vertical ou carta de processo Mostra uma sequência de eventos (processos) pela qual o produto/serviço passa. O diagrama ilustra os passos do(s) processo(s) e o seu relacionamento. Também denominado esqueleto. Pode dividir um grande processo em vários outros: Mais simples; Com poucas áreas envolvidas; Com um número restrito de operações. Tipos de operações *É importante perceber qual o fator decisivo, o foco do produto. E assim, identificar o nicho de mercado. Volume alto: Capital → recurso humano ou maquinário Volume baixo: Funcionário multifunção Variedade baixa: processo em linha Variedade alta não pode ser feita com sistema de produção empurrado Visibilidade: Tolerância de espera do cliente pelo produto. Carro x supermercado Função da produção Na organização, representa a reunião de recursos destinados à produção de seus bens e serviços. Toda organização possui, mas nem sempre com esse nome. Materializar a ideia é a função da produção. *Estratégico: Focar na resolução do problema de alguém → propósito da empresa. É uma função central da organização. Funções com papeis fundamentais: As três funções primordiais Marketing Contábil-financeira Desenvolvimento de produto/serviço Funções de apoio: RH Compras Engenharia/ suporte técnico É possível terceirizar tudo, menos desenvolvimento de produto. Marketing e vendas não são a mesma coisa. Podem ser até antagônicas. Pois se é preciso de um marketing muito forte pra vender, é porque o produto não é tão bom. Redefinir as expectativas dosetor → Celular touchscreen (todos usam e copiam) x teclado (ninguém usa mais) Objetivos da produção Deve-se sempre escolher “onde se quer brigar” e a ordem de prioridade, dependendo do mercado. I. Qualidade Fazer certo as coisas certas Depende do foco da empresa II. Rapidez Tempo que o consumidor deve esperar III. Confiabilidade Fazer as coisas no tempo previsto IV. Flexibilidade Capacidade de mudar a operação. Hospital x ônibus V. Custo Objetivos de desempenho *QFD Gráfico de radar: Quanto mais próximo da ponta, melhor é a característica. Indústria 4.0 Internet das coisas – Big data Manutenção: I. Corretiva Substituição após o problema ocorrer. II. Preventiva Substituição antes de acontecer o erro. É baseado em parâmetros bem definidos e independe da peça. Tem como exemplo a troca de óleo do carro a cada ano, independentemente se o óleo ainda “presta” ou não. III. Preditiva Substituição é predita antes de acontecer o erro. Varia de acordo com a peça (ou produto). Tenta usar ao máximo o produto antes de substituir. Exemplo: O carro tem um sensor que mede a qualidade do óleo para fazer uma troca no tempo ótimo. Hoje, as máquinas se auto preparam de acordo com a demanda. As máquinas conversam entre si. Na indústria 3.0 já haviam sistemas informatizados, mas separados. Na indústria 4.0, todos esses sistemas são unidos e compatibilizados. Os nove pilares da indústria 4.0 Robôs autônomos Simulação Integração de sistemas Internet das coisas Cibersegurança I. Robôs autônomos O próprio robô vai se auto preparar (setup) e corrigir. Possibilita reduzir etapas gargalo. Indústria remoto. Flexibilização da produção de acordo com a demanda → modular Carro autônomo. II. Internet das coisas Comunicação entre os aparelhos → interligar Casa ligada ao supermercado. III. Simulação Possibilita economizar custos e evitar acidentes. IV. Integrando a indústria → M2M O carro identifica o problema e envia para a concessionária. Computação em nuvem Impressão 3D Realidade aumentada Big data Possibilidade de integrar cidades inteiras. Benefícios Redução de Custos Economia de Energia Aumento da Segurança Conservação Ambiental Estratégia da produção O que é qualidade? Cada um tem uma definição. “Qualidade” já nasce com a ideia do negócio, pois está ligado com a entrega ao cliente. Saber qual é o negócio é essencial para poder se posicionar no mercado. A Kopenhagen, por exemplo, vende chocolate. Mas o negócio deles é “presente”, algo especial. Sendo assim, se fosse vender chocolate, seus concorrentes seriam a Garoto, Nestle. Já que é “presente”, seu concorrente é a Boticário. Ao identificar qual é o negócio, a primeira pergunta deve ser “quem são os concorrentes diretos?” O negócio da Disney é “Realização de sonhos”. Já o negócio de um franqueador, o que ele vende, é o know-how, é o conhecimento. Então, o negócio dele pode ser considerado “escola”. Redução de Erros Fim do Desperdício Transparência nos Negócios Aumento da Qualidade de Vida Personalização e Escala sem Precedentes Aspectos que afetam a importância dos objetivos de desempenho # Fatores: I. Qualificadores É o mínimo necessário para entrar no mercado. São aqueles aspectos da competitividade nos quais o desempenho da produção deve estar acima de um nível determinado, para ser ao menos considerado pelo cliente. Abaixo desse nível “qualificador” de desempenho, a empresa provavelmente nem mesmo será considerada como fornecedora potencial por muitos consumidores. Qualquer melhora nos fatores qualificadores, acima do nível qualificador, provavelmente não acrescentará benefício competitivo relevante. II. Ganhadores de pedidos São os diferenciais da empresa. São os objetivos que diretamente e significativamente contribuem para a realização de um negócio, para conseguir um pedido. São considerados pelos consumidores como razões-chave para comprar o produto ou serviço. # Influência dos concorrentes: Mesmo sem qualquer mudança direta nas preferências de seus consumidores, uma organização pode ter que mudar a forma como compete e, portanto, mudar a prioridade dos objetivos de desempenho que espera de sua produção. Alternativamente, uma organização pode escolher competir de uma forma diferente da de seus rivais para distinguir-se em sua posição competitiva. # Estágios e ciclo de vida do produto: I. Estágio de introdução Produto novo, desconhecido. Tem como consumidor principal o chamado “consumidor inovador”, que gosta de experimentar coisas novas. Há uma grande necessidade de marketing para que as pessoas conheçam o produto. II. Crescimento As pessoas já conhecem o produto. Começam a surgir concorrentes copiando o modelo. III. Maturidade Onde alcança a receita máxima. Já existe muitos concorrentes. Não adianta muito investir em marketing pois é apenas “mais um”. Investe-se mais em custos. IV. Declínio Quando “passa a moda”. Tem como principal consumidor os chamados “consumidores conservadores”. Tem como exemplo o “talco Barla” e o “leite de rosa”. As eras da qualidade Antes, o controle era reativo, ou seja, lançava o produto e via se funcionava, reagia a ele. Depois, com o sistema da garantia da qualidade, o controle começou a ser proativo, acompanhando o processo desde o início. O estágio mais geral é a visão sistêmica da qualidade, onde vê a empresa como um todo, alinhando todos em prol da qualidade. *Missão, visão, valores “Sem cliente, não há negócio.” O cerne da fidelização é a qualidade. Pilares da qualidade Entrega = atendimento Moral é a base de tudo. Não adianta ter todo o resto e ter, por exemplo, usado trabalho escravo. Alguns autores destacam o “meio ambiente”, mas ele pode ser encontrado entre moral e segurança. Como criar uma cultura de qualidade na empresa? Stakeholders (geral): Cliente – Sociedade – Funcionários – Acionista Ferramentas da qualidade Estratificação; Folhas de verificação; Diagrama de Pareto; Diagrama de Ishikawa; Diagrama de correlação; Histograma; Carta de controle. As ferramentas tem por função encontrar possíveis problemas. I. Brainstorming O critério para convidar as pessoas é o conhecimento. Devem ser pessoas que conheçam o problema. Pode ser necessário convidar pessoas de diferentes posições e de fora da organização (clientes, fornecedores, especialistas). As variáveis independentes são relacionadas com a variável dependente. Explique como o problema ocorre (gráficos, fotos, dados históricos, frequência da ocorrência); Mostre as perdas e as possibilidades de ganhos; Fluxograma; Brainstorming; Plano de ação – 5W2H; Extras Mostre os sintomas do problema (dados da etapa de análise do fenômeno); Inclua as pessoas mais próximas do problema desde o início da análise, pois poderão dar boas ideias para as causas e soluções para o problema. É formado por duas fases: criativa e crítica a) Criativa Todos expõem suas ideias Participação ativa Sem censuras e sem interrupções Não induza o raciocínio Descontração e atmosfera de apoio Garantir liberdade de participação Evitar a monopolização Evitar a intervenção paralela Dependendo do problema, tirar um dia só para identificar o problema e outro para tentar bolar soluções. II. Plano de ação – 5W2H a) WhatNão podemos preencher com intenções. Somente colocar as ações que estão sob a autoridade do gestor. Sempre que preencher esse campo, pergunte: “Se eu fizer isso, a causa será bloqueada?” b) How É o procedimento de como a ação deverá ser executada. Tem o objetivo de explicar ao responsável os meios de se executar a ação e garantir que ela não seja feita de qualquer jeito. Sempre que preencher esse campo, pergunte: “Qualquer pessoa que ler esse campo entenderá como a ação deve ser executada?” b) Crítica Esforços para analisar e criticar as ideias Cada um defende suas ideias Ideias filtradas Aceitação e priorização por consenso c) Why Informar ao responsável a finalidade e/ou importância da ação que foi delegada a ele. O objetivo de toda ação é “alcançar a meta”, portanto, não mencione esse fim no campo. Sempre que preencher esse campo, pergunte: “Está claro o motivo dessa ação?” d) Where Informar ao responsável o local onde a ação será executada. e) Who Nesse campo será informado o nome da pessoa responsável pela execução da ação. Não colocar cargos, departamentos ou grupo de pessoas. Precisa ser uma única pessoa para cada ação. Essa responsabilidade é intransferível. Sempre que preencher esse campo, pergunte: “Essa pessoa tem conhecimento suficiente para executar a ação?” f) When Deverá ser informada a data limite para a execução da ação com o formato de dd/mm/aaaa. Quando a ação é executada no prazo, maior a chance de se obter sucesso no bloqueio da causa. Toda ação que se tornar parte da rotina, deverá ser informada a partir de qual data será realizada. Em uma atividade rotineira, colocar uma data futura limite suficiente para que se torne um hábito. De 3 a 4 meses. Sempre que preencher esse campo, pergunte: “Esse prazo é suficiente para eu bloquear essa causa e resolver o problema?” g) How much O custo de cada ação. # Pontos de uma boa elaboração a) O plano de ação deve ser elaborado para cada meta definida; b) As ações devem ser suficientes para atingir a meta; c) Somente um responsável deve ser nomeado para cada ação, e ele deve estar ciente da sua responsabilidade; d) Um prazo deve ser estabelecido para cada ação (dia e mês) e desdobrar as ações de longa duração para facilitar o acompanhamento. e) Um plano de ação eficaz decorre de uma análise consistente. f) As ações têm a função de combater as causas priorizadas. As ações mais eficazes são, preferencialmente, de alto impacto, baixo custo e fácil execução. III. Diagrama/gráfico de Pareto Permite determinar quais problemas resolver e qual a prioridade. Ajuda a dirigir a atenção e esforços para problemas verdadeiramente significativos. Utilizado quando se precisa ressaltar a importância relativa entre vários problemas ou condições, no sentido de priorizar a resolução. O princípio de Pareto também é chamado de 80-20 ou ABC. 80% dos rendimentos de uma empresa são fruto de 20% dos produtos. Aula 6: 30/04 IV. Diagrama de causa e efeito O que é: Diagrama que expressa, de modo simples e fácil, a série de causas de um efeito. Para que serve: Para pesquisar, de forma sinérgica, as causas de um problema. 4 Ps do marketing Gestão da qualidade Muitas vezes, a gestão da qualidade se confunde com a própria gestão da empresa. Qualquer empresa precisa entregar resultados para sobreviver. Não adianta agradar apenas a um dos stakeholders, é preciso atender a todos (Qualidade total). Pensando em atingir positivamente cada um dos stakeholders, faz-se necessária a adoção de indicadores que representam os desejos e necessidades de cada um. Metas Definidos os indicadores, é preciso propor metas que sejam: Desafiadoras: Levem à busca de um conhecimento novo, diferente do atual. Viável: Não sejam muito fáceis e nem muito difíceis. Alinhadas: Dentro dos preceitos de onde a empresa pretende chegar. Sustentáveis: Analisadas, criadas e equilibradas por meio de base de dados e estudos científicos. Sustentados por uma boa base. Não ser um chute. A gestão tem como fundamentos o conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para direcionar os fatores de produção, em vista do alcance dos objetivos estabelecidos. Gestão → atingir metas → Métodos PDCA Planejar: A etapa de planejamento consiste na busca do conhecimento necessário à solução de determinado problema. Identificar o problema Analisar o problema Identificar as causas fundamentais Estabelecer um Plano de ação Executar: Geração de resultados Executar o trabalho conforme os planos e coletar dados. Avaliar a execução das ações. Divulgação do Plano a todos Reuniões participativas Técnicas de treinamentos Plano e cronograma Checar (Verificar): É o check que move o PDCA. Nesta etapa, se verifica o alcance da meta e a efetividade das ações. Avaliar Usar gráfico de Pareto, sequenciais, histogramas, carta de controle. Agir: Ação corretiva ou padronização. Integra os ciclos de gerenciamento de melhoria e manutenção de resultados. Ações baseadas nos resultados. Padronizar as ações bem-sucedidas. Usar Relatório 3 gerações/Relatório de desvios; padrões. Execução das ações E comparar os resultados Efetividade das ações Existência de efeitos secundários Efetividade do bloqueio Deve-se primeiro identificar o problema. Se é custo, realizar um Pareto para definir quais setores que mais gastam (estratificar o problema). A partir disso, realizar um Ishikawa para cada setor, principalmente os que mais gastam. Através do Ishikawa, identificar as causas dos gastos. Depois deve-se definir uma meta e um plano de ação para ela. Executar o plano de ação Verificar se a causa foi bloqueada É importante observar se a meta E o plano de ação estão de acordo. Se a meta está sendo alcançada, mas o plano de ação não está sendo executado, algo está errado. *A última coisa a ser alterada é a meta. *DRE: Demonstrativo de Resultado de Exercício. ROB: Receita operacional bruta → ganho por produzir algo. Preço * Quantidade A venda real é Venda – Devolução. Descontos incondicionais: É um problema de qualidade. Se o produto fosse bom, não precisava. ROL: Receita Operacional Líquida → ROB – Devolução – Desconto LOL: Lucro Operacional Líquido → ROL – Custo (produção) EBITDA: LOL – Despesas *Salário dos operários é custo. Salário do RH é despesa. Aula 8: 14/05 Atividade: Efeito chicote (Beer game) Logística e cadeia de suprimentos O maior desafio da logística Avaliar os trade-offs de custo/serviço, ou seja, equilibrar as expectativas de serviço e os gastos de modo a alcançar os objetivos da empresa. Outro grande desafio é a confiança nos outros elos para poder compartilhar informações sigilosas. A responsabilidade operacional da logística é disponibilizar matérias-primas, ou produtos semiacabados, no prazo e gerenciar estoques de produtos acabados no local, conforme a demanda, pelo menor custo possível. Muito raramente o custo total mais baixo possível, ou o melhor serviço ao cliente alcançável, constitui a estratégia logística desejável. Montante Jusante Elementos viabilizadores ao sucesso das relações na SCM a) Excelência individual: Cada parceiro tem o que contribuir para a relação. b) Importância: A relação atende a objetivos estratégicos de ambos os parceiros. c) Interdependência: Os parceiros precisam uns dos outros. d) Investimento: Os parceiros investem uns nos outros. e) Informação: A comunicação é aberta e a informação compartilhada f) Integração:Os parceiros desenvolvem vínculos e modos de operação compartilhados para que possam trabalhar juntos sem problemas. g) Institucionalização: A relação recebe um status formal h) Integridade: Os parceiros comportam-se com dignidade em relação aos outros. Benefícios das parcerias I. Alcançar metas no nível de serviço entre as empresas parceiras II. Melhor resposta à concorrência III. Aumento de ganhos de eficiência operacional IV. Obtenção de vantagens da integração vertical, porém, com uma estrutura organizacional independente. Tipos de relacionamentos (parcerias) na SCM a) Tipo I As organizações envolvidas se reconhecem como legítimos parceiros. A coordenação das atividades e de planejamento conjunto é restrito às áreas funcionais de cada organização. Esse tipo de parceria caracteriza-se geralmente pelo intervalo de tempo em que vigoram, quase sempre de curto ou médio prazos. b) Tipo II Quando o relacionamento entre empresas é classificado como de tipo II, as parcerias vigoram por um longo prazo. A integração de processos e cooperação é mais abrangente, pois vários departamentos das empresas parceiras passam a interagir entre si. c) Tipo III É o ponto em que se pode considerar o nível mais alto de integração de parceiros. As organizações compartilham todas as atividades operacionais e a concepção é de que não há divisões entre empresas. É como se uma fosse a extensão da outra. O horizonte é indefinido, pois não há data para o encerramento do relacionamento. d) Joint Ventures Significa “união de duas ou mais empresas” já existentes, com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, o lucro. As empresas que se juntam são independentes juridicamente e no processo de criação da joint venture podem definir se criam uma nova empresa ou se fazem uma associação. Ex: transação entre o proprietário de um terreno e uma empresa de construção civil, interessada em levantar um prédio sobre o local. Autolatina Nintendo – Gradiente – Estrela Sony Ericsson – Globosat e) Integração vertical Integração vertical é a combinação de processos de produção, distribuição, vendas e/ou outros processos econômicos tecnologicamente distintos dentro das fronteiras de uma mesma empresa, ou seja, todos os processos estão sob sua responsabilidade e controle, não dependendo de outras empresas para produzir ou comercializar seus produtos. Na maioria dos casos, as empresas consideram vantajoso executar internamente parte relevante dos processos administrativos, produtivos, de distribuição ou de marketing, necessário à fabricação de seus produtos ou serviços, pois creem que esta estratégia é de menor custo, menos arriscada e de fácil coordenação. Principais problemas na SCM I. Ciclo de vidas dos produtos Hoje em dia é cada vez menor Aumenta a incerteza relativa à demanda (não há registro histórico) Reduz oportunidade (chances) de alinhamento entre os elos da cadeia Aumento da variedade de produtos, aumenta a personalização dos pedidos II. Efeito Chicote (Bullwip Effect – Efeito Forrester) É a pessoa sempre pedir um pouco amais que o que foi pedido de fato, para criar um “estoque de emergência”. Então esse erro vai ampliando ao longo da cadeia, partindo do cliente. Uma possibilidade para resolver o problema é melhorar a comunicação entre os elos. Esses estoques amais vão ser repassados pra frente através do preço de venda. Mais estoque gera mais custo. Ou acontece o efeito chicote ou ocorre a ruptura, que é a falta de estoque para fornecer, não entregar. Variação na colocação de ordens de encomenda, que é amplificada ao longo da cadeia de abastecimento, à medida que nos afastamos do ponto de consumo. A informação que flui ao longo da SC sofre distorções. Principais consequências: a) Aumento de custo de estoques Como há uma maior variabilidade do volume de pedidos, a empresa precisa estar preparada para estocar o ponto máximo que os pedidos podem atingir. Se essas variações forem menores, consequentemente esse volume também será, o que terá um efeito prático no tamanho do estoque. b) Lead Time de ressuprimento Como a variação é maior, fica muito mais difícil de seguir cronogramas do que em um cenário mais estável. Isso tem um efeito direto na eficiência das suas entregas. c) Custo de transporte e mão de obra para embarque e desembarque A imprevisibilidade e a amplitude de variações de volume acarretam na necessidade de gastos extras com essas atividades. d) Disponibilidade do produto Quando há uma grande variação de demanda, o risco de não ter o produto disponível é maior, acarretando perda de venda. e) Desgaste no relacionamento com fornecedores Quando as urgências se tornam parte comum do dia a dia do relacionamento entre uma empresa e seus fornecedores, a possibilidade de acontecer algum desentendimento aumenta. III. Devoluções e perdas Perda é toda interferência negativa no resultado da empresa, gerando redução do lucro. Formas de evitar perdas IV. Ruptura (stock-out) A empresa não tem produto disponível para satisfazer a demanda do cliente. Indicadores I. OTIF É a junção de dois outros indicadores: On Time e In Full É um indicador de desempenho usado para monitorar a qualidade de entrega de produtos e serviços. O objetivo principal da utilização deste indicador é o aumento da satisfação dos clientes. Ele estabelece o Nível de Serviço que a empresa entrega. On Time: Os produtos e/ou serviços têm data e horário (ou janela de horas) e local pré- determinados juntamente com o cliente. In Full: Os produtos e/ou serviços precisam estar dentro das especificações combinadas com o cliente (qualidade, quantidade, dimensões, documentação, avarias, etc.) Como calcular e implantar? Para mensurar o verdadeiro nível de serviço com este conceito de pedido perfeito, é necessário que o desempenho de cada elemento seja monitorado separadamente. Depois, eles devem ser multiplicados nas porcentagens alcançadas de cada elemento. OTIF(%) = On Time(%) x In Full (%) On Time é do tipo binário: Atende/não atende (0 e 1) In Full é baseado em pedidos atendidos não em volumes de produtos. Não é só para vendas, é para toda a cadeia. II. Case Fill Mede o volume entregue de um determinado pedido, na sua totalidade (sem distinção de famílias de produto). Ex: Pedido = 100 unidades Entrega = 99 unidades Case Fill = 99/100 = 99% III. Line Fill Mede o volume entregue de um determinado pedido, por família de produto. Ex: Pedido margarina = 100 unidades Entrega de margarina = 90 unidades Line Fill = 90/100 = 90% Case Fill do pedido (margarina + iogurte) = (90 + 50)/(100 + 100) = 70% IV. Estoques elevados A decisão de se proteger das rupturas (aumentando os estoques) ou minimizar as consequências do Efeito Chicote (diminuindo estoques) é talvez hoje um dos maiores desafios da gestão de estoques na cadeia de suprimentos. Pedido de iogurte = 100 unidades Entrega de iogurte = 50 unidades Line Fill = 50/100 = 50%
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