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Teoria do crime

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Teoria do crime
Explica o q é delito em geral, quais são as características q devem ter qualquer delito. Consiste na facilitação da averiguação da presença ou ausência de delito em cd caso concreto.
O crime é um td unitário, n fragmentável. Há uma analise de cd uma de suas características ou elementos fundamentais, o fato típico, ilícito (antijuridicidade), culpabilidade.
Exemplo: alguém dirige um automóvel com td precaução e cautela necessária, e atropela fatalmente um pedestre que, desejando cometer suicídio, se atira contra o veiculo, n pratica delito de homicídio culposo. Nesse caso o fato típico já elimina o crime. Pois só é quando comprovada a atuação dolosa ou culposa do agente, e q em virtude dessa conduta aveio o resultado, e q esse comportamento se adapta perfeitamente ao modelo abstrato previsto na lei penal.
A ilicitude se configura como uma relação de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
Analisando o tipo penal incriminador, podemos distinguir crime de contravenção. Tripartido:
Fato típico: conduta- culposa/dolosa, omissa/comissiva; Resultado; Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado; Tipicidade- formal/conglobante. Supralegal: consentimento do ofendido: o ofendido tem q ter capacidade para consentir; o objeto da conduta do agente tem q ser disponível; o consentimento tem q ser anterior ou simultâneo a conduta do agente.
Antijurídico: N é: quando o agente atua- Estado de necessidade; Legitima defesa; Estrito cumprimento do dever legal; Exercício regular de direito.
Culpável: imputabilidade; Potencial consciência sobre a ilicitude do fato; Exigibilidade de conduta adversa.
Conceito estratificado de crime = analítico = ratio cognoscendi. Atípico- n se ajusta a norma, n é passível de punição: furto de uso.
Fato típico é um comportamento humano, positivo ou negativo que provoca um resultado e é previsto na lei penal como infração. Matar alguém. Conduta- sujeito esfaquear a vitima; Resultado- morte; Nexo- vitima faleceu em razão das lesões produzidas pelas facadas. Se engloba no art.121.
Culpabilidade: reprovação da ordem jurídica em face de estar ligado o homem a um fato típico e antijurídico.
Tipo: modelo, padrão, conduta, q o Estado, por meio da lei, visa impedir q seja praticada. Descrição precisa do comportamento humano, feita pela lei penal.
Tipicidade: tipo penal incriminador. Adequação perfeita entre a conduta do agente ao modelo abstrato previsto na lei penal(tipo). Além de formal a tipicidade tem q ser conglobante. Conglobante: conduta do agente antinormativa- contrario a norma penal, n imposta ou fomentada por ela; q haja tipicidade material, ou seja, q ocorra um critério material de seleção do bem a ser protegido- ofensiva a bens de relevo p/ o Direito Penal.
Injusto Penal/típico: Conduta já valorada como ilícita. Fato típico + ilicitude.
Tipo total de injusto: n existe dois momentos distintos para sua análise, mas um único, ou é um fato típico e ilícito desde sua analise, ou permitido desde sua origem. Tipo total injusto(conduta típica e ilícita) + culpabilidade.
Tipicidade Penal: a) Formal- adequação perfeita da conduta do agente ao modelo abstrato(tipo) previsto na lei penal. b) Conglobante- Conduta do agente é antinormativa e se o fato é materialmente típico. O bem juridicamente protegido pelo DP deve ser relevante, ficando afastados aqueles considerados inexpressivos. Devido ao principio da intervenção mínima, o legislador n quis se referir aos bens irrelevantes ou pouco significantes. Tipicidade 
= antinormatividade + atvs n fomentadas + tipicidade material. Analisa essa insignificância do bem com razoabilidade.
Inter criminis = caminho do crime, conjunto de etapas q sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito. A ação é composta por duas etapas: interna e externa. Na interna, o agente antecipa e representa mentalmente o resultado, escolhe os meios para cometer a infração, considera os efeitos dos meios escolhidos e dps exterioriza sua conduta, praticando aquilo q foi elucubrado.
Do início até o fim da infração penal o agente passa por várias etapas: a) Cogitação/cogitagio- fase q passa na mente do agente, define a infração penal q quer executar; b) Preparação/atos preparatórios- Dps de escolhida a infração, o agente começa a se preparar para o crime. Seleciona os meios, lugar, prepara-se; c) Execução- inicio a execução do crime. Duas opções: 1. O agente consuma a infração penal por ele pretendida inicialmente; 2. Em virtude de circunstâncias alheias a sua vontade, a infração n chega a consumar-se = tentada, tentativa; c) Consumação/summatum opus; d) Exaurimento- após a consumação do delito, esgotando-o plenamente. Inter criminis- é uns instituto especifico para crimes dolosos, n se fala em caminho do crime se a conduta do agente for culposa.
Crime tentado, tentativa = conatus: iniciada a sua execução, n se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente. Regra geral os atos preparatórios e a cogitação n são puníveis. A cogitação n pode ser repreendida pelo DP, cogitationis poenam nemo patitur. Porém há punição de certos atos preparatórios, ex: posse de instrumentos destinados usualmente a pratica de furtos, formação de associação criminosa. Elevados ao status de infração autônoma.
Teoria subjetiva- haveria tentativa quando o agente de modo evidente, exterioriza sua conduta no sentido de praticar a ação penal. Fato do agente revelar sua intenção criminosa através de atos explícitos, n fazendo distinção entre atos preparatórios e de execução. Ex. Homicídio tentado- dps de uma briga, o cara pega uma arma e espera no caminho q a vitima percorre usualmente, e esta receosa, devido ao medo de vingança, passa por outro caminho. Isso mostra a evidente intenção criminosa do agente, devendo este responder pela tentativa. Visto q, a consumação só n ocorreu por circunstâncias alheias a vontade do agente.
Teorias objetivas- Objetiva formal: só poderia falar de tentativa, caso o agente já tivesse praticado a conduta descrita no núcleo do tipo penal. Td antecedente seria considerado como ato preparatório. Ex. No homicídio a ação de matar começa no acionamento do gatilho da arma carregada apontada para a vitima. Objetiva material: complemento da primeira, ações q por sua necessária vinculação com a ação típica, aparecem como parte integrante dela, ou q produzem uma imediata colocação em perigo de bens jurídicos. Ex. Homicídio, o fato de apontar a arma para a vitima. Teoria da hostilidade ao bem jurídico: para se concluir pela tentativa, teria de se indagar se houve ou n uma agressão direta ao bem jurídico. Ato executivo/tentativa é o q ataca efetiva e imediatamente o bem jurídico; ato preparatório é o q possibilita o ataque ao bem.
Nos casos de duvida se o ato constitui um ataque ao bem jurídico ou apenas uma predisposição para esse ataque, o juiz deverá pronunciar o non liquet, negando a existência da tentativa.
Tentativa/conatus: a) conduta dolosa, tem q haver vontade livre e consciente de querer praticar determinada infração penal; b) o agente deve ingressar nos atos de execução; c) n consiga chegar a consumação do crime, por circunstâncias alheias a sua vontade. O dolo do agente é dirigido a realizar a conduta descrita no tipo penal. a vontade de realizar o crime é a msm de um crime consumado. Circunstâncias alheias a vontade do agente- qualquer fato externo q influencia na interrupção da execução. O resultado n alcançado pelo agente deveria ser possível, diferenciando do crime impossível/tentativa inidônea, contra factivo, impossível de ocorrer.
Tentativa perfeita/acabada/crime falho: o agente esgotou tds os meios q tinha a sua disposição para alcançar o resultado inicialmente pretendido. Ex. Pessoa míope, descarrega o revolver na pessoa, e esta só sofre um arranhão.
Tentativa imperfeita/inacabada: o agente é interrompido na execução do crime. Ex. Apontei uma arma p/ alguém, mas veio outo correndo e tirou a arma da minha mão.
Desistência voluntária: o agente voluntariamente interrompe a execução,
desistindo de nela prosseguir.
Arrependimento eficaz: impede a produção do resultado, msm dps de praticar td o q estava ao seu alcance para chegar a consumação do delito.
HÁ TENTATIVA DE CONTRAVENÇÃO PENAL, N É PUNÍVEL. Td vez q se puder fracionar o inter criminis, o agente inicia o ato executório, mas n se consuma por circunstâncias alheias a sua vontade, há conatus.
Crimes q n admitem tentativa: 1. Crimes habituais: para se chegar a consumação é preciso q o agente pratique de forma reiterada a conduta descrita no tipo. Ou o agente comete a serie de condutas necessárias e consuma a infração penal, ou o fato por ele levado a efeito é atípico. Ex. N admite tentativa, pois ou há reiteração de atos e consumação ou n há essa habitualidade, e os atos são penalmente indiferentes. Curandeirismo, um sujeito sem ser medico, abre uma clinica e é detido na sua “primeira” consulta, há tentativa. 2.Crimes preterdolosos/preterintencionais: quando o agente atua com dolo na sua conduta e o resultado agravador advém de culpa. Há dolo na conduta e culpa no resultado. Ex. N tem como ter tentativa de lesão corporal seguida de morte; lesão corporal qualificada pelo resultado do aborto, uma vez q o resultado n foi o pretendido pelo agente. 3. Crimes culposos: o agente n quis diretamente e nem assumiu o risco de produzir o resultado. Sua vontade n foi finalisticamente dirigida a causar o resultado lesivo, mas ss q este ocorrera em virtude de sua inobservância para com o seu dever de cuidado. N tem como ter tentativa pq n há vontade na execução do crime, q foi feito por uma negligência, imprudência ou imperícia. N existe circunstância alheia impeditiva de sua consumação. N existe inter criminis. 4.Crimes de atentado ou empreendimento: crimes nos quais a simples pratica da tentativa é punida com as msm penas do crime consumado, pode ter tentativa, mas n há redução de pena. 5. Crimes unissubsistentes: a conduta do agente é exaurida num único ato, n podendo fracionar o inter criminis. Ex. Injuria verbal, ou o agente profere palavras ofensivas a honra subjetiva da vitima e consuma a infração penal, ou cala-se, como é cedido n poderá ser punido. 6. Crimes omissivos próprios: ou o agente n faz aquilo q a lei determina e consuma a infração, ou atua de acordo com o comando da lei e n pratica fato típico. Ex. Omissão de socorro. 7. Dolo eventual: a intenção do agente esta sobre um fim q n é realizado
Tentativa = tipo manco: “perna objetiva” menor q a subjetiva. A tentativa é subjetivamente completa e objetivamente incompleta. O crime consumado é subjetivamente completo e objetivamente acabado.
Resultado produzido na vitima:
Tentativa branca/incruenta: o agente utilizou todos os meios ao seu alcance, mas n conseguiu atingir a pessoa ou coisa contra a qual deveria recair sua conduta. Ex. O agente atira em direção a vitima, q sai ilesa. Para saber se houve infração deve inquerir sobre o dolo do agente, bem como a finalidade de sua conduta. Sem dolo, n sabe-se se ele queria matar ou se queria expor a vida de terceiro a perigo.
Tentativa cruenta/vermelha: a vitima é atingida na sua integridade física. O agente será punido mais severamente, tendo uma menor redução da penal.
Quanto a vontade do agente:
Tentativa simples: Há o início da execução e a n consumação por circunstâncias alheias a vontade do agente.
Voluntário é aquilo que se faz por vontade própria, sem coação (moral ou física) de ninguém. Isto é, o agente, de moto própria (livre vontade) deixa de praticar o delito, fazendo não produzir o resultado outrora esperado. “Espontânea ocorre quando a ideia inicial parte do próprio agente, e voluntária é a desistência sem coação moral ou física, mesmo que a ideia inicial tenha partido de outrem, ou mesmo resultado de pedido da própria vítima” . Importante deixar consignado que a voluntariedade é, aqui, sinônima de autonomia, ou seja, o agente para de realizar os atos executórios do delito porque quer, e não por circunstâncias alheias à sua vontade.
Tentativa qualificada/abandonada: institutos do arrependimento eficaz e da desistência voluntaria. Duas vertentes q explicam qual a natureza jurídica da tentativa qualificada- Reale, Atipicidade da tentativa, o crime n se consuma por circunstâncias inerentes a vontade do agente n se aplicará a norma de extensão, art.14, II; Hungria, Causa de extinção da punibilidade da tentativa por questões de politica criminal, em algum momento da execução o agente teve vontade de produzir o resultado, motivo de n ser punida é por questão de politica criminal. Posso mas n quero.
Aberratio ictus- erro quanto a pessoa. Mirei no deputado mais acertei o Júlio. Este é a vitima virtual, em razão do erro de execução do crime. Vai responder como se tivesse matado o deputado, como se o Júlio tivesse foro. Julgado pelo STJ. Todo crime nasce na cabeça do agente, tem-se assim, q analisar o dolo.
Desistência voluntaria/tentativa abandonada: o agente já ingressou na fase dos atos de execução, mas sem esgotar tds os meios q tinha a sua disposição p/chegar a consumação do crime, o agente desiste, voluntariamente de nela prosseguir. Ele só respondera pelos atos já praticados, ficando afastado sua punição pela tentativa da infração penal por ele pretendida inicialmente. Voluntaria- n importa se a ideia de desistir no prosseguimento da execução criminosa partiu do agente, ou se ele foi induzido a isso por circunstâncias externas, q se deixados de lado n o impediriam de consumar a infração penal. O agente é dono de sua decisão.
Formula de Frank: como diferenciar a tentativa da desistência voluntaria. Desistência voluntaria: posso prosseguir, mas n quero, pois a interrupção da execução ficará ao critério do agente, uma vez q continuara sendo senhor de suas decisões. Crime tentado: quero prosseguir, mas n posso, a consumação n ocorrera em virtude de circunstâncias alheias a vontade do agente. Ex. O agente agindo com dolo de matar, com 6 balas no revolver, dispara 3, e uma delas lesiona a vitima, o agente voluntariamente desiste de terminar o q pretendia. No caso de furto, entra no domicilio e vê uma pessoa q se parece com sua falecida mãe, desistindo de roubar, responderá no máximo por invasão de domicilio. Um agente q possui um único projetil em seu arma, dispara-o contra o seu afeto, e por circunstâncias alheias a sua vontade atinge-o em região n fatal. Ele n poderá alegar desistência voluntaria, pois após efetuar o único disparo possível, esgotou seus atos de execução, afastando essa possibilidade. Pois para ser desistência voluntaria necessita q o agente esteja praticando ou ainda possa pratica-lo. Nesse caso cabe a tentativa de homicídio.
Arrependimento eficaz: voluntaria. dps de esgotar tds os meios q dispunha para consumar a infração, arrepende-se e atua em sentido contrario, evitando a produção do resultado inicialmente pretendido. Ex. Dps de uma discussão no interior de um barco, o agente empurra a vitima q n sabe nadar no mar, afim de afoga-la. Dps de esgotar os atos suficientes para a realização do ato, arrependido, salva a vitima, o agente n respondera por nd, apenas se a vitima sofrer alguma lesão. Somente os crimes materiais admitem o arrependimento eficaz. Crime material, deixa vestígio, n transeunte. 
Na desistência voluntaria o processo de execução do crime ainda está em curso; no arrependimento eficaz a execução já foi encerrada. Caso o crime seja consumado msm o agente tendo interrompido a execução ou tentando salvar o q já executou, responderá pelo crime consumado.
Putatividade: falsa percepção da realidade.
O crime comissivo por omissão é aquele que o agente pratica uma conduta comissiva, porém, excepcionalmente, o resultado ocorre pela omissão. Por exemplo, a mãe que deixa, propositalmente, de alimentar o filho até que ele morra. Embora o homicídio seja considerado um crime comissivo, nesta hipótese, será tratado como crime comissivo por omissão, pois a morte do filho ocorreu pela falta de alimentação que era um dever da mãe.
Na legítima defesa putativa, o indivíduo imagina estar
em legítima defesa, reagindo contra uma agressão inexistente. 
Analogia: forma de auto integração da norma, consiste em aplicar a uma hipótese n prevista em lei a disposição legal relativa a um caso semelhante, ubi eadem ratio. Raciocínio q permite transferir a solução prevista para determinado caso outro n regulado expressamente pelo ordenamento, mas q comparte com o primeiro certos caracteres essenciais. Quando a lei for omissiva o juiz decidira o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Embora haja una lacuna na lei o juiz n pode eximir-se de julgar o caso. É proibido o recurso da analogia quando esta for utilizada de modo a prejudicar o agente. a) analogia in bonam partem- é viável, e mts vezes necessária para q ao interpretarmos a lei penal n cheguemos a soluções absurdas, beneficia o agente. b) analogia in malam partem- de alguma maneira prejudica o agente.
Norma penal: permissiva- tem amparo legal, legitima defesa; proibitiva; complementar; em branco- conceito q n esta previsto no CP.
Norma penal incriminadora: função de definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob ameaça de pena. Norma penal por excelência. Norma penal em sentido estrito, proibitivas ou mandamentais. Preceitos- a) primário: perceptum iuris, encarregado de fazer a descrição detalhada e perfeita da conduta q se procura proibir ou impor, subtrair, para si ou para outem, coisa alheia móvel. b) secundário: sanctio iuris, cabe a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato, pena- reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
Norma penal n incriminadora: finalidades: 1. Tornar licitas determinadas condutas; 2. Afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de isenção de pena; 3. Esclarecer determinados conceitos; 4. Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal. Subdivididas em: a) permissivas- justificantes- tem por finalidade afastar a ilicitude da conduta do agente, art.23,24,25. Exculpantes- destinam a eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena, art.26, caput. b) explicativas- visam esclarecer ou explicar conceitos. Art.327. c) complementares- fornecem princípios gerais para a aplicação da lei penal, art.59 do estatuto repressivo.
Normas penais em branco/primariamente remetidas: há necessidade de complementação para q se possa compreender o âmbito de aplicação de seu preceito primário. Embora haja uma descrição da conduta proibitiva, essa descrição requer um complemento extraído de outro diploma, para q possam ser entendidos os limites da proibição ou imposição feitos pela lei penal, sem ele é impossível a aplicação. Seu preceito primário n é completo, no caso de trazer consigo para uso próprio a maconha, no art. 28 da lei 11.343, n fala expressamente quais são as drogas proibidas, sendo assim tem-se de recorrer a outro diploma legal, somente apos a leitura da Portaria expedida pela ANVISA, é q podemos saber se a substância é ilícita ou n. a) normas penais em branco homogêneas/em sentido amplo ou homólogas: quando seu complemento é oriundo da msm fonte legislativa q editou a norma q necessita desse complemento, o art.237 CP é complementado pelo art.1.521 do CC, sendo assim, a fonte de ambas, ambas foram produzidas pelo Congresso Nacional. 1. Homovitelina- cuja norma complementar é do msm ramo do direito q a principal, lei penal será complementada por outra lei penal. 2. Heterovitelina- tem suas respectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito. b) normas penais em branco heterogêneas/em sentido estrito/heterólogas: o complemento é oriundo de fonte diversa daquela q a editou. Art.28 e ANVISA autarquia.
a)    Crimes comuns e próprios – O crime comum é aquele praticado por qualquer pessoa. Por exemplo, no homicídio o sujeito ativo é qualquer pessoa e o sujeito passivo é, também, qualquer pessoa com vida extrauterina. Por outro lado, o crime próprio é aquele praticado por pessoa qualificada. Por exemplo, o crime de infanticídio se caracteriza pelo fato do sujeito ativo qualificado (mãe) matar seu filho (sujeito passivo), durante o parto ou logo após, sob influência do estado puerperal. Se qualquer outra pessoa matar este recém-nascido, estamos diante, via de regra, de um homicídio, logo, para caracterizar o crime de infanticídio, é certo que deve ser praticado pela própria mãe em estado puerperal. Daí dizer que a qualidade pressuposta do sujeito, neste exemplo, que a lei exige para configurar um crime próprio é o fato de ser ‘mãe’ em estado puerperal.
b)    Crimes instantâneos e permanentes – Os crimes instantâneos e permanentes são aqueles que se consumam com uma conduta. O que diferencia o crime instantâneo do crime permanenente é que no crime instantâneo o resultado não se prolonga no tempo (Ex. homicídio, furto, etc), enquanto que no crime permanente o resultado se prolonga no tempo por vontade do agente (Ex. Sequestro). Guilherme Nucci, em seu livro Código Penal Comentado, 11° Edição, comenta que “para identificação do crime permanente, oferece a doutrina duas regras: a) o bem jurídico afetado é imaterial (ex. saúde pública, liberdade individual etc); b) normalmente é realizado em duas fases, a primeira, comissiva, e a segunda, omissiva (sequestra-se a pessoa através de uma ação, mantendo-a no cativeiro por omissão). Essas regras não são absolutas, comportam exceções.”. Insta dizer que no caso do delito permanente não é contada a prescrição até que chegue ao fim a permanência. Já no crime instantâneo a prescrição é computada no dia em que o delito se consumou. Por fim, existem crimes instantâneos de efeitos permanentes e crimes instantâneos de continuidade habitual. O primeiro, por causa do seu método de execução com aparência de permanente (caso do loteamento clandestino, da bigamia, etc). Já o segundo, requer uma reiteração das condutas de forma habitual (caso do favorecimento a prostituição, rufianismo, tráfico internacional de pessoa a fim de exploração sexual).
c)    Crimes comissivos, omissivos, comissivos por omissão e omissivos por comissão –Para que alguém seja responsabilizado por um crime, esse alguém deve praticar uma conduta (ação ou omissão). A maioria dos crimes a conduta é praticada mediante uma ação, por exemplo, estupro, homicídio, etc. Portanto, estes crimes são chamados de comissivos. Outros crimes são realizados por omissão, logo são chamados de omissivos. Nesse sentido, a omissão se caracteriza pela conduta do agente de deixar de fazer alguma coisa. Por exemplo, crime de prevaricação (funcionário deixa de fazer algo que ele tinha obrigação de fazer), omissão de socorro, etc.
O crime comissivo por omissão é aquele que o agente pratica uma conduta comissiva, porém, excepcionalmente, o resultado ocorre pela omissão. Por exemplo, a mãe que deixa, propositalmente, de alimentar o filho até que ele morra. Embora o homicídio seja considerado um crime comissivo, nesta hipótese, será tratado como crime comissivo por omissão, pois a morte do filho ocorreu pela falta de alimentação que era um dever da mãe.
O crime omissivo por comissão é aquele que ocorre através de uma abstenção proporcionada praticada pela ação de outrem. Por exemplo, “é o caso do agente que impede outrem, pelo emprego da força física, de socorrer pessoa ferida” (Código Penal Comentado, Guilherme Nucci, 11° Edição).
d)    Crimes materiais, formais e de mera conduta – Os crimes materiais são aqueles que se concretizam por atingirem o resultado naturalístico, ou seja, causam uma modificação essencial no mundo exterior, por exemplo: homicídio, sequestro, roubo, etc. Nos crimes formais, a lei prevê um resultado, mas não exige que ele ocorra para que haja a consumação do crime, ou seja, o resultado naturalístico não é relevante, pois o crime se consuma antes. Ex: Extorsão mediante sequestro, uma vez que o resultado é a obtenção de uma vantagem econômica, no entanto, a consumação do crime ocorreu no momento em que houve o sequestro. Por fim o crime de mera conduta o resultado naturalístico não ocorre.Ex: violação de domicílio, crime de desobediência.
Mais detalhes, clique aqui.
e)    Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos – O crime unissubjetivo é aquele que pode ser praticado por uma pessoa. Por exemplo: aborto, homicídio, roubo, etc. Já o crime plurissubjetivose caracteriza por ser praticado, obrigatoriamente, por mais de uma pessoa. Por exemplo: crime que envolve associação criminosa, bigamia, rixa, etc. Embora o crime plurissubjetivo necessite de mais de uma pessoa não significa que todas elas serão penalmente punidas pelo crime, como é o caso da bigamia em que um dos contraentes não sabe que o outro é casado. Vai daí que aquele não pode responder penalmente por isso.
    No caso de crime praticado por duas pessoas, por exemplo:  homicídio ou roubo, eles são tratados como crimes unissubjetivos, pois, estes crimes podem ser praticados por uma única pessoa. Portanto, é importante ter em mente que embora o crime tenha sido praticado por 2 pessoas, é necessário se perguntar se este crime poderia ser cometido por uma única pessoa. Caso a resposta seja positiva, trata-se de crime unissubjetivo.
f)     Crime unissubsistente e plurissubsistente – O crime unissubsistente admite a prática através de um único ato para a concretização do crime. Por exemplo: Desacato, Injúria, Violação de Segredo Profissional, etc. Enquanto que o crime plurissubsistente é praticado por mais de um ato. Exemplo 1: o crime de roubo é formado pela pela subtração de coisa alheia + grave ameaça ou lesão, logo deve haver mais de um ato para caracterizar o referido crime. Exemplo 2: estelionato é formado pela obtenção da vantagem + induzimento ao erro + emprego de meio fraudulento, logo, há um conjunto de atos a serem praticados para que o crime seja iniciado.
g)    Crime progressivo – Guilherme Nucci ensina que “trata-se da evolução na vontade do agente, fazendo-o passar, embora num mesmo contexto, de um crime a outro, normalmente voltado contra o mesmo bem jurídico protegido”.  É o caso do homicídio em que, obrigatoriamente, antes de atingir o resultado morte, primeiramente o ocorre lesão corporal. Não confundir crime progressivo com progressão criminosa. Este último, progressão criminosa, a intenção inicial do malfeitor é um crime, mas evolui para outro. Por exemplo, inicialmente o agente realiza o roubo, mas devido a vítima ter tentado se defender, o agente, por fim, acaba atirando e matando-a vítima.
h)    Crime habitual – Ocorre quando o agente pratica a mesma conduta (ação ou omissão) de forma reiterada e contínua, tornando-a como um estilo de vida. Por exemplo, exercício ilegal da medicina.
i)     Crime de forma livre ou de forma vinculada – O crime de forma livre é aquele em que não há vínculo entre a forma praticada e o tipo descrito. Por exemplo, o homicídio pode ser realizado de várias formas, através de um tiro, uma facada, um estrangulamento, etc. Já o crime de forma vinculada, o modo deve estar descrito na redação do tipo penal. Por exemplo, o artigo 284 Código Penal tipifica o curandeirismo “exercer curandeirismo prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância”.
j)     Crimes vagos – Guilherme Nucci conceitua “são aqueles que não possuem sujeito passivo determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica”. Por exemplo, crime de violação de sepultura.
k)    Crimes remetidos – Se caracteriza por fazer menção à outra norma. Por exemplo, uso de documento falso previsto no artigo 304 do Código Penal.
l)     Crimes condicionados - são aqueles que dependem de uma condição para que o crime se configure. Por exemplo: os crimes tipificados na lei de falência, os crimes contra brasileiros praticados no exterior por estrangeiros, etc.
m)  Crimes de atentado ou empreendimento – São aqueles em que a forma tentada é punida com a mesma intensidade da forma consumada. Por exemplo: Evasão mediante violência contra a pessoa, prevista no artigo 352 do Código Penal.

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