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Asma e Pneumonias Luiz Pedro Duarte Farias – lpdfarias.med@gmail.com Universidade Salvador – Laureate International Universities Medicina – Clínica Integrada Turma IV INTRODUÇÃO ASMA Asma e DPOC são duas doenças respiratórias caracterizadas pela presença de tosse, dispneia (mesmo em repouso – ao contrário da dispneia cardíaca que pode ser em repouso ou aos esforços) e sibilos/roncos. Algumas escolas médicas acham que a Asma e a DPOC são doenças muito parecidas, outras escolas não; o que ambas concordam é que existe uma interseção entre as duas doenças. Geralmente, o gatilho que desencadeia a crise de Asma é diferente daquele que desencadeia uma descompensação da DPOC. Na DPOC, o quadro está muito mais relacionado ao tabagismo e são as infecções que desencadeiam a instabilidade. Já na Asma, geralmente existe um alérgeno – o alérgeno mais comum no nosso meio é a poeira. Ou seja, na Asma existe um agente sensibilizante que irá causar uma inflamação nas vias aéreas com predominância de Linfócitos-T CD4+ e recrutamento de Eosinófilos, com aparecimento de broncoespasmo, sendo alteração na árvore brônquica potencialmente reversível por meio de medicamentos ou espontânea. No paciente asmático, a presença de sibilos decorre das alterações que ocorrem na luz brônquica: é bastante diminuída pela presença de inflamação local, contração de musculatura lisa e produção de muco. Então, a Asma caracteriza-se por episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas inferiores com limitação variável ao fluxo de ar, reversível espontaneamente ou por medicação, resultante do binômio hiper-reatividade das vias aéreas inferiores X inflamação. Clinicamente é apresentada por episódios recorrentes de dispneia, tosse e sibilância. 5% da população é afetada, é uma doença de alto custo e de alta prevalência. Nossos brônquios estão sempre um pouco inflamados; na Asma, essas estruturas são um pouco mais sensíveis, então qualquer estímulo (podem até ser simples como o ato de dar risada ou estar exposto ao frio) o brônquio faz broncoespasmo. FISIOPATOLOGIA ASMA Os elementos chaves da fisiopatologia da Asma são: reação a alérgeno de forma exacerbada – atopia – com produção de anticorpos IgE (este anticorpo geralmente está presente nas alergias em geral); células inflamatórias – linfócitos, eosinófilos e mastócitos; os mediadores inflamatórios – citocinas (IL), histamina, leucotrieno (molécula mais importante para a fisiopatologia da asma – promove o broncoespasmo e exacerba inflamação); constrição da musculatura lisa das vias aéreas inferiores: hiper-reatividade; ocorre produção de líquido e formação de edema – hipersecreção de muco; possível espessamento das paredes das vias aéreas, ou seja, às vezes, um paciente asmático grave pode remodelar as vias aéreas permanentemente e causar obstrução de fluxo aéreo permanente. Os pacientes asmáticos geralmente possuem parentes com a mesma enfermidade, caracterizando uma herança genética; isso deve ser analisado durante a anamnese. Isso pode ser devido ao antígeno HLA, que predispõem a muitas pessoas têm alergia. A pesquisa do mecanismo da alergia da Asma evoluiu bastante o longo do tempo: primeiro se desconfiava da poeira, depois o ácaro, depois as fezes do ácaro, depois uma enzima digestiva das fezes do ácaro, depois uma cisteína-protease das enzimas digestivas das fezes do ácaro, hoje sabe-se que são alguns aminoácidos presentes na cisteína-protease das enzimas digestivas das fezes do ácaro que estão presentes na poeira. A barata também possui antígenos alergênicos para as vias aéreas. Um estudo internacional da prevalência de Rinite e Asma no mundo, afirmou que a maior taxa de rinite grave está presente na cidade de Salvador, Bahia. Isso porque a temperatura, o ambiente e a umidade são favoráveis para incidência dessas doenças que dependem dos ácaros (Salvador é o paraíso dos ácaros). Alérgeno Ativação de Linfócitos TH2 Citocinas Estimulação a produção de IgE pelos plasmócitos Ligam-se aos mastócitos e ocorre a liberação de histamina, leucotrienos e prostaglandinas Broncoespasmo e inflamação • Broncoconstricção edema, secreção, tosseInflamação Aguda • Recrutamento celular, dano epitelial, modificações estruturais precoces Inflamação Crônica • Proliferação celular, aumento da matriz extracelular Remodelamento Vias Aéreas Ou seja, em resumo: a fisiopatologia da asma é uma broncoconstrição devido a uma inflamação que gera hipersecreção de muco, gerando obstrução ao fluxo de ar que causa a dispneia no paciente asmático. A patologia da Asma é decorrente a reação a alérgeno: ácaros, pó doméstico, pelos de animais, saliva de gato, mofo, ar frio ou exercícios físicos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ASMA O início do quadro clínico ocorre geralmente antes dos 25 anos, podendo também iniciar após os 40 anos (antecedentes de sintomas na infância); episódios recorrentes de tosse seca, chiado no peito e dispneia. Pode haver aperto no peito e há tendência de piora à noite; associação com rinite e dermatite alérgica. Os fatores desencadeantes individuais são induzidos por alérgeno, mudança de temperatura, uso de aspirina, exercícios físicos, exposição ocupacional ou sem fatores identificáveis. Ao exame físico, encontra-se na inspeção geral: taquipneia (25 a 40 ipm), fase expiratória prolongada em reação inspiratória, taquicardia, ansiedade, uso de musculatura acessória – tiragem, tórax hiperinsuflado, cianose. Na percussão: hiper-ressonância ou timpanismo. Ausculta: sibilos [sobretudo expiratórios – broncoespasmo], roncos e estertores [possível infecção]. Na Asma grave, o paciente pode apresentar um tórax pouco ruidoso ou silencioso (paciente em que o médico deve ficar à beira do leito, analisando-o sempre e medicando a quase todo momento). O sibilo da Asma se ausculta em todo o pulmão; são sibilos polifônicos com várias tonalidades e difuso no pulmão. Se o sibilo está limitado a apenas uma região, deve-se suspeitar de neoplasia pulmonar. Outra situação: se o paciente possui B3, crepitação, edema de MMII e está sibilando, pode ser ICC. Ou seja, deve-se sempre analisar o paciente como um todo e nem tudo com sibilo é asma. Aos exames complementares: nos exames de laboratório, o leucograma pode estar com eosinofilia e elevação de IgE; na crise, hipercapnia com hipoxemia [hipercapnia pode significar falência ventilatória]. Na radiografia de tórax, a imagem geralmente não apresenta nenhuma alteração, sendo, portanto, normal. Na Asma grave, pode haver hiperinsuflação – depressão diafragmática e campos pulmonares muito transpartentes. Contudo, o diagnóstico da Asma é essencialmente clínico e o laboratório ajuda muito pouco no diagnóstico. No diagnóstico funcional, realiza-se a espirometria. Outro diagnóstico funcional é o exame de pico de fluxo. Atualmente, classifica-se a Asma como controlada e não controlada. Ao lado estão as classificações do controle da asma. Pulmões normais Asma Na crise asmática, se o paciente passa muito tempo com dispneia, ele fará muito esforço, entra em falência respiratória e pode morrer. TRATAMENTO ASMA Para pacientes com Asma, utiliza-se os medicamentos broncodilatadores, da classe do B2-agonistas inalados, pode-se associar aos anticolinérgicos (brometo de ipratrópio – Atrovent). Os B2 mais utilizados no nosso meio são o salbutamol e fenoterol (geralmente usa-se na nebulização). De alguns anos para cá, descobriu-se que a bombinha da Asma é tão eficaz quantoa nebulização (se a pessoa tiver uma boa capacidade de inalação). Na DPOC, o anticolinérgico possui um papel mais importante; já na Asma, os B2-agonistas são mais eficientes, já que eles estão sendo utilizados para combater o broncoespasmo. Os B2 possuem 2 efeitos colaterais muito conhecidos: taquicardia e tremura. Outra classe de droga que se pode utilizar na crise são os corticoides. Podem ser por via oral ou via venosa – hidrocortisona, prednisolona e prednisona. Quanto mais grave chega o paciente, mais intensa será o tratamento, muitas vezes tendo que se utilizar de O2 hospitalar. Outros casos, podem ser tão graves que o paciente pode ser remanejado para UTI e ser entubado. Na maioria das vezes, o enfermo fará uma nebulização e se utilizará de uma dose pequena de hidrocortisona. O tratamento da Asma crônica deve ser feito assim como a aguda, só que de forma inalatória. Usa-se medicamentos anti-inflamatórios tópicos que são os corticoides inalados. São eles: budesonida, fluticasona, beclometasona. Muitos desses corticoides vêm associados aos B2-agonistas de longa duração, que são o salmeterol ou formoterol, tendo objetivo de controlar a Asma com doses mínimas de corticosteroides. O ideal é começar com uma dose mais alta e depois ir diminuindo, de acordo com a tolerância do paciente. Uns dos efeitos colaterais do uso de corticoides por longo prazo são a Síndrome de Cushing, úlcera gástrica, hiperglicemia, hipertensão, osteoporose, imunossupressão, dentre outros. Uma das moléculas que participam na formação da Asma é o leucotrieno. Ele é o constritor mais potente dos brônquios. Zafirlucaste e Montelucaste são as drogas que possuem o potencial de inibir os leucotrienos (antagonista do receptor LTD4). Essas drogas tem o objetivo de diminuir as doses de corticoide usadas para o tratamento. Outra droga utilizada, porém, cara, é um anticorpo monoclonal de anti-IgE: homalizumab. Usa-se em casos muitos graves. Existem vários tipos de pacientes com Asma: alguns precisam usar apenas broncodilatadores B2-agonistas e outros precisam ser acompanhados por médicos, se utilizar de corticoides, demonstrando ser um caso mais complexo. INTRODUÇÃO PNEUMONIA A pneumonia é uma doença muito mais grave que um resfriado ou gripe. Envolve parênquima pulmonar, envolve alvéolos. A pneumonia é uma doença que mata bastante. É uma doença inflamatória aguda de causa infecciosa que acomete os espaços aéreos e é causada por vírus, bactérias ou fungos. PAC – Pneumonia adquirida na comunidade: pneumonia adquirida fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de atenção à saúde ou, ainda, que se manifesta em até 48h após a admissão à unidade assistencial. É a pneumonia mais comum. Pneumonia hospitalar – PH/ Pneumonia associada a ventilação mecânica -PVM: pneumonia em pacientes hospitalizados/ relacionada a ventilação mecânica. Mecanismos patogênicos para pneumonia: aspiração – microaspiração/ aspiração maciça (casos de AVC, etilista, dentre outras formas); inalação (causa mais comum); hematogênica; contiguidade. Fatores de risco para pneumonia: idade, alcoolismo, tabagismo, funcionários de creches, imunossupressão, comorbidades – como DPOC, Asma, DM –, uso de corticoide. DIAGNÓSTICO PNEUMONIA Os sintomas da pneumonia são: quadro agudo de tosse (a pneumonia no início parece muito com as IVAS), expectoração (é algo importante para diferenciar das IVAS, já que a expectoração nas IVAS é algo tardio, se acontecer – a secreção é amarela-esverdeada, podendo parecer até com a cor de tijolo), falta de ar, dor torácica (se tiver um pouco de pleurite, a dor será ventilatória dependente), confusão, sudorese, calafrios, mialgias, febre. Sinais: taquipneia, taquicardia, hiper/ hipotermia, achados focais no exame físico do tórax. Radiografia do tórax: nova opacidade pulmonar. A pneumonia pode ser muito difícil de diferenciar de uma bronquite aguda. O que vai contrastar as duas enfermidades é feita pela radiografia do tórax. Ou seja, para o diagnóstico da pneumonia deve ser feito no mínimo uma radiografia de tórax (em PA e perfil). Isso ajuda muito também na utilização de medicamento – não iniciar uma antibioticoterapia, pois se na radiografia estiver indicando um caso por infecção viral, não se pode usar antibiótico. Ao exame físico, na inspeção/ palpação do tórax: identificação de áreas sensíveis, deve ser feito a palpação de massas/ nódulos/ lesões; expansibilidade pode estar diminuída (assim como no derrame pleural, atelectasia e dor pleurítica); o FTV estará aumentado (diminuído estaria se fosse um caso de obstrução brônquica, DPOC, derrame pleural, pneumotórax e tumores). Na ausculta, podem aparecer sons contínuos ou descontínuos. CAUSAS PATOGÊNICAS PNEUMONIA Tabagismo ativo/ DPOC: Streptococcus pneumoniae, Hemophilus influenzae, Legionella pneumophila, Moraxella catarrhalis, Pseudomonas aeruginosa, Chlamydophila pneumonia; Residentes em instituições: S. pneumoniae, bacilos Gram-negativos, H. influenzae, Staphylococcus aureus, Chlamydophila pneumonia, anaeróbios, Mycobacterium tuberculosis; Alcoolismo: S.pneumoniae (incluindo cepas resistentes ao medicamento), bacilos Gram-negativos, anaeróbios, Mycobacterium tuberculosis, Klesibella pneumoniae, Acinetobacter spp.; Aspiração macroscópica/ má dentição: Anaeróbios, patógenos entéricos Gram-negativos; Viagem ao sudoeste dos EUA: Coccidioides immitis; Exposição a morcegos: Histoplasma capsulatum; Exposição a aves: Cryptococcus neoformans, Chlamydia psittaci, H.capsulatum; Exposição a coelhos: Francisella tularensi; Exposição a animais de fazenda: Coxiella burnetti (febre Q); Influenza viral: Influenza, S.aureus, S.pneumoniae, H.influenzae; Consolidação LSD Consolidação TC Tórax Padrão interstício-alveolar Padrão vidro fosco Bronquiectasia, fibrose cística: Pseudomonas aeruginosa, Burkholderia cepacia, S.aureus, Aspergillus spp., complexo Mycobacterium avium; Abscesso pulmonar: CA-MRSA, anaeróbios orais, pneumonia endêmica fúngica, M.tuberculosis, micobactérias atípicas; Uso de medicamento intravenoso: S.aureus, anaeróbios, M.tuberculosis, S.pneumoniae; Obstrução endobronquial: Anaeróbios; Terapia recente com antibióticos: S.pneumoniae resistente ao fármaco, P.aeruginosa; HIV (inicial): S. pneumoniae, H.influenza, M.tuberculosis; HIV (tardio): Os patógenos listados para infecção inicial por HIV, além de Pneumocystis jirovecii, Cryptococcus, Histoplasma, Aspergillus, micobactérias atípicas (principalmente M.kanasii e complexo do M.avium), P.aeruginosa, H.influenza; No contexto do bioterrorismo: Bacillus anthracis (antrax), Yersina pestis (peste), Francisella tularensis (tularemia). A investigação do agente etiológico deve ser feita com a coloração de Gram/ cultura de escarro, hemocultura, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, testes sorológicos, pesquisa por antígenos urinários. TRATAMENTO PNEUMONIA Se o paciente estiver com a suspeita de uma pneumonia gripal (crise de H1N1 no momento), pode-se usar o Tamiflu (oseltamivir). Em caso de infecção por bactéria nos pacientes internados na UTI são os antibióticos com maior espectro de ação/ mais potentes. O tratamento das PAC se faz com amoxicilina (contudo deixa de fora o Mycoplasma) e azitromicina (pega o Mycoplasma). Contudo, a grande maioria das vezes a amoxicilina com clavulonato vai servir. O que se deve deixar para infecções mais graves, mesmo sendo adquiridas na comunidade, são as quinolonas respiratórias (amoxifloxacina e levofloxacina). Se for umcaso de HIV, infecção por Pneumocystis jirovecii, o tratamento de escolha é pelo Bactrim (sulfametoxazol e trimetoprima). Se for uma pneumonia de hospital, utiliza-se o tazocin (piperacilina com tazobactam), cefalosporinas de 4ª geração, algumas de 3ª geração, dentre outros. Uma combinação que se faz muito em pacientes internados é a cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxone – cobre pneumococo e alguns bacilos gram-negativos) e azitromicina. Se o paciente estiver muito grave, começa-se uma antibioticoterapia empírica e colhe culturas para ver se vai precisar trocar o antibiótico. Hoje em dia, existe um batalhão enorme de bactérias multirresistentes aos antibióticos devido ao seu uso inadequado. Ou seja, não se deve utilizar antibiótico de forma desnecessária, a não ser que o médico esteja diante de uma pneumonia por bactéria óbvia. GRAVIDADE PNEUMONIA PNEUMONIA CURB-65 é uma escala criada especificamente para determinar a necessidade ou não de internar pacientes com pneumonia adquirida na comunidade. Define o local de tratamento. CURB-65 é o acrónimo para: Confusão: Classificação menor que 8 segundos AMTS; Ureia: Níveis superiores a 50 mg/dl; Respiração: Frequência Respiratória maior que 30 incursões respiratórias por minuto; Pressão sanguínea (Blood pressure): sistólica menor a 90 mmHg ou diastólica menor a 60 mmHg; Idade maior ou igual a 65 anos. GERAL TUBERCULOSE PULMONAR A tuberculose (TB) é uma doença crônica granulomatosa necrosante causada pelo bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) ou pelas espécies intimamente relacionadas Mycobacterium africanum e Mycobacterium bovis. O locam mais comum afetado é o pulmão, e os locais extrapulmonares mais comuns são os linfonodos, pleura, ossos e articulações. A TB é transmitida de indivíduo para indivíduo por meio da inalação de núcleos de gotículas infecciosas aerossolizadas pelos pacientes com TB pulmonar (TBP). A tuberculose é uma causa importante de morbidade e mortalidade ao redor do mundo, mas predomina em ambientes com recursos limitados e tem frustrado medidas de saúde pública para o seu controle. A pandemia do vírus da imunodeficiência humana (HIV) levou ao ressurgimento da TB, e o problema de saúde pública mundial da TB tem sido agravado pelo aumento de casos resistentes ao medicamento. Atualmente o tratamento da tuberculose é muito eficaz. Existem 3 formas de apresentação: a infecção latente, tuberculose cavitária e tuberculose miliar. É uma infecção manifestada por tosse (podendo ser seca ou produtiva – ou pode ter hemoptise [quanto mais hemoptise, maior a chance de ser tuberculose; contudo não é só a tuberculose que faz hemoptise – câncer de pulmão que é o principal diagnóstico diferencial]), febre vespertina crônica/ prolongada (ao final da tarde – não é uma febre alta [37,5ºC ~ 38ºC]), paciente jovem, sudorese noturna, perda de peso. Nódulo de Ghom é um nódulo formado na região superior do pulmão devido a resposta imunológica do hospedeiro (macrófagos englobam o bacilo e fazem a calcificação). Se o paciente tem DM ou HIV, o bacilo de Kock consegue escapar da fagocitose e se espalha pelo organismo. É uma doença muito ligada ao estado de imunocompetência do organismo. O paciente com tuberculose tem que ficar em isolamento respiratório. Achados da tuberculose: derrame pleural, taquicardia, taquipneia, hipotensão, confusão mental, hipo/ hipertermia, hipoxemia, comorbidades. O diagnóstico da tuberculose é muito rápido: expectoração e coloração do catarro pelo método de Ziehl- Neelsen (pesquisar bacilo álcool-ácido resistente); baciloscopia diagnóstica (ver se tem o bacilo no escarro). Se for positivo, deve-se iniciar o tratamento rapidamente. Às vezes, o paciente não consegue expectorar o bacilo pois o Febre prolongada é aquela que dura mais de 21 dias. E quase toda febre prolongada, em nosso meio, é por causa da tuberculose. organismo está em outros tecidos – assim deve ser feito a biopsia (procurar adenosina desidrogenase e lactato desidrogensase – são as enzimas presentes nos linfócitos que são as células mais comuns contra a tuberculose). A reação inflamatória da tuberculose é muito característica: granulomatosa. O bacilo faz uma necrose caseosa por tuberculose. O tratamento da tuberculose é relativamente simples e dura 6 meses. Porém é um tratamento que hipoxicidade, por isso que deve ser feito bem o diagnóstico. O tratamento da tuberculose é feito com 4 fármacos (RIF, INH, PZA e BEM – rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol) durante 2 meses e depois retira-se dois fármacos: piramiazida e etambutol; ficando a rifampicina e a isoniazida por mais 4 meses. O paciente melhora muito rápido com o tratamento, podendo abandonar a medicação. Assim, o paciente deve ser monitorado/ observado por uma pessoa da comunidade (tratamento diretamente observado – PDO; isso é feito pelos agentes de saúde).
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