MASSAGEM RELAXANTE ASSOCIADA AOS ÓLEOS ESSENCIAS

Prévia do material em texto

MASSAGEM RELAXANTE ASSOCIADA AOS ÓLEOS ESSENCIAS 
 
Anna Gabrielly Nogueira Gomes 1 
Samaira Raquel Ferreira Lima 2 
Tanilda Mendes Ferreira Nunes 3 
 
 
Resumo: A massagem relaxante associada aos óleos essenciais (O.Es) é denominada massagem 
aromaterápica. Esse tratamento terapêutico proporciona o relaxamento, a harmonização, equilíbrio físico, 
mental e emocional. Por ser assim, este artigo tem como objetivo observar como a massagem relaxante 
associada aos óleos essencias podem ser eficaz. Verifica-se pela pesquisa bibliográfica que essa 
associação promove efeitos terapêuticos no organismo de forma integrativa, pois conduz ao reequilíbrio 
geral do estado do paciente, traz resultados satisfatórios com o tempo de tratamento otimizado, diferente 
dos métodos médicos tradicionais. 
 
Palavras-chave: Massagem relaxante. Massagem aromaterápica. Óleos essenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Aluna matriculada na disciplina de Cosmetologia Aplicada em Projeto Integrador . E-mail: 
2 Aluna matriculada na disciplina de Cosmetologia Aplicada em Projeto Integrador . E-mail: 
3 Aluna matriculada na disciplina de Cosmetologia Aplicada em Projeto Integrador . E-mail: 
2 
 
RELAXING MASSAGE ASSOCIATED WITH ESSENTIAL OILS 
 
 
Anna Gabrielly Nogueira Gomes 
Samaira Raquel Ferreira Lima 
Tanilda Mendes Ferreira Nunes 
 
 
Abstract: A relaxing massage associated with essential oils (EOs) is called aromatherapy massage. This 
article aims to observe how relaxing massage associated with essentials oils. Since this therapeutic 
treatment provides relaxation, harmonization and physical, mental and emotional balance. Through the 
research of literary bases, it could report that this association promotes the therapeutic effects of integrative 
body shape, leading to the general rebalancing of the patient's condition, obtaining satisfactory results with 
optimized treatment time, unlike traditional medical methods. 
 
Keywords: Relaxing massage. Massage aromatherapy. Essential oils. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Atualmente, o estilo de vida e as constantes mudanças ocorridas na sociedade 
exigem uma grande capacidade de adaptação mental, física e social. São alterações 
que podem desencadear o estresse. Esse problema resulta de aspectos fisiológicos e 
comportamentais, uma resposta biológica que visa buscar a maneira mais adequada 
de percepção de cada situação, com processamento rápido, com soluções adequadas 
e estimulação do organismo para agir de maneira vigorosa e rápida (MARGIS et al., 
2003). 
A aromaterapia ganha destaque e se torna objeto de pesquisas científicas e 
exames clínicos realizados no mundo todo, a fim de comprovar a sua eficácia em 
diversas indicações, dentre elas o tratamento da redução do estresse e ansiedade. 
Concomitantemente, verifica-se que os óleos essenciais não são eficazes apenas 
fisiologicamente, mas também atuam psicologicamente, pois proporciona ânimo, 
relaxamento e sensação de bem-estar, dentre outros efeitos, os efeitos dependem do 
óleo essencial utilizado (HOARE, 2010). 
Diante disso, percebe-se uma grande possibilidade na união da aromaterapia e 
massagem relaxante, pois ao associar o uso de óleos essenciais (O.ES) obtém-se um 
tratamento terapêutico que coopera na harmonização do organismo, restaura o 
equilíbrio físico, mental, mas também emocional. 
3 
 
Diante dos fatores citados, o objetivo deste projeto integrador é observar como 
a massagem relaxante associada aos óleos essenciais, podem ser eficazes. Como 
procedimento de investigação recorrer-se a pesquisa bibliográfica. Para tanto, busca-
se aporte teórico em autores da área. 
 
1 MASSAGEM RELAXANTE COM ÓLEOS ESSENCIAIS 
 
1.1 História da massagem 
 
 
A palavra massagem tem origem grega e significa amassar. Segundo Cassar 
(2001), ela é uma técnica utilizada desde a antiguidade, tem origem no mundo oriental, 
se destaca, principalmente na: Grécia, Roma, Índia, Japão e China. Essas civilizações 
aderiram a essa terapia com o objetivo de promover o bem-estar. Mas também para o 
tratamento de várias doenças, além disso, associavam a técnica às propriedades 
terapêuticas de ervas. 
Um grande marco na história da massagem ocorre entre 460 – 360 a.C. com 
Hipócrates – o pai da Medicina. Ele cooperou para a evolução dessa terapia ao associar 
essa técnica com as práticas médicas para aliviar dores (BENTLEY, 2006). 
Já nos tempos modernos, Per Henrik Ling (1776 -1839) desenvolveu um 
tratamento que associava exercícios e massagem, chamado de a ciência da ginástica, 
mais tarde ficou conhecida como Movimento Sueco. Ele obteve muitos resultados 
satisfatórios no tratamento de doenças e na saúde como um todo, além de promover a 
cura. Essas comprovações foram apoiadas em estudos de casos escritos por George 
Taylor e algumas informações são válidas até os dias atuais (SILVA, 2004). 
Na massagem são utilizados movimentos básicos capazes de normalizar e tratar 
o tecido mole, isso causa a estimulação da circulação, gera o relaxamento e diminui o 
estresse (HOARE, 2010). Essa técnica exerce uma enorme função em todos os 
sistemas do corpo, atua como um forte sedativo, alivia as tensões, dores de cabeça, 
reduz o cansaço físico, mental, auxilia na melhora da insônia, irritação, fadiga muscular, 
regula as funções intestinais e da digestão (PEREIRA, 2013). 
 
 
4 
 
1.2 Efeitos fisiológicos da massagem 
 
 
A pele é um órgão repleto de terminações nervosas capazes de reconhecer 
estímulos mecânicos, térmicos ou de dor. Cada estímulo é captado por diferentes 
receptores. São eles especificamente: Disco de Merkel, Corpúsculos de Paccini e de 
Meissner, Terminações nervosas livres e o Corpúsculo de Krause e Ruffini. Seguem na 
figura 1, os tipos específicos de receptores cutâneos, citados anteriormente (RIBEIRO, 
2010). 
Figura 1 – Receptores Sensoriais. 
 
Fonte: (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2016). 
 
A todo o momento o corpo humano sofre com agentes estressores, que geram 
comprometimentos físicos e psicológicos. Esses agentes são uma das causas da 
instabilidade do corpo, por isso indica-se a massagem para promover o seu 
relaxamento geral. Por ser assim, o toque torna-se fator essencial para obter resultados 
no tratamento, pois por meio dele há o desbloqueio das tensões no organismo e a 
liberação de mediadores neuroquímicos (HOARE, 2010). 
As variadas técnicas dentro da massagem são capazes de promover: 
relaxamento muscular, nutrição tecidual, o aumento de secreção sebácea, melhor 
circulação sanguínea e linfática, melhor respiração, diminuição de dor, estimulação das 
funções viscerais, remoção de produtos catabólicos, melhor mobilidade articular e 
favorecimento na penetração de fármacos (GUIRRO; GUIRRO, 2002). 
 
5 
 
A massagem gera um crescimento de velocidade da circulação sanguínea e 
linfática, mas também proporciona elevação da temperatura do tecido, hiperemia 
cutânea e um aumento do número de capilares da pele em atividade, efeitos que 
melhoram a nutrição tecidual e retirada dos seus metabólicos. Uma técnica que propicia 
a recuperação da epiderme pela estimulação da circulação superficial e renovação do 
estrato córneo (HOARE, 2010). 
 
1.3 Aromaterapia 
 
1.3.1 Contexto histórico 
 
 
As plantas aromáticas terapêuticas são utilizadas desde o tempo pré-histórico, 
mas só a partir do período Paleolítico o homem conhece melhor sobre elas. Como 
também, ele começou a extrair os óleos graxos dos vegetais por meio da pressão, com 
isso desenvolve uma aromaterapia rudimentar (LYRA, 2009). O Egito foi o primeiro país 
que desenvolveu profundamente a aromaterapia, por isso é considerado o berço dessa 
técnica. 
Na antiguidade foi utilizada amplamente na Índia e China (LIMA, 2011), porém. 
Entretanto o uso de plantas medicinais e aromáticas só se disseminou na cultura greco- 
romana. Nessa época eram realizados banhos em águas termais, com maços de 
lavanda, com objetivo de perfumara água. Em virtude disso, o nome lavanda, derivou- 
se do verbo lavar (SILVA, 2001). 
Em meados do século 20, René-Maurice Gateffossé realizou uma descoberta de 
que as plantas medicinais eram repletas de propriedades antissépticas, tornando-as 
mais eficazes do que os produtos químicos consumidos na época. A descoberta oficial 
sobre as propriedades medicinais da aromaterapia ocorreu em 1927 por ele, na França, 
quando sofreu uma grave queimadura em sua mão. Ele mergulhou a parte queimada, 
automaticamente, em um tambor repleto de óleo essencial de lavanda, a partir de então 
observou a melhora significativa no processo de cicatrização do seu ferimento 
(MACHADO; FERNANDES JÚNIOR, 2011). 
 
6 
 
Desde então, muitos estudiosos dedicaram-se a pesquisar sobre as 
propriedades terapêuticas das plantas na aromaterapia. Hoje os óleos essenciais 
extraídos delas, possuem várias utilidades em banhos, compressas, vaporizações e 
outras técnicas, promovendo o bem-estar mental e físico (ESSENCIAL, 2012). 
 
1.3.2 Conceito 
 
 
Aromaterapia tem origem grega (aroma - “cheiro”; terapia -”tratar”). É um 
conjunto de técnicas que utilizam as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais 
(O.Es), se baseia no conjunto de fundamentos holísticos, (derivado do grego holos, que 
significa "inteiro" ou "total"), pois realiza um tratamento do indivíduo como um todo e 
não apenas de um sintoma específico (HOARE, 2010). 
Os O.Es são naturais e puros, além disso, têm sua composição química 
completa. São diferentes da alopatia, pois nessa são utilizados princípios ativos 
isolados das plantas. Eles se distinguem ainda das essências por se tratarem de 
substâncias sintéticas sem função terapêutica (WOLFFENBÜTTEL, 2013). 
Existem inúmeras indicações dos óleos essenciais na aromaterapia para 
promover e manter a saúde. Elas podem atuar, por exemplo, para animar o indivíduo 
quando ele precisar estar em estado de alerta ou proporcionar a calma em meio a 
situações estressantes. Também auxiliam como medicina preventiva, pois estimula o 
sistema imunológico e combate os efeitos do estresse. Suas formas de utilização 
também são diversas. Ele atua por meio de vias de transporte ao corpo por: via olfativa, 
via oral - permitido apenas em alguns países e via tópica. Destaca-se que as mais 
comuns são as utilizadas por via olfativa e tópica - pela massagem (HOARE, 2010). 
Em um estudo desenvolvido por Brandley et al. (2006), em ratos com objetivo de 
avaliar o efeito ansiolítico a partir da inalação da Lavanda (Lavandula augustifolia), 
observa-se uma maior redução dos níveis de ansiedade nos machos do que nas 
fêmeas. Concluiu-se que esse efeito é semelhante ao diazepam quando ingeridos por 
humanos e os resultados apresentam também essa diferença entre os sexos (LYRA, 
2009). 
 
7 
 
De modo geral, os O.Es são utilizados para proporcionar bem-estar mental físico 
e social (DIAS, 2013). Entretanto, apesar da aromaterapia proporcionar benefícios, 
ainda há poucas comprovações científicas sobre o assunto, pela complexidade 
bioquímica das plantas (LYRA, 2009). 
 
1.3.3 Óleos essenciais (O.Es) 
 
 
Os óleos essenciais são compostos concentrados em diversas partes dos 
vegetais (raiz, folhas, tronco, flores, casca, sementes, frutos, etc.) e possuem diversas 
indicações terapêuticas (NEVES, 2011). Ainda que sejam nomeados de óleos, eles não 
são agentes oleosos. Alguns são bastante viscosos, outros de textura mais sólida, isso 
está diretamente relacionado à volatilidade com que o óleo essencial evapora. Eles são 
representados por notas. 
Compreende-se que, todo óleo essencial tem a sua amplitude de notas 
específica. Sejam elas: notas de frente, intermediárias ou de fundo. Pois ao realizar 
uma mistura de óleos essenciais de diferentes notas, há a tendência de um se 
sobressair sobre o outro, além da diferença de dosagem utilizada em seu preparo. 
Segue na figura 2, a representação dos níveis olfativos – notas (HOARE, 2010). 
Tabela 1 – Notas. 
Características das notas de fundo, intermediárias e de frente 
Notas de frente Notas intermediárias Notas de fundo 
Mais voláteis. Moderadamente voláteis. Menos voláteis. 
Atuam rapidamente no Velocidade de ação moderada no São as que atuam mais 
corpo e na mente. corpo e na mente. Adicionam devagar sobre o corpo e a 
Fornecem as primeiras substância a uma combinação. mente. “Fixam” uma 
impressões de uma combinação, conferindo-lhe 
combinação, mas não resistência. 
subsistem por muito tempo. 
Estimulam o corpo e a 
mente com efeitos 
inspiradores. 
Afetam as funções corporais, como 
a digestão e a menstruação. 
Efeito calmante e relaxante. 
Benéficas para problemas 
nervosos. 
Eucalipto, óleos cítricos, 
sálvia, tomilho, manjericão. 
Lavanda, gerânio e alecrim. Jasmim, sândalo, ylang ylang, 
gomas, madeiras e resinas. 
Fonte: (HOARE, 2010). 
 
A forma mais conhecida de usar os óleos essenciais está na combinação de um 
ou mais tipos (sinergia), por isso quando associados têm seus efeitos potencializados, 
como também traz melhores resultados. Porém esses ainda precisam ser diluídos em 
8 
 
um veículo - óleos vegetais, álcool de cereais, loção hidrossolúvel e outros (HOARE, 
2010). 
 
1.4 Massagem relaxante aromaterápica 
 
 
Destaca Hoare (2010) que, o objetivo da massagem relaxante aromaterápica é 
facilitar a permeação dos óleos essenciais na pele, auxiliar a estimulação do fluxo 
linfático, uma vez que melhora a circulação sanguínea, elimina as toxinas do corpo, 
traz relaxamento ao cliente de acordo com a necessidade, estimula também os nervos 
e o alívio das tensões musculares. Segundo o autor, dentre os principais movimentos 
realizados na massagem relaxante e aromaterápica encontram-se: petrissage 
(compressão), effleurage (alisamento) e acupressura. 
 Petrissage – Petrissage ou Massagem de compressão é aplicada de diferentes 
maneiras. Pode ser por amassamento, fricção ou vibração. Essa técnica promove o 
aumento da circulação sanguínea e linfática, efeito tonificante no tecido muscular e 
absorção dos O.Es pela pele. 
 Effeurage – essa técnica é realizada com a palma das mãos antes e depois de 
todos os outros movimentos, com pressão superficial e profunda. Ela aumenta o fluxo 
venoso e linfático, melhora a circulação arterial, elimina a congestão nas veias e auxilia 
na penetração dos produtos. 
 Acupressura – técnica semelhante à acupuntura, terapia chinesa que insere 
agulhas em específicos pontos da pele. Essas agulhas estimulam o fluxo da energia 
vital, denominado de energia qi, ki ou chi que inicialmente circula pelos órgãos internos 
e voltam pelos canais, denominados meridianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2 METODOLOGIA 
 
 
Este estudo tem como metodologia uma pesquisa bibliográfica realizada nos 
livros da biblioteca física do Centro Universitário Claretiano Goiânia, e em acervos da 
biblioteca virtual e base de dados virtuais, como: Scielo e Google Acadêmico. 
Mediante isto, foram utilizados tais descritores durante a pesquisa: massagem 
relaxante, aromaterapia, massagem aromaterápica, óleos essenciais. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
Verifica-se nos artigos pesquisados, que os óleos de massagem são destinados 
principalmente à prática da aromaterapia tradicional, também chamada de 
massoterapia. A aromaterapia tradicional é uma arte complexa que consiste no 
massageamento do corpo com os óleos de massagem, o que, juntamente com a 
inalação do aroma produz o resultado mental, emocional ou espiritual almejado. 
A prática da aromaterapia tradicional exige um profundo conhecimento das 
propriedades terapêuticas e transformadoras de cada óleo de massagem assim como 
das formas de aplicação em cada caso específico. 
Para obter melhores resultados torna-se necessário que o corpo absorva o óleo 
essencial e é por essa razão que o “óleo carreador” utilizado deve ser 100% vegetal, já 
que o óleo mineral quase não é absorvido pelo corpohumano. 
O crescimento de pesquisas científicas sobre a aromaterapia, sua atuação e os 
efeitos terapêuticos que os O.Es promovem ao organismo, bem como a sua eficácia. 
Dentre elas, os estudos clínicos realizados por Dias (2013) e Saeki e Shiohara (2001), 
pois receberam destaque na área. 
O primeiro estudo foi realizado em uma clínica na cidade de Bragança, Portugal. 
Foram selecionados 36 indivíduos, tanto do sexo feminino quanto do masculino. Nessa 
pesquisa, foi aplicada a técnica de Euffleurage. Os participantes foram divididos em 
dois grupos, aroma (n=18) e controle (n=18). O primeiro recebeu a massagem com a 
sinergia de 60% de óleo essencial de lavanda (Lavandula angustifólia mill) e 40% de 
óleo essencial de camomila (Matricaria recutita l). 
10 
 
O segundo grupo foi denominado de grupo controle (n=18), recebeu apenas a 
massagem sem as propriedades terapêuticas dos O.Es. Obteve-se o seguinte 
resultado: no primeiro grupo (aroma) houve melhora de 12% no nível de estresse e de 
30% no nível de ansiedade. Porém, no 2° grupo (controle) teve melhora de 3% no nível 
estresse e de 2% no nível de ansiedade. Esse resultado comprova a eficácia da 
massagem associada à aromaterapia e óleos essenciais, em específico o de lavanda, 
para a redução do estresse, como também da ansiedade. 
No segundo estudo, Saeki e Shiohara (2001) analisaram que os óleos essenciais 
calmantes como o de lavanda, possui efeito sedativo no sistema nervoso simpático e 
estimulante no sistema nervoso parassimpático. Além de promover efeitos psicológicos 
emocionais, mentais e atuar diretamente no sistema límbico. Diferente dos óleos 
essenciais refrescantes como o de alecrim, pois esse tem ação estimulante do sistema 
nervoso simpático. Diante disso, observou-se que outros O.Es podem ter efeitos 
ativadores para ambos sistemas nervosos citados, como por exemplo o o.e de citronela 
(LYRA, 2009). 
Em quadros de estresse e ansiedade, o óleo essencial de lavanda (Lavandula 
officina lis, Lavandula angustifolia ou Lavandula vera) é um dos mais indicados por seu 
efeito sedativo e antidepressivo, uma vez que age diretamente no Sistema Nervoso 
Central (SNC), promove o relaxamento da mente, do corpo, das emoções, além disso, 
possui outras propriedades terapêuticas, como ação antisséptica, antibiótica, 
bactericida, descongestionante, cicatrizante, repelente de insetos, diurético e antiviral 
(ANDREI e COMUNE, 2006). 
Mediante os dois estudos, é possível observar que os óleos essenciais possuem 
efeitos terapêuticos e atuam nas emoções pelo sistema límbico, os aromas também 
são capazes de atuar por processos psicológicos e fisiológicos por meio do sistema 
autônomo (LYRA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A utilização da massagem associada à aromaterapia para fins terapêuticos e 
estéticos aumenta no decorrer do tempo. Tal fato ocorre pela grande procura de 
tratamentos, não apenas pelos efeitos estéticos, mas também pelos efeitos 
psicológicos e emocionais, uma vez que suscita bem-estar e qualidade de vida. 
Este estudo destaca os benefícios da aromaterapia, entretanto ainda é uma área 
carente de investigação, por isso mais estudos científicos precisam ser realizados 
sobre as propriedades químicas e a utilização dos óleos essenciais na estética. 
Dessa forma, os tratamentos terão mais credibilidade na área médica 
convencional, além de aumentar as indicações na associação com as terapias 
alterativas e complementares. Considerando que é de extrema importância 
compreender que a integração multidisciplinar de várias áreas da saúde é fundamental 
para a otimização de qualquer tratamento estético. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDREI, Patrícia, COMUNE Del Peres Aparecida, Aromaterapia e suas aplicações, 
Centro Universitário S. Camilo, São Paulo, v. 11, n. 4, p.58-68, 2006. 
 
BENTLEY, Eilean. O livro essencial da massagem. São Paulo: Manole, 2006. 
BRAUNSTEIN, Marcos Vinícius Gomes; BRAZ, Melissa Medeiros; PIVETTA, Hedioneia 
Maria Foletto. A fisiologia da massagem terapêutica, UNIFRA, Santa Maria, RS. 
 
BRITTON, Lan; KUKLES, Lavanda: más que un aroma, 10 nov. 2011. Disponível em: 
<http//www.kukles.com/tag/lavanda/>Acesso em: 12 abr. 2020. 
 
CASSAR, Mário-Paul. Manual de massagem terapêutica: um guia completo de 
massoterapia para os estudantes e para o terapeuta. São Paulo: Manole, 2001. 
 
DIAS, Paula C. M. Santos. Utilização de produtos naturais em aromaterapia. São Paulo: 
Bragança, 2013. 
 
ESSENCIAL. Aromaterapia: o poder das essências. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 
2002. 
 
FAVASSA, Celí Teresinha Araldi, ARMILIATO, Neide, KALININE, Louri. Aspectos 
fisiológicos e psicológicos do estresse. Revista de Psicologia da UnC, SC, v. 2, n. 2, p. 
http://www.kukles.com/tag/lavanda/
12 
 
84-92, Junho 2005. 
 
FILGUEIRAS, Júlio César; HIPPERT; Maria Isabel Steinherz. A polêmica em torno 
conceito de Estresse. Psicol. Cienc. Prof., Brasília, v. 19, n. 3, 1999. Disponível em: 
<http://scielo.br/scielo.php?pid=S141498931999000300005&script=sciarttext&ting=es> 
Acesso em: 20 abr. 2020. 
 
GUIRRO Elaine; GUIRRO Rinaldo. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, 
recursos e Patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002. p. 391- 410. 
 
HOARE, Joanna. Guia completo da aromaterapia: um curso estruturado para alcançar 
a excelência profissional. São Paulo: Pensamento, 2010. 
 
LIMA, Maurício Mesquita. Massoterapia, ações que maximizam a qualidade de vida no 
trabalho. Monografia (Graduação) - Departamento de Administração EaD, 
Universidade de Brasília UnB), Manaus-AM, 2011. 
 
LYRA, Cassandra Santantonio. A aromaterapia científica na visão 
psiconeuroendocrinoimunológica: um panorama atual da aromaterapia clínica no 
mundo e da psiconeuroendocrinoimunológia, Dissertação (Mestrado em ciências), 
Instituto de psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. 
 
LYRA, Cassandra Santantonio; NAKAI, Larissa Sayuri; MARQUES, Amélia Pasqual. 
Eficácia da Aromaterapia na redução dos níveis de estresse e ansiedade em alunos de 
graduação da área da saúde: estudo preliminar. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, 
v.17, n.1, p. 13-17, jan./mar.2010. 
 
MACHADO, Bruna Fernanda Murbach Teles; FERNANDES JÚNIOR, Ary, Óleos 
essenciais: aspectos gerais e usos em terapias naturais, Cad. Acad., Tubarão, v. 3, n. 
2, p. 105-127, 2011. 
 
MARGIS, Regina; PICON, Patrícia, COSNER Annelise Formel; SILVEIRA Ricardo de 
Oliveira. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. R. Psiquiatra, RS, p. 65-74. 
Abril 2003. 
 
MORRIS, Charles G.; MAISTO, Albert A. Introdução à psicologia. São Paulo: Pearson, 
2004. 
 
NEUWIRTH, Amanda; CHAVES, Ana Letícia Rocnieski; BETTEGA, Janine Maria 
Ramos. Propriedades dos óleos essenciais de cipreste, lavanda e hortelã-pimenta. 
Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Amanda%20Neuwirth%20e%20Ana%20Chaves.pdf>. Acesso 
em: 20 abr. 2020. 
 
NEVES, Juliete Silva. Aromaterapia: um tema para o ensino de química. Monografia 
(Graduação), Universidade de Brasília UnB, Brasília-DF, 2011.Disponível em: 
<http://bdm.unb.br/handle/10483/1728>. Acesso em: 21 abr. 2020. 
http://scielo.br/scielo.php?pid=S141498931999000300005&amp;script=sciarttext&amp;ting=es
http://siaibib01.univali.br/pdf/Amanda%20Neuwirth%20e%20Ana%20Chaves.pdf
http://bdm.unb.br/handle/10483/1728
13 
 
 
PAFARO, Roberta Cova; MARTINO, Vilma Maria Figueiredo. Estudo do estresse do 
enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de 
Campinas. 2002. Rev Esc Enferm USP, v. 38, n. 2, p.152-160, 2004. Disponível em: 
<http://www.revistas.usp.br/reeusp/article/viewFile/41391/44970>. Acesso em: 20 abr. 
2020. 
 
PEREIRA, Maria de Fátima Lima. Spaterapia. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 
2013. 
 
PINOTTI, Rafaela Bavaresco; CASAGRANDE, Raquel Aparecida; ANTÔNIO, Fabiane 
Dell, Importância da massagem relaxante para o bem estar da mulher idosa, 
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALE, Balneário Camboriú, SantaCatarina. 
Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Rafaela%20Pinoti,%20Raquel%20Casagrande.pdf>. 
Acesso em: 15 abr. 2020. 
 
RIBEIRO, Cláudio. Cosmetologia Aplicada a dermoestética. São Paulo: 
Pharmabooks, 2010. 
 
ROSSI, Ana Maria; QUICK, Jame Caopbell; PERREWÉ, Pamela L. Stress e Qualidade 
de Vida no Trabalho: São Paulo: Siciliano, 1989. 
 
SILVA, Adão Roberto. Tudo sobre aromaterapia. São Paulo: Roca, 2001. 
 
SILVA, Gabriela Lucas. Avaliação da atividade antioxidante, anti-inflamatória e 
antinociceptiva do óleo essencial de lavanda (lavandula angustifólia mil), Dissertação 
(Mestrado) - Biologia Celular e Molecular, Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 
Porto Alegre, 2009. 
 
SILVA, Raimunda Nonata do N. O brotar da massoterapia em sobral: uma experiência 
singular. Monografia (Especialização) Residência em Saúde da Família, Universidade 
Estadual Vale Do Acaraú – Uva, Sobral, Ceará, 2004. Disponível em: 
<http://fisiovitae.com.br/wp-ontent/uploads/2012/06/O_brotar_da_massoterapia1.pdf>. 
Acesso em: 20 abr. 2020. 
 
SIQUEIRA, Hugo Peralta; BOJADSEN, Thaís Weber de Alencar. Análise das 
alterações fisiológicas provenientes da massagem clássica em função do tempo de 
aplicação, Revista PIBIC, Osasco, v. 3, n.2, 2006, p. 59-
72. Disponível em: < http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-
das-alteracoes-fisiologicas-provenientes- da-massagem-classica-em-funcao-do-
tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira- pesquisador.html>. Acesso em: 22 abr. 
2020 
 
PORTAL SÃO FRANCISCO. Corpo humano: sistema sensorial: tato. Disponível em: 
<http//www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-
sensorial/tato.php> Acesso em: 20 abr. 2020. 
http://www.revistas.usp.br/reeusp/article/viewFile/41391/44970
http://siaibib01.univali.br/pdf/Rafaela%20Pinoti%2C%20Raquel%20Casagrande.pdf
http://fisiovitae.com.br/wp-ontent/uploads/2012/06/O_brotar_da_massoterapia1.pdf
http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-das-alteracoes-fisiologicas-provenientes-da-massagem-classica-em-funcao-do-tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira-pesquisador.html
http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-das-alteracoes-fisiologicas-provenientes-da-massagem-classica-em-funcao-do-tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira-pesquisador.html
http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-das-alteracoes-fisiologicas-provenientes-da-massagem-classica-em-funcao-do-tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira-pesquisador.html
http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-das-alteracoes-fisiologicas-provenientes-da-massagem-classica-em-funcao-do-tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira-pesquisador.html
http://docplayer.com.br/7242772-Fisio-analise-das-alteracoes-fisiologicas-provenientes-da-massagem-classica-em-funcao-do-tempo-de-aplicacao-hugo-peralta-siqueira-pesquisador.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-sensorial/tato.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-sensorial/tato.php
14 
 
 
WOLFFENÜTTEL, Adriana Nunes. Base da química dos óleos essenciais e 
aromaterapia. Belo Horizonte: Laszlo, 2016. 
	MASSAGEM RELAXANTE ASSOCIADA AOS ÓLEOS ESSENCIAS
	INTRODUÇÃO
	1 MASSAGEM RELAXANTE COM ÓLEOS ESSENCIAIS
	1.1 História da massagem
	1.2 Efeitos fisiológicos da massagem
	1.3 Aromaterapia
	1.3.2 Conceito
	1.3.3 Óleos essenciais (O.Es)
	1.4 Massagem relaxante aromaterápica
	2 METODOLOGIA
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS