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* INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Profa. M.Sc. Luciana Fernandes Maia Marin Pneumofuncional II * Definição É uma síndrome caracterizada pelo aparecimento de disfunções de qualquer setor do sistema fisiológico responsável pelas trocas gasosas entre o ambiente e intimidade tissular. “Incapacidade do sistema respiratório manter adequada troca gasosa.” Função do sistema respiratório: Suprir organismo com O2 e remover o CO2 * IR Três mecanismos distintos: 1.Ventilação: entrega de ar aos alvéolos ... 2.Difusão: movimento do O2 e CO2 através da membrana alvéolo-capilar 3.Circulação: Como o O2é transportado do local da troca gasosa às células do corpo ... Ambiente Pulmão Circulação Célula * Insuficiência de Bomba e Pulmonar Criner G. Atheneu 2002 * Problemas que geram IRp: Insuficiência de bomba Cérebro: (alteração na origem do estímulo nervoso- DRIVE. Hipoventilação e/ou hiperventilação independente da mecânica respiratória) -Abuso de drogas, sedação ... -AVE, TCE, Encefalite, Tumores, Aumento da PIC Medula espinhal, muscular e neuromuscular: (Comprometimento do SNP, junção mioneural e células musculares) -Miastenia Gravis -Poliomielite -Guillain Barré e demais polineuropatias -ELA, doenças degenerativas medulares ... -Distrofias musculares, miopatias ... -TRM, tumores medulares ... * Problemas que geram IRp: Insuficiência de bomba Vias aéreas superiores: -Paralisia das cordas vocais -Estenose de traquéia -Laringoespasmo - Traqueomalácia - Tumores Caixa torácica: -Trauma de tórax - Pneumotórax -Cifoescoliose -Grande queimado (abrangendo o tórax) * Problemas que geram IRp: Insuficiência de bomba * Insuficiência de Bomba Hipoventilação Disfunção Central Disfunção das VA Disfunção da Caixa Torácica Disfunção Muscular / Neuromuscular * Problemas que geram IRp: Insuficiência Pulmonar Hipoxemia; Aumento da resistência ao fluxo aéreo; Queda da complascência; Aumento do espaço morto fisiológico; - Processos infecciosos (bronquite, pneumonia, etc); VAI -Asma -DPOC -TEP -SDRA -Pneumonia -Hemorragia alveolar -H1N1 Coração: -ICC -EAP * Problemas que geram IRp: Insuficiência Pulmonar * Problemas que geram IRp: Insuficiência Pulmonar Elevar a FiO2 não é o suficiente Pi + PEEP Shunt Efeito Espaço Morto * Patogênese da FRA: Bomba muscular afetada = PaCO2 Pulmões afetados = ↓ PaO2 Doença pulmonar WOB * Classificação da Irp Tempo de Instalação Insuficiência Respiratória Aguda Se desenvolve em minutos a horas IRp aguda:PNM, SDRA... Ex:PaO2< 60 mmHg; PaCO2> 50 mmHg; pH < 7.30; HCO3: 26 mEq/L Insuficiência Respiratória Crônica Se desenvolve em semanas, meses..... IRp crônica:DPOC, câncer de pulmão... Ex:PaO2< 60 mmhg; PaCO2> 50 mmhg; pH: 7.40-7.45; HCO3 > 28 mEq/L IRp crônica agudizada (exacerbação aguda): Piora da doença primária Exacerbação de doença secundária (PNM na DPOC) Ex: PaO2< 55 mm Hg; PaCO2> 60 mm Hg pH < 7.30; HCO3 geralmente > 26 mEq/L * CLASSIFICAÇÃO IRp tipo I (Hipoxêmica / Pulmonar / de Oxigenação) Ex: pneumonias, atelectasias, SDRA, IC,TEP. É a forma mais comum de IR. A doença pulmonar é grave o suficiente para interferir na troca pulmonar de O2, mas a ventilação é mantida. PaO2< 60mmHg em aa. // PaO2/FiO2<300; IRp tipo II (Hipercápnica – com hipoventilação = aumento do espaço morto – aumento da PaCO2/ Bomba / de Ventilação) Ex: doenças neuromusculares, intoxicação por barbitúricos, alclose metabólica, DPOC, crise aguda de asma. * Quadro Clínico Hipoxêmico Dispnéia ( FR; WOB) Alteração da freqüência respiratória Alteração da freqüência cardíaca Agitação psicomotora Cianose Uso de musculatura respiratória acessória Tiragem intercostal e supraclavicular Alteração da ausculta pulmonar * Quadro Clínico Hipercápnica Edema cerebral (sintomas relacionados) Alteração do nível de consciência(sonolência) Alteração da freqüência cardíaca Cefaléia Alteração respiratória ( bradipnéia e respiração superficial) Manifestações circulatórias - taquicardia, hIpertensão, hipotensão Policitemia - hipoxemia – Síntese de eritropoietina Hipertensão pulmonar Cor-pulmonale ou insuficiência ventricular direita * * Figure 86.2The relationship between arterial PaO2and PacO2as ventilation increases or decreases, assuming that the alveolar-arterial Po2 difference does not change and the respiratory exchange ratio is 0.8. * Diagnóstico Exame Físico Gasometria Arterial Mecânica Respiratória Imagem Avaliar agilidade mental Habilidade em falar frases FR > 35 irpm FC > 20 a 30 bpm acima do habitual Tiragem intercostal + respiração paradoxal Contração ativa de abdominais Uso de musculatura acessória Possíveis RA: roncos, sibilos, crepitações * Tratamento O objetivo primário é reveter e prevenir a hipoxemia; O objetivo secundário é controlar a PaCO2 e acidose respiratória; Identificação do tipo de Insuficiência resp. Exige ainda, o motivo da Insuficiência resp. e seu tratamento O SNC e o SCV precisa ser monitorizado e tratado. Tratamento genérico: . Oxigênio (ineficaz isolada/ na atelectasia...) . Medicamentos (broncodilatadores, diuréticos...) . Adequar nutrição,eletrólitos, hemoglobina… . Reduzir WOB (VNI ou VM invasiva) . IRpA + FMR = VM invasiva e repouso(>24 h) . Adequada Pmaw e PEEP . Vasodilatação pulmonar se perfusão for ineficaz * Tratamento da IRp * Desobstrução Pulmonar Reexpansão Pulmonar * OXIGENOTERAPIA Aumento da FiO2 (21+ 4(O2 litros)); Ventilação comandada pelo paciente. Cateter Nasal Másc. Nebulização Másc.Venturi * VNI Ajuda parcial ou quase total ao músculo respiratório para gerar a pressão suficiente para vencer os componentes resistivos de Sistema Respiratório. Abordagem rotineira da VNI IPAP: 10 cmH2O ( em 2 a 4 cmH2O na IRpA II) EPAP: 5 cmH2O ( em +/- 2 cmH2O na IRpA I) FiO2para manter SaO2> 90% VC: 6 a 8 ml/Kg FR < 25 IRPM Nova gasometria a cada hora, ou de 2/ 2 hs Sem melhora em 2 h = IOT + VM invasiva * Tto (VNI) da IRpA baseado em evidências: . VNI no EAP:nível A . VNI em DNM:nível A . VNI na IRpA tipo II:nível A IOT imediata não é recomendada . Posicionamento corporal para otimizar bomba ventilatória: Nível C . VNI na IRpA tipo I (pnm, lesão inalatória, trauma...): Nível C Gosselink R et al. Intensive Care Med 2008 * * Falha da VNI = IOT + VM * Intubação oro-traqueal (IOT) 1.Preparo (aspiração, laringoscopia, combitubo, cricotiroidotomia, máscara laríngea, desfibrilador, monitorização...) 2. Pré-oxigenação (3 a 5 min com FiO2 > 60%) 3. pré-tratamento (sedação, anestesia local...) 4. Bloqueadores neuromusculares (evitar) 5. Proteção e posicionamento (evitar aspiração gástrica; extensão cervical...) 6. IOT (evitar trauma; manter assepsia...) 7. Manejo do TOT (AP, RX, monitorização...) Mace SE. Emerg Med Clin N Am 2008 * VMI TOMADA DE DECISÃO; EMERGÊNCIA; INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA GRAVE NECESSITANDO DE REPOUSO MUSCULAR RESPIRATÓRIO (SEDAÇÃO/CURARIZAÇÃO) E VENTILAÇÃO PASSIVA. * * Consequências do tto tardio da IRpA Liberação inadequada de oxigênio Hipóxia tecidual Lesão orgânica Encefalopatia hipóxica ou anóxica da PIC (na lesão cerebral aguda) Fadiga e falência muscular respiratória Óbito Levy MM. Chest 2005 * Conclusões A identificação do tipo de insuficiência respiratória é o primeiro passo para o tto. A história clínica, os exames clínicos e laboratoriais levam ao diagnóstico. O diagnóstico incorreto leva ao tratamento inadequado e consequentemente ao insucesso. O diagnóstico correto proporciona o tratamento adequado, que deve ser imediato.
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