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Dor abdominal Luiz Pedro Duarte Farias – lpdfarias.med@gmail.com Universidade Salvador – Laureate International Universities Medicina – Clínica Integrada Turma IV CONCEITO Dor abdominal é uma das queixas mais frequentes em serviços de emergências, constituindo grande desafio diagnóstico e terapêutico. Pode ser causada por doenças benignas, como diarreia aguda ou dispepsia, mas também por causas potencialmente graves e fatais (úlcera perfurada, gravidez ectópica rota ou trombose mesentérica). A dor de origem mais importante, ao longo da prática clínica, é o abdome agudo. A grande parte das dores abdominais agudas são potencialmente reversíveis por meio operatório/ cirúrgico. Ou seja, é uma síndrome dolora aguda, de intensidade variável, que leva à assistência médica que requer tratamento rápido clínico ou cirúrgico. Outra causa para a dor abdominal pode ser a diarreia, contudo, sabe-se, claramente, por parte do paciente, o que é diarreia (ou o que potencialmente pode ser). Demais causas de dor abdominal, como gases – dor cólica –, não ocorre piora do estado geral, pois ao eliminar, melhora. Quando não tratado, o abdome agudo evolui com piora dos sintomas e estado geral. ANAMNESE E EXAME FÍSICO Na anamnese, é necessário descobrir as pistas da história clínica que podem levar a etiologia. O início da dor: início súbito de dor abdominal deve apontar para uma causa cirúrgica até prova em contrário, como dissecção ou ruptura de aorta, perfuração de vísceras, torção ou ruptura de cisto de ovário. Entretanto, algumas condições clínicas podem causas dor abdominal aguda, como litíase renal, porfiria, infarto do miocárdio etc. Uma dor que se inicia após exercício físico pode indicar laceração ou hematoma do reto abdominal. Dor que se inicia após alimentação pode indicar colecistopatia calculosa, doença ulcerosa péptica ou isquemia mesentérica. No abdome agudo, geralmente é uma dor súbita. A progressão da dor: deve-se questionar se a dor é constante ou intermitente e se ela está aumentando em intensidade ou não. Assim, uma dor constante que não está piorando fala contra uma causa cirúrgica. Por sua vez, uma dor constante, que piora progressivamente, deve apontar para um processo inflamatório (apendicite, salpingite [inflamação da tuba ovariana – monococo e chlamidia], diverticulite etc). Se o paciente sente dor a 4 meses, provavelmente não é um caso de abdome agudo. A localização da dor: ferramenta essencial na avaliação de pacientes com dor abdominal. Em geral, dores viscerais se localizam na região mediana, podendo afetar principalmente o andar superior do abdome, a região mesogástrica ou hipogástrica. A característica e intensidade: são elementos importantes no diagnóstico diferencial. Dor difusa com pobre localização aponta para uma dor visceral. Dor intermitente, em cólica, que está piorando, aponta para obstrução intestinal. Forte dor abdominal com irradiação para o dorso aponta para dissecção de aorta. Os fatores de alívio ou de piora: questionar acerca de fatores que pioram a dor (exercício, alimentação) ou aliviam a dor (vômitos, posição). Os sintomas associados: questionar a presença ou ausência de febre (indica infecção), diarreia, constipação, hemorragia digestiva, hematúria, sintomas urinários etc. Em homens, é importante questionar acerca de queixas em testículos ou pênis. Em mulheres, sobre a última menstruação, uso de contraceptivos, sintomas vaginais (sangramento, corrimento). A presença de náusea ou vômitos: se presentes, deve-se questionar se a dor foi precedida ou não de náusea e vômitos. Em geral, nas doenças cirúrgicas, a dor abdominal é precedida de vômitos. No infarto do miocárdio, gastroenterite e em doenças abdominais inespecíficas, náusea e vômitos costumam preceder a dor abdominal. Episódios prévios de dor abdominal: dor abdominal crônica e recorrente envolve uma imensa gama de causas, na maioria não cirúrgicas. Devem-se avaliar exames prévios e, eventualmente, pesquisar causas não usuais (exemplo: porfiria). História patológica prévia: presença de doença cardiovascular, fibrilação atrial ou valvopatia pode indicar embolia para vasos abdominais. Da mesma forma, cirurgia abdominal prévia pode apontar para obstrução intestinal. Todas as medicações usadas recentemente devem ser detalhadas. Assim, algumas vezes as dores abdominais podem dever-se a doença ulcerosa péptica (anti-inflamatórios), colite pseudomembranosa (uso de antibióticos), hepatite ou pancreatite aguda. Presença de outras doenças pode apontar para causas específicas (exemplos: anemia falciforme com episódio hemolítico ou álgico; diabetes melito com cetoacidose etc). História social: uso de drogas ilícitas, abuso de álcool devem ser questionados. Outras: trauma abdominal recente, viagens, exposição a chumbo etc. O exame físico é uma etapa essencial na busca da causa da dor abdominal. Alguns pontos importantes são: Sinais vitais: taquicardia e hipotensão podem indicar desidratação (vômitos, diarreia), perda de volume para terceiro espaço (pancreatite, obstrução intestinal), sangramento digestivo, ruptura de aneurisma, sepse ou mesmo choque cardiogênico por infarto do miocárdio. Febre pode sugerir infecção, embora a sua ausência não possa descarta-la. Taquipneia pode ocorrer por dor, hipoxemia, sepse, anemia ou acidose metabólica. Aparência do paciente: paciente com peritonite costuma ficar parado, pois a movimentação pode piorar a dor. Já aquele com cólica renal fica inquieto e não encontra uma posição de alívio. Pele e mucosas: sudorese fria, diaforese podem indicar hipoperfusão, dor intensa ou infarto do miocárdio. Icterícia pode apontar para uma doença biliar (colecistite, colangite, obstrução), pancreática, hepática (abscesso, hepatite) ou hemólise. Achados de telangiectasias, icterícia, ginecomastia apontam para cirrose hepática com possível complicação (exemplo: peritonite bacteriana espontânea). O achado de candidíase oral é de grande importância, podendo sugerir imunossupressão ou infecção pelo vírus HIV. Exame cardíaco e pulmonar: creptações em base pulmonar ou redução do murmúrio podem apontar para causa pulmonar (pneumonia, pleurite, embolia pulmonar). Taquicardia, arritmia, sopros podem indicar embolização arteral para vasos mesentéricos. Ritmo intestinal normal: 1x a cada 3 dias até 3x no dia. Se passar mais de 3 dias sem fazer, é obstipação. Se for mais que 3x (e alteração da consistência) no dia é diarreia. Inspeção, percussão e ausculta: avaliar se há aumento de volume abdominal (distensão, ascite, hemoperitônio etc), presença de cicatrizes cirúrgicas (obstrução intestinal ou recidiva da doença operada), circulação colateral (hepatopatia), presença de hematoma periumbilical ou em flancos (pancreatite necro-hemorrágica). Sons intestinais exaltados podem indicar gastroenterite ou obstrução intestinal. Já ausência de ruídos hidroaéreos pode indicar peritonite ou íleo paralítico. Sinal de Culen: equimose periumbilical – pancreatite. Se o abdome tiver líquido: percussão macicça; se tiver gases: timpânico. Palpação: o médico deve buscar a localização da dor, se há rigidez muscular (voluntária ou involuntária) e se há sinais de irritação peritoneal (descompressão brusca positiva). Deve-se iniciar a palpação pelas regiões não dolorosas para depois examinar os locais mais dolorosos. Em algumas situações, a palpação de um segmento do abdome pode gerar dor em outro local, como no sinal de Rosiving visto na apendicite aguda (o exame do flanco esquerdo pode gerar dor na fossa ilíaca direita pela movimentação do ar nas vísceras gerada pela palpação). Dor no terço distal da linha entre o umbigo e a crista ilíaca anterossuperior podeapontar para apendicite (ponto de McBurney), embora possa ser doloroso em outras afecções do íleo distal (tuberculose, linfoma, diverticulite de ceco etc.). Se não houver dor intensa, deve-se buscar palpação profunda, na busca de massas, organomegalias, sinais de aneurisma de aorta (massa pulsátil, sobretudo infraumbilical). O sinal de Murphy é a presença de dor e interrupção brusca e involuntária da respiração ao palpar-se o hipocôndrio direito e pode sugerir colecistite aguda. Sobretudo em idosos, deve-se palpar a região umbilical, femoral e inguinal, haja vista que nessa população até 10% das obstruções intestinais são causadas por hérnias encarceradas. Rigidez abdominal voluntária: algumas vezes, a própria dor, ansiedade, medo ou mesmo simulação (doença psiquiátrica) podem gerar dúvidas se há ou não peritonismo. Em geral, examinar enquanto se conversa com o paciente ou eventualmente com flexão das coxas pode mostrar que a rigidez abdominal não é involuntária. Rigidez abdominal involuntária: em geral, aponta para causa cirúrgica, apesar de várias situações clínicas também poderem simular um abdome cirúrgico. Rigidez da musculatura abdominal e peritonismo podem ser discretos ou ausentes em idosos, imunossuprimidos ou usuários de corticoides em altas doses. Exame da região dorsal: buscar se há sinal de Giordano (dor e retirada involuntária a punho percussão dorsal), o que pode sugerir litíase renal ou pielonefrite, embora possa ocorrer em abscesso hepático, esplênico, apendicite etc. Mulheres: muito cuidado com a possibilidade de gravidez ectópica rota. Em geral, pode ser necessário um detalhado exame ginecológico. Mulheres com apendicite podem ter dor a palpação de anexos, com atribuição equivocada a anexite. A ausência de corrimento cervical deve sugerir apendicite. Raramente, contudo, mulheres com cervicite podem evoluir com dor no quadrante superior direito por causa da peri- hepatite infecciosa, denominada síndrome de Fitz-Hugh Curtis. Homens: deve-se realizar exame urológico com palpação de testículos (torção, epididimite). Exame retal: importante na busca de hematoquezia ou de melena. Pode ajudar no diagnóstico de portatite, abscesso perirretal ou presença de corpos estranhos. Busca-se também a consistência fecal. Por último, exames abdominais seriados são extremamente importantes. CAUSAS DE ABDOME AGUDO Apendicite, obstrução intestinal (possui diversas etiologias como volvo, neoplasia, entre outros), perfuração [dor intensa, aguda e persistente, palidez, sudorese] do intestino por via mesentérica, úlcera perfurada, diverticulite, doença inflamatória intestinal, doenças pancreáticas (pancreatite –dor em faixa; geralmente associada à vômitos, podendo ser tão intensa que o paciente adquire uma posição chamada de “prece maometana” [paciente fletido com dor altálgica]) e das vias biliares (colecistite – podendo estar associada à febre e vômitos e, não nessecariamente, icterícia; 4Fs – fat, fertility, fourty e female; tratar com cipro e metronidazol). Pielonefrite e cistite são causas muito comuns de dor abdominal. Algumas doenças não localizadas na parede abdominal podem causar dores abdominais – infarto de parede anterior, pneumonia de base, embolia pulmonar, pneumotórax, pericardite, derrame pleural, anemia falciforme. Causas neurológicas, como herpes zoster (vesículas de um lado só, como principal manifestação), podem ser fatores para abodme agudo/ dor abdominal. Distúrbios metabólicos também podem ser fatores desencadeantes, como porfiria e cetoacidose diabética. Síndrome de Adson (inibição do eixo hipotálamo-hipófise por suspensão brusca de corticoide), intoxicação por chumbo, abstinência narcótica e picada de cobra podem gerar dor abdominal. FISIOPATOLOGIA ABDOME AGUDO Em virtude da complexa rede sensorial visceral e parietal dupla que inerva a área abdominal, a dor não é localizada com tanta exatidão quanto nos membros. Felizmente, alguns padrões gerais emergem, fornecendo indícios para o diagnóstico. Diferentemente da dor cutânea, a dor visceral é provocada por distensão, por inflamação ou isquemia, que estimulam os neurônios dos receptores, ou por envolvimento direto dos nervos sensoriais (p.ex: infiltração neoplásica). A dor visceral é mais frequentemente percebida na linha média, por causa do suprimento sensorial bilateral para a medula espinal. Já a dor parietal gera sensação mais localizada, aguda e nítida. A irritação direta do peritônio parietal Patógenos que fazem abscesso hepático: E.coli e Ameba. Dissecção de aneurisma de aorta é diagnóstico diferencial de IAM. somaticamente inervado (principalmente as partes superior e anterior) por pus, bile, urina ou secreção gastrointestinal leva à dor localizada. A dor abdominal pode ser referida ou deslocar para sítios diferentes dor órgãos primariamente afetados, indicando sensações cutâneas, percebidas em um local diferente daquele do estímulo primário. A localização da dor serve apenas como uma orientação para o diagnóstico. As descrições típicas ocorrem em dois terços dos casos. Os pacientes com abdome agudo geralmente estão apreensivos e amedrontados quando se apresentam ao médico. A síndrome da dor abdominal aguda pode acontecer em todas as faixas etárias, de ambos os sexos e todos os grupos socioeconômicos. TIPOS DE ABDOME AGUDO Inflamatório: a dor é de início insidioso, com agravamento e localização com o tempo. O paciente apresenta sinais sistêmicos, tais como febre e taquicardia. As doenças mais comuns são: apendicite aguda, colecistite aguda, diverticuite aguda, pancreatite, anexite aguda. A apendicite é a causa mais comum de abdômen agudo cirúrgico no mundo. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em adolescentes e adultos jovens; Perfurativo: a dor é súbita e intensa, com defesa abdominal e irritação peritoneal. Há derrame do conteúdo de víscera oca no peritônio, geralmente secundário à úlcera gastroduodenal, diverticulite, corpos estranhos e neoplasias; Obstrutuvo: a dor é em cólica, geralemnte periumbilical. Associadamente surgem náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada da eliminação de flatos e fezes. Acontece na oclusão mecânica por bridas, hérnias, neoplasias e invaginação; Vascular: a dor é difusa e mal definida, há desprorpoção entre a dor e o exame físico e as causas mais comuns são embolia e trombose mesentérica, com isquemia intestinal; Hemorrágico: a dor é intensa, com rigidez e dor à descompressão; há sinais de hipovolemia, tais como hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese. As causas mais comuns são prenhez ectópica rota, ruptura de cistos, ruptura de aneurismas, rotura de baço. EXAMES COMPLEMENTARES PARA DOR ABDOMINAL Exames complementares devem ser solicitados de acordo com os achados da história e do exame físico, podendo incluir exames laboratoriais, de imagem ou eventualmente endoscópicos. Em geral, mulheres em idade fértil com dor abdominal não esclarecida devem ser submetidas a teste de gravidez. Um teste positivo deve apontar para gravidez ectópica. Hemograma: anemia pode sugerir perdas ocultas. O número de leucócitos não deve ser usado para descartar apendicite aguda; ou seja, um leucograma normal pode ocorrer em pacientes com apendicite. Leucocitose com desvio à esquerda pode ocorrer no contexto de infecções (diverticulite, apendicite, doença inflamatória pélvica etc.), de resposta inflamatória sistêmica (exemplo: pancreatite aguda) ou em pacientes com grande perda de sangue (hemorragia). Urina tipo 1: sempre deve ser interpretada com cautela. Leucocitúria pode ocorrer em doençasprostáticas, infecção urinária, mas também em doenças não urinárias adjacentes ao ureter. Assim, cerca de 20% a 30% dos pacientes com apendicite podem ter leucocitúria. Hematúria pode ocorrer em doenças do trato urinário (prostatite, infecção, litíase, tumores) e, eventualmente, na dissecção aguda de aorta. Eletrólitos séricos: podem ser úteis na avaliação global do paciente, mostrar sinais de desidratação, indicar doença renal prévia e, eventualmente, sugerir a causa (exemplo: hiponatremia na porfiria). Além disso, como o paciente pode necessitar de cirurgia ou de exames contrastados, uma função renal é essencial. Glicemia: pode apontar para uma cetoacidose diabética (glicemia acima de 250 mg/dL). Nesse caso, uma cetonúria e uma gasometria arterial podem corroborar o diagnóstico. Amilase e lipase: devem ser solicitadas na suspeita de pancreatite. Deve-se ressaltar que a lipase é mais específica para inflamação pancreática. Níveis de lipase acima de três vezes o limite superior da normalidade são altamente indicativos de pancreatite. Amilase pode se elevar na pancreatite, mas também em úlcera péptica perfurada, gravidez ectópica rota, obstrução intestinal, isquemia mesentérica, cálculo em colédoco, insuficiência renal, parotidite e em abuso de álcool. Outros exames: lactato arterial aumenta precocemente na isquemia mesentérica. Aminotransferases, bilirrubinas, estudos de coagulação poderão ser solicitados em contextos específicos. Enzimas cardíacas e D-dímeros: poderão indicar isquemia cardíaca e embolia pulmonar, respectivamente. Radiografia simples: RX de abdome (ortostase, decúbito e cúpulas) pode confirmar uma perfuração de vísceras (pneumoperitônio), obstrução intestinal ou indicar a presença de um corpo estranho. Eventualmente, cálculos renais podem ser visibilizados. Uma radiografia de tórax pode confirmar pneumonia, doença pleural e, raramente, sugerir embolia pulmonar. Ultrassom (US) abdominal: bastante útil em doença de abdome superior, sobretudo de hipocôndrio direito. Da mesma forma, é o exame inicial de escolha na suspeita de doença renal ou de anexos. Neste último, o US transvaginal pode confirmar, com excelente acurácia, gravidez ectópica e doenças ovarianas. Outras condições em que o US pode ser útil, embora imagens por tomografia tenham melhor acurácia, são: aneurisma de aorta, pancreatite, litíase renal, apendicite aguda. Tomografia computadorizada (TC): especialmente com técnica helicoidal, a TC pode diagnosticar muitas doenças abdominais, embora possa necessitar de contraste, tenha pouca disponibilidade na maioria dos hospitais públicos do Brasil e seja bastante onerosa. Tem excelente acurácia para: litíase renal, dissecção de aorta, apendicite, diverticulite, laceração esplênica ou hepática, detectar ar livre e abscessos intra-abdominais. A angiotomografia pode indicar precocemente trombose mesentérica. Eletrocardiograma (ECG): é prudente solicitar um ECG em pacientes com risco cardiovascular apresentando dor em andar superior do abdome. Eventualmente, isquemia miocárdica pode se manifestar com dor referida em abdome. Laparotomia exploradora: cirurgião abre o abdome sem saber o que vai encontrar (quer descobrir a etiologia de algo); Laparotomia branca: cirurgião abre o abdome e não encontra nenhuma alteração, fechando o abdome sem realizar nenhum procedimento. Tratamento da pancreatite: jejum, hidratação venosa e analgesia. Nos casos mais graves, iniciar antibioticoterapia como meropenem (amplo espectro – gram negativo e positivo). Dor abdominal no idoso: Em geral, deve sempre indicar uma avaliação imediata e minuciosa. Muitas vezes, causas catastróficas podem não se apresentar com a mesma gravidade, conforme observadas em indivíduos jovens. O idoso pode apresentar quadros infecciosos graves sem febre ou mesmo com hipotermia. O risco de morte em idosos que procuram o pronto-socorro com dor abdominal é significativamente maior. De maneira global, colecistite aguda é uma das causas mais frequentes de dor abdominal no idoso. Da mesma forma, essa população tem muito maior risco de isquemia mesentérica, ruptura de aneurisma de aorta e vólvulo intestinal. Dor abdominal sem diagnóstico (dor abdominal inespecífica), contudo, representa menos de 15% dos casos (contra quase 40% em indivíduos jovens). DIP - Doença inflamatória pélvica: infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Ocorre geralmente quando bactérias sexualmente transmissíveis se espalham da vagina para o útero, os tubos de falópio ou os ovários. Os sintomas comuns incluem dores pélvicas e febre. Pode ocorrer corrimento vaginal. Os tratamentos incluem antibióticos – ceftriaxona, penicilina, ciprofloxacina. Os sintomas comuns incluem dores pélvicas e febre; pode ocorrer corrimento vaginal.
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