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GISLAINE DA SILVA PORTO RENDEIRO
 
	
AROMATERAPIA NO GERENCIAMENTO
DO ESTRESSE E ANSIEDADE
REVISÃO DE LITERATURA
 
 SÃO PAULO
 2019
 
 GISLAINE DA SILVA PORTO RENDEIRO
AROMATERAPIA NO GERENCIAMENTO
DO ESTRESSE E ANSIEDADE
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Pós-Graduação em Naturopatia apresentado à Universidade Paulista - UNIP
Coordenador do Curso - Prof. Daniel Alan Costa
 
 
 São Paulo 
 2019
 DEDICATÓRIA
	Dedico este trabalho à todos os mestres que nos acompanharam durante esta jornada ao conhecimento da Naturopatia como recurso terapêutico, qualidade de vida e metodologias naturais para o bem estar do ser humano na sua totalidade. O caminho a percorrer ainda é longo rumo ao reconhecimento por parte de todos em relação as Práticas Integrativas como um todo, mas este é um caminho sem volta, já que o homem cada dia mais volta os olhos para as práticas mais naturais e humanas. É só uma questão de tempo!
 AGRADECIMENTOS
	Primeiramente agradecer a Deus por me proporcionar saúde, dedicação e trabalho para concluir meus objetivos. Agradecer ao meu marido que pacientemente sempre me apoia nos meus projetos. A minhas queridas filhas que sempre me apoiam e ajudam nos estudos. Aos docentes deste curso que nos incentivam sempre a ser pessoas melhores e terapeutas melhores, sempre imbuído da missão de autoconhecimento e ajuda ao próximo. 
“Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem alguma razão.”
 (Chico Xavier)
 
RESUMO
	Esta revisão de literatura visa um panorama geral da aromaterapia e sua eficácia no gerenciamento de stress e da ansiedade de uma forma integrativa, observando os aspectos psicológicos e fisiológicos na percepção dos fatores da ansiedade e do stress e seu impacto na vida moderna de uma forma geral. Buscar nos estudos apresentados, analisar de forma sistemática seus conhecimentos, implicações, conceitos, definições e aplicabilidade como forma de minimizar os impactos na percepção do indivíduo, viabilizar de forma cientificamente comprovada que uma abordagem integrativa e natural é eficaz no processo do gerenciamento do stress e ansiedade como forma significativa de tratamento integral para uma vida com mais qualidade mental, física e emocional.
ABSTRACT
	This literature review provides an overview of aromatherapy and its effectiveness in managing stress and anxiety in an integrative manner, looking at psychological and physiological aspects in the perception of anxiety and stress factors and their impact on modern life in general. Search in the studies presented, systematically analyze their knowledge, implications, concepts, definitions and applicability as a way to minimize the impacts on the individual's perception, scientifically proven that an integrative and natural approach is effective in the stress management process. anxiety as a significant form of integral treatment for a better mental, physical and emotional life.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 
Práticas integrativas ...........................................................................10 
Aromaterapia .......................................................................................10
História da aromaterapia ....................................................................12
Tipos de abordagem e prática da aromaterapia...................17
Aromaterapia holística ...........................................................17
Aromaterapia médica (clínica)...............................................17
Aromaterapia estética.............................................................17
Tipos de óleos ......................................................................................17
Óleo absoluto..........................................................................18 
Óleos misturados....................................................................18 
Óleos carregadores e transportadores.................................18 
Formas de utilização............................................................................19 
Aromatização ambiental.........................................................19 
Água aromática.......................................................................19 
Compressas............................................................................19
Massagens em geral...............................................................20 
Uso cosmético.........................................................................20
Saúde bucal, oral e tópica......................................................20 
A ação dos óleos essenciais...............................................................20 
Métodos de extração dos óleos essenciais ........................21
Estresse e ansiedade..........................................................................22 
Óleos essenciais utilizados nas abordagens terapêuticas do estresse e ansiedade ..........................................................................24
Efeitos psicológicos dos óleos essenciais.......................................25
Justificativa...................................................................................................27
Objetivos........................................................................................................28
Método...........................................................................................................29
Resultados....................................................................................................30
Discussão......................................................................................................33
Conclusão......................................................................................................35
Referências....................................................................................................36
INTRODUÇÃO
1.1PRÁTICAS INTEGRATIVAS 
	As (PNPIC), Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, inseriu no (SUS), Sistema Único de Saúde as técnicas de Medicinas Tradicionais e Complementares, que são compostas por recursos terapêuticos reconhecidos com importante papel na saúde de forma integrativa e natural, sendo uma delas a Aromaterapia (BRASIL, 2018). 
 Quando se pensa em Práticas Integrativas de Saúde, é necessário uma compreensão de que é preciso que os profissionais da saúde adotem medidas afetivas, participativas e acolham o paciente de forma individual, e que todos os participantes estejam envolvidos no processo de melhora, sejam profissionais da saúde, paciente, familiares e gestores do trabalho.
 A compreensão de que a pessoa com quadro de estresse e ansiedade grave está muito fragilizado, é muito importante a solidariedade, empatia e acolhimento para que este processo avance positivamente até restabelecer a qualidade de vida deste paciente.
 O uso das terapias complementares pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Portaria de nº 971, incentiva e regulamenta a adoção dessastécnicas nas unidades dos Estados, Municípios e Distrito Federal (Brasil, 2006).
 As Práticas Integrativas compreende que, o ser humano compreende não só o corpo físico, mas também mente e espírito e como tal deve ser tratado de forma abrangente, fazendo com que ele compreenda que se faz necessário uma nova perspectiva no processo de adoecer e recuperação da saúde, fortalecendo com isso a atitude positiva no que se refere ao seu fortalecimento emocional e psicológico.
1.2. Aromaterapia
	A Aromaterapia tem por princípio o uso dos óleos essenciais como conduta terapêutica complementar no intuito de usar uma abordagem mais natural, atuando não só nos sintomas ou patologias já instaladas, mas restaurar o equilíbrio de forma abrangente e integral. A terminologia da Aromaterapia significa aroma, cheiro e terapia de cura de acordo com (LAZLO, 2013).
	Para algumas pessoas o uso da aromaterapia ainda é desconhecida mas ela é utilizada desde o Egito antigo, com finalidades estéticas e terapêuticas.
	Ela é um tratamento holístico, comprovadamente eficaz que não faz uso de remédios tóxicos nem excessivamente tóxicos, não causando efeitos colaterais desagradáveis.
	É imprescindível a argumentação que reconhecer o outro é reconhecer um ser humano, pois atitudes como essas conseguem promover uma melhor qualidade de vida e bem estar ao paciente.
	No Brasil o índice de pessoas estressadas e ansiosas aumenta a cada ano atingindo todos os setores, faixas etárias, profissões, classes sociais, preocupando de maneira significativa todos os setores, pois junto com o estresse e a ansiedade, o nível de produtividade cai e a saúde de modo geral se torna frágil.
	O Sistema Único de Saúde (SUS) já reconhece muitas práticas integrativas como abordagem em seus tratamentos, mas ainda tem-se um grande caminho à percorrer para que todas as abordagens sejam reconhecidas.
	Isto se deve à falta de estudos e reconhecimento de cunho científico por parte das entidades envolvidas. 
	Por conta da fragilidade do sistema único de saúde, as terapias complementares e integrativas, vêm ganhando um grande destaque como coadjuvante nos tratamentos convencionais, isso porque são tratamentos não invasivos, mais econômicos como viabilização e aplicabilidade e proporcionam bem estar aos pacientes, colaborando significativamente para as questões da ansiedade e do estresse.
	A promoção de saúde deve ser abordada como um nível de atenção da medicina preventiva, correspondendo à prevenção primária, constando de medidas destinadas ao desenvolvimento de uma saúde melhor e mais natural.
	Esta técnica pode representar aos profissionais de saúde, uma nova ferramenta a ser empregada no tratamento de desequilíbrios tanto físicos quanto emocionais barateando significadamente os custos de atendimento para estas práticas
	A popularização dessa terapia está relacionada não apenas à sua eficácia e baixo custo, mas também ao modo de assistência que tem seu foco de atenção voltado ao indivíduo, como um todo (GNATA et al.,2011).
	O princípio da eficácia do óleo essencial se deve ao fato da essência aromática extraída da planta, ser relatada nas mais diversas literaturas como a psique da planta chegando a ser chamado de “alma” por alguns estudiosos, tamanha a ressonância e afinidade com as questões emocionais estudadas.
	Os óleos essenciais são ricos em hormônios, vitaminas e produtos químicos necessários para executar várias funções da planta, sendo a grande maioria também muito voláteis porém extremamente concentrados.
	São extremamente inteligentes a adaptáveis já que podem por seu odor atrair insetos para polinização, regular o teor de água em uma planta. Evitar evaporação em outras. Nas árvores ou arbustos, os óleos essências possuem a capacidade de se transformar em resinas para curar ferimentos causados pelo clima, ou produzir ativos químicos para deter predadores pelo odor forte.
	Com tantas propriedades eficientes são altamente utilizados para refrescar, enriquecer a comida, curar o que aflige o corpo, o espírito e a mente.
1.3 História da aromaterapia
 Desde o início da humanidade, os óleos essenciais vem sendo utilizado na arte e na ciência, sendo descritos há milhares de anos.
 Na idade da pedra lascada já haviam relatos de extração feita de óleos graxos dos vegetais por pressão, começando a desenvolver os conhecimentos sobre aromaterapia, porém os principais países pioneiros nos benefícios da aromaterapia foram o Egito, China Antiga, Índia e Oriente Médio, onde ainda hoje os arqueólogos encontram evidências do uso terapêutico dos óleos essenciais.
 Há informações de que na China, já dedicavam-se ao cultivo de plantas medicinais, há pelo menos 3.000 A.C, onde o imperador Shen Nung utilizava as plantas em seu próprio corpo para testar os efeitos provocados por elas, período em que escreveu o primeiro texto encontrado da fitoterapia chamado de “Pen TSAO” (2700-3000 a.C), catalogando mais de 200 plantas, e a que mais destacou-se foi o ginseng, com suas propriedades de longevidade.
 Pedanius Dioscórides, médico grego que nasceu em Anazarbo, próximo de Tarso na Célica (atual Turquia) e viveu no primeiro século a. C., durante o reinado do imperador Nero, escreveu o Tratado Periules Latriches, conhecido em latim como "De Matéria Médica" em cinco livros. Esse tratado discorre sobre a eficácia terapêutica de substâncias naturais originarias do reino animal, vegetal e mineral. O volume sobre as ervas contido no Códice da Biblioteca Nacional de Nápoles descreve em suas 170 páginas ilustradas todas as plantas medicinais da época, seu hábitat e uso terapêutico (NORTON, 2006).
 Inúmeros escritos evidenciam a utilização de substâncias aromáticas na Medicina Chinesa a pelo menos 4500 anos, confirmando sua aplicabilidade desde o início da civilização. 
 Na Índia há pelo menos 6000 anos a aromaterapia é relatada como conduta de tratamento, da sua aplicabilidade e prática e mesmo nos dias atuais eles utilizam na Medicina Ayurvédica para várias finalidades, inclusive nas massagens para relaxamento com óleos aromáticos. 
 No Egito antigo, já era utilizado para tratamentos de doenças, rituais religiosos, mumificação e perfumar templos como oferendas aos deuses, em forma de resinas, águas perfumadas, sendo uma das mais famosas personalidades do Egito, Cleópatra, a se beneficiar de seus efeitos para perfumar e tratar o corpo e o ambiente.
 Os antigos persas e egípcios conheciam os óleos essenciais de Terebintina (madeira de pinheiro) e resina de mastique (Pistacia lentiscus), sem dúvida o primeiro óleo essencial obtido a partir da destilação a seco. Vasos de alabastro, encontrado em antigas tumbas de faraós, possuíam óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 anos (PRICE, 1994). Os óleos essenciais eram empregados pelos egípcios, também, em massagens de embelezamento, para proteger a pele do clima árido e evitar a decomposição de seus mortos, demonstrando que conheciam suas propriedades antissépticas. Essas informações difundiram-se para os antigos gregos e deles para os romanos (DE LA CRUZ, 1997).
 Na Índia há pelo menos 6000 anos a aromaterapia é relatada como conduta de tratamento, da sua aplicabilidade e prática e mesmo nos dias atuais eles utilizam na Medicina Ayurvédica para várias finalidades, inclusive nas massagens para relaxamento com óleos aromáticos. 
 No Egito antigo, já era utilizado para tratamentos de doenças, rituais religiosos, mumificação e perfumar templos como oferendas aos deuses, em forma de resinas, águas perfumadas, sendo uma das mais famosas personalidades do Egito, Cleópatra, a se beneficiar de seus efeitos para perfumar e tratar o corpo e o ambiente.
 Os antigos persas e egípcios conheciam os óleos essenciais de Terebintina (madeira de pinheiro) e resina de mastique (Pistacia lentiscus), sem dúvida o primeiro óleo essencial obtido a partir da destilação a seco. Vasosde alabastro, encontrado em antigas tumbas de faraós, possuíam óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 anos (PRICE, 1994). Os óleos essenciais eram empregados pelos egípcios, também, em massagens de embelezamento, para proteger a pele do clima árido e evitar a decomposição de seus mortos, demonstrando que conheciam suas propriedades antissépticas. Essas informações difundiram-se para os antigos gregos e deles para os romanos (DE LA CRUZ, 1997).
 Neste mesmo período também encontramos relatos da utilização dos óleos aromáticos sendo utilizados em urnas, pois os egípcios acreditavam que assim os óleos aromáticos acompanhariam os faraós até a vida pós morte.
 Também encontra-se relatos no Velho e Novo Testamento da Bíblia de receitas detalhadas com o uso de compostos aromáticos para rituais religiosos.
 Relatos também confirmam que a Rainha Elizabeth I, usou durante sua vida quantidades abundantes de óleo de lavanda inglesa por toda sua vida durante seu reinado que perdurou 64 anos, prática que foi confirmada já na Era Moderna pela então viva ainda Princesa Diana, já no século 20.
 Com o desenvolvimento humano e a evolução das extrações nos séculos XVII e XVIII, os óleos chegaram a Europa pelas mãos dos Cavaleiros medievais no século XVII, e ficaram marcadas como a época de ouro, já que óleos essenciais passaram a ser utilizados como antissépticos para tratar as pestes que assombraram este período da história, sendo os mais encontrados nos relatos os óleos como absinto, alecrim, alho, cânfora, nós moscada como funções terapêuticas. 
 Com o passar dos anos e o avanço dos estudos pelo homem, na metade do século, começou o aparecimento dos medicamentos de síntese química, onde passaram a isolar os princípios ativos das plantas, onde chegou-se ao métodos de destilação de vidro no século XVI, período que coincidiu com a descoberta de novas rotas comerciais, invenção do microscópio, facilitando assim o estudo dos compostos bioativos das plantas, chega-se a conclusão de que os óleos essenciais são ricos em hormônios, vitaminas e produtos químicos necessários para executar várias funções da planta, sendo a grande maioria também muito voláteis porém extremamente concentrados.
 São extremamente inteligentes a adaptáveis já que podem por seu odor atrair insetos para polinização, regular o teor de água em uma planta. Evitar evaporação em outras. Nas árvores ou arbustos, os óleos essências possuem a capacidade de se transformar em resinas para curar ferimentos causados pelo clima, ou produzir ativos químicos para deter predadores pelo odor forte.
 A aromaterapia é um dos muitos modos de usarmos as forças da natureza com a finalidade de curar. Até a década de 1920, pois foi nomeada apenas nesta época pelo francês Maurice René de Gattefossé, que obteve resultado positivo com uma experiência pessoal ao se queimar e na tentativa de apagar o fogo, mergulhou o braço em um barril contendo um líquido popularmente conhecido como lavanda, onde observou alívio da dor sem sinais e sintomas detectados normalmente nos processos de queimaduras.
 Após este incidente o químico francês dedicou-se ao estudo das propriedades curativas e terapêuticas de vários óleos essenciais em soldados hospitalizados. Até então, não era uma das terapias mais conhecidas. Este termo foi empregado por Gattefossé. Naquela época, quase ninguém tinha ouvido falar de aromaterapia fora da França. Apesar de sua linhagem de mais de 5 mil anos, o termo aromaterapia foi cunhado somente em 1937, e só se tornou devidamente reconhecido quando a antiga e poderosa combinação de óleos aromáticos e massagens ressurgiu, onde agora é uma das que mais crescem em termos de popularidade. (TISSERAND, 2017).
 Os efeitos mais observados da aromaterapia se dão na disposição e ânimo e no equilíbrio das emoções, já que atuam como potencializadores na fisiologia e na química do corpo. 
 De acordo com TISSERAND (2013) a experiência de Gattefossé, inspirou o Dr. Jean Valnel, um cirurgião do exército francês durante a Segunda Guerra Mundial, utilizou óleos essenciais de tomilho, limão, camomila e cravo para curar os soldados em combate. Também usou a mesma abordagem com os óleos essenciais num hospital psiquiátrico, onde obteve resultados positivos também (TISSERAND, 1993).
 O livro de Jean Valnet, discípulo de Gatefosse, continuou o trabalho do seu mestre, e em seu livro “The Practice of Aromatherapy”, instituiu como prática eficiente o uso da aromaterapia para uso médico e psiquiátrico em toda a França na década de 60.
 Robert Tisserand, introduziu como benéficas e eficientes as práticas do uso dos óleos essenciais juntamente com a prática de massagens, uso apresentado no seu primeiro livro em inglês “The Art of Aromatherapy”.
 Com a procura mais e mais frequente por técnicas menos alopáticas nas questões emocionais, o mercado da procura por alternativas mais naturais só tende a crescer, pois desde 2008 a indústria e o mercado de óleos essenciais cresce uma média de 7,5% ao ano na última década, comprovando que veio para ficar definitivamente com prática eficaz de atendimento e tratamento naturalista.
 No Brasil, a aromaterapia chegou por volta dos anos 90, e vem ganhando cada vez mais espaço, sendo utilizado como prática integrativa em consultórios, spas, e terapeutas que atuam com práticas naturais.
 Segundo colaboradores e estudiosos do assunto o Brasil está em 3º lugar, como maior exportador de óleos essenciais no mundo, porém 91% desse volume, consiste em óleo essencial de cítricos, sendo o principal o de laranja (80%). O Brasil exporta por ordem de importância: laranja, limão, eucalipto, pau rosa, lima, capim limão. (FERRAZ et al., 2009).
 Domingos (2014), nos fala que a técnica pode representar aos profissionais de saúde, uma nova ferramenta a ser empregada no tratamento de desequilíbrios tanto físicos quanto emocionais. (DOMINGOS, 2014).
1.3.1 Tipos de abordagem e prática da aromaterapia
 A aromaterapia pode ser praticada de modo diferente e utilizada pelos terapeutas capacitados de modos diferentes, destacando entre eles três abordagens diferentes.
1.3.2 Aromaterapia holística 
 É uma abordagem utilizada como ferramenta terapêutica, sendo necessário um conhecimento bastante abrangente por parte do terapeuta, pois emprega o uso dos óleos essenciais para tratar e equilibrar uma série de desordens que envolve o corpo e a mente do paciente.
 A análise deve ser global, não visando um único objetivo ou queixa, pois fatores como, ambiente, relação interpessoal, a forma como o ser absorve e reage as situações do cotidiano interferem diretamente na saúde física e psíquica.
 Questões como nutrição e desequilíbrio energético também devem ser levados em conta.
1.3.3 Aromaterapia médica (clínica)
 Esta abordagem terapêutica visa a utilização dos óleos essenciais na de uso via oral, sendo muito usado nas patologias infecciosas, principalmente na França, onde são administrados com outras combinações herbáceas. É uma abordagem muito específica e necessita de alto conhecimento por parte do terapeuta, não sendo utilizada no Brasil, regularmente como abordagem terapêutica, devido ao risco oferecido.
1.3.4 Aromaterapia estética
 Na estética, a bastante tempo o uso dos óleos essenciais são empregados de diversas formas, sendo utilizados e com excelentes resultados nos processos de emagrecimento, tratamento de acnes, estrias, massagens estéticas ou com benefícios de relaxamento. 
1.4 Tipos de óleos
Existem diversas espécies de plantas aromáticas, com uma ampla possibilidade de uso no mercado. Pode ser utilizado na indústria perfumista, cosmética, farmacêutica, limpeza, higiene, terapêutica, e são classificados de acordo com seu métodos de extração e finalidade de uso.
1.4.1 Óleo absoluto
 O óleo absoluto é aquele que tem o seuproduto extraído com solventes, sendo usado em plantas que tem seu rendimento na coleta muito abaixo do esperado, como por exemplo o óleo de rosa otto (attar), que necessita o dobro da quantidade da rosa absoluta, sendo assim seu preço altíssimo em comparação ao extraído mais facilmente, chegando a custar o dobro, sendo considerado um dos mais caros do mercado.
1.4.2 Óleos misturados
 Os óleos chamados misturados são também conhecidos por misturas ou sinergias, onde se produz “Blends”, com finalidades específicas para determinadas patologias, funções corporais, nível de crescimento espiritual, estados de ânimo ou desânimo, onde com conhecimento e experiência apuradas tem-se uma infinidade de possibilidades de criação individual para cada situação patológica ou emocional, preferências, montando assim protocolos de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
1.4.3 Óleos carregadores e transportadores
 É fato que água e óleo não se misturam, portanto não importa o quanto o óleo é líquido, espesso, fino, grosso ou oleoso, é de consenso comum que a melhor maneira de diluir um óleo é utilizando um óleo carreador, por possuem ressonância oleosa igual, portanto se misturam muito bem, ou, por meio de álcool de cereal para que fiquem mais fluídos e possam ser utilizados de forma mais eficaz em difusores, por exemplo.
 
1.5 Formas de Utilização
 A aromaterapia vem sendo cada vez mais buscada e acolhida de um modo geral, pois contribui de forma efetiva na qualidade de vida das pessoas, visando minimizar da forma mais natural possível, os desconfortos físicos e psíquicos.
 Deve ser buscada e compreendida como complemento e apoio, pois cada vez mais são comprovados sua eficácia, harmonizando as aflições modernas como o estresse e a ansiedade, que quando não tratados, podem levar a transtornos mais severos, comprometendo de forma ativa o dia a dia e as demandas do mundo moderno.
	Sua aceitação e indicação terapêutica se dá principalmente pela sua eficácia e múltiplas formas de utilização, podendo ser incorporado a rotina de forma diferente para cada pessoa, não interferindo de forma significativa na rotina diária, de acordo com cada pessoa.
	De forma geral atribui-se também a aceitação de forma positiva, pois sendo substâncias puras extraídas das plantas, nos reconecta com a natureza de forma indireta, ação que pela rotina corrida e estressora da maioria da população, muitas pessoas se desconectaram da natureza de forma severa, o que ocasiona com grande impacto no aumento de pessoas estressadas e ansiosas.
	De acordo com cada cliente e rotina podemos incorporar os óleos essenciais de diversas maneiras.
	Muito versátil e acessível a todas as pessoas em suas aplicações podemos citar algumas como:
1.5.1 Aromatização ambiental
	Utilizando difusores em ambientes corporativos, tratamentos a noite enquanto dormimos, etc...., onde as propriedades dos óleos atuarão na estimulação dos receptores olfativos.
1.5.2 Água aromática
	Para ser utizada em pulverizadores, atuando também nos receptores olfativos.
1.5.3 Compressas
 Podem ser utilizadas frias ou quentes, atuando as frias com eficácia nos processos de inflamação e situações agudas. As compressas quentes são eficazes quando associadas aos óleos essências nos casos e situações crônicas. 
1.5.4 Massagens em geral
 Método de utilização muito eficaz nas massagens de relaxante e efeito calmante, pois além dos princípios ativos do óleo essencial, a utilização das mãos, o toque, também proporcionam sensação de acolhimento e relaxamento, sendo um dos mais utilizados.
1.5.5 Uso cosmético
 Vários óleos possuem funções corporais e faciais de cunho estético sendo altamente utilizada na cosmetologia estética.
1.5.6 Saúde bucal, oral e tópica
 Utilizada como gargarejos e bochechos como forma de assepsia bucal e problemas relacionados a patologias bucais. Todos os óleos utilizados para estes fins devem ser diluídos em água antes de seu uso, pois os óleos são altamente concentrados, não devendo nunca ser ingerido.
 Apenas o óleo de melaleuca e o de lavanda podem ser utilizados puros na pele sem risco de irritabilidade cutânea, todos os demais devem ter um veículo carreador onde normalmente são utilizados óleos vegetais, para o manuseio na pele.
 No caso do uso oral, somente prescritas por médicos experientes e capazes, pois suas substâncias são extremamente concentradas.
1.6 A ação dos óleos essenciais
 Segundo TISSERAND, o grande questionamento é: “O que são exatamente óleos essenciais e em que sentido são essenciais?”
 Para TISSERAND, óleo essencial é tudo aquilo que fornece fragrância a um botão de rosas ou a um raminho de alecrim. É um líquido presente em minúsculas gotículas ou saquinhos na planta. Durante certa época do ano e em certos momentos do dia, ocorre uma maior quantidade de óleo essencial na planta, e essa é a melhor ocasião para coletar e destilar o óleo. (TISSERAND, 2017).
 Os óleos essenciais não são gordurosos, e sim muito voláteis, significando que se evaporam facilmente. Ao serem aquecidos, passam rapidamente de líquido a vapor, e é no vapor do óleo essencial que se sente a fragrância de uma flor perfumada ou de uma erva aromática. (TISSERAND, 2017).
 Nem toda flor tem fragrância e nem toda erva é aromática. Só são essenciais no sentido de que são muito concentrados.
 Cada óleo essencial tem propriedades e usos diferentes. O fato de que os óleos naturais de plantas nos afetam emocionalmente não deve ser considerado como estranho, já que temos atração pelo cheiro das plantas desde a mais tenra idade. (TISSERAND, 2017).
 Os óleos essenciais e as condutas terapêuticas que utilizam óleos essenciais têm muito em comum: ambos poder ser relaxantes e reduzir o estresse; ambos podem ser estimulantes e analgésicos; ambos podem abaixar a pressão arterial e estimular o sistema imunológico; ambos podem aliviar dores musculares e outras formas de problemas, como dores de cabeça, entre outros
 Sendo basicamente moléculas aromáticas removidas dos componentes vegetais como pétalas, ramos, sementes, madeira, resinas, cascas de árvores e folhas, torna-se uma ciência arte, na qual sua eficiência se torna fascinante aos olhos de quem a usa como benefício próprio ou como objeto de estudo.
 A aromaterapia e o corpo se relacionam com o sistema nervoso. A noradrenalina, a serotonina, endorfinas e encefalinas, hormônios com funções estimulantes, sedantes e hormônios do bem estar são aromaterapia, tende a provocar sinais de melhora, se não durante o tratamento, certamente após ele, pois liberam produtos químicos que estimulam o cérebro acionados por conta dos óleos essências, sendo que a dor e o estresse estão diretamente relacionados.
	Os óleos essenciais são classificados e divisos segundo sua categoria:os que estimulam o organismo e atuam no bom humor, os que possuem efeito calmante e relaxante e os que estimulam e regulam as funções do corpo.
1.6.1 Métodos de Extração dos Óleos Essenciais
	Por conta da riqueza e diversidades das plantas aromáticas elas possuem estruturas secretoras diferentes em áreas ou órgãos das plantas, podendo ser extraídos de diferentes partes da planta como frutos, sementes, raízes, caules, flores, folhas, raízes e rizomas. A fase do desenvolvimento da planta também influencia no teor da composição do óleo e nas técnicas de extração, variando as técnicas como prensagem a frio, extração por solvente, por CO2, hidrodestilação.
	Devido as técnicas diversas e a quantidade de matéria prima utilizada para chegar ao produto final o preço flutua entre valores baixos, médios e bastante caros (estes especificamente demandam técnicas muito complexas e quantidades altíssimas de matéria prima para sua confecção).
1.7 Estresse e ansiedade
 O estresse é uma das doenças mais comuns neste século e só aumentadevido a dinâmica da vida moderna. Muitos são os fatores que contribuem para que esta estatística cresça em uma velocidade muitas vezes assustadora, fazendo que todo o sistema de saúde geral e as práticas integrativas vejam e revejam formas de tentar combater e minimizar os transtornos gerados pelo estresse, pois consegue desestabilizar o ser humano em suas funções psicológicas e fisiológicas.
	Ansiedade tem como característica ser uma sensação estranha e desagradável de apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto acompanhada de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.
	O estresse, o medo e a ansiedade são reconhecidos como patologias quando passam a ser sintomas exagerados, muito intenso em relação a situação em si, e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho na rotina diária do indivíduo, o que podemos averiguar e quantificar verificando a duração dos sintomas, sendo momentânea, duradoura, limitante e incapacitante
	Devido a vários estudos o que se sabe é que o transtorno de estresse pode se instalar no indivíduo muito antes das manifestações fisiológicas e psicológicas de fato. Estressores desta natureza são corresponsáveis pelo surgimento de transtornos mentais a curto prazo, desencadeamento de Síndrome do Pânico, desavenças interpessoais no trabalho e no seu convívio de maneira geral, quadros de insônia, falta ou excesso de apetite por ansiedade, enxaqueca, entre outros.
 Relativamente, a ansiedade apresenta-se devida a demanda das situações do cotidiano, as cobranças no ambiente corporativo, as cobranças no ambiente estudantil e de forma geral e as preocupações excessivas geram o sentimento de ansiedade na grande maioria das pessoas levando a sintomas físicos e psíquicos que interfere na atividades diárias, desencadeando muitas vezes sintomas com Síndrome do Pânico, inquietação exagerada, alterações no sono, taquicardia, entre outros sintomas.
 Vários estudos relatam a correlação entre estresse, ansiedade e sintomas de depressão e apontam relatos como sentimento de medo, apreensão, sensação eminente de perigo e preocupações que as vezes aparentemente não tem fundamento, mas desencadeiam reações fisiológicas e psicológicas muito real para os pacientes.
 Com as cobranças do dia a dia, quase não há faixa etária e grupos específicos por condição social, já que todos são afetados de formas distintas e comuns no processo de ansiedade, causando diversas doenças de ordem fisiológica e psicológica de maneira geral, limitando e comprometendo em alguns casos o gerenciamento do dia a dia das pessoas, no que resulta em baixa qualidade de vida de forma geral. É um dos problemas mais preocupantes na Era Moderna pois afeta o equilíbrio emocional afetando diretamente qualidade de vida e produtividade.
 O Fato é que as doenças do estresse e ansiedade causam doenças fisiológicas como aumento da pressão arterial, enfartos, transtornos cognitivos e de concentração, falta de libido, transtornos de insônia, alteração do apetite, entre outros, o que demanda um olhar mais apurado e mais atenção ao que ativa e provoca tal situação, na tentativa de obter uma abordagem de prevenção mais eficaz.
 Os óleos essenciais, com propriedades que promovem o relaxamento e a sedação, auxiliam muito no tratamento de casos de ansiedade, estresse e depressão, já que o paciente está em um nível elevado de estresse e ansiedade, o melhor é optar por óleos naturais e que tenham função sedativa.
 A Doutora Lissa Rankin, em seu livro Poderosamente faz uma explanação a respeito da vida moderna que resume as aflições e ansiedade do cotidiano moderno e seus padrões.
 “As pessoas que têm como objetivo serem aceitas socialmente estão tentando acertar no alvo o tempo todo, mantendo-se sempre na crista da onda, seguindo modas, sacrificando o que realmente amam por coisas que as outras pessoas amam e aderindo a padrões artificiais de conformidade...” A principal barreira ao pertencimento é tentar se enquadrar”. Eis a receita perfeita para a solidão. E fazer isso também tem o seu preço, que é bem alto e pode deixar qualquer pessoa não apenas se sentindo solitária, mas também doente” (Rankin, 2016, pg126).
 
1.8 Óleos essenciais utilizados nas abordagens terapêuticas do estresse e ansiedade
 	As aplicações e funcionalidade dos óleos essenciais requer um amplo conhecimento de suas funções e ações no organismo, mas dentre uma vasta opção pode-se citar como principais na atuação contra o estresse e ansiedade alguns abaixo: Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Possui ação revigorante, age contra as dores de cabeça e má circulação; Bergamota (Citrus bergamia) – Relaxante e antidepressivo; Esclaréia (Sálvia sclarea) – Relaxante, antidepressivo e sedativo; Cedro (Cedrus atlântica) – ansiolítico, anti estresse; Eucalipto (Eucalyptus globulus). Age nas questões emocionais como estresse e ansiedade; Gerânio (Pellargonium graveolens) - Sedativo e relaxante; Laranja Doce (Citrus sinensis) - Propriedades calmantes e sedantes; Hortelã (Menta viridas) - Age contra dores de cabeça, fadiga e dores musculares; Ylang-Ylang (Cananga adorata) - Diminui a tensão, melhora o humor, estimula os sentidos, hipnótico e relaxante; Jasmim (Jasminum officinalis) - Estimulante e relaxante; Lavanda (Lavandula angustifólia) - Reduz a tensão, cansaço, depressão, acalma e revigora o ânimo; Lemongrass (Cymbopogon citratus) -Propriedades calmantes par várias situações; Milfólio (Achillea ligusticum) - Ansiolítico, sedativo e relaxante; Rosa (Rosa damascena) - Reduz a tensão, depressão, melhora as dores de cabeça; Sândalo (Santalum álbum) - Reduz a insônia, relaxante muscular e ação sedativa; Tomilho (Thymus officinales) - Reduz tensão, fadiga, ansiedade, dores de cabeça.
 1.9 Efeitos psicológicos dos óleos essenciais
 Efeitos tônicos, revigorantes e calmantes sistêmicos dos óleos essenciais após absorção pelo epitélio pulmonar e no sistema nervoso central; Efeitos emocionais dos óleos essenciais no sistema límbico via bulbo olfatório; Diminuição da pressão arterial; Aumento da temperatura da pele acompanhada de subjetivo aumento de calma e relaxamento; Efeitos depressores dos óleos essenciais sobre o sistema nervoso central; Efeitos anti estresse dos óleos essenciais via modulação da atividade 5-HT e DA.
	O primeiro estudo, o objetivo foi analisar a eficácia do uso do OE de Lavanda e de Gerânio nos estados de tensão e ansiedade. Os estudos foram baseados em literatura sobre Aromaterapia, onde afirma que o OE de Lavanda é eficaz e por este motivo possui indicação para o tratamento de estresse, melancolia, mudança de humos, entre outros. O de Gerânio possui ação eficaz no que se refere a ação tranquilizante, equilibrante e calmante.
	O foco da pesquisa foi aliviar a ansiedade, utilizando como método a aplicação de óleos essenciais associados a uma base de gel para ser utilizado via tópica por um grupo de 39 alunos, dos quais apenas 14 concluíram a pesquisa. Vale ressaltar que nenhum dos participante fazia uso de qualquer tipo de ansiolítico ou antidepressivo como conduta de alívio ao estresse.
	Ao final de 60 dias de aplicação do Óleo essencial de Lavanda e Gerânio, relataram melhora, sendo que o melhor resultado apontou para o OE de Lavanda, já que o OE de Gerânio atingiu resultado inferior, fato este justificado provavelmente pelo odos intenso do OE de Gerânio. Os resultados foram apresentados sobre intensidade moderada de estresse e ansiedade, porém devido a quantidade reduzida de pessoas ao final da pesquisa não se apresenta como resultado definitivo, a mesma.
 	O segundo foi um estudo do tipo ensaio clínico, onde participaram 36 voluntários de ambos os sexos com faixa etária entre 18 e 29 anos, sendo estes estudantes de graduação nas áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. Fator relevante foi o traço de ansiedade e nível de estresse alto e médio,mediante questionário de dados gerais. O método utilizado foi por inalação e o resultado final obtido foi de 24% de redução nos níveis de estresse e ansiedade.
	Neste artigo estudou-se a aromaterapia e suas aplicações na intenção de averiguar de forma geral as abordagens terapêutica dos óleos essenciais descritos na literatura e sua ação positiva nos pacientes melhorando de forma significativa emoções positivas relacionadas ao estresse e a ansiedade, felicidade e alegria. Concluiu-se que os resultados podem ser satisfatórios, porém requer mais fundamentação acerca das práticas de uso dos óleos como conduta terapêutica.
	Tatiana Paganini e Yolanda Flores e Silva, da Universidade de Ciências e Saúde UNIPAR, Umuarama, explana sobre a eficácia e a necessidade de tratamentos alternativos relacionados a saúde emocional quando se tem hoje a necessidade de ações de saúde mais naturais e um olhar mais integrativo em relação as ações e emoções do ser humano. Ressalta a necessidade de mais estudos a respeito da eficácia dos óleos essenciais, a formação qualificada acerca do método e a procedência legítima dos produtos utilizados, porém concluiu-se que a eficácia do método é perceptível e positiva quando a resposta de relaxamento e bem estar.
	Na Escola Superior de Saúde em Bragança, Portugal, fez-se um estudo experimental com seleção de 36 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 e 45 anos. Dividiu-se em dois grupos distintos, sendo um com dezoito pessoas recebendo massagem e sinergia de OE chamado de grupo “aroma e outro composto por 18 pessoas e recebendo apenas massagem chamado de grupo “controlo”. Foram realizadas sessões de 30 minutos, onde avaliou-se o grau de satisfação entre os avaliados e o nível de estresse e ansiedade.
	Após os dois grupos receberem tratamento com OE e massagem e o outro grupo receber apenas massagem durante 14 dias, os resultados obtidos foram muito mais significantes para o grupo “aroma”, cerca de 12% para estresse e 30% para ansiedade, em relação ao grupo “controlo” com taxas de 3% para estresse e 2,6% para ansiedade.
													
				2. JUSTIFICATIVA
	Nestes estudos, se observa a necessidade e a eficácia da atuação dos óleos essenciais como prática integrativa eficiente na abordagem dos transtornos de ansiedade e estresse, porém ressalta a necessidade de mais estudos de comprovação da eficácia, pois os estudos apresentados ainda são poucos diante da eficiência dos compostos químicos presente nos OE e nos mecanismos de ação, porém sua comprovação dos benefícios são inegáveis.
				3. OBJETIVO
	Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura a respeito do efeito da Aromaterapia no controle dos sintomas físicos e emocionais no gerenciamento do estresse e ansiedade de forma globalizada sem nenhuma especificidade. 
4. MÉTODO
	Foi realizada a seleção de artigos científicos, sem especificação restrita definindo área de atuação, sexo ou profissão, em língua portuguesa e inglês relacionados ao tema Aromaterapia, Estresse e Ansiedade das bases de dados científicos eletrônicos Lilacs e Scielo, sem delimitação de período, sendo utilizados os descritores Estresse, Ansiedade, Práticas Integrativas e Aromaterapia. 
	Para a base de dados Lilacs e Scielo foram utilizadas as seguintes estratégia de busca: anxiety OR aromateraphy OR stress OR integrativa practice. Práticas Integrativas OU estresse OU ansiedade ou aromaterapia.
	Na base de dados Pubmed não foi encontrado nenhum artigo através dessa estratégia. Na base de dados Lilacs foram encontrados 14 artigos no total. Destes, foram selecionados 12 a partir da leitura do título e resumo e a seguir apenas 08 a partir da leitura do texto completo, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.
5.RESULTADOS
	AUTOR
	OBJETIVO
	MÉTODO
	CONCLUSÃO
	PAGANINI, T.;
FLORES e SILVA
2014.
	Levantamento bibliográfico da utilização dos OE no tratamento do estresse e as consequências para a saúde.
	Abordagem generalizada sobre vários óleos e sua eficiência sobre o estresse, por conta dos efeitos sedativos e calmantes
	Por não ser prática comum, tem-se pouco uso por parte do Sistema Único de Saúde, mas é perceptível o crescimento da técnica e sua eficácia.
	Dias, Paula
Sousa, Maria João,
Pereira Olívia R,2014.
	Avaliar eficácia da aromaterapia na diminuição dos níveis de estresse e ansiedade em utentes que recorreram a terapia em clínica em Bragança, Portugal
	36 participantes, divididos em 2 grupos “aroma” e “controlo”, 18 cada grupo, tratamento com sinergia de OE de Lavandula Angustifólia Mill e Matricaria recutita L. e massagem.
Avaliação antes e depois do tratamento
	Redução dos níveis de estresse e ansiedade entre os grupos” aroma” e “controlo entre 12% a 30%.
	Gnatta, Juliana Rizzo,
Eliane Vasconcellos Dornellas,
Maria Júlia Paes da Silva,2010
	Verificar eficácia dos OE de Lavanda e Gerânio e a alteração de percepção da ansiedade e comparar sua eficácia.
	Amostras randomizadas em três(3) grupos. Dois(2) receberam OE diluído em gel e outro placebo (essência de Rosa).Uso por 30 e 60 dias. 
	Maior eficácia do) E de Lavanda na diminuição da ansiedade, porém sem expressiva estatística.
	Patrine Roman Sacco,
Graziele Garcia Bernardino Ferreira, 
Ana Cláudia Calazans da Silva,2015.
	Pesquisa sobre a eficácia da aromaterapia visando promoção de bem estar com cunho terapêutico.
	Pesquisa para reconhecimento como terapia para agravos da saúde humana, em especial o estresse.
	Sugere o desenvolvimento de mais trabalhos científicos na área para obtenção de maior fundamentação acerca da prática no tratamento do estresse.
	Regina Margis,
Patricia Picon,
Annelise Formel Cosner,
Ricardo de Oliveira Silveira,2003
	Verificar a relação entre estressores, estresse e ansiedade.
	Avaliar literaturas acerca da atuação bioquímica dos hormônios estressores e sua atuação fisiológica.
	Os estudos apontaram poucos dados encontrados na literatura em relação a sintomas ansiosos e seus eventos. Sugere mais estudos para melhor avaliação
	Cassandra Santantonio de LyraI; Larissa Sayuri NakaiII; Amélia Pasqual MarquesIII,2010.
	Verificar a eficácia da aromaterapia em reduzir os níveis de estresse e ansiedade de alunos de graduação de cursos da área da saúde.
	Aplicação de 10 minutos de inalação e aplicação de questionário antes e depois da sessão.
	Resultado da pesquisa foi eficaz na diminuição dos níveis de estresse e ansiedade em 24%, porém poderia ser melhor já que observou-se que foi inalado apenas 70% da solução OE e sorofisiológico, restando produto no inalador.
	Thiago da Silva Domingos Eliana Mara Braga,2013 
	Ensaio clínico não controlado realizado em enfermaria psiquiátrica de um hospital geral do interior do estado de São Paulo e investigar a eficácia da aromaterapia associada à massagem na ansiedade de pacientes com diagnóstico de DP durante a internação psiquiátrica.
	Aplicação de óleos essenciais em seis sessões de massagem nas regiões musculares do trapézio e costas com duração de 20 minutos, três vezes por semana, em dias alternados durante duas semanas, totalizando seis sessões realizadas nos pacientes em sala na posição sentada.
	A intervenção da massagem com aromaterapia durante a internação psiquiátrica para pacientes com diagnóstico de ansiedade foi eficaz para a redução da ansiedade
	Juliana Montibeler
Thiago da Silva Domingos 
Eliana Mara Braga 
Juliana Rizzo Gnatta 
Leonice Fumiko Sato Kurebayashi
 Alberto Keidi Kurebayashi
	Verificar a efetividade do uso da aromaterapia com óleos essenciais de lavanda (Lavandula angustifolia) e gerânio (Pelargonium graveolens) associado à massagem para alívio do estresse de uma equipe de Enfermagem do centro cirúrgico por meio da avaliação de parâmetros biofisiológicos e psicológicos.
	Ensaio clínico controlado e randomizado, realizado com a equipe de enfermagem de um centro cirúrgicode um hospital escola do interior do estado de São Paulo. A intervenção foi composta de seis massagens com aromaterapia com os óleos essenciais diluídos em creme neutro na concentração de 1% cada. Foi aferida pressão antes e depois do procedimento.
	O uso da aromaterapia demostrou efetividade na diminuição de parâmetros biofisiológicos da equipe de enfermagem do centro cirúrgico.
A pressão arterial da equipe reduziu após procedimento.
6. DISCUSSÃO
	O uso dos óleos essenciais, nos estudos vistos, apontam como uma ferramenta muito eficaz na atuação junto aos agentes estressores, e nos níveis de ansiedade de modo geral, levando as pessoas que se submeteram as pesquisas e as literaturas citadas, tendo como relato melhora na qualidade de vida, na qualidade do sono, no rendimento do trabalho, de uma forma mais natural, sem medicações alopáticas que muitas vezes oferecem efeitos colaterais indesejáveis.
	Quando as patologias relacionadas ao estresse e ansiedade se apossam do dia a dia das pessoas, cabe a cada um escolher a terapêutica que mais convém, mas a arte da Medicina e das Terapias Complementares está em reconhecer que há mais maneiras de curar o corpo além da alopatia. Cada tratamento escolhido deve fazer sentido a você a as suas necessidades.
	Em se tratando de terapia complementar e integrativa, sempre se ressalta a eficácia e comprovação dos mecanismos de ação e identificação dos compostos químicos dos óleos essenciais. Os estudos nem sempre são de relevância dado à quantidade de indivíduos expostos ao estudos como amostra, a frequência do tratamento, óleos utilizados em sinergia ou de forma única, formação de qualidade por parte dos profissionais e óleos essenciais de qualidade.
	Há, com certeza, a necessidade de mais estudos, com grupos maiores e monitorados por um período maior, para que as pessoas em geral e a comunidade científica e médica, considere sem dúvidas, a eficácia por parte do óleos essências, principalmente no que se refere as ações no controle da ansiedade e do estresse. 
	A aromaterapia vem sendo cada vez mais buscada e acolhida de um modo geral, pois contribui de forma efetiva na qualidade de vida das pessoas, visando minimizar da forma mais natural possível, os desconfortos físicos e psíquicos.
	Deve ser buscada e compreendida como complemento e apoio, pois cada vez mais são comprovados sua eficácia, harmonizando as aflições modernas como o estresse e a ansiedade, que quando não tratados, podem levar a transtornos mais severos, comprometendo de forma ativa o dia a dia e as demandas do mundo moderno.
	Sua aceitação e indicação terapêutica se dá principalmente pela sua eficácia e múltiplas formas de utilização, podendo ser incorporado a rotina de forma diferente para cada pessoa, não interferindo de forma significativa na rotina diária, de acordo com cada pessoa.
 De forma geral atribui-se também a aceitação de forma positiva, pois sendo substâncias puras extraídas das plantas, nos reconecta com a natureza de forma indireta, ação que pela rotina corrida e estressora da maioria da população, muitas pessoas se desconectaram da natureza de forma severa, o que ocasiona com grande impacto no aumento de pessoas estressadas e ansiosas.
 De acordo com cada cliente e rotina pode-se incorporar os óleos essenciais de diversas maneiras, sendo muito versátil, acessível e quase sem efeitos colaterais.
 É muito precária a quantidade de material científico para elaborar um conteúdo mais rico em informações, com conteúdo específicos e atualizados sobre os manejos e aplicações dos óleos essenciais e principalmente de estudos científicos a respeito das abordagens terapêuticas, o que dificulta o próprio atendimento e reconhecimento da terapêutica por parte dos profissionais da saúde.
7. CONCLUSÃO
	O que se conclui é que o uso dos óleos essenciais, nos estudos vistos, apontam como uma ferramenta muito eficaz na atuação junto aos agentes estressores, e nos níveis de ansiedade de modo geral, levando as pessoas que se submeteram as pesquisas e as literaturas citadas, tendo como relato melhora na qualidade de vida, na qualidade do sono, no rendimento do trabalho, de uma forma mais natural, sem medicações alopáticas que muitas vezes oferecem efeitos colaterais indesejáveis.
	Quando as patologias relacionadas ao estresse e ansiedade se apossam do dia a dia das pessoas, cabe a cada um escolher a terapêutica que mais convém, mas a arte da Medicina e das Terapias Complementares está em reconhecer que há mais maneiras de curar o corpo além da alopatia. Cada tratamento escolhido deve fazer sentido a você a as suas necessidades.
	Há, com certeza, a necessidade de mais estudos, com grupos maiores e monitorados por um período maior, para que as pessoas em geral e a comunidade científica e médica, considere sem dúvidas, a eficácia por parte do óleos essências, principalmente no que se refere as ações no controle da ansiedade e do estresse. 
			8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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http://doi.org/10.25110/arqsaude.v18il.2014.5157.Arq.Ciênc.Saúde UNIPAR, 
Umuarama, v.18,n.1,p43-49,jan.2014.Acesso em 16/12/2018 as 02:40.
2. DIAS , Paula 1, SOUZA, MARIA JOÃO 1*; PEREIRA, OLÍVIA R.3. X Colóquio de Farmácia. Centro de Investigação de Montanha, ESA, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal. April, 2014. Acesso em 18/07/2018 as 
3.Montibeler, Juliana, t al. 2018.Efetividade da massagem com aromaterapia no estresse da equipe de enfermagem do centro cirúrgico.Rev. esc. Enferm. USP vol.52 São Paulo,2018.
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6.Margis, et al. 2003. Relação entre estressores, estresse e ansiedade.http://www.scielo.br/pdf/rprs/v2551/a.08v2551.
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7.Lyra, Cassandra Santantonio , et al. 2010. Eficácia da aromaterapia na redução dos níeis de estresse e ansiedade em alunos de graduação da área da saúde. .Fisioter Pes.2010; vol.17 n.1). São Paulo, jan./março 2010.
http://dx.doi.org/10.1590/s1809-29502010000100003Acesso em 06/07/2019 as 19:00
8. RANKIN, tradução Rodrigo Peixoto-1º edição. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2016.
http://www.wnf.com.br/manual.pdf 10º edição, 2018.
9.DOMINGOS, T.S; E.M Significado da Massagem com aromaterapia em saúde mental. Acta paul.enfer. São Paulo, v. 27, n.6, dezembro, 2014.
10.GNATTA, J. R.; DORNELLAS, E. V.; SILVA, M. J. P. O uso da aromaterapia na melhora da autoestima. Ver Esc Enfer USP, vol.45, n.5, pag.1113-1120, 2011.
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12.ARAUDES, MARIELLE. Guia Definitivo dos Óleos Essenciais: E-book Amazon.
14.CURY, Ansiedade - Como Enfrentar o Mal do Século - A Síndrome do Pensamento Acelerado, Editora Saraiva, 2013.