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Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
1
Custo de Capital:
Estudamos, nas últimas aulas, os principais conceitos envolvidos na decisão de 
investimento de longo prazo e sua importância estratégica para o sucesso de um projeto. 
Foram discutidos os critérios fundamentais de avaliação de projetos, como payback, 
payback descontado, valor presente líquido, taxa interna de retorno e índice de 
lucratividade, e suas implicações para o valor da empresa. O custo de capital foi tratado 
até então, como uma variável conhecida.
Agora vamos estudar os principais conceitos e teorias de custo de capital e aprender 
como calcular o custo médio ponderado de capital, que é considerado como o padrão 
financeiro para avaliação de projetos de investimento das empresas que buscam 
maximizar o seu valor. 
Para o administrador é fundamental compreender o custo de capital, sobretudo para 
melhor avaliar as propostas de investimento de longo prazo.
O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos projetos 
em que investe para manter o valor de mercado de sua ação. É um conceito financeiro 
extremamente importante, e funciona como vínculo básico entre as decisões de 
investimento de longo prazo da empresa e a riqueza dos proprietários, determinada pelos 
investidores no mercado. De acordo com Gitman, é o número mágico usado para decidir 
se um investimento permitirá aumentar ou reduzir o preço da ação.
O custo de capital é um conceito dinâmico, afetado por uma variedade de fatores 
econômicos gerais e específicos à empresa.
O sucesso de uma empresa depende muito do custo em que ela incorre para 
financiar seus projetos. A taxa de retorno exigida pelos acionistas, no caso de capital 
próprio, ou pelos intermediários financeiros, no caso de capital de terceiros, determina o 
custo médio ponderado de capital. Essa taxa é calculada considerando as necessidades 
futuras de capital, suas fontes de financiamento, seus custos específicos e é considerada 
como custo da empresa. Ou seja, o custo de capital da empresa é determinado em função 
das expectativas de custo das diversas fontes de financiamento de longo prazo. A 
capacidade que uma empresa de obter custo de capital a uma taxa menor que a de uma 
concorrente pode dar-lhe vantagem competitiva. 
Suponham, por exemplo, que a Empresa A tenha um custo médio ponderado de 
capital de 19% a.a. e a Empresa B, de 15% a.a. É evidente que a Empresa B poderá 
aprovar uma séria de projetos cujas rentabilidades estejam entre 15% e 19% a.a., que a 
Empresa A terá descartado.
No Brasil, o custo de capital é elevado em relação aos países desenvolvidos e mesmo 
em relação a outros países emergentes, tornando nossas empresas menos competitivas 
no mercado internacional. Evidenciaremos e discutiremos isso mais a frente.
CAPITAL
Capital é o total de recursos próprios ou de terceiros, que financiam as 
necessidades de longo prazo da empresa.
CUSTO DE CAPITAL
Custo de capital, k, é a taxa mínima de retorno que se exige para aprovar 
propostas de investimento de capital sem diminuir o valor da empresa.
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
2
O custo de capital é calculado sempre considerando as fontes de financiamento de 
longo prazo após o imposto de renda. Dessa forma, o cálculo do custo de capital requer 
informações específicas de cada empresa e de cada projeto, muitas vezes, pois 
considerações tributárias são relevantes.
O custo de capital pode também ser entendido como a remuneração a ser feita aos 
emprestadores e acionistas por disponibilizarem recursos financeiros para a empresa. De 
natureza distinta, os emprestadores colocam seus recursos com a expectativa de tê-los de 
volta num determinado momento futuro, ao passo que os acionistas aplicam seus recursos 
por um tempo indeterminado, ambos têm avaliação de riscos e retornos distintos.
A equação abaixo evidencia os principais elementos que determinam o cálculo do 
custo de capital, podendo-se ver que no numerador temos as remunerações de capital e 
no denominador, os capitais. O custo de capital, a menos que traga alguma orientação 
específica diferente, é calculado em bases anuais.
k = j + d
 ct cp
onde
k – custo de capital
j – juros
d – dividendos
ct – capital de terceiros de longo prazo
cp – capital próprio
O investidor analisa o custo de capital como uma taxa de retorno exigida em seus 
projetos de investimento, tanto para remunerar um custo de oportunidade quanto para 
premiar um risco percebido. Para a empresa, é um padrão financeiro.
Nas decisões de orçamento de capital, custo de capital, k, é a taxa de retorno que 
a empresa exige em seus investimentos para manter o valor de suas ações inalterado. Se 
a empresa subestimar o custo de capital, poderá decepcionar seus acionistas. Se o custo 
de capital for superavaliado, bons projetos serão abandonados.
Qual o custo de capital deve ser considerado nas decisões de investimento da 
empresa? É o custo médio ponderado de capital, CMPC, porque ao usar o custo médio 
ponderado de capital a empresa estará valendo-se de princípio robusto de buscar o 
equilíbrio entre endividamento e capital próprio. Se usar apenas capital próprio, a 
empresa estará incorrendo em um custo de capital elevado. Se utilizar só capital de 
terceiros, com o tempo, estará com excesso de endividamento, incorrendo em alto risco 
de dificuldades financeiras e falta de acesso a linhas de crédito.
Especialistas afirmam que taxas de retorno de 12% ao ano, em países 
desenvolvidos, são boas. Para projetos em países de maior risco, como o Brasil, por 
exemplo, sugerem a utilização de taxas superiores a 15% ao ano.
RISCO
A teoria do custo de capital fundamenta-se nos conceitos de risco e retorno e, para 
isso, procura separar os efeitos que a exposição ao risco provoca sobre a taxa de retorno 
exigida pelos investidores e pelas instituições financeiras em duas categorias – risco de 
negócio e risco financeiro.
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
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Risco de negócio (ou econômico) é o risco que a empresa corre de não gerar 
receitas suficientes para cobrir seus gastos operacionais. É o risco que está ligado aos 
aspectos operacionais da empresa, tais como receitas, custos, despesas, investimentos.
Risco financeiro é o risco que a empresa corre por utilizar capital de terceiros. É o 
resultado direto da decisão de financiamento da empresa, ou seja, se a empresa se 
endividar muito, incorrerá em grandes montantes de juros a pagar e amortizações de 
empréstimos. Do ponto de vista econômico, é o risco de n ao gerar lucro antes de juros e 
impostos (LAJIR) suficiente para pagar juros e o principal.
Quanto ao risco financeiro, a empresa pode tomar três posições distintas:
a) Conservadora – quando não assume grande endividamento
b) Agressiva – quando assume grande endividamento
c) Intermediária – quando assume posição de médio endividamento
CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS
Custo de capital de terceiros, ki, é o custo de tomar recursos emprestados, 
após o imposto de renda.
Os juros pagos nos empréstimos que a empresa toma são dedutíveis para efeito da 
tributação da empresa, ao contrário dos outros tipos de financiamento. Dessa forma, o 
custo real do empréstimo é menor do que o custo aparente, pois o governo paga parte 
desse empréstimo na forma de redução do imposto de renda a pagar da empresa. Se uma 
empresa toma um empréstimo à taxa de 20% e sua alíquota de IR total é de 35%, o 
custo real desse empréstimo é de:
(1 – 0,35) x 20% = 13%
Assim, o custo real de endividamento pode ser descrito pela seguinte fórmula:
Ki = kd (1 - IR)
onde kd é a taxa de juros do endividamento, e IR é a alíquota do Imposto de Renda 
aplicável.É claro que empresas que estão com prejuízo não pagam imposto de renda, e 
portanto, também não podem usufruir os benefícios descritos acima. Para essas 
empresas, a redução no custo de endividamento é zero.
Observe que para efeito das decisões de investimento, apenas o custo marginal de 
capital que é relevante, pois os novos projetos serão financiados com o capital mais 
recente. A taxa paga nos financiamentos já existentes são custos passados, e portanto, 
irrelevantes para esse efeito. Assim, o custo de endividamento a que nos referimos é o 
custo dos novos endividamentos da empresa, e são esses os que serão utilizados para o 
cálculo do custo médio de capital.
CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO
Custo de capital próprio, ks, é o retorno mínimo que os acionistas exigem 
por sua participação no financiamento permanente da empresa.
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
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O capital próprio, de forma geral, existe para financiar as necessidades da empresa 
por longo prazo ou indefinidamente. Por essa característica, cabe aos proprietários o risco 
principal do negócio, e, naturalmente, o prêmio maior, representado pela maior 
remuneração. A legislação prevê que em caso de insolvência da empresa, os donos do 
capital serão os últimos a serem pagos, ou seja, os acionistas estão numa posição 
residual, só receberão seu capital após o pagamento de todas as dívidas com terceiros.
A participação do capital próprio no financiamento permanente da empresa ocorre 
por meio da propriedade de ações ordinárias ou preferenciais. Essa fonte de financiamento 
duradoura é fator fundamental para seu crescimento sustentável, para sua saúde 
econômico-financeira e para a obtenção de crédito no mercado financeiro.
Como acontece com todos os fatores de produção, o capital próprio da empresa 
também precisa ser remunerado. A lógica por trás da necessidade do retorno do capital 
próprio é a existência de um custo de oportunidade do dinheiro. Ou seja, caso o dinheiro 
do acionista não estivesse sendo empregado na empresa, ele poderia ser remunerado 
numa outra aplicação qualquer, de relação risco x retorno igual, ou melhor.
Compõem o custo de capital próprio, o custo de capital da ação ordinária e a ação 
preferencial. 
CUSTO DE CAPITAL DA AÇÃO PREFERENCIAL
Custo de capital da ação preferencial, kp, é o custo a ser pago aos 
acionistas das ações preferenciais, por financiarem permanentemente a 
empresa.
É o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda pela 
empresa. As ações preferenciais tendem a ter um custo menor que o das ações ordinárias, 
devido ao fato de que elas são menos arriscadas que aquelas quanto ao recebimento dos 
dividendos.
onde:
kp = custo de capital da ação preferencial
Dp = dividendo da ação preferencial
pp = preço da ação preferencial
F = custos de lançamento da ação preferencial
Exemplo:
Se uma empresa pudesse emitir ações preferenciais pagando um dividendo anual de 
R$ 10,00, vendendo-as a R$ 55,00 cada, e pagasse R$ 3,00 por ação para emiti-las, o 
custo de ações preferenciais seria:
 FPDK PPP  /
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
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CUSTO DE CAPITAL DA AÇÃO ORDINÁRIA
Custo de capital da ação ordinária, ko, é o custo a ser pago aos acionistas 
das ações ordinárias, por financiarem permanentemente a empresa.
Abordagens principais para se calcular o custo de capital das ações ordinárias - 
abordagem do crescimento dos dividendos e CAPM.
ABORDAGEM DO CRESCIMENTO DOS DIVIDENDOS
É uma das formas mais simples de avaliar o custo de capital próprio, pois considera 
o preço da ação, o fluxo normal de dividendos e a taxa de crescimento desses dividendos. 
A fórmula de cálculo, de acordo com essa abordagem, é a seguinte:
ko = D1 + g
 P0 
onde:
ko = custo de capital da ação ordinária 
P0 = preço atual da ação
D1 = dividendo esperado no ano 1
g = taxa de crescimento esperada dos dividendos
O preço da ação, P0, é observado diretamente. Os dividendos a serem pagos no 
próximo exercício, D1, e nos demais são projetados, permitindo-se o cálculo da taxa de 
crescimento constante dos dividendos, g. Então, poderemos encontrar o custo de capital 
da ação ordinária, ko.
A vantagem desse modelo é a facilidade nos cálculos. 
Como desvantagens, temos:
 Só se aplica a sociedades anônimas, e mesmo assim, àquelas que possuem 
tradição em pagar dividendos.
 Desconsidera os efeitos de diferentes períodos de tempo, o que pode alterar 
totalmente o cálculo do custo.
 Desconsidera o risco associado à taxa esperada de dividendos.
 Desconsidera a política de dividendos da empresa.
Exemplo:
A Petit Ange Empreendimentos distribuiu dividendos de R$ 1,67 neste ano. A cotação 
atual de suas ações ordinárias é de R$ 11,39 e os dividendos pagos nos últimos seis anos 
e suas taxas são apresentados abaixo:
Anos Dividendos pagos Crescimento
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
6
0 1,67 -
1 1,82 8,98%
2 1,91 4,95%
3 2,07 8,38%
4 2,27 9,66%
5 2,36 4,14%
Taxa crescimento dividendos, g +7,22%
CAPITAL ASSET PRICING MODEL - CAPM
Desde o início dos anos 60, uma das preocupações dos administradores financeiros 
tem sido a relação risco versus retorno.
A teoria do Capital Asset Pricing Model – CAPM – foi desenvolvida para explicar o 
comportamento dos preços dos ativos e proporcionar um mecanismo que possibilitasse 
aos investidores avaliar o impacto do risco sobre o retorno de um ativo.
O CAPM pode ser traduzido por modelo de precificação de ativos financeiros. É 
bastante utilizado nas várias operações de mercado de capitais, bem como no processo de 
avaliação de tomada de decisões em condições de risco.
O CAPM permite, igualmente, estimar a taxa de retorno exigida pelos investidores, 
ou seja, a taxa mínima de atratividade para o capital próprio.
HIPÓTESES DO CAPM
Como em todos os modelos financeiros, formulam-se algumas hipóteses para o 
desenvolvimento do CAPM.
Supõe-se um mercado bem informado, atingindo igualmente todos os investidores.
Não há impostos, taxas ou quaisquer outras restrições para os investimentos no 
mercado.
 Todos os investidores têm a mesma percepção quanto ao desempenho dos ativos, 
constituindo carteiras eficientes a partir de idênticas expectativas.
Existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco.
A partir dessas hipóteses, chegou-se a várias conclusões a respeito do processo de 
avaliação de ativos. É importante notar que essas hipóteses não são restritivas e visam 
essencialmente descrever melhor um modelo financeiro, demonstrando seu significado e 
suas aplicações práticas.
Mesmo que não sejam constatadas na realidade de mercado, as hipóteses 
formuladas não são assim tão rígidas a ponto de invalidar o modelo.
O MODELO CAPM
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
7
O modelo CAPM considera que um título deve receber uma remuneração – prêmio 
– composta de prêmio por espera e prêmio por risco.
onde:
ki = prêmio pago pelo ativo i;
Rf = prêmio de espera ou prêmio pago a um ativo livre de risco – Risk Free;
ßi = medida de risco do ativo i em relação a uma carteira de mercado, chamada de
beta;
Rm = prêmio pago a uma carteira de mercado.
PRÊMIO DE ESPERA
O prêmio de espera é um prêmio que se recebe quando se aplica em um 
investimento sem risco, como a poupança, por exemplo.
Esse prêmio é pago para que o investidor, ao invés de gastar o dinheiro agora, 
espere um pouco e gaste mais tarde, sendo premiado com uma remuneração.
Se o banco não remunerasse a poupança, mesmo sabendo que esse investimento 
não corre risco, você acharia justo deixar o seu dinheiro aplicado?
Provavelmente não.
PRÊMIO DERISCO
O outro prêmio que um título precisa pagar para que os investidores estejam 
dispostos a aplicar nesse título é o prêmio de risco.
A bolsa de valores negocia os títulos das empresas.
Esses títulos, historicamente, têm remuneração melhor do que a poupança.
Essa remuneração maior ocorre porque apesar de, em média, os retornos serem 
maiores, eles variam muito mais, e risco, como já vimos anteriormente, significa maior 
variação dos retornos.
Prêmio de risco é a diferença entre a taxa de juros de uma aplicação sem risco e 
uma aplicação de risco. O conceito básico é que para investir em alguma aplicação de 
maior risco, o investidor deve receber um prêmio por isso. Esse prêmio vem na forma de 
uma melhor remuneração que compense esse risco.
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
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Após o estudo da teoria de diversificação, podemos estudar a segunda parte do 
CAPM – o prêmio de risco – e entender que somente a parte do risco que não é 
diversificável recebe uma remuneração extra.
BETA
O Beta mede a variação do ativo em relação a uma carteira de mercado – carteira 
perfeitamente diversificada, que não corre risco específico.
Essa medida de risco é feita de forma relativa – um título individual em relação a 
uma carteira de mercado –, já que esse índice expressa apenas o risco sistemático, que é 
o risco relevante para o pagamento de prêmio de risco.
O modelo CAPM exprime o risco sistemático de um ativo pelo seu coeficiente beta. 
Por definição, o Beta da carteira de mercado é igual a 1. Portanto, para títulos que 
tenham...
Beta igual a 1...
A ação se movimenta exatamente igual à carteira de mercado em termos de retorno 
esperado, ou seja, o risco da ação é igual ao risco sistemático do mercado como um 
todo e o prêmio de risco pago por ela também será o mesmo.
Beta maior que 1...
A ação reflete um risco sistemático mais alto que a carteira de mercado, sendo, por 
isso, considerada um investimento agressivo. Por exemplo, uma ação com b = 1,5 
paga um prêmio de risco 50% maior que a carteira de mercado – que tem b = 1.
Beta inferior a 1...
A ação é caracteristicamente defensiva, com um risco sistemático menor que o da 
carteira de mercado. Por exemplo, uma ação com b = 0,9 paga um prêmio de risco 
de 90% – ou 10% menor – do que o prêmio de risco de mercado.
As vantagens desse modelo são:
 Leva em conta o risco de mercado;
 É facilmente aplicável a todas as empresas que negociam ações em bolsas;
 Pode ser adotado por empresas que não negociam em bolsas, por analogia.
 
Como desvantagens, temos:
 Nem todas as empresas têm ações negociadas em bolsa;
 O passado nem sempre é adequado para prever os futuros prêmios por 
risco;
 Baixa relação histórica entre os retornos das ações e seus betas;
 Dificuldades em estabelecer as variáveis, como prêmios e o beta.
Exemplo:
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
9
A Petit Ange Empreendimentos tem um beta de 1,30. O retorno do mercado é de 20% e a 
taxa livre de risco (ou prêmio por espera) é de 16%. Qual é o custo da ação ordinária?
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL – CMPC OU WEIGHTED AVERAGE COST OF 
CAPITAL - WAAC
Custo médio ponderado de capital, km, é o custo de capital calculado pela 
ponderação da participação das fontes específicas de capital de longo prazo, pelos seus 
respectivos custos de capital, e que é tomado como padrão financeiro na avaliação de 
seus projetos.
A administração da empresa busca maximizar a riqueza dos acionistas. A busca de 
um custo médio ponderado de capital, no entanto, é um exercício complexo, tanto teórico 
como prático, pois se deve remunerar mais o acionista e menos o emprestador, e isto 
nem sempre é possível.
O cálculo do custo médio ponderado de capital é feito obtendo-se a participação 
percentual, na estrutura de capital, de cada uma das fontes específicas de financiamento, 
multiplicando-as pelo seu custo de capital depois do imposto de renda e somando seus 
produtos. 
Para calcularmos o custo médio ponderado do capital de uma empresa, temos a 
seguinte fórmula:
Onde...
 km = Custo Médio Ponderado de Capital – CMPC
 ki = custo de capital de terceiros
 kp = custo de capital de ações preferenciais
 ko custo de capital de ações ordinárias
 wi = % de capital de terceiros
 wp = % de ações preferenciais
 wo= % de ações ordinárias
Exemplo
Suponha-se que o valor de mercado das dívidas da Petit Ange seja de R$ 40 milhões, que 
o valor de mercado das ações preferenciais seja de R$ 10 milhões e que o valor de 
mercado das ações ordinárias seja de R$ 50 milhões. Calcule o CMPC, com base nos 
custos de capital calculados anteriormente (ki, kp e ko).
     okwkwkwkm oppii 
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
10
Exercícios de Fixação
01. Se uma empresa toma um empréstimo à taxa de 23% a.a. sua alíquota de IR é de 
35%, calcule o custo de capital desse financiamento.
02. O preço da ação preferencial é de R$ 25,00. Calcule o custo de capital dessa ação 
preferencial considerando o dividendo anual constante e igual a R$ 3,50.
03. Nesse ano, a ação ordinária pagou o dividendo de R$ 5,50 por ação. Considerando 
que a ação está sendo negociada a R$ 62,00 e se espera que os dividendos aumentem 
5% por ano, calcule o custo de capital dessa ação ordinária.
04. Com as estimativas da taxa de retorno do ativo livre de risco igual a 5,80% ao ano, a 
taxa de retorno da carteira de mercado igual a 10,20% ao ano e o beta da ação ordinária 
da empresa igual a 1,12, calcule o custo de capital da ação ordinária da empresa.
05. A valor de mercado, o capital da empresa é formado de R$ 2.400.000,00 em ações 
ordinárias e R$ 1.600.000,00 em financiamentos de longo prazo. Considerando que os 
custos das ações ordinárias e dos financiamentos são, respectivamente, 14% e 10% ao 
ano, calcule o custo médio ponderado de capital considerando a alíquota do imposto de 
35%.
06. Suponha que o capital de uma empresa seja formado de 80% em ações ordinárias 
com custo de capital de 14% e 20% de financiamento de longo prazo com custo de capital 
de 9%. Com a alíquota de IR de 35%, calcule o custo médio ponderado de capital da 
empresa.
07. Agora suponha que o capital da empresa seja formado por 20% de ações ordinárias e 
80% de dívidas, qual o custo médio ponderado de capital, considerando os demais dados 
do problema anterior?
08. Uma fábrica de pães de queijo tem dívidas no valor de R$ 1.200.000,00. O patrimônio 
dos sócios dessa fábrica é R$ 1.800.000,00. A taxa de juros (Kd) que a empresa paga é 
9% por ano. A taxa de remuneração dos sócios (Ks) é 14%. Não existe incidência de 
impostos. Qual o CMPC dessa fábrica?
09. A produtora de vídeos do Super Homem tem 1.000 ações emitidas no valor de R$ 
2,00 cada. As dívidas dessa produtora montam a R$ 3.000,00, sobre a qual ela paga uma 
taxa de juros de 12% ao ano. O risco beta das ações da editora é 1,2. O esperado retorno 
do mercado é 20%. A taxa RF é 14%. A alíquota do IR é 22%. Qual é o CMPC dessa 
produtora?
10. Uma empresa de consultoria quer levantar recursos junto aos bancos comerciais, 
pagando uma taxa de juros real efetiva de 18% ao ano. A dívida dessa empresa é R$ 
20.000,00. O capital de sócios investido na empresa é R$ 10.000,00. O risco beta das 
ações da empresa é 1,6. O esperado retorno do mercado é 22%. A taxa RF é 15%. A 
alíquota do IR é de 24%. Essa empresa apresenta uma taxa de retorno de suas operações 
de 16%. Qual o custo médio ponderado de capital dessa empresa?
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
11
EXERCITANDO UM POUCO MAIS...
Para que possamos analisar uma empresa, é preciso que tenhamos em mãos dados 
sobre seu desempenhono mercado. Saber com que freqüência é negociada e qual é o 
volume dessa negociação são pontos básicos.
No entanto, há uma medida muito importante que determina a sensibilidade das 
ações de uma empresa em relação ao índice a que estão atreladas – no caso do Brasil, o 
Ibovespa, conhecido como beta, simbolizado pela letra grega beta.
Nessa atividade, nosso foco será o desempenho das empresas brasileiras. Logo, 
nosso material de trabalho será as ações dessas empresas.
Para desenvolver esta atividade...
- leia o texto Índice beta, disponível abaixo;
- veja a tabela Beta das ações, disponível no final do texto;
- considerando as informações disponibilizadas, avalie o comportamento das 
ações da Vale do Rio Doce, Eletropaulo e Telemar no mercado;
- elabore um texto, justificando, a partir do índice beta, a avaliação que você 
fez. 
ÍNDICE BETA
Para que você conclua uma análise de determinada empresa é preciso ter em mãos 
dados sobre seu desempenho no mercado. Saber com que freqüência é negociada e qual é 
o volume dessa negociação são pontos básicos. No entanto, há uma medida muito 
importante que determina a sensibilidade das ações de uma empresa em relação ao índice 
a que estão atreladas. O índice, no caso do Brasil, é o Ibovespa. E essa medida é 
conhecida como beta, simbolizado pela letra grega beta.
Matematicamente, o b pode ser obtido através da regressão linear dos retornos do 
ativo versus o retorno do mercado.
Na prática, o beta é um indicador que mede a sensibilidade de uma ação em relação 
ao comportamento do mercado. Este índice é dado por uma relação estatística dentro do 
modelo de precificação de ativos desenvolvido nas décadas de 50 e 60. Ele mostra que 
cada ação tem um comportamento próprio dentro do mercado, explica Aloisio Lemos, 
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
12
analista da consultoria Lopes Filho e Associados. De acordo com o analista, o beta 
diferencia o prêmio de risco de cada ação.
Normalmente, efetua-se a regressão dos retornos mensais num período de 60 
meses, ou seja, reúnem-se 60 pares de dados mensais sobre o comportamento da ação e 
o do índice. De acordo com Aloísio Lemos, para o cálculo estatístico não é válido 
considerar o curto prazo. O analista destaca, no entanto, que o indicador não deve ser a 
única medida a ser acompanhada pelo investidor, dada a falta de liquidez do mercado, 
que possibilita desvios no cálculo.
A função básica do beta é ser um indicador de riscos. O beta pode ser classificado 
como agressivo – quando é maior que 1; neutro – igual a 1 – e defensivo – menor que 1. 
Dessa forma, o investidor pode ter uma noção de qual será a tendência de 
comportamento do investimento.
Para que você entenda melhor como o beta funciona, veja o exemplo...
Se uma ação comporta-se exatamente como o Ibovespa, dizemos que ela tem 
beta=1.
Se a ação variar mais que o Ibovespa, mas no mesmo sentido, ela terá beta>1 – 
beta maior do que um.
Se variar menos, mantendo o mesmo sentido, o beta será menor do que um – beta 
< 1.
Uma ação com beta muito maior do que 1, por exemplo, tende a subir mais que o 
Ibovespa quando este está em alta. Em compensação, tende a cair mais quando há baixa 
na bolsa.
Supondo que as ações das empresas do quadro acima sejam negociadas na Bovespa 
e, portanto, estejam atreladas ao Ibovespa. A empresa A pode ser classificada como um 
investimento agressivo, pois o valor de sua ação pode oscilar, em média, 50% a mais que 
o Ibovespa. Nesse caso, o investidor pode obter ganhos altíssimos, entretanto seu risco 
cresce na mesma proporção.
Já a empresa B, pode ser classificada como beta neutro, ou seja, ela não foge muito 
do resultado apresentado pelo índice e vai estar sempre seguindo mais ou menos o 
Graduação em Administração
Disciplina: Administração Financeira
Profa.: Fabiana Witt
13
Ibovespa. E a C é considerada um investimento de perfil mais defensivo, pois a 
probabilidade de o papel ter grandes oscilações é pequena.
Vale lembrar que o beta é utilizado como parâmetro para qualquer índice, não só o 
Ibovespa.
Basta que para isso, as ações da empresa estejam sendo negociadas por esse índice. 
Exemplo, nos Estados Unidos, o índice utilizado seria o Dow Jones ou o Nasdaq – para as 
ações de tecnologia; na Argentina, o Merval; e no Japão, o Nikkei.
Fonte: INVEST Shop. Índice beta. Disponível em: http://www.investshop.com.br/
artigo.asp?artigo=6625&area=MERFAM. Acesso em: 11 ago. 2004, 16:53:12.
Utilizar o seguinte formato:
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO

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