PPP 1 LEITURA E PRODUCAO DE TEXTO

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• Pergunta 1 

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Instruções Responda de acordo com o conteúdo visto nos capítulos 1 
e 2.
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Leia os excertos a seguir.

“[…] a única forma como a linguagem realmente adquire existência: a 
dimensão textual. Abrir a boca para falar, empunhar um instrumento 
para grafar o que quer que seja, ativar a memória, raciocinar, sonhar, 
esquecer… todas essas atividades humanas só se realizam como 
textos. Só tem linguagem onde tem texto”. 

BAGNO, Marcos. Sobre peixes e linguagem. In: ANTUNES, Irandé. Análise de textos: 
fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. 

 

“[…] em qualquer língua, e em qualquer situação de interação verbal, 
o modo de manifestação da atividade comunicativa é […] um gênero 
de texto qualquer”. 

ANTUNES, Irandé. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola 
Editorial, 2010.

 

O objetivo dos excertos acima é realçar a importância do estudo do 
texto. Sendo o texto a grande realização linguística, ele precisa ser 
levado em consideração nas discussões linguísticas. Além disso, 
verifica-se o enorme potencial dos falantes no que diz respeito à 
criação de textos, ou melhor, dos gêneros textuais. Considerando tais 
ideias, avalie as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas. 

 

I. Os gêneros textuais são infinitos e, portanto, não se pode contá-los 
nem elencados. 

Porque:

II. O propósito comunicativo é variado e, para dar conta disso, os 
falantes exibem a capacidade humana de criar inúmeros gêneros de 
texto, bem como de mesclá-los. 

 

A respeito dessas assertivas, assinale a opção correta.
Resposta 
Selecionad
a:
b. As assertivas I e II são proposições verdadeiras e que se 
complementam.
•
• Pergunta 2 

•
• Leia os textos a seguir.

I) A construção dos sentidos que um texto adquire, em seus contextos 
específicos de acontecimentos, se realiza a partir de uma atividade de 
interação altamente complexa entre os sujeitos que se relacionam por 
meio de textos. Essa construção de sentidos acontece a partir da seleção, 
feita pelos produtores dos textos, dos elementos linguísticos e de sua 
organização na estrutura textual, como também “a mobilização de um 
vasto conjunto de saberes de ordem cognitiva, cultural, histórica, de todo o 
contexto, enfim, como também – e sobretudo – a sua reconstrução no 
momento da interação”.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. ed. São Paulo: 
Contexto, 2012, p. 10.

 

II) “Um texto, para ser assim considerado, precisa apresentar duas 
propriedades: uma ligada a sua estrutura interna e outra ligada a 
contextos de sua produção e recepção. A primeira propriedade está ligada 
ao sentido que a etimologia da palavra texto nos remete: tecido, 
entrelaçado, amarração, trama composta de “fios” relacionados ou 
entrecruzados. Ou seja, esta propriedade é chamada de coesão. A 
segunda está ligada ao conceito de relação lógica harmônica entre as 
ideias; e, também, a não contradição entre as partes que compõem um 
texto. No entanto, esta propriedade, chamada de coerência, vai muito 
além disso, pois mostra-se no resultado da apreensão global dos sentidos 
que estão expressos em um texto”.

SAUTCHUK, I. Perca o medo de escrever: da frase ao texto. São Paulo: Saraiva, 2011.

• Agora, com base em seus conhecimentos e nos conteúdos apresentados 
no texto-base da disciplina sobre texto e fatores de textualidade, assinale 
a alternativa correta.
Resp
ost
a 
Se
lec
ion
ad
a:
a. Pode-se afirmar, de maneira sintética, que a coesão é uma conexão 
entre elementos linguísticos; sendo a coerência uma conexão de 
ideias, uma interdependência de sentidos. Ambas determinantes 
para a interação altamente complexa entre os sujeitos que se 
relacionam por meio de textos e, por isso mesmo, consideradas 
entre os fatores de textualidade.
• Pergunta 3 

• Leia a crônica do Fernando Sabino e, em seguida, o comentário da 
professora Irandé Antunes.

 

“EM CÓDIGO 

Fui chamado ao telefone. Era o chefe de escritório de meu irmão:
• Recebi de Belo Horizonte um recado dele para o senhor. 
É uma mensagem meio esquisita, com vários itens, convém 
tomar nota: o senhor tem um lápis aí?
• Tenho. Pode começar.
• Então lá vai. Primeiro: minha mãe precisa de uma nora.
• Precisa de quê?
• De uma nora.
• Que história é essa?
• Eu estou dizendo ao senhor que é meio esquisito. Posso 
continuar?
• Continue.
• Segundo: pobre vive de teimoso. Terceiro: não chora, 
morena, que eu volto.
• Isso é alguma brincadeira?
• Não é não, estou repetindo o que ele escreveu. Tem 
mais. Quarto: sou amarelo, mas não opilado. Tomou nota?
• [...] Chega! - protestei, estupefato. - Não vou ficar aqui 
tomando nota disso, feito idiota.
• [...]
• Não tem dúvida, ficou maluco.
• Maluco, não digo, mas como o senhor mesmo disse, a 
gente até fica com ar meio idiota… Está acabando, só falta um. 
Décimo segundo: Deus, eu e o Rocha.
• Que Rocha?
• Não sei: é capaz de ser a assinatura.
• Meu irmão não se chama Rocha, essa é boa!
• É, mas foi ele que mandou, isso foi.
• Desliguei atônito, fui até refrescar o rosto, para poder pensar melhor. 
Só então me lembrei: haviam-me encomendado uma crônica sobre essas 
frases que os motoristas costumam pintar à frente dos caminhões. Meu 
irmão, que é engenheiro e viaja pelo interior, prometera ajudar-me, 
recolhendo farto e variado material. E ele viajou, o tempo passou, acabei 
esquecendo completamente o trato, na suposição de que o mesmo lhe 
acontecera. Agora, o material ali estava, era só fazer a crônica. Deus, eu e 
o Rocha! Tudo explicado: Rocha era o motorista, Deus era Deus mesmo e 
eu, o caminhão.”

SABINO, F. A Mulher do Vizinho. Rio de Janeiro: Record, 1976. p. 171-173.

“Reparemos que há por parte dos dois interlocutores um estranhamento 
que vai perpassando todo o texto. [...]

A esquisitice que é sentida pelos dois interlocutores decorre exatamente 
da constatação de que algo está funcionando fora dos padrões normais, 
fora do modelo de fala das pessoas. É que ninguém fala assim: trazendo 
aos pedaços desarticulados, soltos, as coisas que se quer dizer. Tudo vem 
•
• Pergunta 4 

Resposta Selecionada: b. F, V, F, V, V.
Observe as manifestações comunicativas a seguir:

Texto 1:



PREFEITURA DE SÃO PAULO. Campanha contra a Dengue - 2008 ("Eu Não Deixo a 
Dengue Entrar Aqui!). Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
upload/Dengue_tiras-sintomas_e_cuidados_menor_1254861395.jpg>. Acesso em: 
14/06/2016.



Texto 2:




Texto 3:

 

•
• Pergunta 5 

Resposta Selecionada: d. apenas as afirmativas II e IV.
• Leia o excerto a seguir:

 

“O CAÇADÔ

Seu Guarda,

sua incelença aqui tem franca licença

não tem de que se acanhá,

se o Sinhô é empregado,

Tem seu dereito sagrado

dos pote fiscalizar

 

Mas talvez nesta giene

O sinhô não invenene

os pote, pois a muié

ajeita a todo momento

e bota piaba dento

mode não criá marté

 

Entre, mas tenha coidado,

pois meus cachorro é zangado

pode istranhá meu patrão,

lá vem um se arrupiando,

o bicho tá lhe estranhando,

vai te aquetá, Tubarão!

 

É o Tubarão e o Gigante

morreu o véio Elefante,

que até de pena chorei,

ô cachorro bom dos diabo!

trezentos e tantos rabo

de tatu dependurei

[...]” 

ASSARÉ, P. do. O caçadô. In: ANDRADE, C. H. O dia da caça? Leitura sociológica de um 
discurso camponês em chave literária. Revista USP, São Paulo, n. 56, dez./fev. 2002-2003. p. 
108. Disponível em: <http://www.usp.br/revistausp/56/14-claudio.pdf>. Acesso em: 22/06/2015.

• Considerando o texto anterior e os conteúdos abordados no texto-
base, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.I. Podemos concluir que o texto anterior não pode ser considerado um 
poema, mesmo identificando a divisão em versos e estrofes centralizados, 
pois sua produção escrita está fora dos padrões da norma culta da língua.

Porque 

II. Para identificar um determinado gênero textual, devemos ter em mente 
que os gêneros são produtos da cultura de determinada sociedade. 
Constituídos por certos conteúdos, além de estilo e forma próprios, 
apresentam funções sociais específicas. Tornam-se modelos 
comunicativos que permitem a interação social.

•
Resposta 
Selecionad
a:
e. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma 
proposição verdadeira.