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DIETAS HOSPITALARES Alimentação do Paciente • Vias e métodos de administração ➢ Parenteral ➢ Enteral ➢ Oral O termo “dieta hospitalar” é empregado para listar as preparações que atendem a alimentação de um paciente hospitalizado. Basicamente temos: DIETAS DE ROTINA DIETAS ESPECIAIS Dietas Hospitalares As dietas modificadas em consistência têm por objetivo alterar a textura dos alimentos e das preparações, adequando, assim, a alimentação do paciente a condições clínicas, físicas ou neuropsicomotoras. Não há restrição de nutrientes, devendo suprir, de um modo geral, as necessidades nutricionais. Dietas Hospitalares Modificadas em Consistência Dietas Hospitalares Modificadas em Consistência: • Geral • Branda • Pastosa • Leve • Líquida ➢ DIETAS DE ROTINA: Café da manhã Colação Almoço Lanche da tarde Jantar Ceia DIETA Refeições Preparação Paciente Salada de folhas cruas (sem vinagrete) 30 a 50g Verdura refogada (guarnição) 60 a 80g Legumes cozidos para salada 60 a 100g Legumes cozidos para guarnição 80 a 100g Sopa 200g Prato base 80 a 100g Carne bovina 100 a 120g Carne de ave sem osso 100 a 120g Massas 120 a 150 g Fruta unidade ou fatia 100 a 150g Sobremesas 60 a 100g Suco 200 ml Porções Padronizadas DIETA GERAL DIETA GERAL INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que não necessitam de restrições específicas. ➢ Pacientes que apresentam as funções de mastigação e gastrointestinais preservadas. ➢ Pacientes que não necessitam de modificações de nutrientes, preparação e/ou consistência. CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Normoproteica e Normolipídica DIETA GERAL EXEMPLO DE DIETA GERAL VALOR CALÓRICO TOTAL – 3300 kcal/dia Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital Samaritano. EXEMPLO DE DIETA GERAL Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital São Luiz. INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que apresentam dificuldades quanto à mastigação e/ou digestão. ➢ Pacientes em pós-operatórios para facilitar digestão. ➢ É usada como dieta de transição para a dieta geral, que ocorrerá de acordo com a tolerância do paciente. DIETA BRANDA DIETA BRANDA CARACTERÍSTICAS: - Normoglicídica, normolipídica e normoproteica - Consistência: tecido conectivo e celulose abrandados por cocção ou ação mecânica Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Alimentos que devem ser excluídos • Especiarias e condimentos fortes (pimenta, pimenta do reino, mostarda, shoyo, ketchup, molho inglês, etc.) • Alimentos flatulentos (leguminosas, repolho, brócolis, etc) • Frituras e alimentos gordurosos • Doces concentrados (marmelada, goiabada, doce de leite, etc.) • Bebidas gaseificadas • Hortaliças cruas • Frutas cruas(exceto mamão, pêra s/ casca) • Leguminosas (apenas o caldo) • Embutidos (salsicha, presunto, salame,etc) • Produtos enlatados EXEMPLO DE DIETA BRANDA VALOR CALÓRICO TOTAL – 3000 kcal/dia Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital Samaritano. EXEMPLO DE DIETA BRANDA Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital São Luiz. DIETA PASTOSA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que apresentam dificuldades de mastigação e deglutição, facilitando o trânsito do alimento e a digestibilidade. ➢ Pacientes em pós-operatórios . ➢ É usada em decorrência dos tratamentos como radioterapia e/ou quimioterapia e em pacientes portadores de disfagias e neuropatias. DIETA PASTOSA DIETA PASTOSA CARACTERÍSTICAS: - Normoglicídica, normolipídica e normoproteica. - Consistência: os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, trituradas ou liquidificadas. Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia DIETA LEVE INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que apresentam dificuldades de mastigação e deglutição e alterações gastrointestinais. ➢ Pacientes em pré ou pós-operatórios. ➢ Pacientes que necessitam fazer preparo para exames. ➢ É usada como transição da dieta líquida para a dieta branda e geral. CARACTERÍSTICAS: - Normoglicídica, normolipídica e normoproteica. - Consistência: semi-líquida tecido conectivo e celulose bem abrandados por cocção ou ação mecânica e menor volume. Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia DIETA LEVE EXEMPLO DE DIETA LEVE VALOR CALÓRICO TOTAL – 2600 kcal/dia Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital Samaritano. DIETA LEVE Fonte: Cardápio de Opção Hospital São Luiz. INDICAÇÕES: ➢ Pacientes com dificuldades de mastigação e/ou deglutição mais severas. ➢ Pacientes em pré ou pós-operatórios e também em situações de pós-jejum. ➢ Pacientes que necessitam fazer preparo para determinados exames. ➢ Em decorrência de tratamentos como quimioterapia e/ou radioterapia. DIETA LÍQUIDA DIETA LÍQUIDA CARACTERÍSTICAS: - Alimentos de consistência líquida ou que se liquefazem na boca e de fácil absorção. - Fracionamento : 5 a 6 refeições/dia EXEMPLO DE DIETA LÍQUIDA VALOR CALÓRICO TOTAL – 1300 kcal/dia Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital Samaritano. EXEMPLO DE DIETA LÍQUIDA Fonte: Manual para prescrição de dietas Hospital São Luiz. PORTANTO... A nomenclatura das dietas hospitalares variam muito de entidade para entidade. Basicamente temos: DIETAS DE ROTINA : geral, branda pastosa, leve, líquida DIETAS ESPECIAIS -:com aumento e/ou diminuição de 1 ou + nutrientes: hiper/hipo - proteica, calórica, lipídica, etc... Dietas Hospitalares Exemplos de dietas modificadas em nutrientes: • Hipossódica • Hiperproteica • Diabetes • Hipoproteica • Hipogordurosa • Hipercalórica • Hipocalêmica • Etc... DIETA HIPOSSÓDICA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que necessitam de restrição de sódio em função da doença, condição clínica e/ou fisiológica. ➢ Geralmente utilizada para pacientes com hipertensão, insuficiência renal crônica e doenças que cursam com retenção hídrica (edema). DIETA HIPOSSÓDICA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Normoproteica e Normolipídica Restrita em Sódio DIETA HIPOSSÓDICA EVITAR: Enlatados Conservas Produtos Defumados Alguns tipos de queijos Embutidos Produtos industrializados com sal DIETA HIPERPROTEICA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que necessitam de um aporte protéico aumentado, como por exemplo, desnutridos, queimados. DIETA HIPERPROTEICA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Hiperproteica e Normolipídica DIETA HIPOPROTEICA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que necessitam de restrição de proteínas, em função da doença,como nefropatias, entre outras situações. DIETA HIPOPROTEICA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Hipoproteica e Normolipídica DIETA HIPOPROTEICA CONSUMIR COM MODERAÇÃO: Carnes Leite Ovos Peixe Queijos DIETA HIPOGORDUROSA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que necessitam de restrição de gorduras em função da doença, condições clínicas e/ou fisiológicas como no caso das doenças hepáticas, pancreáticas, da vesícula biliar, diarréia, entre outras. DIETA HIPOGORDUROSA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Normoproteica e Hipolipídica Evitar Gordura de Adição DIETA HIPOGORDUROSA EVITAR: FriosEmbutidos Queijos gordurosos Frutas oleaginosas Carnes gordas Creme de leite Manteiga Abacate Maionese DIETA HIPERCALÓRICA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que precisam de alimentação com alto teor calórico, em função de necessidades aumentadas de energia pela condição patológica, clínica e/ou fisiológica. ➢ Geralmente utilizada para pacientes desnutridos, oncológicos, AIDS, entre outros. DIETA HIPERCALÓRICA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia com intervalo de no máximo 3 horas Incluir alimentos e preparações de alta densidade calórica DIETA HIPOCALÊMICA INDICAÇÕES: ➢ Pacientes que necessitam de restrição de potássio, em função da doença, condição clínica e/ou fisiológica como insuficiência renal aguda ou crônica, desidratação grave, deficiência de insulina na cetoacidose diabética ou na intoxicação digitálica grave. DIETA HIPOCALÊMICA CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Normoprotéica e Normolipídica Evitar consumo de frutas e hortaliças cruas, bem como, leguminosas. DIETA PARA DIABETES INDICAÇÕES: ➢ Pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. DIETA PARA DIABETES CARACTERÍSTICAS: Consistência: normal Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia Normoglicídica, Normoproteica e Normolipídica Isenta de Açúcar DIETA PARA DIABETES RECOMENDAÇÕES: Substituir sacarose por adoçantes (sacarina, aspartame, acesulfame-K, sucralose) Evitar consumo isolado de alimentos de alto índice glicêmico Evitar frituras Inserção da gastronomia no ambiente hospitalar Mudança no conceito das dietas hospitalares ALIMENTAÇÃO ???? Produção das dietas • Gastronomia Ciência e arte a serviço da qualidade de vida. X • Nutrição Garantia do aporte de elementos adequados em quantidade e qualidade para auxiliar na recuperação da saúde. 1. Técnicas de escolha e cocção • Correta escolha dos ingredientes Recursos • Aplicação de Técnicas Culinárias Eficazes JULIENNE FINA JULIENNE BASTONETES BRUNOISE CUBO PEQUENO CUBO GRANDE CUBO MÉDIO • Aplicação de Técnicas Culinárias Eficazes MIREPOIX 50 % CEBOLA 25% CENOURA 25% SALSÃO CEBOLA BRULÉ: CARAMELIZADA COM OU SEM CASCA USADA PARA CONSOMMÉS E FUNDOS ESCUROS • Aplicação de Técnicas Culinárias Eficazes MANTEIGA COMPOSTA • Aplicação de Técnicas Culinárias Eficazes • Aplicação de Técnicas Culinárias Eficazes • Renovação de receitas • Cocção adequada dos alimentos • Harmonia de sabores MIREPOIX CEBOLA BRULÉ BOUQUET GARNI AROMÁTICOS SACHET D’ÉPICE I N G R E D I E N T E S SACHET D’ÉPICE LOURO,TALOS OU FOLHAS DE SALSA,TOMILHO E GRÃOS DE PIMENTA (ALHO E CRAVO) BOUQUET GARNI ALHO PORÓ, TALOS DE SALSA, SALSÃO, LOURO, TOMILHO • Decoração das Preparações • Decoração das Preparações • Decoração das Preparações • Decoração das Preparações Será que gastronomia hospitalar é só isso?? - Ambiente: • Instalações próprias e adequadas para a produção das refeições. • Investimento - equipamentos, utensílios. 2. Espaço, Utensílios e Equipamentos 3. Dedicação/ Comprometimento 4. Atenção • Saber ouvir, perceber, saber falar Disseminar os conceitos e informações A composição química do alimento não é suficiente para produzir no homem vontade de se alimentar. É necessário tornar os alimentos atraentes” Savarin, 1999 Refeição sem harmonia de cor, sem decoração, sem atrativos mas quantitativamente e qualitativamente adequados Refeições com harmonia de cores, decoração, quantitativamente e qualitativamente adequadas, viabilizam a aceitação 1. Baseado em aversões alimentares; 2. É oferecida uma opção de massa, prato principal e sopa; 3. São oferecidas diariamente três opções de cardápio completo, onde o paciente pode escolher itens alternados; 4. São oferecidas diariamente três opções de cardápio fixo, onde o paciente escolhe uma opção fechada. Cardápios de Opção Cardápios de Opção Fonte: Cardápio de Opção Hospital HCor Cardápios de Opção Fonte: Cardápio de Opção Hospital Samaritano. • Otimização dos serviços • Maior satisfação do cliente • Atendimento personalizado - optar por preparação que mais lhe apetece melhora da aceitação alimentar • Contribuição na recuperação do paciente • Redução do desperdício Importância do Cardápio de Opção Exemplo Cardápio de Opção Fonte: Cardápio de Opção Hospital Oswaldo Cruz Exemplo Cardápio de Opção DIETA GERAL DIETA PARA DIABETES Exemplo Cardápio de Opção Fonte: Cardápio de Opção Hospital Oswaldo Cruz DIETA BRANDA Exemplo Cardápio de Opção A alimentação deve sempre ser SUFICIENTE, COMPLETA, HARMÔNICA E ADEQUADA Estas regras asseguram o “bom estado nutricional”. Seu desconhecimento compromete o Estado Nutricional e leva o indivíduo contrair enfermidades. É necessário imaginação e habilidade no planejamento de uma variedade de alimentos; Preocupação com aparência do alimento na bandeja- sua cor, textura, composição e temperatura; Saber tornar agradável o sabor do alimento é uma parte importante do cuidado nutricional; Importante: - Exagero ou falta no porcionamento dos itens do cardápio; - Falta de zelo/higiene (bordas sujas, excesso de molho); - Desatenção – inclusão de alimentos intolerantes ou proibidos ; - Etiquetas incorretas ou coladas sem um padrão estabelecido; - Enfeites escolhidos aleatoriamente, sem ter harmonia com o cardápio a ser montado ou com a dieta prescrita. MONTAGEM – ERROS USUAIS - Excesso de conversas entre os envolvidos na montagem das dietas; - Divergência dos itens solicitados com o descritivo no mapa do paciente; - Ausência do pedido especial produzido no momento da distribuição; - Falha na comunicação entre equipe de produção / montagem e conferência MONTAGEM – ERROS USUAIS
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