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Introdução aos Sistemas Térmicos Aula 04 D e p ar ta m e n to d e C iê n ci as T ér m ic as e F lu id o s – D C TE F P ro f. L u iz G u st av o M o n te ir o G u im ar ãe s 2ª LEI DA TERMODINÂMICA E x p r e s s a , d e u m a f o r m a concisa, que "A quantidade d e e n t r o p i a d e qua lquer s i stema i so la do termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". Mais sensivelmente, quando uma parte de um s istema fechado interage com outra p a r t e , a e n e rg i a t e n d e a dividir-se por igual, até que o sistema alcance um equilíbrio térmico. Objetivos I n t r o d u z i r a S e g u n d a L e i d a Te r m o d i n â m i c a ; v i s t o q u e o s princípios de conservação de massa e energia nem sempre são suficientes para a análise de sistemas. Descrever os enunciados da Segunda Lei de Clausius e Kelvin–Planck. Descrever o ciclo de Carnot. Discut i r reservatórios térmicos, processos reversíveis e irreversíveis, motores térmicos, refrigeradores e bombas de calor. Introduzir o conceito de Entropia Introduzindo a Segunda Lei • Um objeto a uma temperatura elevada Ti é colocado em contato com o ar atmosférico à To < Ti ; Com o tempo ele troca calor com a atmosfera E no final atingirá a temperatura das vizinhanças A energia total do sistema se conserva, mas o processo inverso não ocorre espontaneamente Introduzindo a Segunda Lei Expansão espontânea Massa em queda 5 Observações A lei da conservação é respeitada, porém não é possível realizar espontaneamente os processos inversos, sem um dispositivo auxiliar; É p o s s í ve l d ete r m i n a r a s d i re ç õ e s preferenciais de um processo, assim como o estado f inal de equil íbrio de uma interação de energia. Quando existe um desequilíbrio entre dois sistemas, existe uma oportunidade de realizar trabalho enquanto eles caminham para o equilíbrio; Esse trabalho seria perdido caso fosse permitido que os sistemas chegassem ao equilíbrio de forma descontrolada; Aspectos da Segunda Lei - Prever a direção dos processos, - Estabelecer as condições de equilíbrio, - Determinar o melhor desempenho teórico de sistemas - Avaliar fatores de perda de oportunidades de realizar trabalho, A Segunda Lei também é capaz de: - Definir uma escala de temperatura universal, - Avaliar propriedades em ensaios experimentais, Enunciados da Segunda Lei Enunciado de Clausius Frio Quente SIM ! NÃO ! Q Enunciados da Segunda Lei Analisando o enunciado de Clausius Frio Quente Q W Enunciados da Segunda Lei Conceito de Reservatório Térmico Enunciados da Segunda Lei Enunciado de Kelvin-Plank Reservatório térmico Qciclo Wciclo Sistema percorrendo um ciclo termodinâmico NÃO ! O motor térmico Ou máquina térmica ou ciclo de potência é um disposit ivo que opera em um ciclo termodinâmico e produz trabalho líquido positivo W, enquanto recebe calor de um reservatório a alta temperatura (QH) e f o r n e c e c a l o r p a r a u m reservatório a baixa temperatura (QL). O motor térmico Ciclo de Refrigeração / Bomba de Calor São dispositivos que operam em um ciclo termodinâmico e que necessitam de trabalho para retirar calor de um reservatório a baixa temperatura (QL) e fornecer calor p a ra u m r e s e r v a t ó r i o a a l t a temperatura (QH). A diferença fundamental entre um refrigerador e uma bomba de calor é o s e u o b j e t i v o . E m u m refrigerador, deseja-se retirar calor d e u m r e s e r v a t ó r i o a b a i x a temperatura. Em uma bomba de calor, deseja-se fornecer calor para um reservatório a alta temperatura. Ciclo de Refrigeração / Bomba de Calor Ciclo de Refrigeração / Bomba de Calor Ciclo de Refrigeração / Bomba de Calor Coeficiente de performance Identificando Irreversibilidades Identificando Irreversibilidades Processos Reversíveis EXEMPLO 01 - Primeira Lei da Termodinâmica para um ciclo A figura mostra o esquema de uma bomba de calor que opera com R-12. A vazão do refrigerante é 0,05 kg/s e o com p re s s or é a d i a b á t i co . A s condições operacionais do ciclo são: Nestas condições, determine: a) A potência de acionamento do compressor; b) O calor transferido do R-12 no condensador (QH) c) O calor transferido para o R-12 no evaporador (QL) d) O coeficiente de desempenho da bomba de calor. EXEMPLO 01 - Primeira Lei da Termodinâmica para um ciclo EXEMPLO 01 - Primeira Lei da Termodinâmica para um ciclo EXEMPLO 01 - Primeira Lei da Termodinâmica para um ciclo EXEMPLO 01 - Primeira Lei da Termodinâmica para um ciclo Ciclo de Carnot É um sistema que executa um ciclo em uma série de quatro processos internamente reversíveis: dois processos adiabáticos alternados com dois processos isotérmicos. Ciclo de Potência 1-2: Compressão adiabática até 2, onde temperatura é Th; 2-3: Expansão isotérmica, recebendo energia do reservatório quente à Th; 3-4: Expansão adiabática até a temperatura cair para Tc; 4-1: Compressão isotérmica, cedendo energia ao reservatório frio à Tc. Diagrama p-v Trabalho realizado pelo gás para se expandir Trabalho realizado para comprimir o gás Trabalho líquido realizado pelo ciclo Ciclo de Potência de Carnot à Vapor Corolários de Carnot para Ciclos de Potência Corolários de Carnot para Ciclos de Refrigeração / Bomba de Calor • O coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração irreversível é sempre menor do que o coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração reversível quando cada um opera entre os mesmos reservatórios térmicos; • Todos os ciclos de refrigeração reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios térmicos possuem o mesmo coeficiente de desempenho; • O mesmo vale substituindo o termo Refrigeração por Bomba de calor. Coeficiente de performance reversível EXEMPLO 02 - Ciclos reversíveis, irreversíveis ou impossíveis A figura mostra o esquema de uma máquina cíclica que é usada para transferir calor de um reservatório a a l t a t e m p e r a t u r a p a r a u m reservatório a baixa temperatura. D e t e r m i n e s e e s t a m á q u i n a é reversível, irreversível ou impossível. Justifique. ENTROPIA – A medida da Irreversibilidade • Medida do grau de caos ou desordem no nível microscópico • Entropia é uma Propriedade Termodinâmica (como temperatura, pressão ou energia interna). • Ao contrário da massa e da energia que se conservam, a Entropia é produzida (ou gerada) • Sempre que estão presentes condições não ideais (Irreversibilidades), tal como o atrito. Usamos o seguinte enunciado: “É impossível para qualquer sistema operar de uma forma que a Entropia seja destruída.” • Sendo assim, o termo produção de Entropia pode ser positivo ou nulo, mas nunca negativo. • A maioria das pessoas entendem a entropia intuitivamente com base na direção esperada dos processos • Acham a quantificação da entropia abstrata ENTROPIA Pode-se demonstrar que, para um cic lo reversível, a integral fechada: A análise de ciclos irreversíveis mostra que: Dessa maneira, pode ser escrita uma equação geral para ciclos termodinâmicos (motores térmicos, refrigeradores e bombas de calor): Esta equação é chamada de desigualdade de Clausius. Sabe-se que o valor da integral cíclica de qualquerpropriedade é zero. Essa propriedade é chamada entropia e é definida como: A variação de entropia de um sistema em uma mudança de estado pode ser obtida pela integração da equação anterior: A propriedade termodinâmica ENTROPIA O símbolo S designa a entropia de uma dada massa de uma substância. A entropia específica é chamada de s. A unidade de entropia específica no Sistema Internacional é J/(kg.K). A entropia de uma mistura líquido-vapor, com um dado título, é calculada por: Como este processo é reversível, a variação de entropia entre os estados 1 e 2 é dada por: Como este processo é isotérmico, tem-se: A propriedade termodinâmica ENTROPIA O símbolo S designa a entropia de uma dada massa de uma substância. A entropia específica é chamada de s. A unidade de entropia específica no Sistema Internacional é J/(kg.K). A entropia de uma mistura líquido-vapor, com um dado título, é calculada por: Como este processo é reversível, a variação de entropia entre os estados 1 e 2 é dada por: Como este processo é isotérmico, tem-se: A propriedade termodinâmica ENTROPIA A área abaixo da linha 1-2 representa o calor transferido ao fluido de trabalho durante o processo. A linha 2-3 representa este processo, que termina no estado 3, no qual a temperatura do fluido de trabalho é TL. O terceiro processo 3-4, é isotérmico reversível, no qual calor é transferido do f lu ido de trabalho ao reservatório de baixa temperatura. O processo final que completa o ciclo, processo 4-1, é um processo adiabático e reversível, ou isoentrópico. Como o trabalho líquido do ciclo é igual à transferência líquida de calor, conclui-se que a área 1-2-3-4-1 representa o trabalho líquido do ciclo. O rendimento térmico do ciclo pode ser expresso em função das áreas: EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot Um motor térmico que opera segundo um ciclo de Carnot utiliza água como fluido de trabalho. A água varia de líquido saturado (Estado 1) para vapor saturado (Estado 2) a 200°C no processo isotérmico de adição de calor do ciclo. Calor é rejeitado em um processo isotérmico e isobárico a 10 kPa. a) Plote os processos do ciclo em um diagrama Txs, indicando os valores das propriedades em cada estado; b) Determine o título da água no início (Estado 3) e n o t é r m i n o ( E sta d o 4 ) d o p ro c e s s o d e transferência de calor para a fonte fria; c) Determine o trabalho líquido do ciclo por unidade de massa (ou potência por unidade de vazão); d) Determine o rendimento térmico do ciclo. EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot EXEMPLO 03 - Ciclo de Carnot ENTROPIA – Eficiência isoentrópica Eficiência isoentrópica de turbinas 21 VC hh m W s21 s VC hh m W s21 21 sVC VC t hh hh W W %90a80t ENTROPIA – Eficiência isoentrópica p1 p2 h [J/kg] s [J/kg.K] T11 2s (h1-h2s) 2 (h1-h2) Processo real V1 V2s Eficiência isoentrópica de bocais s21 21 s2 2 b hh hh 2 V V %95a90t 2)VV()hh(0 2s2 2 1s21 2)VV()hh(0 22 2 121 0V21 )hh(2V s21s2 ENTROPIA – Eficiência isoentrópica Eficiência isoentrópica de compressores (bombas) 1s2 s VC hh m W 12 VC hh m W 12 1s2 VC sVC c hh hh W W %85a75t E X E M P LO 0 4 - Av a l i a n d o o Trabalho de Turbina Usando a Eficiência Isentrópica Uma turbina a vapor opera no estado estac ionár io com condições de entrada de P1= 5 bar, T1= 320o C. O vapor sai da turbina a uma pressão de 1 bar. Não há transferência de calor significativa entre a turbina e sua vizinhança, e as variações de energia cinética e potencial entre a entrada e a saída são desprezíveis. Se a eficiência isentrópica da turbina for de 75%, determine o trabalho desenvolvido por unidade de massa de vapor que flui através da turbina, em kJ / kg. EXEMPLO 04 - Avaliando o Trabalho de Turbina Usando a Eficiência Isentrópica EXEMPLO 04 - Avaliando o Trabalho de Turbina Usando a Eficiência Isentrópica E X E M P LO 0 5 - Av a l i a n d o a Eficiência da Turbina Isentrópica Uma turbina que opera em estado estacionário recebe ar a uma pressão de P1 = 3,0 bar e uma temperatura de T1 = 390 K. O ar sai da turbina A uma pressão de P2 = 1,0 bar. O trabalho desenvolvido é medido como 74 kJ por kg de ar que f lu i através da turbina. A turbina opera de forma adiabática e as variações na energia cinética e potencial entre entrada e saída podem ser desprezadas. Usando O m ode l o de gá s i de a l p a ra o a r, determinar a eficiência da turbina. EXEMPLO 05 - Avaliando a E f i c i ê n c i a d a T u r b i n a Isentrópica EXEMPLO 05 - Avaliando a E f i c i ê n c i a d a T u r b i n a Isentrópica