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Q Anti-hipertensivos e diuréticos


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1 – Qual o mecanismo de ação dos nitratos orgânicos? São usados em que casos?
Mecanismo de Ação: Liberam (óxido nítrico) NO.
• Podendo reagir direto com a guanilil ciclase. 
• Ou transformações químicas para formar grupos S-nitrosotióis com resíduos de cisteína (sulfidril) em proteínas ou com tióis intracelulares de baixo peso molecular, como a glutationa.
A vasodilatação aumenta a capacitância venosa. Diminuição do retorno de sangue ao lado direito do coração diminuição da pressão e volume diastólicos finais do ventrículo direito e ventrículo esquerdo. Essa redução da pré-carga diminui a demanda de O2 do miocárdio.
E usado nos casos de Angina, isquemia coronariana, infarto agudo de miocárdio e na insuficiência cardíaca congestiva.
2- Qual o problema ou a cautela na administração do nitroprussiato de sódio?
O nitroprussiato de sódio é utilizado por via intravenosa para controle hemodinâmico potente nas emergências hipertensivas e na insuficiência cardíaca grave.
Em virtude de seu rápido início de ação, duração de ação curta e alta eficácia, o nitroprussiato de sódio deve ser infundido com monitoração contínua da pressão arterial e cuidadosa titulação da dose para o seu efeito produzido. Nitroprussiato de Sódio
•Metabolismo: O nitroprussiato de sódio sofre decomposição espontânea, liberando NO e cianeto. A seguir, o cianeto é convertido em tiocianato no fígado e o tiocianato é excretado pelos rins.
Tratamento a curto prazo (geralmente, até 72 horas no máximo).
•O acúmulo excessivo de cianeto pode resultar em distúrbios do equilíbrio ácido-básico, arritmias cardíacas e até mesmo morte. A toxicidade do tiocianato também pode ser observada em pacientes com comprometimento da função renal, causando desorientação, psicose, espasmos musculares e convulsões.
3 – Quais as diferenças entre o mononitrato de isossorbida e o dinitrato de isossorbida?
O dinitrato de isossorbida, diferentemente do mononitrato de isossorbida, tem desprezível primeira passagem hepática, tendo, portanto, eficácia longa após a ingestão do medicamento. A longo prazo pode levar a uma certa tolerância, requerendo reajustes da dose. Os nitratos em geral originam óxido nítrico, por trajetos metabólicos não inteiramente conhecidos. É utilizado por via oral e sublingual.
O dinitrato de isossorbida em doses equivalentes podem ser mais efetivo do que a NTG, visto que possui meia-vida mais longa (cerca de 1 hora). Os metabólitos—possuem meias-vidas ainda mais longas (de até 2 e 4 horas, respectivamente).
O 5-mononitrato de isossorbida
• Após desnitração, os nitratos orgânicos sofrem tipicamente glicuronidação no fígado e são excretados pelos rins.
5-Mononitrato de isossorbida x Dinitrato de isossorbida
-Tem efeitos terapêuticos prolongados.
-É bem absorvido pelo trato gastrintestinal e mão é passível de metabolismo de primeira passagem no fígado.
4 – Como acontece o efeito de tolerância fisiológica dos nitratos?
Infelizmente, os efeitos desejáveis dos nitratos podem ser anulados por respostas compensatórias do sistema nervoso simpático (p.ex., aumento reflexo do tônus vascular simpático) e respostas renais compensatórias (p.ex., aumento da retenção de sal e de água). Fenômeno importante e clinicamente relevante, que limita a eficácia dessa classe de vasodilatadores.
O NO gerado a partir de nitratos orgânicos atua como agente antiplaquetário, bem como relaxante do músculo liso vascular.
5 – Qual o mecanismo do Sildenafil? O que diferencia ele e os outros da mesma classe?
 O sildenafil é o protótipo dos inibidores da fosfodiesterase prescrito para disfunção erétil. É altamente seletivo para a cGMP fosfodiesterase tipo V (PDE5).
É expressa principalmente no músculo liso do corpo cavernoso, mas também é expressa na retina e nas células musculares lisas vasculares; Também é expressa na vasculatura sistêmica e pulmonar. Com efeito, o sildenafil e maltas dose mostra-se eficaz no tratamento da hipertensão pulmonar. Vardenafil, tadalafil e o lodenafila também são inibidores da PDE5 e se assemelham ao sildenafil na sua eficácia terapêutica e perfil de efeitos adversos.
O tadalafil apresenta um início de ação mais longo e meia-vida mais prolongada do que os outros inibidores da PDE5.
6 – Como agem a nifedipina e a anlodipina? Pq causam taquicardia reflexa? 
Em comparação com outros bloqueadores dos canais de Ca2+, as diidropiridinas produzem um grau significativamente maior de vasodilatação arterial. Em contrapartida, exercem relativamente pouco efeito sobre o tecido cardíaco. O nodo sinoatrial não é deprimido pela niferina, pelo contrário,pois ativa o simpático (SNA) através da via dos barorreceptores que faz a regulação da PA e o principal é o núcleo do trato solitário ,que faz a ativação reflexa.
7- No que o diltiazem se diferencia da nifedipina?
A biodisponibilidade das formulações orais de nifedipina, diltiazem e verapamil é reduzida devido ao metabolismo significativo de primeira passagem no intestino e no fígado.
A nifedipina oral apresenta rápido início de ação (menosde20min) e pode causar uma queda súbita e precipitada da pressão arterial. O diltiazem é um bloqueador de canais de Ca2+não dihidropidinas. A nifedina é mais indicada para o tratamento da hipertensão pelo seu efeito vasodilatador.
Os efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos em excesso do verapamil e do diltiazem podem resultar em bradicardia, bloqueio átrio ventricular e insuficiência cardíaca.
9 – Qual o mecanismo de ação do minoxidil e como ele é usado topicamente?
Os ativadores dos canais de K + ATP;
•atua primariamente sobre as células do músculo liso arterial e portanto, diminui a pressão arterial.
10 – Como a bradicinina ajuda e ao mesmo tempo prejudica na ação dos inibidores de ECA?
Embora os inibidores da ECA sejam, em geral, bem tolerados, os efeitos adversos importantes desses agentes consistem em tosse e angioedema potencialização da ação da bradicinina. Os inibidores da ECA podem precipitar hipotensão e/ou insuficiência renal aguda após a primeira dose, razão pela qual são administrados numa dose inicial baixa. Esses efeitos adversos são mais comuns em pacientes com estenose bilateral da artéria renal.
11 – Qual o mecanismo de ação da losartana e valsartana e no que se diferenciaram dos inibidores de ECA?
Os antagonistas dos receptores AT1, como a losartana e a valsartana, inibem a ação da AT II em seu receptor; Inibição mais completa das ações da AT II, visto que a ECA não é única enzima capaz de gerar AT II; Nenhum efeito sobre o metabolismo da bradicinina; Inicialmente prescritos apenas para pacientes com reações adversas intoleráveis aos inibidores da ECA; Hoje são considerados como tratamento de primeira linha potencial para a hipertensão; também podem proteger contra o AVC não apenas através de controle da hipertensão, mas também através de seus efeitos secundários-(anti agregantes plaquetário).-metabolismo do ácido úrico (hipouricêmicos).-diabetes (antidiabéticos).-fibrilação atrial (antiarrítmicos). Os mecanismos desses efeitos secundários ainda não foram elucidados. 
↓incidência de tosse e 
12 – Como agem os diuréticos osmóticos? (mecanismo de ação?) Aumenta a tonicidade extracelular e assim a água é extraída dos compartimentos intracelulares; Extraem água dos olhos (usado no glaucoma) e do cérebro.
13 – Quais os principais efeitos colaterais do uso de diuréticos?
São medicamentos que atuam no funcionamento dos rins, interferindo no processo de filtração e reabsorção de água e sais e aumentando a quantidade de urina produzida pelo organismo. Ao intensificar o fluxo urinário, os diuréticos favorecem a eliminação do sódio, muitas vezes responsável por casos de pressão arterial alta e insuficiência cardíaca e renal. Ao realizar esse processo, restará menos água para ser reabsorvida pelo corpo. Por esse motivo, os diuréticos são comumente indicados para diminuir a retenção de líquido.
14- Como age a furosemida ? diurético de Alça de Henle.É o diurético mais potente. Para se ter uma ideia, em pessoas normais apenas 0,4% do sódio filtrado nos rins sai na urina, os 99,6% restantes retornam para o sangue. Com o início da furosemida, o sódio excretado pula para 20%. Por isso, a furosemida está indicada em doenças que apresentam retenção de sódio e líquidos como insuficiência cardíaca, cirrose, síndrome nefrótica e insuficiência renal. Apesar do seu alto poder de excretar sódio, a furosemida não é um bom diurético para hipertensão. Ela só deve ser usada para esse fim em pessoas que tenham concomitantemente as doenças citadas acima. A furosemida (lasix®) deve ser tomado, de preferência, duas vezes por dia. Como seu efeito dura em média 6 horas, este deve ser o intervalo de tempo ideal entre as duas tomadas. Se o paciente toma a primeira dose às 8h da manhã, a segunda deverá ser às 14h. Em alguns casos ela pode ser administrada em dose única.
15- Como age a hidroclorotiazida e a clortalidona? Os diuréticos tiazídicos promovem uma diurese menor que a furosemida, porém, por terem um efeito que dura até 24h, a perda de sódio e água acaba sendo constante. São os diuréticos mais indicados na hipertensão, pois além de diminuir o sódio, eles também tem ação vasodilatadora. Em pacientes com insuficiência renal avançada, os tiazídicos não funcionam. Neste caso, o melhor diurético é a furosemida, mesmo para hipertensão. Se não houver contraindicações, os tiazídicos devem ser a primeira, ou no máximo, a segunda escolha no tratamento da hipertensão. Os efeitos colaterais mais comuns dos tiazídicos: todos da furosemida, além de aumento da glicose e do colesterol em algumas pessoas. Os tiazídicos causam sódio baixo no sangue mais frequentemente que a furosemida, principalmente em idosos.
16 – Como age a espironolactona? Cite um dos benefícios dela em comparação com a furosemida? O mais usado é a espironolactona. Essa classe possui esse nome porque é a única que não aumenta a excreção de potássio na urina. Um dos efeitos colaterais dos tiazídicos e furosemida é a diminuição deste mineral no sangue por excesso de perda urinária. Os poupadores de potássio agem excretando sódio e diminuindo a excreção de potássio. Isso é ótimo para quem tem potássio baixo e perigoso para quem o tem alto. É o grupo de diuréticos mais fraco e estão contraindicados na insuficiência renal avançada. São muito usados em associação com outros diuréticos. A espironolactona também inibe um hormônio chamado aldosterona ( leia sobre a supra-renal), que quando aumentado, piora a insuficiência cardíaca e a cirrose. Por isso, ela é muito usada nessas 2 doenças junto com a furosemida. Os efeitos colaterais mais comuns da espironolactona são o aumento do potássio, ginecomastia, aumento de pelos e alterações menstruais.