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Melanie Klein

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Melanie Klein
Nasceu em Viena em 30/03/1882 e morreu em Londres em 22/09/1960, aos 78 anos.
Sua irmã Sidonie, morre aos 8 anos de idade. 
Casou-se cedo aos 17 anos com o engenheiro químico Arthur Stevan Klein com quem ficou casada até 1926
Teve 03 filhos: Mellita, Hans e Erich.
Mellita se mostrará sua adversária ferrenha no campo psicanalítico, e Hans morre em um acidente de alpinismo em 1934 (suspeita-se que tenha sido um suicídio).
Klein morre em 1960, ironicamente, não de câncer, cuja cirurgia fora bem sucedida, mas por complicações em função de uma queda enquanto se recuperava dessa cirurgia. (Ela recusara a ajuda da enfermeira durante a noite).
 1914 inicia sua análise com Sandór Ferenczi em Budapeste
1919 torna-se membro da Sociedade Psicanalítica da Hungria.
Inicia sua análise com Karl Abrahan em 1924 que morre 11 meses depois.
 Em 1925, a pedido de Ernest Jones, muda-se para Londres
1927 torna-se membro da Sociedade Britânica de Psicanálise.
Três os pilares fundamentais da teoria Kleiniana
Primeiro:
Mundo interno, formado a partir das percepções do mundo externo
Com isso os objetos, pessoas e situações adquirem um colorido todo especial. 
O seio materno, primeiro objeto de relação da criança com o mundo externo, tanto é percebido como bom quando amamenta, daí o nome de “seio bom” a esse objeto no mundo interno, quanto é percebido como “seio mau”, quando não alimenta na hora em que a criança assim deseja.
Segundo 
Os bebês sentem, logo quando nascem, dois sentimentos básicos: amor e ódio. 
O problema é que na fantasia da criança, o “seio mau”, esse objeto interno, vai se vingar dela pelo ódio e destrutividade direcionados a ele. Esse medo de vingança é chamado de ansiedade persecutória. 
Quando nos defrontamos diante de um perigo, como por exemplo, quando caminhando em um parque nos defrontamos diante de uma cobra, temos o instinto de fugir. Essa reação diante do perigo é chamada em psicanálise de defesa. 
O conjunto de ansiedade persecutória e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição esquizoparanóide”.
Mecanismos de defesa da posição Esquizoparanóide 
Negação: nega a ameaça do objeto persecutório;
 Idealização: o peito idealizado salva o ego do aniquilamento; 
Onipotência: cria um universo idealizado e corta ligações coma realidade exterior; 
Abafamento das emoções: para tentar controlar os objetos maus perde-se o contato com as emoções surgidas da angústia; 
Identificação projetiva: o objeto projeta conteúdos para tentar manter o objeto bom e destruir o mau;
Identificação introjetiva: o bebê introjeta o seio idealizado; 
Negação mágica onipotente: Essa negação mágica se baseia numa fantasia de total aniquilação dos perseguidores.
Terceiro
Com o desenvolvimento o bebê percebe que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que ama (seio bom). 
Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de ódio e voracidade o tenham danificado ou matado
Esse temor da perda do objeto bom é chamado por Klein de “ansiedade depressiva”. 
O conjunto de ansiedade depressiva e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição depressiva”.
Defesas posição depressiva
Defesas Maníacas: Geradas pela culpa do individuo ao perceber os estragos feitos por ele, pois se sente incapaz de consertar o que danificou, e sua consciência moral o ameaça com uma carga de culpa e remorso maior do que ele é capaz de suportar. Então para se defender o sujeito passa a desvalorizar o objeto prejudicado, julgando-o não necessário, assim isentando-se da culpa e remorso e aplacando a angústia pelo risco de perdê- lo. Nega seus aspectos dependentes. Acredita que não pode contar com os outros, uma vez que se sente incapaz de preservar boas relações. Teme os sentimentos ternos, confunde fragilidade com humilhação e dependência com escravidão. Opta pelo cinismo e deboche. O outro é visto como algo a ser utilizado e descartado. As defesas maníacas são um modo de enfrentar sentimentos de culpa e perda. 
Caracterizam-se pela tríade, triunfo, controle onipotente e desprezo das relações objetais. 
são, incluindo onipotência, identificação com o superego, introjeção, o triunfo maníaco e idealização maníaca. 
- Onipotência: resulta da identificação com um objeto bom idealizado e negação do resto da realidade. - Desprezo do objeto: a identificação com um superego sádico permite que objetos externos sejam tratados com desprezo. 
- Negação: A introjeção é manifestada como fome de objeto, com negação de perigo para e dos objetos. Há negação da importância dos bons e dos maus objetos e do id. - Triunfo sobre o objeto: triunfo maníaco é manifestado por um senso de ter conquistado o mundo.

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