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FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 82 COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA RESOLUÇÃO Nº. 02/97 METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA SERRA – ES FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 83 1 EMENTA Ensino da Matemática: Concepções e Tendências; Fundamentos Teórico- Metodológicos do Ensino da Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Estudo dos PCNs de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio; Os Temas Transversais e a Nova Concepção de Conteúdo; Conteúdos Básicos de Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio; Metodologias de Sala de Aula e o Trabalho Cooperativo em Matemática. 2 OBJETIVOS Compreender as principais concepções e tendências em Matemática; Discutir os fundamentos teórico-metodológicos do ensino da Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Elencar algumas considerações sobre os PCNs para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio; Apresentar os temas transversais e suas relações com a nova concepção de conteúdo; Identificar os conteúdos básicos de Matemática no Ensino Fundamental e Médio, com enfoque para as metodologias de sala de aula em Matemática. 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I – ENSINO DA MATEMÁTICA: CONCEPÇÕES E TENDÊNCIAS UNIDADE II – FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL UNIDADE III – ESTUDO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 84 4 METODOLOGIA DE ENSINO A disciplina será ministrada partir de: dinâmica de apresentação; análise crítico conceitual do título da disciplina; turbilhão de ideias; leitura crítica dos textos; relação entre as leituras e as experiências dos alunos; discussão em grupo; entrevistas; aula expositivo-dialogada; produção de resumos textuais; pesquisa bibliográfica; seminário; painel com resumos dos trabalhos; pesquisa de campo e mesa redonda. 5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem será contínua, considerando os seguintes critérios: participação e envolvimento nas atividades propostas; trabalhos elaborados e apresentados; leituras realizadas; participação nos estudos em grupo, assiduidade; construção de quadro teórico conceitual abordando as teorias estudadas no decorrer do curso. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 85 UNIDADE I – ENSINO DA MATEMÁTICA: CONCEPÇÕES E TENDÊNCIAS Ao nos focarmos no ensino da Matemática podemos recorrer a Palomar (2004), que afirma que cada vez mais deve ser deixada de lado a resolução de problemas de maneira mecânica ou a memorização de processo. Num mundo em que as calculadoras estão ao alcance de todos e que os computadores estão cada vez mais presentes, não se exige que se saiba a tabuada apenas, mas, sobretudo, que se saiba que operação deve ser feita para se tomar a decisão correta. As tendências atuais em Educação Matemática vão à direção de buscar a vinculação prática entro o que ocorre na sala de aula e fora dela. A palavra-chave é “contextualização” e a meta é se ensinar uma Matemática para formar os cidadãos críticos exigidos pela sociedade dialógica. Assim, se deve: FAZER MENOS... FAZER MAIS... • Aula expositiva • Trabalho individual •Trabalho em contexto •Trabalho em abstrato •Temas tradicionais do passado • Orientação, movimentação • Trabalho em grupo • Aplicações cotidianas, globalização • Modelização e conexão •Temas interessantes de hoje • Memorização instantânea •Informação acabada •Atividades fechadas •Exercícios rotineiros •Simbolismo matemático •Tratamento formal •Ritmo uniforme •Compreensão duradoura •Descoberta e busca •Atividades abertas •Problemas compreensivos •Uso de linguagens diversas •Visualização •Ritmo personalizado •Avaliação de algoritmos •Avaliação quantitativa •Avaliação do desconhecimento •Avaliação do raciocínio •Avaliação qualitativa •Avaliação formativa FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 86 Assim, Palomar (2004) conclui dizendo que aprender Matemática implica aprender a (re) c o n h e c e r a M a t e m á t i c a d a v i d a r e a l : habilidades, conhecimentos, disposições, capacidades de comunicação e sua aplicação na vida cotidiana. Uma aprendizagem do seu ponto de vista implica quatro dimensões diferentes: a instrumental (que se refere ao conjunto de símbolos que constituem a linguagem matemática); a normativa (que são as regras e as normas que regulam os diferentes procedimentos matemáticos); a afetiva (quer dizer, o conjunto de emoções e sentimentos que acompanham as pessoas durante a aprendizagem); e a cognitiva (referente concretamente à maneira de aprender, quer dizer, às estratégias que a pessoa utiliza para entender um conceito matemático e incorporá-lo a seu conhecimento). É comum ao fazermos uma entrevista com algumas pessoas, com a seguinte pergunta: “O que é Matemática para você?”. Notamos que cada resposta nos revela o modo particular de as pessoas definirem a Matemática de acordo com a sua realidade, alguns foram mais formais outros a citaram no sentido de ferramenta para a solução de problemas de natureza prática, de acordo com a sua realidade. Um professor respondeu: “A Matemática é uma ciência exata, no meu caso ela tem me ajudado em tudo, como sou professor de química eu a uso frequentemente”. Já um mecânico respondeu: “Metros, é isso, matemática é medida, quantidade, preço de custo, contas e renda”. Por meio de entrevistas percebemos que existem diferentes modos de se conceber e, portanto, de se ensinar matemática. Descrever cada um desses modos é uma tarefa desafiadora e talvez muito complexa, pois cada um deles carrega consigo valores que se referem a uma visão própria. Essa visão pode se relacionar á forma de compreender e de ensinar essa ciência. Veremos, a seguir, algumas tendências no ensino da Matemática. a) Tendência Formalista Clássica Ressalta a diferença entre as classes sociais. O aluno é apenas um mero receptor de informações mecânicas e teóricas. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como montede Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 87 b) Tendência Empírico – Ativista Os termos primitivos descrevem os objetos concretos de que trata a teoria. As regras de formação de fórmulas organizam o discurso a respeito destes objetos, distinguem as fórmulas bem formadas, das que carecem de significado. Os axiomas são as verdades básicas, iniciais, que devem se apoiar na evidência empírica. “[...]. As regras de inferência determinam e distinguem, dentre outras fórmulas bem formadas, as que constituem os teoremas, que são verdades demonstráveis a partir dos axiomas, em última análise” (MACHADO, 1987, p. 30). O professor torna-se mediador no processo ensino-aprendizagem, pois o aluno deixa de ser passivo e torna-se ativo. Nesse caso é necessário que o professor conheça bem o conteúdo matemático. Caracteriza por métodos que direcionam e estimulam o aluno na construção de conceitos e desenvolvimento de habilidades. Conserva a ideia de que a aprendizagem consiste em descobertas. Neste sentido: a tendência Empírico-sensualista (menos ativista): considera que o ser aprendente consegue construir seu conhecimento a partir da observação de objetos, e, a tendência Empírico-ativista (mais ativista): o aluno necessita do contato com objetos manipuláveis, como por exemplo, a utilização de jogos, atividades lúdicas e materiais próprios. c) Tendência Formalista Moderna A diferença desta tendência para o formalismo clássico é que se propunha um rompimento com a repetição e reprodução de conhecimentos. Professor detentor do conhecimento. O aluno continua a decorar reproduzir e adquirir todo o conhecimento passado pelo professor, como personagem passivo na construção de seu conhecimento. d) Tendência Tecnicista Visou atender ao interesse capitalista, preparando os indivíduos, num sistema organizado e funcional. Escola: entidade que irá garantir que a sociedade se mantenha, estabelecendo a ordem e continuidade. Fixação de conceitos ou FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 88 princípios através das máquinas de ensinar, que consistem em computadores ou mesmo através de jogos e atividades com uma programação planejada. O professor não é o detentor do conhecimento. Atenção voltada para os recursos instrucionais e aos métodos que irão garantir a aprendizagem das habilidades esperadas. Ramificações: . Tecnicista Formalista: encontro do tecnicismo com o Movimento de Matemática Moderna. O que se destaca no formalismo moderno é o desenvolvimento da matemática para a aquisição de novos conhecimentos matemáticos. . Tecnicismo Mecanicista: Matemática restrita a regras e procedimentos. Importante são os processos de manipulação, a fixação e resolução da matemática deixando em segundo plano os fundamentos e justificativas como também a compreensão, análise e reflexão. e) Tendência Construtivista Considera o conhecimento matemático construído através de interações do ser que aprende com o meio ou com os recursos abordados para que ele aconteça. Ao contrario do formalismo, essa construção não acontece de forma isolada ao mundo. Diferente do racionalismo, o conhecimento matemático não parte do próprio sujeito, e segundo Fiorentini (1993), é resultado de uma elaboração estritamente mental, levada a efeito através de educação ou da indução lógica. Foi a partir dos estudos e teorias de Jean Piaget que surgiu o construtivismo. A influência desta tendência na educação brasileira teve início na década de 1960, sendo, inclusive, utilizada como proposta curricular em São Paulo, em 1968. O Construtivismo vê a Matemática como uma construção humana constituída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas reais ou possíveis. Por isso, essa corrente prioriza mais o processo que o produto do conhecimento. Ou seja, “[...], a Matemática é vista como um constructo que resulta na interação dinâmica do homem com o meio que o circunda” (FIORENTINI, 1993, p. 20). FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 89 O Construtivismo se divide em duas partes, a não-radical ou moderada e a radical. Os moderados Acreditam que o conhecimento é ativamente construído pelo sujeito. Os radicais Consideram que o conhecimento é construído pelo individuo, ou seja, o individuo aprende sozinho com o meio em que vive e constrói seu próprio conhecimento. f) Tendência sócioetnocultural Essa tendência apóia-se em Paulo Freire e se identifica com a Etnomatemática, pois concebe o processo ensino-aprendizagem da matemática como uma experiência que vai muito além dos muros da escola. É bem diferente do formalismo, a Etnomatemática promove a valorização dos conhecimentos dos alunos, em um mundo de ver e conceber o processo ensino-aprendizagem. Pensando sobre a melhor tendência ou processo a seguir em sala de aula, podemos confessamos que ficamos de início um pouco confusos, com tantas tendências e todas aparentemente muito boas, ficamos nos perguntando: Qual a melhor tendência para a sala de aula? A melhor tendência é aquela que consideramos mais a realidade do aluno e suas necessidades. Podemos utilizar uma ou outra tendência com vistas a contribuir para o processo ensino-aprendizagem, alguns nós de cara já gostou mais especificamente de alguma, em alguns momentos podemos enfatizá-la, mais entendemos que isso não significa que podemos utilizar apenas uma determinada tendência. A metodologia de resolução de problemas permite ao professor trabalhar de forma interdisciplinar, abrangendo, ao mesmo tempo, outras metodologias como FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 90 Tecnologias da Informação e Comunicação, jogos, modelagem matemática, Etnomatemática, dentre outras. O centro do processo de ensino-aprendizagem não é o problema, e sim, o processo de sua resolução e seus reflexos na construção do raciocínio matemático. Os processos utilizados para a construção da aprendizagem e as formas como eles são organizados constituem, portanto o foco principal do ensino da Matemática. Para Fiorentini (1995, p. 29), O processo de construção de um ideário pedagógico, tanto individual como coletivo, é sempre dinâmico e dialético. De fato, se estamos permanentemente refletindo sobre nossa prática pedagógica, se discutimos com nossos pares, se pesquisamos e buscamos continuamente novas fontes teóricas e novas alternativas de ação em sala de aula,... Então, é de se esperar que nosso ideário também esteja em permanente mutação. Sendo assim o professor devemos buscar conhecer as diversas formas de concepções, paradigmas envolvidos na construção do ensino e aprendizagem para melhor atender às expectativas que surgem quanto educador e pesquisador. Existem métodos que estão ao alcance dos professores e que podem ajudá-lo em suas atividades. Um destes métodos é a modelagem matemática. Segundo Bassanezi (apud JR.; SANTOS, 2007, p. 56): “[...]. A modelagem matemática consiste essencialmentena arte de transformar problemas da realidade e resolvê-los, interpretando suas soluções na linguagem no mundo real”. A modelagem matemática consiste em criar, a partir de uma situação real, um modelo matemático em que iremos formular hipóteses e aproximações no qual iremos adequar à realidade em que vivemos e daí representar esta situação em termos matemático. É necessário equilibrar a valorização do cotidiano do aluno com o conhecimento matemático. Na modelagem, o tema deve ser escolhido pelos alunos, mas também devemos levar em consideração a experiência e a segurança do professor em trabalhar determinados temas. O professor se coloca na condição de intervir e conduzir o processo, norteando e orientando o aluno, pois a modelagem propicia trabalhar o conteúdo de forma interdisciplinar e também as trocas de experiências. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 91 UNIDADE II – FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Frente ao delineamento histórico de aspectos sobre a disciplina de Matemática e de seu ensino, propõe-se o seguinte questionamento: qual fio condutor a ser seguido no ensino da Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental? Este questionamento admite ampla possibilidade de respostas. No entanto, privilegiar-se- á, aqui, a idéia de um ensino e de uma aprendizagem em Matemática com enfoque no social e no cultural. Essa percepção vem provocando uma imensa reflexão a respeito da melhoria do ensino de Matemática, não só no sentido de concepção de ciência ou de ensino, mas também na busca de novas reestruturações curriculares, possibilidades avaliativas bem como de metodologias e materiais didáticos. Nesse sentido, perspectivas metodológicas, tais como a Etnomatemática e a Resolução de Problemas, constituem-se em possibilidades viáveis para que outras abordagens como os jogos didáticos, o uso de materiais didáticos e de recursos tecnológicos e o desenvolvimento de projetos e atividades investigativas, desencadeiem um processo de ensino e de aprendizagem que, além de levar em consideração aspectos socioculturais, também considerem o aluno como sujeito participante e colaborador de sua própria aprendizagem, de modo a ter condições de estabelecer relações adequadas entre informações, conhecimentos e habilidades para resolver situações-problema (SMOLE ; DINIZ, 2001). Vale ressaltar que, exemplos de encaminhamentos das perspectivas metodológicas citadas serão apresentados na sequência. Adotando-se a Resolução de Problemas como o fio condutor da organização do ensino da Matemática, o enfoque é para que ela seja uma perspectiva metodológica em que a compreensão do aluno se torne o objetivo central do ensino. Desta maneira, seria possível mudar “a visão estreita de que a matemática é apenas uma ferramenta para resolver problemas, para uma visão mais ampla de que a matemática é um caminho de pensar e um organizador de experiências” (ONUCHIC, 1999, p. 208). FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 92 Trata-se de uma percepção que entende a compreensão como um processo de aprendizagem, gerada pelo aluno a partir de seu engajamento em construir relações entre as várias idéias matemáticas contidas em um problema e a uma variedade de contextos. Desta maneira, é preciso que o professor entenda que esta perspectiva de Resolução de Problemas “[...] corresponde a um modo de organizar o ensino o qual envolve mais que aspectos puramente metodológicos, incluindo uma postura diferente frente ao que é ensinar e, consequentemente, do que significa aprender” (DINIZ, 2001, p. 89). Em outras palavras, tal ideia significa que o professor deve selecionar e/ou elaborar e propor os problemas matemáticos que agucem o interesse dos alunos em querer resolvê-los. Para soluções dos problemas matemáticos, não basta as respostas finais, mas, primeiramente, explorar os processos de resolução desenvolvidos pelos alunos, os quais podem revelar as combinações entre o conhecimento prévio do alunos e as estratégias criadas por ele afim de encontrar a solução. Nesse sentido, em se tratando de alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho direcionado para a comunicação entre professor e alunos, tende a valorizar e a respeitar os conhecimentos elaborados pelo próprio aluno e pode ser efetivada mediante diferentes registros. Smole e Diniz (2001) ressaltam os recursos dos registros pictóricos (desenhos), orais (relatos) e escritos (textos e cálculos) como meios viáveis de garantir um canal de comunicação dos alunos a respeito de suas estruturações cognitivas e, ao mesmo tempo, de possibilitar que se avalie a evolução conceitual deste discente por diferentes enfoques. Desta maneira, a utilização dos registros (orais, pictóricos, textos, cálculos) para que o aluno comunique, registre seu modo de solucionar um determinado problema, pode evidenciar os diferentes caminhos e estágios pelo qual o pensamento foi se constituindo ao longo da atividade de resolução do problema matemático, além de possibilitar que seja explicitada, em sala de aula, a variedade de maneiras utilizadas na resolução de um mesmo problema. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 93 Segundo Cavalcanti (2001), quando se propicia um espaço para que alunos e professores reflitam a respeito dos problemas a serem resolvidos, então se favorece a formação do pensamento matemático de um modo autônomo, visto que os alunos pensam sobre a questão, elaboram estratégias e registram suas soluções ou recursos para chegar ao resultado final sem se apegarem às regras e crenças tão presentes em aulas de Matemática. Nesse sentido, cabe ao professor perceber que, [...] a valorização dos diferentes modos de resolução apresentados pelas crianças inibe o desenvolvimento de algumas atitudes inadequadas em relação à resolução de problemas, como, por exemplo, abandonar rapidamente um problema quando a técnica envolvida não é identificada, esperar que alguém resolva ficar perguntando qual é a operação que resolve a situação, ou acreditar que não vale à pena pensar mais demoradamente para resolver um problema (CAVALCANTI, 2001, p. 126). Entretanto, a autora ressalta que é natural surgirem resoluções incorretas quando os alunos são incentivados a se expressarem livremente. Nesse sentido, além de se garantir o clima de respeito e confiança em sala de aula, o professor pode adotar várias estratégias para que o aluno se sinta à vontade para lidar com a situação do erro, tais como: discutir com o grupo de alunos o motivo da resolução incorreta; possibilitar que seja revista a estratégia de resolução para localizar o erro e reorganizar os dados em busca de nova resolução; propor atividades que favoreçam aos alunos refletirem sobre o erro (CAVALCANTI, 2001). Vale destacar que trabalhos pautados na Resolução de Problemas, podem ser desenvolvidos a partir de várias possibilidades. Porexemplo, Dante (1999), propõe o trabalho pautado no esquema desenvolvido por Polya, ou seja, a resolução de um problema matemático é desencadeada pela passagem de quatro etapas. A primeira é a compreensão do problema, a qual se refere à identificação do que o problema está pedindo/perguntando; quais dados/informações são apresentados no problema. Já na segunda etapa, o aluno deve elaborar um plano, ou seja, criar um plano de ação de modo a relacionar os dados do problema com o que ele está pedindo. A etapa seguinte é caracterizada pela execução do plano elaborado, constituindo-se no momento da efetivação de todas as estratégias pensadas para a resolução do problema. E a última etapa é a da verificação ou retrospecto, cujo propósito é o de FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 94 analisar a solução obtida, repassando-se todo o problema, para que o aluno possa como pensou inicialmente a estratégia selecionada e caminho trilhado para obter a solução. Pela perspectiva de Smole, Diniz e Cândido (2000), sugerem situações-problema geradas a partir de brincadeiras infantis (amarelinha, pular corda, caçador ou queimada, lenço atrás, entre outras), ou seja, após os alunos realizarem a brincadeira o professor pode propor algumas problematizações, tais como: quantas casas tem a amarelinha? Saindo da casa onde está o 7? Por quais casas passamos para chegar ao 2? Represente o diagrama da amarelinha? Quais formas geométricas estão presentes? Já, em relação à brincadeira de pular corda, pode-se iniciar questionando a respeito das diferentes maneiras de pular corda (zerinho, cobrinha, entre outras) e, após experimentarem tais maneiras problematizar perguntando sobre quais delas o aluno obteve mais êxito e o motivo disso acontecer. Segundo as autoras, este tipo de atividade propicia que o aluno vivencie situações reais a serem resolvidas, as quais além de despertarem o prazer de estudar matemática também desencadeiam ações próprias para a resolução de um problema: identificação de dados, mobilização de conhecimentos matemáticos dos alunos, construção de uma estratégia, organização na busca de solução, análise do processo e validade da resposta (SMOLE; DINIZ; CÂNDIDO, 2000). Guérios et. al. (2005), sugerem a proposição de situações-problema a partir de textos, como histórias da literatura infantil, histórias em quadrinhos, artigos publicados pela mídia escrita (jornais, revistas), receitas da culinária, encartes de mercado e/ou folders de propagandas, figuras (obras de arte, fotografias), jogos, brincadeiras e experimentos com o manuseio de materiais didáticos e tecnológicos. Nesse sentido, é preciso observar se a fonte do problema (o texto, a figura, a brincadeira, o jogo...) apresenta informações matemáticas (números, medidas, formas geométricas...) e, também, se o material selecionado está adequado ao ano escolar em questão. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 95 Por exemplo, a proposição de situações-problema a partir da figura de uma obra de arte, se constitui em uma possibilidade significativa para alunos ainda não leitores, visto que os problemas e suas soluções podem ser elaborados oralmente (GUÉRIOS et. al., 2005, p. 31). Ressalta-se, ainda, que o estudo da Matemática a partir da abordagem de textos, também, permite a investigação matemática em contextos que, aparentemente, não possuem relação com esta área do conhecimento. Em um trabalho pautado na Resolução de Problemas, a avaliação da aprendizagem pode ocorrer, tanto por meio da análise das estratégias e procedimentos desenvolvidos pelos alunos nas resoluções dos problemas quanto pela habilidade de eles serem os propositores das situações-problema, ou seja, os enunciados elaborados pelos alunos fornecem indícios a respeito do modo como eles estão compreendendo o conteúdo matemático em estudo (GUÉRIOS et. al. 2005). Em se tratando dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, pode-se observar a apropriação que o aluno faz dos conceitos matemáticos, por exemplo, se faz uso da linguagem e simbologia matemática (primeiro/segundo – 1º/2º...; maior/menor - > / <.. organização das informações – tabelas, gráficos), se evidencia noções de grandezas, medidas e de topologia (tamanhos, proporcionalidade, localização espacial,...); se apresenta procedimentos relacionados ao conhecimento numérico e algorítmicos (notações numéricas, contagem, diferentes tipos e classificações de números – Naturais, Racionais e outros – e classificações variadas (números primos, pares/ímpares,...), além de noções operacionais por meio de algoritmos relacionados à adição, subtração, multiplicação e divisão. Conforme já mencionado anteriormente, a perspectiva da Resolução de Problemas compreende, também, a possibilidade de trabalho a partir do desenvolvimento de atividades lúdicas, tais como: a abordagem à literatura infantil, às brincadeiras, aos jogos didáticos envolvendo conteúdos matemáticos e à manipulação de materiais didáticos. Entretanto, tais atividades lúdicas no contexto educativo para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental não representam somente uma alternativa de proposição de problemas, mas também, uma perspectiva de ensino-aprendizagem que envolve a FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. 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Segundo Passos (2006), os materiais didáticos no ensino da Matemática devem ser vistos como instrumentos para mediação na relação professor, aluno e conhecimento e, também, requer certos cuidados com a escolha dos mesmos, indo além do fator motivação, pois “[...] envolvem uma certa diversidade de elementos utilizados principalmente como suporte experimental na organização do processo de ensino e aprendizagem” (PASSOS, 2006, p. 78). É preciso atenção à seleção de materiais didáticos adequados ao conteúdo e ao nível de escolarização e, também, à distância existente entre o material e as relações matemáticas pretendidas. [...] pode servir para apresentar situações nas quais os alunos enfrentam relações entre os objetos que poderão fazê-los refletir, conjecturar, formular soluções, fazer novas perguntas, descobrir estruturas. Entretanto, os conceitos matemáticos que eles devem construir, com a ajuda do professor, não estão em nenhum dos materiais de forma que possam ser abstraídos deles empiricamente. Os conceitos serão formados pela ação interiorizada do aluno, pelo significado que dão às suas ações, às formulações que enunciam, às verificações que realizam (PASSOS, 2006, p. 81). Nesse sentido, entende-seque a adoção de materiais didáticos (ábacos, material dourado, sólidos geométricos, embalagens diversas, palitos de sorvete, tampinhas de garrafas, calculadora, entre outros) é de fundamental importância para a aprendizagem dos alunos desde que mediada pela ação docente, pois pode se constituir em uma maneira de os discentes compreenderem o como e o para quê aprenderem Matemática, a partir da formação de ideias e modelos e, também, deixarem de lado certos mitos relacionados a essa área do saber. Ainda, no que se refere aos materiais didáticos, destaca-se os recursos tecnológicos (calculadoras e computadores), os quais estão, a cada dia, mais presentes nas FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 97 atividades cotidianas das pessoas. O acesso a esse tipo de material pode ser viabilizado tanto por um viés investigativo como por meio do desenvolvimento de projetos de ensino. Por exemplo, podem-se propor aos alunos, investigações de questões a serem resolvidas com o uso da calculadora, como fazer aparecer no visor da máquina o número 675 sem que sejam utilizadas as teclas referentes aos algarismos deste número. Para isso, o aluno terá que fazer anotações do modo como procedeu para encontrar o número solicitado. A socialização das diferentes possibilidades de resolução desta questão permite, aos alunos, perceberem e avaliarem outros caminhos para a resolução de uma mesma situação. Em relação ao uso do computador, o mesmo pode ser utilizado para a elaboração de gráficos que representem os resultados obtidos a partir de um projeto de pesquisa/estudo desenvolvido com os alunos a respeito de determinada temática, por exemplo, um projeto sobre os preços do pão francês e do leite de pacote do comércio existente ao redor da escola. Após a coleta dos preços e da organização de tabelas com os preços coletados é possível elaborar gráficos que representem os dados obtidos. Nesse sentido, alguns softwares facilitam a geração de diferentes tipos de gráficos (coluna, barra, setor, entre outros) em relação ao mesmo grupo de dados. Possibilitar aos alunos terem acesso a esse tipo de material é, de certa forma, contribuir para a sua formação e inserção no mundo social. Em relação às brincadeiras e aos jogos, pesquisadores da área revelam que tais ações estão presentes no cotidiano dos seres humanos, no entanto, para as crianças o jogar e o brincar, além de se constituírem em algo próprio de suas faixas etárias também são muito importantes para seu desenvolvimento. No universo das crianças, jogos e brincadeiras ocupam um lugar especial. Nos momentos em que estão concentradas em atividades lúdicas, as crianças envolvem- se de tal modo que deixam de lado a realidade e entregam-se às fantasias e ao mundo imaginário do brincar (RIBEIRO, 2008, p. 18). Desta maneira, a associação da brincadeira e dos jogos com situações de ensino pode desencadear, no aluno, um processo de interesse e significação na construção FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 98 de novos conceitos matemáticos, visto que ele terá que desenvolver estratégias para alcançar o objetivo do jogo. Ressalta-se que a incorporação do jogo, em sala de aula, favorece, também, o desenvolvimento da criatividade e do respeito mútuo, do senso crítico, da participação, da observação e das várias formas de uso da linguagem (GRANDO, apud RIBEIRO, 2008). Nesse sentido, é possível encontrar na literatura específica ao tema uma ampla variedade de possibilidades de uso de jogos nas aulas de Matemática. Por exemplo, Guérios e Zimer (2002) sugerem como desenvolvimento de práticas pedagógicas com jogos a construção do material em si. Tal construção pode ser realizada sob dois enfoques: os jogos construídos pelo professor e os jogos construídos pelos alunos, mas mediados pelo professor. No primeiro, o professor constrói o jogo e o leva pronto para a sala de aula. No segundo enfoque, quem elabora as questões que irão compor e dinamizar o jogo são os próprios alunos. Essa dinâmica envolve o aluno em um exercício intelectual que exige o conhecimento a respeito do conteúdo matemático que está sendo trabalhado. Já Ribeiro (2008), sugere que nas situações em que o jogo é elaborado pelo professor, seja desenvolvido em sala de aula uma atividade de investigação matemática, por meio de relatórios escritos pelos alunos a partir da ação de jogar. Nestes relatórios, os alunos poderão apresentar suas idéias a respeito dos resultados e conclusões obtidas com a atividade e, ainda, revelarem as estratégias traçadas durante o jogo. Já em relação, aos jogos elaborados pelos alunos, a autora ressalta a necessidade de eles produzirem um esboço da proposta do jogo antes da confecção final do mesmo, visto que muitas das dificuldades e dúvidas em relação ao conteúdo podem ser evidenciadas ainda nesta fase do trabalho. O autor destaca também, que tanto os relatórios quanto as observações a respeito do conhecimento do aluno, evidenciadas durante a construção do jogo, podem se constituir em possibilidades avaliativas da aprendizagem do aluno e investigativas da ação pedagógica do professor (RIBEIRO, 2008). FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 99 UNIDADE III – ESTUDO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Matemáticos elaborados pela Secretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação (SEF/MEC) constituem a referência fundamental para elaboração de currículos do Ensino Fundamental (antigo 1º grau) em todo nosso país. O referido Documento tem como finalidade a de fornecer elementos para ampliar o debate nacional sobre o ensino dessa área do conhecimento, socializar informações e resultados de pesquisas, levando-as ao conjunto dos professores. A parte dirigida ao 1º e 2º Ciclos (antigas 1ª a 4ª Séries) veio à luz em 1997 e a dirigida ao 3º e 4º Ciclos (antigas 5ª a 8ª Séries) começou a ser divulgada em 1998, em versão preliminar. A Matemática é a disciplina que mais barreiras cria no Ensino Fundamental, por meio dos PCNs buscamos princípios norteadores para a formação inicial e continuada de professores, orientações para a produção de livros e de outros materiais didáticos. Os PCNs buscam a “escola para todos, onde todos aprendem”, visam à construção de um referencial que oriente a prática escolar de forma a contribuir para que toda criança e jovem brasileiros tenham acesso a um conhecimento matemático que lhes possibilite de fato sua inserção, como cidadãos, no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura. 1 FUNDAMENTOS Os PCNs apóiam-se nos resultados obtidos pelo movimento internacional de Educação Matemática. Na primeira parte do documento mostra uma breve análise dos mais recentes movimentos de reorientação curricular e de alguns aspectos do ensino da Matemática no Brasil que a discussão sobre o papel da Matemática na construçãoda cidadania, sinaliza a importância do estabelecimento de conexões da FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 100 Matemática com os conteúdos relacionados aos Temas Transversais: Ética, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo. Eles se auto-definem como uma proposta de ensino–aprendizagem que: - é construtivista, o que deve ser entendido como o reconhecimento de que a participação ativa dos alunos é essencial para se atingir o conhecimento; - busca abordagens significativas dos conteúdos; - tem a resolução de problemas como eixo, ou seja, usa esse método como meio para implementar a proposta; propõem organizar os conteúdos com várias conexões, em espiral. Destacam a importância de o aluno desenvolver atitudes de segurança com relação à própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, de cultivar a auto- estima, de respeitar o trabalho dos colegas. Na segunda parte discute-se a especificidade do processo ensino-aprendizagem nos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, levando em conta o desenvolvimento afetivo, social e cognitivo dos adolescentes. Os PCNs de Matemática apresentam os objetivos em termos das capacidades a serem desenvolvidas em cada ciclo, assim como os conteúdos para desenvolvê-las. São apontadas as possíveis conexões entre os blocos de conteúdos, entre a Matemática e as outras áreas do conhecimento e suas relações com o cotidiano e com os Temas Transversais. A proposta é a de abordar os chamados temas transversais: Ética, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo em qualquer uma das disciplinas. Ética No decorrer dos anos a Matemática tem atuado como filtro social: de um modo direto porque é uma das áreas com maiores índices de reprovação no ensino fundamental e, indiretamente, porque seleciona os alunos que vão concluir esse FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 101 segmento do ensino e de certa forma indica aqueles que terão oportunidade de exercer determinadas profissões. Não considerar a existência de estilos cognitivos próprios de cada indivíduo e não levar em conta que habilidades cognitivas não podem ser avaliadas fora do contexto cultural, comete-se agressões culturais, rotulando e discriminando alunos, em função de certas predominâncias de ordem sociocultural. Além de cometer injustiça ao não reconhecer o conhecimento do aluno, quando esse conhecimento não coincide com o da cultura dominante, a escola assume uma postura essencialmente reprodutiva ao favorecer apenas os alunos que já têm certo domínio sobre as representações da Matemática valorizadas e difundidas por ela. Por outro lado, o ensino de Matemática muito pode contribuir para a formação ética à medida que se direcione a aprendizagem para o desenvolvimento de atitudes, como a confiança dos alunos na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o empenho em participar ativamente das atividades em sala de aula e o respeito ao modo de pensar dos colegas. Isso ocorrerá à medida que o professor valorizar a troca de experiências entre os alunos como forma de aprendizagem, promover o intercâmbio de ideias como fonte de aprendizagem, respeitar ele próprio o pensamento e a produção dos alunos e desenvolver um trabalho livre do preconceito de que Matemática é um conhecimento direcionado para poucos indivíduos talentosos. A construção de uma visão solidária de relações humanas nas aulas de Matemática contribuirá para que os alunos superem o individualismo por meio do diálogo e da valorização da interação e da troca, percebendo que as pessoas se complementam e dependem umas das outras. Orientação Sexual Os conteúdos matemáticos permitem a construção de um instrumental fundamental para a compreensão e análise das questões relativas à sexualidade numa dimensão macros social. Por exemplo, é possível compreender por meio da análise de dados FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 102 estatísticos a diferença de remuneração de trabalho de homens e mulheres e do acesso aos cargos de chefia; o aumento da incidência da gravidez prematura entre jovens e adolescentes; o comportamento das doenças sexualmente transmissíveis, e discutir e avaliar a eficiência das políticas públicas voltadas para essa questão. As medidas estatísticas permitem aos jovens compreender, por exemplo, a evolução da AIDS nos diferentes grupos: se, por um lado, o número de homens infectados é maior que o de mulheres, por outro, a taxa de crescimento da doença entre as mulheres é maior do que a dos homens, o que leva a prever que no futuro serão elas as maiores vítimas. Por outro lado situar num mesmo patamar os papéis desempenhados por homens e mulheres na construção da sociedade contemporânea ainda encontra barreiras que ancoram expectativas bastante diferenciadas com relação ao papel futuro de meninos e meninas. Essas expectativas talvez possam influenciar comportamentos e desempenhos dos jovens na aprendizagem das diferentes áreas que compõem o currículo. É possível mesmo que os próprios docentes, em decorrência de seus valores e de suas representações acerca das competências de ambos os sexos para aprender Matemática, contribuam para que rapazes e moças sintam-se mais ou menos capazes ante esse conhecimento. Como importante instituição formadora de cidadãos, a escola não pode reafirmar os preconceitos em relação à capacidade de aprendizagem de alunos de diferentes sexos. Esse preconceito, na maioria das vezes, é muito sutil e, dificilmente, o professor faz essa discriminação conscientemente. É importante, então, que os professores reflitam permanentemente sobre essas questões de gênero. Meio Ambiente A busca de caminhos pessoais e coletivos que levem ao estabelecimento de relações econômicas, sociais e culturais cada vez mais adequadas à promoção de uma boa qualidade de vida para todos, exige profundas mudanças na visão que FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 103 ainda prevalece sobre o que se chama de natureza e sobre as relações estabelecidas entre a sociedade humana e seu ambiente de vida. A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida neste planeta. Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, co-responsabilidade, solidariedade, eqüidade. E a necessidade de se estender o respeito e o compromisso com a vida, para além dos seres humanos, a todos os seres vivos. A compreensão das questões ambientaispode ser favorecida pela organização de um trabalho interdisciplinar em que a Matemática esteja inserida. A quantificação de aspectos envolvidos em problemas ambientais favorece uma visão mais clara deles, possibilitando tomar decisões e fazer intervenções necessárias (reciclagem e reaproveitamento de materiais, por exemplo). O estudo detalhado das grandes questões do Meio Ambiente, poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais, sustentabilidade, desperdício, camada de ozônio, pressupõe que o aluno tenha construído determinados conceitos matemáticos (áreas, volumes, proporcionalidade, entre outros) e procedimentos (coleta, organização, interpretação de dados estatísticos, formulação de hipóteses, realização de cálculos, modelização, prática da argumentação, entre outros). Desse modo, as possibilidades de trabalhar as questões do Meio Ambiente em Matemática parecem evidentes. Saúde As questões relacionadas à saúde no Brasil são bastante complexas e muitas vezes contraditórias. Por um lado, há informações de que a média de nossos padrões de saúde é aceitável dentro dos critérios apresentados pela Organização Mundial de Saúde. Por outro, existem estatísticas alarmantes quanto aos índices da fome, da subnutrição e da mortalidade infantil em várias regiões do país. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 104 Outro indicador que costuma surpreender é o elevado número de médicos/população, freqüentemente apresentado por várias cidades brasileiras. À primeira vista, esses números dão a impressão de um bom atendimento na área da saúde. A análise dessas situações, tão presentes na vida da maioria dos alunos, é bastante favorável para que eles compreendam a relatividade das medidas estatísticas e de como elas podem ser manipuladas, em função de determinados interesses. Além de permitir a compreensão das questões sociais relacionadas aos problemas de saúde, as informações e dados estatísticos relacionados a esse tema também favorecem o estabelecimento de comparações e previsões que contribuem para o auto-conhecimento, favorecendo o auto cuidado. Os levantamentos de saneamento básico, condições de trabalho, assim como o acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura, peso, musculatura) e o estudo dos elementos que compõem a dieta básica, são alguns exemplos de trabalhos que podem servir de contexto para a aprendizagem de conteúdos matemáticos. Pluralidade Cultural A construção e a utilização do conhecimento matemático não são feitas apenas por matemáticos, cientistas ou engenheiros, mas, de formas diferenciadas, por todos os grupos socioculturais, que desenvolvem e utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, jogar e explicar, em função de suas necessidades e interesses. Por outro lado, ao dar importância a esse saber, a escola contribui para a superação do preconceito de que a Matemática é um conhecimento construído exclusivamente por determinados grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas. Pela análise da história, da produção do conhecimento matemático os alunos verificarão também as contribuições significativas de culturas que não tiveram hegemonia política. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 105 Problemas para construção e evolução dos conceitos e como um elemento de integração da Matemática com o tema Pluralidade Cultural. Conhecer os obstáculos enfrentados pelo homem na produção e sistematização desse conhecimento também pode levar o professor a uma melhor compreensão e aceitação das dificuldades enfrentadas pelos alunos e pensar em estratégias mais adequadas para favorecer a aprendizagem de conceitos e procedimentos matemáticos. Ainda com relação às conexões entre Matemática e Pluralidade Cultural, destaca-se, no campo da educação matemática brasileira, um trabalho que busca explicar, entender e conviver com procedimentos, técnicas e habilidades matemáticas desenvolvidas no entorno do sociocultural próprio a certos grupos sociais. Trata-se do Programa Etnomatemática, com suas propostas para a ação pedagógica. A Etnomatemática procura entender a realidade e chegar à ação pedagógica de maneira natural mediante um enfoque cognitivo com forte fundamentação cultural. Trabalho e Consumo Uma primeira aproximação entre o tema do Trabalho e a Matemática está em reconhecer que o conhecimento matemático é fruto do trabalho humano e que as ideias, conceitos e princípios que hoje são reconhecidos como conhecimento científico e fazem parte da cultura universal, surgiram de necessidades e de problemas com os quais os homens depararam ao longo da história e para os quais encontraram soluções brilhantes e engenhosas, graças a sua inteligência, esforço, dedicação e perseverança. Todos os grupos sociais trabalham, seja em ocupação remunerada ou não, seja na produção de bens para a própria sobrevivência ou para a sobrevivência de outros. Assim, de formas diferenciadas e desiguais, as pessoas produzem e consomem bens, produtos e serviços, estabelecendo relações por meio de trocas de caráter econômico, político e cultural, produzindo modos de ser e de viver. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 106 É preciso pensar que as transformações políticas e econômicas, muitas vezes decorrentes do próprio avanço tecnológico, afastam cada vez mais setores da população do usufruto dos direitos ao trabalho. Assim, para garantir a sobrevivência os grandes contingentes da população têm de encontrar formas de organização de trabalho que rompam com o modelo clássico do emprego. Para atuarem no mercado informal ou organizarem formas alternativas como as cooperativas, também é preciso ter domínio dos conhecimentos essenciais. Para atender as demandas do trabalho contemporâneo é inegável que a Matemática pode dar uma grande contribuição à medida que explora a resolução de problemas e a construção de estratégias como um caminho para ensinar e aprender Matemática na sala de aula. Também o desenvolvimento da capacidade de investigar, argumentar, comprovar, justificar e o estímulo à criatividade, à iniciativa pessoal e ao trabalho coletivo favorecem o desenvolvimento dessas capacidades. Nesse sentido, situações ligadas ao tema do trabalho podem se tornar contextos interessantes a serem explorados em sala de aula: o estudo de causas que determinam aumento/diminuição de empregos; pesquisa sobre oferta/procura de emprego; previsões sobre o futuro mercado de trabalho em função de indicadores atuais; pesquisas dos alunos dentro da escola ou na comunidade, a respeito dos valores que os jovens de hoje atribuem ao trabalho. Questões comuns à problemática do trabalho e do consumo, que envolvem a relação entre produtividade e distribuição de bens, dependem não só do acesso a informações, mas também de todo um instrumental matemático que permite analisar e compreender os elementos da política econômica que direcionaessa relação. A compreensão da noção de renda per capita, assim como a comparação entre os percentuais que indicam a distribuição de salários pelas camadas da população brasileira é de suma importância para todos. Quanto aos conteúdos, apresentam um aspecto inovador ao explorá-los não apenas na dimensão de conceitos, mas também na dimensão de procedimentos e de atitudes. Uma vez selecionados os conteúdos para o ensino fundamental, eles se FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 107 organizam em ciclos e, posteriormente, em projetos que cada professor realizará ao longo de um ano letivo. Os PCNs usaram como critério de seleção de conteúdos a relevância social e seu valor cognitivo, isto é, seu valor na formação matemática. Por essas razões, os PCN enfatizam, entre outros aspectos: - os números decimais mais que as frações (porque estas têm menos uso no dia-a- dia); o cálculo mental e a calculadora mais que o cálculo escrito (mesmo motivo); - a álgebra significativa mais que a mecanização pura de cálculos algébricos; - a estatística, o raciocínio combinatório e probabilístico mais que a teoria de conjuntos; e ainda o estudo geométrico e o estudo das unidades de medida do dia- dia. Em outra inovação apresentada pelos PCNs, considera-se que há três dimensões, ou três níveis, de conteúdos: conceitos (exemplos : ter noção do que significa dividir; saber o que é uma equação); procedimentos (exemplos: efetuar uma divisão usando algum algoritmo; resolver uma equação de 1º grau); atitudes (exemplos: ter confiança na própria capacidade de resolver problemas. O ensino da Matemática tem o objetivo de desenvolver esses três níveis. Não basta o aluno ter a técnica de resolver equações de 1º grau. Ele precisa saber o que é uma dessas equações e ser capaz de usá-las na resolução de problemas. 2 A AVALIAÇÃO A avaliação em suas dimensões processual e diagnóstica é tratada como parte fundamental do processo ensino-aprendizagem por permitir detectar problemas, corrigir rumos, apreciar e estimular projetos bem-sucedidos. Nessa perspectiva, apresentam, para cada ciclo, alguns critérios de avaliação que são considerados como indicadores das expectativas de aprendizagem possíveis e necessárias de serem desenvolvidas pelos alunos. As reflexões apresentam um novo método para FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 108 avaliar, deixa de ser um método contra o aluno e não posiciona o professor como o poder arbitrário de classificação. Assim, o professor deve: - deixar claro aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correção; - abrir debates sobre a necessidade de mudança; - auxiliar os alunos a superar as dificuldades apresentadas; - analisar se os instrumentos de avaliação estão de acordo com os objetivos, conteúdos e habilidades desenvolvidas em sala de aula; reavaliar a sua prática em função dos resultados. O aluno, por sua vez, deve: ter a avaliação como um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento; sentir-se responsável no processo de aprendizagem, pois é ele quem aprende. A recuperação no processo de ensino-aprendizagem tem por finalidade - reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar apenas nota ou conceitos; - abrir espaços para o aluno repensar o conteúdo para descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento. Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos por meio de intervenções, das quais se destacam a retomada de conteúdos, mudança de estratégia, monitoria, o trabalho em grupo. Com esses princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque: - da nota para o aprendizado; - do ensino para ensinar o aluno a aprender. No mundo atual saber fazer cálculos com lápis e papel é uma competência de importância relativa e que deve conviver com outras modalidades de cálculo, como o FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 109 cálculo mental, as estimativas e o cálculo produzido pelas calculadoras, portanto, não se podem privar as pessoas de um conhecimento que é útil em suas vidas. A utilização de recursos como o computador e a calculadora pode contribuir para que o processo de ensino e aprendizagem de Matemática se torne uma atividade experimental mais rica, sem riscos de impedir o desenvolvimento do pensamento, o e valorizado o papel fundamental que só ele pode desempenhar. Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de atitudes, enfrentar, desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não é satisfatório necessárias para aprendizagem da Matemática. As atividades de jogos permitem ao professor analisar e avaliar os seguintes aspectos: - compreensão: facilidade para entender o processo do jogo assim como o autocontrole e o respeito a si próprio; - facilidade: possibilidade de construir uma estratégia vencedora; - possibilidade de descrição: capacidade de comunicar o procedimento seguido e da maneira de atuar; estratégia utilizada: capacidade de comparar com as previsões ou hipóteses; - estratégia utilizada: capacidade de comparar com as previsões e hipóteses. A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o estudante e um estímulo para o desenvolvimento de sua competência matemática. Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe um fazer sem obrigação externa e imposta, embora demande exigências, normas e controle. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 110 3 OBJETIVOS GERAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL As finalidades do ensino de Matemática visando à construção da cidadania indicam como objetivos do Ensino Fundamental levar o aluno a: identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas. Além disso, o fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente. E ainda resolver situações-problema, sabendovalidar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis; comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas. Enfim, estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto- estima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. 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No estudo dos PCNEM observa-se a organização do aprendizado das disciplinas iniciadas no ensino fundamental correspondentes à área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, a manifestação da contextualização, da interdisciplinaridade e de uma série de competências humanas relacionadas a conhecimentos matemáticos e científico-tecnológicos. Sendo esta uma associação essencial da formação cidadã de sentido universal e não somente de sentido profissionalizante. Esse importante diferencial nos objetivos educacionais do ensino médio foi estabelecido por subsídios produzidos pelo SEMTEC/MEC e por resolução (01 de junho de 1998) interpretadas e detalhadas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. As orientações metodológicas para as competências a serem desenvolvidas com o ensino da matemática no Ensino Médio surgiu da necessidade de acompanharmos as rápidas mudanças que ocorrem no mundo atual, dado o grande e rápido desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, entre outros, são assuntos do dia-a-dia, e todos eles têm ligações estreitas com a Matemática. Faz se necessário que a formação cuide do desenvolvimento de um número considerável de habilidades, indo muito além dos conhecimentos específicos e dos procedimentos. O processo ensino-aprendizagem, a metodologia, os enfoques, as estratégias e os procedimentos educacionais para o ensino da área, destacam FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 112 aspectos das didáticas específicas para o ensino da Matemática, Biologia, Física e Química. A Matemática fornece instrumentos eficazes para compreender a atuar no mundo que nos cerca, no qual se torna uma ferramenta essencial na solução de problemas, é fundamental também no estabelecimento das relações e na interpretação dos fenômenos e das informações. Essa ciência nos possibilita a ir além da discrição da realidade e da elaboração de modelos, não é mais uma preocupação exclusiva do professor de matemática, esse diagnóstico é claramente expresso nos objetivos educacionais da Resolução CNE/98. Vemos a relação entre Biologia, a Física, a Química e a Matemática e também as pontes com disciplinas das outras áreas. A problemática sócio-cultural e as questões econômicas produtiva são científico-tecnológicas e são histórico- geográficas. Os objetivos da educação do Ensino Médio apresentado nesta Resolução deverão ser cumpridos pelas disciplinas de cada uma das três áreas de conhecimento: Linguagens e Códigos, a de Ciências da Natureza e Matemática e a de Ciências Humanas, cada uma delas acompanhadas de suas tecnologias e devem ser compatíveis com valores e atitudes que se pretende desenvolver, e agrupados por competências e habilidades. As competências e habilidades a seguir, conferem unidade ao ensino das diferentes disciplinas da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo, favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções e propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações; possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os erros, uma vez que as situações sucedem-se rapidamente e podem ser corrigidas de forma natural, no decorrer da ação, sem deixar marcas negativas. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 113 5 METODOLOGIAS DE SALA DE AULA E O TRABALHO COOPERATIVO Com esse estudo nossa proposta é orientá-lo a selecionar adequadamente metodologias e recursos didáticos que promovam a construção do conhecimento na sala de aula de forma colaborativa, ética, lúdica e criativa; mostrar técnicas capazes de motivar o aluno a participar de grupos ou de equipes de trabalho produtivamente e que permitem um trabalho cooperativo em sala de aula do Ensino fundamental e Médio. Inicialmente vamos nos recordar da nossa época como alunos do Ensino Fundamental e Médio. Lembra-se como foi construído seu processo de ensino aprendizagem? E quais foram às metodologias utilizadas pelos seus professores? Como as aulas eram ministradas? Quais são as imagens que surgem à sua mente? As imagens que surgiram são relacionadas às experiências de aprendizagem que socializadas com muitos campos da atividade humana ocorre o processo de aprendizagem. No espaço da sala de aula, os alunos e professores constroem e reconstroem seus conhecimentos de forma prática e fundamentada nas experiências vividas no cotidiano. As metodologias utilizadas em sala de aula pelos professores do Ensino Fundamental e Médio devem atender às reais necessidades dos alunos e considerar os conhecimentos e às experiências prévias dos alunos para a criação de novos conhecimentos. Dessa forma o professor vai observar que nem todos alunos aprendem da mesma forma e no mesmo ritmo, consequentemente espera-se que o professor tendo em vista essa diversidade possa repensar na organização da prática cotidiana, utilizando de diferentes metodologias. 6 A PRÁTICA PEDAGÓGICA Professor o que temos que fazer? Por que? Para que? Como fazer? Essas são algumas perguntas que surgirão em sala de aula ao passo que o professor tentaalcançar etapas de atividades propostas. È necessário que o professor possa FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 114 respondê-las com demonstrações simples e concretas, levando os alunos à compreensão dos conteúdos. Isso requer conhecimento prévio do professor sobre todas as etapas de suas atividades. Observações de grande ajuda para os passos da prática pedagógica: - Faça o diagnóstico da turma, quais são as dificuldades enfrentadas diante de problemas matemáticos. - Crie estratégias que atendam às reais necessidades dos alunos. - Planeja etapas de atividades que contribuem para a melhoria do ensino aprendizagem do aluno. Lembrem-se, as melhores aulas são planejadas a partir das indagações e interesses da turma. - Trace os objetivos que pretende alcançar em cada etapa. - Registre a aula e faça relatório diário. - Os imprevistos sempre ocorrem. Tenha outras possibilidades previstas. - Defina os conteúdos com antecedência e/ou temas geradores que podem ser trabalhados de forma integrada. O raciocínio da prática pedagógica pode considerar o que diz Vasconcelos (1999, p.130) a respeito dessa nova postura profissional que o professor deve assumir, afirmando que: [...] para a atividade proposta a ser desenvolvida em sala de aula, o educando deverá ser chamado a participar não só na execução, mas também no planejamento dessa ação, de forma que a realização posterior não lhe seja estranha. À medida que participa da construção da proposta, terá consciência do significado de cada atividade a ser desenvolvida: precisa entender tanto o que vai estudar, como o caminho que está se propondo a fazer. FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 115 7 TEMAS MULTIDISCIPLINARES A multidisciplinaridade de Matemática com Ciências, Biologia, Química, História, Geografia e Língua Portuguesa, dentre outras áreas do conhecimento, permite trabalhar diversos temas transversais, tais como: Ética, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo. Também podem ser trabalhados com pesquisa sobre: Ecologia; transgênicos; reciclagem e aproveitamento de material; poluição, desmatamento; camada de ozônio; doenças infectocontagiosas; dengue; saneamento básico; entre outros. Para trabalhar esses temas utilizamos algumas alternativas dos procedimentos de ensino aprendizagem. 8 PROCEDIMENTOS OU ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM Há vários procedimentos de ensino: a aula expositiva dialogada, o trabalho em grupo, a excursão, as entrevistas, os relatórios, fichamentos, a dramatização, os estudos de caso e as pesquisas na biblioteca e mesmo as de campo. Seja qual for o critério adotado é relevante levantar os conhecimentos prévios dos alunos, isso possibilitará a associação do novo a partir de suas experiências concretas. A dinâmica do processo ensino aprendizagem possibilita a efetivação das aprendizagens significativas, por isso que os procedimentos de ensino devem ser capazes de contribuir para a participação ativa do aluno com seu ambiente e com o seu objeto de estudo. Para a autora Haidt (2003, p. 144), os procedimentos devem: contribuir para que o aluno “[...] participe ativamente das experiências, observando, lendo, escrevendo, experimentando, solucionando problemas, comparando, classificando, analisando e sintetizando, dentre outros”. É no contexto de sala de aula que o professor poderá ampliar suas habilidades e competências como profissional, no que diz respeito à percepção das características FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 116 individuais de cada aluno e da sala de aula como um todo. Segundo Haydt (1997, p. 55), trata-se de exercício diário: [...] cada classe constitui um grupo social. Dentro desse grupo, que ocupa o espaço de uma sala de aula, a interação social se processa por meio da relação professor-aluno e da relação aluno-aluno. É no contexto da sala de aula, convívio diário com o professor e com os colegas, que o aluno vai paulatinamente exercitando hábitos, desenvolvendo atitudes, assimilando valores. a) A Aula Expositiva Dialogada A aula expositiva dialogada consiste na apresentação, explicação e demonstração de um tema pelo professor, assegurando um diálogo com os alunos durante o decorrer da aula. O desempenho do discente deve ser ativo, capaz de estimular a atividade reflexiva até mesmo dos alunos mais tímidos e as propostas de atividades devem ser variadas, interativas e desafiadoras, oportunizando os alunos que tem grande dificuldade de se concentrar a participar. A aula pode ser expositiva dialogada por meio de recursos de imagens simultâneas, ou seja, audiovisuais, apresentadas por meio do: quadro; de gravuras; do globo terrestre; de mapas; livros; revistas; jornais; folhetos; cartazes; brinquedos ou jogos. Qualquer material pode ser recurso pedagógico, o jornal do dia, um copo ou as próprias árvores da escola. É indispensável à utilização dos recursos tecnológicos, por exemplo: a televisão, o computador, a filmadora, dentre outros. B) O Trabalho em Grupo FABRA – FACULDADE BRASILEIRA FABRA – FACULDADE BRASILEIRA Rua Pouso Alegre, 49, Bairro Barcelona, Serra/ES, CEP- 29166.160 Tel. (27) 3064-8462/ 3241-9093 www.soufabra.com.br "Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam, firme para sempre” (Salmos125: 1). 117 Muitas vezes os professores pedem aos alunos que trabalhem em grupo. Mas, quais as vantagens de trabalhar em grupo? Hoje em dia, são cada vez mais as profissões onde trabalhar em grupo é uma metodologia normal de trabalho. Assim, será de todo conveniente que aprendas a trabalhar em grupo. O trabalho cooperativo, dentro ou fora da aula, e as relações de ajuda são muito importantes porque vão permitir que o aluno trabalhe melhor e desenvolva a sua personalidade. Permite ainda o desenvolvimento da cooperação e do respeito pelos outros, atitudes básicas de quem vive em sociedade. Como vês, o trabalho de grupo é importante para o teu desenvolvimento pessoal e social. A aprendizagem exige um esforço pessoal e solitário, mas há momentos em que se ganha mais se cooperarmos com os colegas. Vejamos então as vantagens de trabalhar em grupo: - Permite trocar e enriquecer ideias; - Aumenta os conhecimentos que cada um tem; - Desenvolve o diálogo, a cooperação e o respeito pelos outros; - Desenvolve a responsabilização, quer individual, quer em grupo. Para que o trabalho de grupo seja rentável existem regras que se devem respeitar. Vejamos quais são: - Estabelecer, com os companheiros do grupo, as regras de funcionamento, nomeadamente as datas de trabalho e a escolha de um líder ou porta-voz; - Planificar o trabalho: definir os objetivo do trabalho e distribuir tarefas, tendo em conta o tempo e a informação disponíveis; - Participar no trabalho, cumprindo as tarefas destinadas; - Respeitar a opinião dos outros, não rindo nem troçando se for diferente da nossa;
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