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UNIVERSO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
Direito Civil VI
INSTRUÇÕES GERAIS (leia atentamente):
1 – O aluno deve responder 60 questões escolhidas a seu critério dentre as listadas abaixo;
2 – As respostas devem ser manuscritas em tinta azul ou preta, em folha com a identificação completa do aluno (nome completo e turma);
3 – A nota será aferida de acordo com o conteúdo das respostas apresentadas.
PERGUNTAS SOBRE DIREIRO SUCESSÓRIO
01) Qual a ordem legal de vocação hereditária no Direito brasileiro?
R= Falecendo alguém ab intestato (sem deixar testamento)
“Art. 1.829 defere-se na ordem seguinte:
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens partiCulares;
II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III – ao cônjuge sobrevivente;
IV – aos colaterais.”  
Como se efetua o chamamento dos herdeiros? 
R= R.: Efetua-se por classe, que corresponde a cada inciso do art . 1.603, conforme a pergunta anterior. Na primeira 
classe , a dos descendentes, a sucessão se dá por cabeça e, nas demais classes, por estirpe.
O que se entende por chamamento por classe?
Em que situação é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente?
Que direito é assegurado, desde logo, ao cônjuge sobrevivente relativamente ao imóvel destinado à residência familiar?
O que significa sucessão por estirpe?
R= Mas se um dos filhos tiver morrido antes de você, ele obviamente não herdará. Quem herdará em seu lugar serão as filhas dele (as netas de quem deixou a herança). É o que os juristas chamam de herdar por estirpe. Se no exemplo anterior o primeiro filho (aquele que tinha duas filhas) foi quem morreu antes de você, as duas filhas dele (suas  duas netas) herdarão no lugar do pai. Ou seja, elas dividirão entre si a metade que o pai teria herdado. Cada uma ficará com 25% da herança. E o filho ainda vivo ficará com outros 50%.
Em que consiste o direito de representação?
R= O direito de representação existe na linha reta descendente; na ascendente, não. E para a aplicação do instituto é necessário que o representando seja pré-morto em relação ao autor da herança ou, ao menos, que tenham ambos morrido no mesmo instante (comoriência). Na linha colateral (também chamada de transversal), o direito de representação defere-se apenas ao filho de irmão. Nos demais casos não há representação
Como concorrem à sucessão os filhos oriundos de casamento putativo?
R.: Os filhos oriundos de casamento putativo são legítimos, concorrendo em pé de igualdade com os de mais filhos. 
Como serão chamados os demais herdeiros, a seguir, na falta de descendentes?
a) só se convoca uma classe nova quando não há herdeiros na classe precedente, então, por exemplo, não se convocam os ascendentes se há descendentes.
b) na mesma classe os mais próximos excluem os mais remotos (1.833), então não se chama o neto se existe filho, não se chama o avô se existe pai, § 1º do 1.836), salvo o direito de representação que veremos abaixo.
-Art. 1.836:Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente.
-Art. 1838: Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.
Em que condições serão chamados os colaterais?
R= Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos. 
De que forma concorre irmãos bilaterais e irmãos unilaterais?
R= “Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar”.
A quem será atribuída a herança caso não tenha sobrevivido cônjuge, companheiro ou parente sucessível, ou tendo eles renunciado à herança?
R= Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
O Município ou o Distrito Federal terão direito de recusar a herança?
R= Não pois para pessoa jurídica de direito publico exclui-se o principio de que “só é herdeiro quem quer”, sendo então, herdeiro forçado de cujus que não deixa herdeiros legais.
Qual a crítica que modernamente se faz ao vocábulo "representação"?
R= Aquele chamado a suceder em lugar de outro herdeiro não representa ninguém, em verdade. Sucede em seu nome e por direito próprio, porque assim determina a lei. A doutrina sugere que se fale em vocação hereditária direta ou indireta. 
Quais os fundamentos jurídicos do direito de representação?
R= No artigo 1851 do Código Civil encontramos a disposição sobre a jure representationes.
“Dá- se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.”
Portanto os parentes do herdeiro pré morto não herdam por direito próprio e sim por representação.
Segundo, Maria Helena Diniz, “Se vivo fosse, o herdeiro receberia os bens da herança; como morreu antes do autor da herança transmitem-se aqueles bens à sua estirpe - daí a designação sucessão por estirpe.”
Havendo descendentes em graus diversos, a herança será dividida por estirpes, e o quinhão cabente à estirpe dividir-se- á entre os representantes conforme o artigo 1855 do CC.
Quais as hipóteses para o exercício do direito de representação?
Em que linha se dá o direito de representação?
Quais os efeitos do direito de representação?
R= Dentre os efeitos produzidos pelo direito de representação, pode-se citar que os representantes, alocados no lugar do representado, herdam exatamente o que a ele caberia se vivo estivesse e sucedesse, possibilitando, assim, ao representante a participação em uma herança da qual seria excluído, em decorrência dos postulados emanados pelo princípio de que o parente mais próximo afasta o mais remoto. “Essas pessoas passam a ocupar a posição de herdeiro que substituem, com os mesmos direitos e encargos, agrupadas, porém, numa unidade inorgânica”. Outro efeito a ser mencionado está relacionado ao fato de o representante, parente o autor da herança em grau mais remoto, herde como se fosse do mesmo grau do representado, afastando outros parentes que sejam de grau mais próximo do que o seu.
Qual o quinhão cabível ao cônjuge, quando concorrer com os descendentes comuns e não comuns?
R= Como regra, o artigo 1832 determina que o cônjuge herdará quinhão igual ao dos descendentes que sucederem por cabeça. Entretanto, o artigo faz uma ressalva: a quota do cônjuge não poderá ser inferior a ¼ se for ascendente dos herdeiros com quem concorrer.
Exemplificamos.
a) Cônjuge e um filho (comum ou não): ½ para filho e metade para cônjuge;
b) Cônjuge e dois filhos (comuns ou não): 1/3 para o cônjuge e 1/3 para cada filho;
c) Cônjuge e três filhos (comuns ou não): ¼ para o cônjuge e ¼ para cada filho
d) Cônjuge e quatro filhos comuns: ¼ para cônjuge e ¾ a serem divididos entre os quatro filhos. Há uma reserva de quinhão.
e) Cônjuge e quatro filhos só do falecido: 1/5 para o cônjuge e 1/5 para cada filho.
 
Como se dá o chamamento entre os descendentes?
R= Em primeiro lugar, encontram-se os descendentes, ad infinitum, ou seja, enquanto houver pessoas aptas a suceder nesta classe não serão chamadas outras pertencentes à segunda classe.
Neste patamar encontram-se os filhos, netos, bisnetos, tataranetos e assim sucessivamente.
Prof. AGEU CAVALCANTE LEMOS JÚNIOR2.016
 ageuadvocacia.com.br

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