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Resumo – Tópicos de Gestão empresarial: Business Model Canvas e Cinco Forças de Porter Autor: Gilson Castro Engenheiro Civil (UFPA) Graduando em Engenharia de Produção (CESUPA) Belém, primeiro semestre 2019 Business Model Canvas É um quadro, formado por nove blocos, que mostra de forma global o modelo de negócio. Uma linguagem compartilhada para descrever, visualizar, avaliar e mudar modelos de negócio. “Um modelo de negócio descreve a lógica de como uma organização cria, entrega e captura valor.” Como as empresas são mutáveis, esse quadro deve ser preenchido com post-it. I. Segmentos de clientes Para quem queremos criar valor? Quem serão os nossos clientes mais importantes? Quais são as características mais importantes, o perfil, do cliente? Características psicológicas. Criar uma narrativa, uma “historinha”, para tornar o cliente “uma pessoa, não um número”. Eles podem ser agrupados em grandes e pequenos segmentos. Grupos de clientes representam segmentos distintos se são diferentes [1] as ofertas, [2] os canais, [3] os tipos de relacionamento, [4] a lucratividade e [5] os valores. Não usar “meias palavras”. É preciso ser algo sincero e verdadeiro. II. Proposta de valor O que iremos oferecer para os nossos clientes? Quais problemas estamos ajudando a resolver (na sociedade e para o cliente)? O que ele valoriza e o que você pode agregar com isso? O que você está entregando, resolvendo ou satisfazendo? O que eu entrego, satisfaz a demanda? A proposta de valor pode ser totalmente inovadora ou pode possuir características já existentes no mercado e com incrementos. III. Canais de distribuição Quais canais de comunicação, distribuição e venda usaremos para entregar a proposta de valor? Como a proposta de valor chega até seus clientes? Como está sendo entregue? Quais são os canais de comunicação, venda e distribuição? Os canais podem ser diretos e indiretos, parceiros e proprietários, devem servir para [1] o conhecimento, [2] a avaliação, [3] a compra, [4] a entrega e o [5] pós-venda. IV. Relacionamento com o cliente Que tipo de relacionamento queremos manter com os clientes? Como este relacionamento está integrado ao modelo de negócio? Qual relacionamento você estabelece com cada segmento de cliente? O relacionamento pode ser de pessoal até automatizado, com algumas nuances. Tem o intuito de [1] conquista, [2] retenção e [3] ampliação. Como atrair, reter e ampliar os clientes? Primeiro criar uma estratégia para conquistar, atrair. Em seguida para mantê-lo e depois como fazer esse cliente chamar outros. V. Fluxo de receitas Quanto os clientes querem pagar pela nossa proposta de valor? Como os nossos clientes preferem pagar? Qual receita ($) sua empresa gera a partir de cada segmento de cliente? Como o segmento de cliente paga e quanto ele contribui para o total do da receita? Maneiras de gerar fonte: [1] a venda de recursos, [2] a taxa de uso, [3] a taxa de assinatura, [4] o aluguel e [5] o licenciamento. Cada segmento pode ter mais de uma fonte e vir de [1] pagamento único ou [2] recorrente. De onde vem o dinheiro? Qual o modelo de receita? VI. Recursos-chave Quais recursos são necessários para fazer negócio funcionar? Quais são os ativos mais importantes para o modelo de negócio? Quais são os principais recursos exigidos para entregar a sua proposta de valor? Os recursos podem ser categorizados como [1] físicos, [2] financeiros, [3] intelectuais e/ ou [4] humanos. Provenientes de [1] posses, [2] alugueis e/ou [3] parceiros. Quais os recursos necessários pra que a operação aconteça? Insumos VII. Atividades-chave Quais são as atividades importantes para negócio funcionar? O que precisa ser feito para que o negócio opere com sucesso? Quais são as atividades principais para a entrega da sua proposta de valor? As atividades podem estar ligadas aos canais de distribuição, relacionamento com cliente e fontes de receita. São categorizados como [1] produção, [2] resolução de problemas e [3] plataformas. Atividades que a operação precisa para acontecer? São verbos → ação VIII. Parceiros-chave Quais as parcerias necessárias para criar e entregar a proposta de valor ao cliente? Quem são seus parceiros? Qual é sua rede de fornecedores? Existem quatro tipos deferentes: [1] aliança, [2] coopetição (parceria entre concorrentes), [3] Joint venture para novos negócios e [4] fornecedor. É possível cooperação com concorrentes para o mercado ganhar como um todo. IX. Estrutura de custos Quais são os custos mais importantes relacionados a operação do modelo de negócio? Quais são os custos mais importantes? Estruturas de negócios podem ser direcionadas [1] pelo custo (economizar sempre) ou [2] pelo valor (agregar valor). Podem ter [1] custo fixo, [2] custo variável, [3] economia de escala e/ou [4] economia de escopo. Entender as formas de como está saindo o dinheiro. Cinco forças de Porter Em 1979, Michael Porter concebeu o modelo teórico das Cinco Forças de Competitividade, seu estudo se destinou a analisar e verificar caminhos na competição acirrada entre empresas de vários segmentos. Segundo Porter, toda força competitiva deve ser analisada para que sirva de fonte estratégica para uma empresa ser eficiente e ter um diferencial no mercado. Serve para analisar o ambiente competitivo em que a organização está enquadrada e para determinar o melhor posicionamento do negócio diante dos concorrentes. A rivalidade entre concorrentes é a mais importante força nesse estudo, pois é necessário considerar e conhecer o ponto forte de seu concorrente direto, ou seja, aquela empresa que vende um produto ou serviço similar ao seu num mesmo segmento. Número de concorrentes e repartição de quotas de mercado (Market share) Taxa de crescimento da indústria Diversidade de concorrentes Nível de publicidade Grau de diferenciação dos produtos As barreiras à saída → Difícil se desfazer de maquinários, por exemplo. Quem são os concorrentes diretos? (e como ser melhor do que eles) Como as empresas estão agrupadas? (se houver grandes grupos já formados, poderá haver mais força para negociar com fornecedores) Suas marcas já estão consolidadas e são admiradas/respeitadas? (é sempre bom entender o porquê disso) Quais são as vantagens competitivas das concorrentes? (elas têm custos menores, conseguem margens maiores, estão bem localizadas, têm alto índice de fidelidade etc.) Nem sempre empresas que vendem o mesmo produto concorrem diretamente. Tem como exemplo a “briga” entre farmácias e hamburguerias em Belém. O produto esperado é apenas um pré-requisito, a experiência que vem junto que faz a diferença. Mapear quem são os concorrentes e quais são os fatores “pontos de importância” para os clientes É a capacidade de barganha dos clientes em relação as empresas do setor de mercado, ou seja, está relacionada com o poder de decisão dos compradores a respeito dos atributos, preço e qualidade de um produto e serviço. Quem conquista melhor o cliente final. Preço da compra total Disponibilidade de informação do comprador em relação ao produto → O comprador já chega na loja sabendo sobre o produto Existência de produtos substitutos Da sua dimensão enquanto clientes Quando tem muita oferta, o poder de barganha do cliente aumenta.Cabe ao empreendedor buscar uma solução para não depender de poucos consumidores. Na etapa de fornecimento de insumos e serviços ao setor de compras de uma empresa, os fornecedores possuem poder de barganha em setor monopolizado por poucos fornecedores, quando o produto fornecido é exclusivo (ou quando a rescisão e troca de fornecedor gera aumento dos custos), ou quando a empresa comprada não interessa muito. Grau de diferenciação dos insumos Custo dos fatores de produção em relação ao preço de venda do produto Ter somente um fornecedor É sempre bom ter sempre pelo menos três fornecedores do mesmo produto, porque abre margem pra negociação. E caso só seja possível ter um fornecedor, fazer contrato longo para não cair em “chantagem”. Os problemas podem piorar se o fornecedor decidir abastecer também (ou exclusivamente) o seu concorrente. Mais do que responder a esta questão, o empreendedor precisa refletir sobre como ter acesso a excelentes fornecedores, sem depender exclusivamente de um ou outro. São fatores que minimizam ou aumentam a oportunidade ao surgimento de novas empresas concorrentes no mesmo setor. As principais barreiras são a economia de escala, o capital necessário e o acesso aos canais de distribuição. A existência de barreiras de entrada (patentes, direitos, etc) Acesso aos canais de distribuição Diferenciação dos produtos Exigências de capital Políticas governamentais → necessidade de concessões Desde o início do negócio, é preciso pensar em criar barreiras de entrada. Patentes, marcas fortes (devidamente registradas), contratos de exclusividade e até a precaução para o trade dress (concorrência desleal) devem ser planejados pelo empreendedor para evitar ou atrapalhar a chegada de novos concorrentes ao seu mercado. Os bens substitutos são os produtos de um concorrente que não são similares ao da sua empresa, mas que atendem a mesma demanda de necessidade dos clientes. Não competem na mesma proporção, mas tiram uma fatia de seu mercado. Por mais inédito que o produto seja, se ele resolve um problema existente, já deve haver outras formas, pelo menos em parte, de solucionar a mesma questão. Para responder esse ponto, é preciso listar outros produtos que também podem oferecer o mesmo benefício ou algo similar. Relação preço/rendimento Nível de diferenciação do produto Poder de barganha do comprador Qualidade do produto Tem como exemplo máquinas de datilografia, pager, Kodak, Blockbuster. Depois de todas estas análises, é preciso definir como a empresa se posicionará em relação a seus concorrentes.
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