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administração de recursos materiais - aula 03

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Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 03 
 
 
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AULA 03 - Compras, Funções de compras, 
Organização do setor de compras, Etapas do Processo de 
Compras, Negociação, Centralização e descentralização 
de compras, Modalidades de Compras, Perfil do 
Comprador. Gestão Patrimonial, Tombamento dos Bens, 
Controle de Bens, Inventário Físico, Alienação, Alteração 
e Baixa de Bens 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sumário 
Compras .......................................................................................................... 2 
Organização do setor de compras ................................................................... 4 
Etapas do Processo de Compras .................................................................... 5 
Negociação...................................................................................................... 7 
Centralização e Descentralização de Compras ............................................... 9 
Modalidades de Compras .............................................................................. 10 
Acompanhamento de Pedidos ....................................................................... 13 
Cadastro de Fornecedores ............................................................................ 13 
Perfil do Comprador ...................................................................................... 20 
Gestão Patrimonial ........................................................................................ 22 
Tombamento dos Bens ................................................................................. 25 
Controle de Bens - Inventário ........................................................................ 26 
Alienação, Alteração e Baixa de Bens ........................................................... 31 
Questões Comentadas .................................................................................. 34 
 
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Em frente para aquilo que, acredito eu, seja nossa última aula. Lógico que se 
a CESPE tiver alguma ideia mirabolante no edital, nós nos veremos de novo. 
Isso não impede você de usar o fórum para tirar dúvidas, ou ainda, solicitar 
comentários adicionais (basicamente, pedir para que eu reexplique as coisas de 
outro jeito :P). 
Chega de conversa. 
Compras 
Este tópico, apesar de parecer curto no edital, é tão grande que precisa ser 
dividido em tópicos. Mas nada que a gente não resolva. 
Falamos bastante sem atender a necessidade da empresa com os materias 
entregues em tempo, modo e lugar corretos. 
Mas como é que um material chega ao estoque? Qual setor será responsável 
por suprir os estoques? 
Primeiramente observe que a ideia de suprimento está ligada ao 
abastecimento da produção, e este ocorrerá por meio do fornecimento de 
materiais, matérias-primas e insumos, quando necessários à produção. 
O material chegará ao estoque por intermédio de compras, uma operação 
essencial entre aquelas que compõem o processo de suprimento de uma 
empresa1. É por está razão que as compras assumem um papel tão importante na 
ARM. 
Falamos que os estoques são investimento da empresa, pois bem, este gasto 
ocorre justamente por meio das compras. E já foi demonstrado que as matérias-
 
1 Dias, Marco Aurélio P., Administração de Materiais: princípios, conceitos e 
gestão, ed. Atlas, 6ª ed. 
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primas e insumos (os materiais em geral) representam parcela significativa dos 
custos envolvidos na produção. 
De acordo com Chiavenato2: “O órgão de compras é hoje considerado um 
centro de lucro e não simplesmente um centro de custo, uma vez que, quando 
bem administrado, pode trazer consideráveis economias, vantagens e lucros para a 
empresa.” 
O processo de compras, como quase todos os processos da AM, deve 
analisado de forma ampla, pois envolve desde a programação de compras 
(localização de fornecedores, negociações...), passando pelo acompanhamento dos 
pedidos, pelo dispêndio financeiro, até chegar o momento em que os materiais são 
recebidos e verificados na empresa. 
Observe então: 
 
 Estão entre os objetivos de um setor de compras de uma empresa: manter 
a produção abastecida com os materiais necessários; obter a quantidade de 
materiais necessários e com baixos preços; prezar pela qualidade do material 
 
2 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 100. 
 
As atividades de 
compras mantém 
relações: 
quanto com a 
administração 
de materiais 
tanto com o 
setor 
financeiro 
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que será adquirido; enfim, buscar as melhores condições possíveis para a 
empresa. 
Suprir as necessidades do sistema de produção, garantindo as entradas do 
processo produtivo e estabelecendo, por consequência, uma cadeia de 
suprimentos. Preste atenção especialmente no que diz respeito a: 
A Quantidade 
A Qualidade e especificações 
As Datas (prazos) 
Organização do setor de compras 
 No processo de compras são fatores que influenciarão na tomada de 
decisão: A quantidade (de acordo com a demanda), a qualidade, o preço e o prazo. 
Segundo Marco Aurelio P Dias: 
“Independentemente do porte da empresa, os princípios básicos de 
organização constituem-se em normas fundamentais, assim consideradas: 
 Autoridade para compras; 
 Registro de compras; 
 Registro de preços; 
 Registro de estoques e consumo; 
 Registro de fornecedores; 
 Arquivos e especificações; 
 Arquivos de catálogos.[...]" 
 
Utilizemos o exemplo de uma compra de supermercado. Se você estivesse 
encarregado do setor de compras e para que o investimento, o gasto,fosse 
adequado, quais seriam as etapas que você utilizaria no processo de compra? E 
qual seria a primeira atividade que a desenvolver? Parece não restar dúvidas de 
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que você deveria começar com uma pesquisa, não só a pesquisa de preços (de 
custos), mas, dentre outros, o estudo do mercado, o conhecimento do fornecedor, a 
possibilidade de se utilizar materiais alternativos 
Passada a pesquisa viria a aquisição, por esta etapa se entente desde a 
encomenda, quando necessária, até o recebimento do material. Logo depois de 
recebido o material, passamos a administração os procedimentos de 
armazenamento em depósito. 
No que diz respeito as compras ela esta assim estruturada: 
 
A administração de compras deve manter um fluxo contínuo de 
suprimentos, mas não deve incorrer em gastos desnecessários e que provocariamexcedentes, ou seja, é fundamental que este setor execute uma programação de 
compras. 
 
Etapas do Processo de Compras 
De acordo com a estrutura e o porte da empresa, o processo de compras, 
também denominado ciclo de compras, poderá apresentar pequenas variações, no 
entanto, a sequência a baixo seria uma organização básica: 
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1. Solicitação de compras (análise das ordens de compras3 – Ordem de 
Compras, recebidas); 
2. Seleção de fornecedores (em decorrência de pesquisa); 
3. Cotação de preços e determinação do preço certo; 
4. Negociações com o fornecedor; 
5. Pedido de Compra; 
6. Acompanhamento de compras (follow up); 
7. Recepção e aceitação das mercadorias (controle e recebimento do 
material comprado); 
8. Aprovação da fatura do fornecedor para pagamento. 
A solicitação de compras é a origem do processo de compra, ocorre por 
meio da ordem de compra (OC), que é o documento que informa a necessidade de 
compra, indicando também, qual o material se deve comprar, a quantidade que se 
deve comprar, o prazo e o local de entrega. (a solicitação de compras pode ser com 
ou sem concorrência) 
A seleção de fornecedores4 é etapa que antecede a cotação, na seleção de 
fornecedores, são analisados o preço, a qualidade, a capacidade produtiva do 
fornecedor, o prazo de entrega e as condições de pagamento (falaremos de 
tudo isso na parte de cadastro de fornecedores). 
Veja que, na seleção de fornecedores, uma serie de fatores são analisados, 
portanto não se pode afirmar que a o fornecedor selecionado será obrigatoriamente 
o que apresentar o menor preço. A empresa analisará, de acordo com a suas 
necessidades, qual é o fornecedor mais adequado. 
 
3 É a comunicação enviada ao setor responsável pelas compras da necessidade de 
aquisição de materiais. 
4 Normalmente a pesquisa e a seleção são feitas entre os fornecedores 
previamente cadastrados pela empresa, que registra também em um banco de dados as 
negociações passadas. 
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Como bem leciona Chiavenato...pag.105, há dois tipos de fornecedores, o 
real e o potencial. “Fornecedor real é aquele que já efetuou vendas de materiais ou 
insumos à empresa, enquanto o fornecedor potencial é aquele que pode se 
candidatar a futuros fornecimentos.” (grifos nossos) 
A cotação (registro) de preços normalmente é feita entre alguns 
fornecedores pré-selecionados e tem como objetivo encontrar, a preço satisfatório, 
os materiais de qualidade e nas especificações que a produção necessita. 
O pedido de compra é a oficialização do negócio, é o contrato formal que 
se estabelece entre o comprador e o fornecedor logo após a negociação. 
Após o pedido ter sido efetuado passamos a uma nova etapa que é a de 
acompanhamento (follow up). Esta etapa, de certa forma, é o controle do 
processo de compra5, que dedicando atenção, dentre outras coisas, à entrega do 
material. 
 Este acompanhamento deve ocorrer por meio de registros devidamente 
documentados. 
Negociação 
A negociação tem um papel significativo no processo de compras, Trata-se 
de uma relação entre o comprador e o fornecedor, na qual serão levados em 
consideração alguns itens, tais como: a quantidade, a qualidade, o preço e o prazo. 
 
5 O setor de compras precisa manter uma boa comunicação com o fornecedor 
mesmo após a realização do pedido. O processo não deve ser abandonado até o 
recebimento e conferência da mercadoria. 
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A empresa deve tratar seus fornecedores como parceiros em seus negócios 
(e direi logo logo o porquê). 
“A negociação serve para definir como será feita a emissão do pedido de 
compra ao fornecedor.” 6 
O resultado final de uma negociação bem sucedida é o pedido de compra. 
Em quase todas as oportunidades, este pedido de compras se encontrará 
consubstanciado em um contrato formal que representa fielmente as condições 
estipuladas na negociação. 
Das poucas vezes em que não houver contrato, a própria aceitação do 
pedido de compra pelo fornecedor possui caráter contratual, obrigando-o a 
atender todas as condições estipuladas no pedido, como por exemplo, 
quantidade, qualidade, frequência de entregas, prazos, preços e o local de 
entrega dos materiais. 
Dado este caráter contratual da negociação (fique tranquilo que teoria dos 
contratos é tema de Direito Civil, então, infelizmente, não vou dar aula disso agora 
:P), quaisquer alterações nas condições originais devem ser objeto de novas 
 
6 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 107. 
 
Negociador de 
compras 
Fornecedores 
Devem ter como objetivo 
o equilíbrio do negócio, 
uma situação em que 
ambos possam sair 
ganhadores. 
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discussões e entendimentos, para que não haja dúvidas sobre o que se propõe e 
deseja que seja fornecido. Do contrário, a empresa corre o risco de que haja 
contestação por parte dos fornecedores, que acreditarão ter cumprido as condições 
contratadas. 
Centralização e Descentralização de Compras 
Outra característica da organização das compras é aquela relacionada a 
analise quanto a sua centralização (onde um único órgão é responsável pelas 
compras – o que favorece o controle de estoques) ou descentralização (quando há 
unidades de compras dispersas). 
Já foi questão de concurso: “São condições básicas para o controle de 
estoques: centralização das compras em um setor de compras, sob a direção e 
responsabilidade de um especialista, com rotinas claras e definidas; estocagem 
de todos os materiais em locais previamente designados e sujeitos à supervisão 
direta; e determinação de limites (máximos e mínimos) para cada item do 
estoque.” 
Importante: Observe que quando falado das atribuições do setor de compras 
não é citada a responsabilidade com transporte, porque esta fica a cargo do 
próprio fornecedor, que tem a obrigação de entregar o material na qualidade e no 
prazo acordados. 
Acredito que o que realmente importa neste tópico seja a análise comparativa 
sobre as vantagens de cada uma: 
A Centralização das Compras, de acordo com a doutrina, oferece as 
seguintes vantagens 
- Possibilidade de compras em maior volume, o que pode significar o 
aproveitamento de condições e preços melhores decorrentes de descontos, por 
exemplo; 
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- Redução dos custos de transporte vez que valor do frete poderá ser 
“rateado” entre um maior número de mercadorias; 
- Homogeneidade na qualidade dos materiais adquiridos; 
- Possibilidade de acerto de entregas menores e periódicas, que evitam a 
ocorrência de pedidos duplicados; 
- Melhor controle global das transações financeiras relacionadas ao setor 
de compras, uma vez que todas elas serão gerenciadas pelo mesmo departamento; 
- Evita a concorrência danosa entre os compradores regionais e as 
disparidades de preços de aquisição de um mesmo material por vários compradores 
Por outro lado, a Descentralização das Compras é associada às seguintes 
vantagens: 
- Oferece maior autonomia funcional às unidades regionais; 
- Permite maior flexibilidade e sensibilidade na solução de problemas 
regionais. A unidade descentralizada está mais próxima dos problemas e anseios de 
sua área de controle, além de melhor representar seus interesses, por constituir um 
grupo menor. Desta forma, é de se esperar que possua melhor conhecimento a 
respeito das fontes de suprimento, meios de transporte e armazenamento mais 
próximo da região; 
- Em situações emergenciais, costuma oferecer soluções mais rápidas e 
adequadas àquele momento, pelas mesmas razões do item anterior. 
- Permite melhor controle de suas funções. Lembre-se que estruturas 
menores são sempre mais fáceis de gerenciar. 
Modalidades de Compras 
Sim, muita coisa que eu escrevi aqui não está no edital. Mas convenhamos 
que ele foi bem vago e você vai fazer uma prova de alto nível. É melhor eu garantir 
que você leu tudo que poderia cair na prova. 
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Toda classificação tem um propósito (ou ao menos, deveria ter um). Não 
existem classificações boas ou ruins, mas existem classificações úteis e inúteis. 
As modalidades de compras não são mais do que classificações que se 
referem aos modos como eu posso dividi-las. E não, isto aqui não tem 
absolutamente nada a ver com a matéria de licitações, que vocês verão com clareza 
nas aulas de Direito Administrativo. 
Dito isto, eu não me preocuparia tanto em memorizar as modalidades aqui 
expostas, são autoexplicativas. 
Vamos lá: 
Eu posso dividir as compras conforme o item comprado. Assim temos: 
Compra voltada para o investimento: os bens assim adquiridos não 
integrarão o produto final, mas farão parte do ativo imobilizado da empresa. Toda 
vez que a empresa compra um prédio, máquinas de produção, ou até as cadeiras 
onde os funcionários sentam, está comprando voltando seu foco para o 
investimento, pois não tem intenção de vender esses itens no mercado. 
Compra voltada para o consumo: falamos aqui daqueles materiais que 
compõem o processo produtivo. Olhe para a seta de novo: 
 
Todos os itens comprados para integrar esse processo são feitos por 
compras voltadas para o consumo. 
Posso dividir também levando em conta onde está o fornecedor. 
Compra local: Sem complicações: são as compras feitas no mesmo país 
da empresa compradora. 
Materias- primas 
Materiais em 
processamento 
Materiais 
semiacabados 
Materiais 
acabados ou 
componentes 
Produtos 
acabados 
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Compra importada: O fornecedor dos produtos encontra-se em outro país 
que não o do comprador. 
Também posso classificar as compras de acordo com seu nível de 
formalização: 
Compra formal: Essas aqui são mais comuns no setor público, face à 
exigência de licitação e outras exigências burocráticas atinentes ao Direito 
Financeiro. São compras que exigem comprovação de, se não todas, grande parte 
dos processos que as justificaram. 
Compra informal: Por sua vez, são compras que não necessitam seguir um 
ritual tão detalhado e rígido. Pense na feira: é tudo feito e combinado de boca, você 
e o feirante acertam o preço na hora e você sai com a verdura, sem nenhum "papel" 
que comprove a operação. 
Outra classificação que pode ser cobrada (e essa sim eu considero muito útil) 
é a da urgência na entrega do item: 
Compras antecipadas: São compras feitas com planejamento. A empresa 
compra o item antes mesmo de vir a precisar dele. 
Compras contratadas: Neste caso, a figura do contrato de fornecimento 
ganha uma importância maior. Nele ficará discriminado a época em que o material 
deve ser entregue (não sendo recomendado nem que a entrega seja feita antes, 
nem depois), ou em quantas vezes a entrega será feita (um lote, dois, três, e assim 
por diante). 
Compras emergenciais: Compras realizadas quando deu o popular "xabú" 
(que desconfio não ser com "x"). A necessidade da compra não foi prevista com 
antecedência, seja pela imprevisibilidade do evento que a provocou ou pela própria 
falta de planejamento do gestor. Esse tipo de compra merece atenção especial, pois 
é prejudicial à empresa. A pressa coloca o fornecedor em posição de vantagem, 
pois a empresa não tem tempo de procurar muitos fornecedores para avaliar o 
preço. Devem ser evitadas. 
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Acompanhamento de Pedidos 
Seu examinador esqueceu-se de me dizer que pedidos são esses :P. 
Felizmente, ele também não é muito criativo, de maneira que ele faz menção aqui 
ao Acompanhamento de Pedidos de Compras. 
Nós já falamos por cima desse assunto. Este é o “Follow up” que mencionei 
no ciclo de compras. 
A fim de que a nossa empresa não entre em falência pela ausência de 
materiais para dar seguimento a sua produção, é necessário que o órgão de 
compras certifique-se que o material será entregue dentro dos prazos estipulados, 
como não poderia deixar de ser, na quantidade e qualidade contratadas. 
Para que se tenha absoluta certeza de que isto irá ocorrer, o setor de 
compras não deve abandonar o fornecedor logo após o encaminhamento do 
pedido de compras. 
Muito pelo contrário: deve entrar em contato com o fornecedor de 
maneira constante, assegurando-se que a produção do material solicitado está 
em andamento. 
Ao realizar este monitoramento constante sobre o fornecedor, cobrando de 
maneira permanente resultados (que no caso são os fornecimentos de bens 
demandados), ao invés de simplesmente largar mão do controle do pedido, é como 
se o setor de compras desse prosseguimento no desempenho de sua atividade, 
razão pela qual o correspondente em inglês desta descrição é o nosso Follow up 
(acompanhar, seguir, agendar). 
E é só isso. Próximo ponto. 
Cadastro de Fornecedores 
Normalmente, eu trataria aqui do SICAF e de algumas peculiaridades do 
registro nessa base de dados. Mas o SICAF é utilizado pelo Executivo Federal, 
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então,dificilmente será objeto de perguntas na sua prova (e uso dificilmente por 
puro eufemismo para “sem chance nehuma”). 
O que que, em verdade, seu examinador quer neste tópico é o conhecimento 
teórico por trás da construção do cadastro de fornecedores. E é o que eu vou 
ensinar a você. 
Antes de mais nada, você poderia imaginar que o cadastro de fornecedores é 
algo inútil e ultrapassado. Afinal, eu sempre posso procurar na internet por 
determinado produto e compra-lo, sem ter de incorrer nos custos de manter um 
cadastro próprio. Além do que, o cadastro do Google sempre será maior e mais 
completo que o de qualquer corporação do mundo :P. 
Bobagens à parte, só tem um problema neste raciocínio: não estamos mais 
comprando um quilo de carne no açougue. O ato de compra em uma empresa é 
uma tarefa bastante complexa, envolvendo conhecimentos que vão desde o 
próprio objeto da compra (especificação do material, normas aplicaveis, critérios 
de inspeção) até a busca de fontes de suprimento que sejam capazes de 
abaster a empresa com o produto desejado, na hora certa, local certo e na 
quantidade certa. Lembra da tríade? Olha ela de novo: 
 
Já ficou mais complicado né? Para isso serve o cadastro de fornecedores. Ao 
conseguir criar seu próprio cadastro, a empresa tem em mãos a lista de todos seus 
parceiros de negócio que vão lhe garantir a vantagem competitiva de que necessita. 
O cadastro de fornecedores é o corpo central que alimenta o processo de 
suprimento da empresa. 
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar: 
A Quantidade (para que se 
evite a falta ou os excessos) 
O Tempo ( o momento em 
que os materias estarão 
disponíveis) 
A Localização (não basta o 
material estar disponível ele 
também precisa estar 
disponível no local certo) 
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Eu falei em parceiros de negócio logo acima. E eu realmente quis dizer isso. 
O fornecedor não é uma pessoa da qual a empresa tenta tirar vantagem, 
comprando o produto pelo menor preço possível, aumentando suas margens. Essa 
visão de curto prazo é contrária à idéia por trás do cadastro. O que se busca é 
formar alianças estratégicas visando intereses comuns. Só assim se garantirá 
que o suprimento de materiais tenha: 
- Qualidade 
- Tempestividade 
- Regularidade 
Outra ideia que deve estar encrustada na sua mente é que o cadastro de 
fornecedores não busca sempre e a todo momento a aquisição de material pelo 
menor preço. Nos sistemas de administração tradicional, a busca pelo fornecedor só 
se inicia no momento da necessidade de materiais. Espera-se ter sede para se abrir 
o poço. 
E somente a partir da existência da necessidade se busca o fornecedor. Uma 
vez encontrado, começa-se a discutir preços e prazos de entrega. E pior, buscam-
se condições espetaculares de fornecimento para aquela ocasião, em um raciocínio 
típico de quem não pensa no longo prazo. O cadastro de fornecedores não se 
presta a isto. 
Veja: o que se busca com o cadastro é a construção de uma relação de 
longo prazo com os fornecedores eventualmente aprovados para ali figurar. Esta 
ideia, no longo prazo, se revelará mais rentável, por dois motivos principais: 
- Não dá para manter o padrão espetacular de aquisições em todas as 
compras, e assim, fatalmente, o ganho de uma operação se perderá em outra. 
- Os fornecedores também tem seus interesses, e assim, procurarão melhor 
servir os seus bons e leais clientes, em detrimento dos demais. 
Se você acha que tudo que eu falei acima não se aplica ao regime público, 
por conta das licitações, se engana. Os órgãos públicos também possuem cadastro 
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de fornecedores, e embora estejam atrelados à Lei de Licitações para fazer 
contratações, lembre-se que, por exemplo, a modalidade convite comporta algum 
grau de preferência (pense bem, três fornecedores são diretamente convidados pela 
repartição enquanto os demais precisam fuçar editais em quadros de aviso nelas). 
Além do que, a tomada de preços depende da existência de cadastro prévio dos 
fornecedores interessados. Embora mitigada, a importância do cadastro também se 
faz presente nas repartições públicas. 
Pois bem, agora que você já tem em mente as premissas do cadastro, vamos 
falar de sua construção. 
E quais fornecedores nós queremos em nosso cadastro? Os melhores! E os 
melhores serão aqueles que: 
- Tenham condições de fornecer o material ou executar os serviços na 
quantidade, qualidade e prazo certos; 
- Possam tornar-se uma fonte regular de suprimentos de materias ou de 
serviços; 
- Possuam preços e condições competitivas. 
O primeiro passo é pesquisar todos os existentes. Catalogos de fabricantes, 
guias comerciais, e até a internet. Nesta primeira fase, buscamos conhecer todos os 
fornecedores potenciais, a fim de vir a escolher algum deles. 
Assim sendo, o órgão responsável pelo cadastro de fornecedores vai coletar 
informações destas fontes, tabulando os dados para que sejam manipulados mais 
facilmente em um momento posterior do processo. 
Alias, o cadastro tem de ser de facil consulta por qualquer interessado dentro 
da empresa. Afinal de contas, o cadastro existe para facilitar a vida de quem 
precisará de fornecedores. 
Por isso, uma outra preocupação do cadastro, fora a tabulação dos dados 
para pesquisa, é que contenha os dados necessários para identificação do 
fornecedor, entre os quais: 
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- Tipo de produto vendido (auto explicativo né, se eu quero lâmpadas, o 
fornecedor tem de ser capaz de fornecer lâmpadas); 
- Capacidade de produção (o número de unidades que o fornecedor é 
capaz de atender por pedido). 
- Facilidade de comunicação e relacionamento com seus clientes 
- Localização geográfica (os produtos tem de sair do fornecedor para 
chegar na empresa, e esta informação é relevante para se estimar o custo de frete) 
- Situação do fornecedor (uma empresa em falência provavelmente não 
poderá continuar a ser fornecedora por muito tempo, e ainda que possa, talvez a 
nossa empresa não se interesse por ela :P). 
 
 
Vencida estas etapas, a empresa está pronta para avaliar os fornecedores, e 
uma vez feito isto, terá seu cadastro de fornecedores. Tudo que irá precisar fazer 
daqui para frente é analisar o desempenho dos mesmos ao longo do tempo, para 
garantir que o fornecedor mantém o mesmo padrão de excelência no cumprimento 
de suas obrigações. 
Tipo de 
produto 
vendido 
Capacidade 
de produção 
Facilidade de 
comunicação 
Localização 
geográfica 
Situação do 
fornecedor 
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O processo de avaliação e seleção dos fornecedores tambémé específico, 
mas não foi cobrado em seu edital, mas vou pelo menos relacionar os requisitos 
mais usuais, a fim de que você “feche” o raciocínio na sua cabeça. 
Os parâmetros usuais de avaliação e aprovação do fornecedor (são aqueles 
que autorizama inclusão do fornecedor no cadastro, sem isso, a empresa nem quer 
saber que aquele fornecedor existe): 
- Preço 
- Qualidade 
- Condições de Pagamento 
- Condições de Embalagem e Transporte 
Uma vez preenchidos os requisitos acima nos patamares desejados (cada 
empresa terá o seu conforme sua situação), deve haver uma análise inicial das 
entregas, para que a empresa avalie: 
- Cumprimento dos prazos de entrega; 
- Manutenção dos padrões de qualidade; 
- Política de preços ao longo do tempo; 
- Assistência Técnica 
Isto que falei das avaliações são só parâmetros. Cada empresa ou órgão 
público pode usar os parâmetros que desejar, e não há maneira de especificar a 
infinidade de possíveis critérios. Apenas coloquei estes para que você tenha uma 
ideia de como se processa a fase de avaliação, não acredito que será solicitado em 
seu edital, mas você não pode ter uma visão “quebrada” do cadastro, pois isso 
dificultará a memorização. 
O cadastro normalmente manterá dois tipos de fornecedores: 
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Fornecedores ativos: Aqueles que gradativamente suprem as necessidades 
de bens e serviços da empresa. São aqueles a quem a empresa recorre 
normalmente quando precisa de materiais. 
Fornecedores potencias: São fontes alternativas de fornecimento. Caso um 
fornecedor ativo não consiga fornecer os bens em determinada ocasião, é bom que 
a empresa tenha um “Plano B” para não ficar sem o material. Conforme o 
desempenho do fornecedor potencial, ele talvez consiga chegar ao cadastro de 
fornecedores ativos da empresa. 
Não há um número fixo de fornecedores no cadastro para cada tipo de 
material, entretanto, é sugerível que se mantenha ao menos três fornecedores 
diferentes para cada item. Isto dificultará a interrupção do fluxo de fornecimento de 
materiais. 
Mas como eu disse, é apenas sugerível. Veja que no caso de fornecedores 
monopolistas (fabricantes de produtos exclusivos no mercado) e especiais 
(dominam materiais ou processos específicos, normalmente não encontrados entre 
outros fornecedores), a manutenção de mais de um fornecedor neste cadastro é 
impossível ou inviável, ou mesmo não desejada. Por essas razões, a relação entre 
fornecedores e compradores neste caso é conhecida como de “fonte única”. 
Alias, uma última dica: o cadastro de fornecedores volta-se, essencialmente, 
a manter uma base de dados de fornecedores habituais (em contraposição aos 
fornecedores monopolistas e especiais). 
E isto é perfeitamente justificável: os fornecedores habituais oferecem 
produtos padronizados. Existem vários deles concorrendo entre si e, portanto, em 
busca de parceiros comerciais que permitam sua sobrevivência. Eles se 
diferenciarão no que diz respeito à qualidade de seu atendimento e sua eficiência, e 
por isso, o cadastro da empresa buscará ter como parceiro apenas aquele que 
cumpra de maneira satisfatória seus objetivos. Os fornecedores habituais, a seu 
passo, estabelecem relações de “fontes multiplas”, já que o comprador possui 
diversas opções em mercado para obter os materiais de que necessita. 
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E já que falamos de fontes, vamos passar mais uma classificação, que já tem 
um tempinho que não vejo ser cobrada pela CESPE: 
Fonte Única: Há exclusividade do produto fornecido (quer seja pela 
existência de monopólio, produto especial, ou mero acordo exigindo que o material 
seja obtito apenas daquele fornecedor) 
Fonte Múltipla: O contrário :P. Agora o comprador tem livre acesso a 
diversas fontes de materiais, podendo escolher a que mais lhe agradar. 
Fonte Simples: Essa daqui é a cereja do bolo na organização do setor de 
compras. Como dissemos, a tarefa de escolha do fornecedor é árdua. E, além de 
tudo, “acertar” na escolha de um bom fornecedor é bastante difícil. Quando o setor 
de compras consegue isto, se agarra com unhas e dentes nele :P. 
A fonte simples indica uma relação na qual a empresa poderia comprar de 
qualquer fornecedor, mas que por questões de planejamento e estratégia, firma um 
contrato de longo prazo com um fornecedor específico, sedimentando a relação 
comercial entre eles. Muito bonito :P 
Quanto ao cadastro, é só isso. Não foi pouco, mas acredito que você não terá 
problemas em dominar os conceitos, e mais importante, o raciocínio por trás do 
cadastro. 
Perfil do Comprador 
Comprador é aquele que compra. Parece óbvio, mas das três palavras que 
estão nessa frase, a mais importante é "aquele". O comprador é uma pessoa. Esta 
atividade ainda não pode ser substituída por uma máquina, de maneira que é dever 
do comprador, representando sua empresa, estabelecer um ponto em comum entre 
o seu representado e o fornecedor, e fazer isso da maneira mais profissional 
possível. 
Porém, é altamente recomendável que essa pessoa tenha algumas 
características, pois de outro modo, o exercício de sua função será um desastre, ou 
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ao menos, extremamente antiética. Você consegue se imaginar como fornecedor, 
recebendo um representante da empresa interessada em comprar vindo de shorts, 
sem camisa, mascando chiclete e te chamando de "cara" o tempo todo? Lógico que 
não. 
Mas para fins de prova, acredito que as características mais importantes e 
procuradas no comprador são as seguintes: 
- O comprador defende sua empresa. Ele tem em mente satisfazer os 
interesses de seu patrão e não do fornecedor. Não pode, por exemplo, fazer uma 
compra 20% mais cara do que seria possível para "rachar" com o fornecedor os 
10%. 
- Por outro lado, defesa de interesses tem limite. O comprador não pode ser 
um estelionatário profissional a serviço de sua entidade. Ele age com 
transparência, sem a ideia de querer prejudicar o fornecedor. 
- O comprador deve ser um sujeito honesto. Ele não só não pratica 
irregularidades, ele denuncia irregularidades de que tenha ciência. 
- Por fim, do ponto de vista do comprador,todos os fornecedores devem 
ser tratados de maneira igual. Então, nada de fazer um favorzinho para aquele 
seu primo que ta com dificuldades financeiras para facilitar a compra de material da 
empresa dele. Tão ruim quanto é aceitar uma joia ou outro presente caro no caso 
de uma negociação bem sucedida com a empresa. 
Só a título de curiosidade, no caso do serviço público federal, presentes 
abaixo de R$ 100,00 podem ser aceitos sem problemas, por serem classificáveis 
como "brindes". Acima desse valor entende-se que o presente passa a influenciar 
nas atribuições do servidor. Para distinguir as situações em que o recebimento do 
presente ultrapassa a mera cortesia, utilize este parâmetro. 
Embora essas características todas sejam até mesmo óbvias, o que se 
assiste no Jornal Nacional todos os dias é justamente servidores fazendo o contrário 
disso. Então, lembre das reportagens como o exato oposto do perfil do comprador 
:P. E por favor, quando passar nessa prova, nada de "esquema". 
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Gestão Patrimonial 
A grande sacada deste tema é que ele não se encontra dentro da 
Administração de Recursos Materiais. Nós já vimos que os recursos materiais se 
voltam ao processo produtivo. Estamos falando de uma outra categoria de bens 
aqui. São bens que, princípio, a instituição não deseja colocar a venda, mas, pelo 
contrário, tais bens tendem a ser incorporados à estrutura da empresa, e 
dificilmente serão vendidos por ela. 
Outro aspecto é que a maior parte dos tópicos do edital diz respeito à gestão 
patrimonial na administração pública. Desta forma, eu que sempre falei de empresa, 
hoje vou falar de órgão, instituição ou entidade. 
E já que até agora não falei de bens patrimoniais, é melhor que eu comece 
definindo o que é patrimônio. 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma instituição que 
podem ser avaliados monetariamente. Tudo, tudo, tudo que a empresa possui que 
possa ser avaliado em dinheiro é patrimônio, inclusive suas dívdias. Sim, até 
mesmo as dívidas (obrigações) compõem o patrimônio da empresa. 
E já que tais bens não serão alienados tão cedo pela entidade, existe um 
raciocínio diferente no seu estudo. Já veremos isso logo mais. 
Os bens que compõem o patrimônio da instituição ali estão para que esta 
possa perseguir seus objetivos. Eles asseguram a continuidade das atividades da 
instituição. 
Mas, que bens são esses? Bem, a primeira classificação busca distingui-los 
justamente dos direitos (bens e direitos são posições positivas no patrimônio, ao 
passo que as obrigações o reduzem). 
Bens materiais: na contabilidade, estes bens corresponderiam ao ativo 
imobilizado da empresa. São bens dotados de existência física, tangíveis, 
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palpáveis. São mais do que meras ideias, são coisas, objetos. Um prédio, um 
carro, um lápis, todos estes bens são materiais, pois correspondem a algo que 
podemos tocar. E claro, além de poderem ser tocados, são bens permanentes, ou 
seja, a instituição tem a intenção de mantê-los. É isso que os diferencia das 
mercadorias em estoque. 
Bens imateriais: corresponderiam aos ativos intangíveis. Estes “bens” não 
são exatamente bens, mas sim são direitos que a instituição possui. Uma 
patente é um direito que possui uma instituição de fabricar determinado produto de 
maneira exclusiva. E este direito, por conceder uma vantagem de mercado, pode 
ser avaliado monetariamente, embora não passe de uma simples ideia. Tais 
“bens” são intangíveis, não podem ser tocados. 
Ok, você já sabe o que são bens matérias e porque os bens materiais não 
são mercadorias (e por favor, não existe estoque de bens materiais nem de bens do 
ativo permanente ou imobilizado). 
A gestão patrimonial volta sua atenção aos bens materiais. Todos os itens do 
edital são voltados ao cuidado que se deve ter na gestão destes bens. 
Mas não é só isso. Do ponto de vista do proveito que a instituição pode retirar 
de determinado bem patrimonial, concorda comigo que uma caneta é 
substancialmente diferente de um prédio, embora ambos sejam bens materiais? 
Por isso, a simples classificação entre bens materiais e bens imateriais não é 
suficiente. Devemos ir mais fundo. Tais bens podem ser classificados entre: 
- Bens de Consumo: é a caneta do nosso exemplo. Por suas características, 
o uso contínuo acaba por esgotar este bem ao final de um período curto de 
tempo (menos de dois anos), de maneira que ele precisa ser reposto com mais 
frequência. E nenhuma carga de caneta vai durar a próxima década, razão pela 
qual sua futura mesa terá um monte delas. 
- Bens Permanentes: o uso corrente destes bens não o destrói. Ele 
tende a permanecer com as mesmas características da data de sua aquisição 
durante um longo tempo (pelo menos mais de dois anos). O prédio não 
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desmorona assim que saímos dele, nem precisa ser reconstruído dia após dia. Ele é 
utilizado por mais de um século e continua lá, do jeitinho que era (algumas 
rachaduras, mas é só isso). 
E não é só isso (também), existe ainda uma outra classificação, lá do Direito 
Civil, que diferencia os bens entre: 
- Bens Móveis: são os bens que não acedem ao solo. Os que podem ser 
removidos de sua posição sem que sua substância seja destruída. Ou, de maneira 
bem mais simples, todo bem que possa ser movimentado sem ser destruído. A 
caneta de novo, eu tiro ela da mesa e ponho em outra e a caneta continua caneta. 
- Bens Imóveis: estes bens perdem sua substância quando 
desprendidos do solo. Encontram-se firmemente preso a ele, e são destruídos ou 
descaracterizados com sua movimentação. Lembra do nosso prédio? Não dá para 
coloca-lo na esquina ao lado só porque bate mais luz ali. Ele será destruído no 
processo. 
E acredite, embora não seja diretamente cobrado em provas de ARM (e sim 
de Direito Civil), você precisará saber: 
Bens de uso comum do povo: São bens de uso geral, que podem ser 
utilizados livremente por todos os indivíduos. A praça aonde você vai é um bem 
público que pode ser utilizado por qualquer pessoa. 
Bens de uso especial: São aqueles nos quais são prestados serviços 
públicos, tais como hospitais públicos, escolas e aeroportos. Sua característica 
principal é a que, embora públicos, seu acesso pode ser restringido. Por 
exemplo, a repartição onde você irá trabalhar é um bem público, nem por isso todo 
mundo pode entrar em qualquer sala da unidade. 
Bens dominicais: São bens públicos que não possuem destinação 
definida, e desta forma, são passíveis de alienação. 
 
Ok, prometo que é só isso que precisa ser tratado quando falamos de bens. 
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Tombamento dos Bens 
Vou explicar o processo desde o início. E no início, não há bem algum. Nossa 
instituição, que pretendia adquiri-lo, licitou o objeto há muito tempo atrás. E agora 
ele, o dito bem, chegou, está na porta da repartição. O que fazer? 
Obviamente que você irá recebê-lo. Mas e aí? Mais nada? Errado! 
Todo bem que adentra a instituição (e principalmente uma instituição pública) 
precisa ser devidamente registrado. 
Lembra dos procedimentos de recebimento de materiais da aula 02?Tudo 
que está lá é importante para o recebimento do bem. Mas o tombamento é a etapa 
que sucede a recepção. 
Vamos relembrar rapidamente a recepção dos materiais, cujo princípio é o 
mesmo aqui: 
O recebimento provisório envolve apenas procedimentos de conferência 
dos materiais, já o recebimento definitivo, momento posterior à conferência, é 
quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material está de 
acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor, 
em quantidade e qualidade, ou ainda, devolve o material ao fornecedor, por estar 
em desacordo com as especificações, para que este regularize os materiais. 
Uma vez dado o recebimento definitivo, está na hora de realizar o 
tombamento do bem. E o que é isso? 
Tombamento é o procedimento administrativo de identificação de um 
bem permanente e seu registro no patrimônio da instituição. Essa identificação 
administrativa consiste em efetuar um cadastro onde são dispostas todas as 
informações relacionadas ao bem. E ao final, gera-se um número de patrimônio, 
normalmente em uma plaqueta a ser afixada no bem, que será o número de 
controle deste mesmo bem até sua alienação ou perecimento. 
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Enquanto este bem for um bem, e enquanto integrar o patrimônio da 
administração, seu número de identificação permanecerá com ele. De tempos em 
tempos a administração efetuará o inventário de todos os bens do seu patrimônio, e 
os números de patrimônio serão úteis nesta missão. 
Mas concorda que não é todo bem que é suscetível de ser “emplacado”? 
Alguns deles, por razão de seu valor econômico diminuto, talvez sejam mais baratos 
que a própria plaquinha que seria colocada neles, né? 
Eu tinha dito que iria parar de classificar bens. O problema é que esta 
classificação está diretamente relacionada ao tombamento, de forma que eu preciso 
coloca-la nesta parte da aula. Mea culpa... 
Dentro da classificação de bens móveis encontramos dois tipos de bens: 
Bens Controlados: este é o material sujeito a tombamento propriamente 
dito. Seu valor monetário justifica um rigoroso controle sobre sua existência, e 
responsabilidade sobre sua guarda e conservação. 
Bens Relacionados: Este material é dispensado de tombamento. Sim, 
não vai rolar plaquinha. Mas isso não quer dizer que ele não será controlado pela 
instituição. Mas ele sofrerá um controle simplificado. Não é toda caneta que entra 
na repartição que vai ganhar um número de patrimônio 
Controle de Bens - Inventário 
Ok, o bem já está dentro da instituição e devidamente catalogado. Mas nós 
devemos continuar a prestar atenção nele. Os bens da instituição não podem 
desaparecer de uma hora para outra, pois como dissemos, o objetivo é que 
continuem a servir aos objetivos da instituição durante muito tempo mais. 
Os bens intangíveis, por serem meras ideias, não podem ser contados, mas 
também não podem ser “perdidos”, de maneira que não é necessário exercer 
controle sobre eles. Desta forma, não é a eles que se volta a atividade de controle 
de bens. 
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Por outro lado, bens tangíveis imóveis dificilmente “desaparecem”, sendo 
sua falta sentida tão logo não estejam mais lá. Você notaria se sua casa não 
estivesse no lugar em que você deixou quando voltasse do trabalho. 
Assim sendo, o controle dos bens se volta àqueles que estão mais 
suscetíveis a desaparecimentos, subtração e danificação, ou seja, a atividade de 
controle de bens diz respeito aos bens móveis tangíveis, quer de consumo, 
quer de produção. 
E a melhor maneira de exercer este controle é através do inventário. 
Dá-se o nome de inventário à verificação ou confirmação da existência de 
bens na instituição. Este inventário pode se dar tanto sobre os materiais em 
estoque como sobre os bens patrimoniais da entidade. 
O inventário em si consiste no levantamento físico ou contagem dos 
materiais para que os dados obtidos sejam comparados ao registro efetuado pela 
instituição. Desta forma, inventariar os bens significa certificar-se de que as 
informações constantes no controle da instituição refletem a realidade. 
E como proceder ao inventário? Existem duas maneiras principais de se fazer 
isso: 
Inventário Geral ou Periódico: Estes são feitos no final do exercício fiscal, e 
a contagem e verificação se faz de uma única vez para todos os itens do estoque ou 
patrimônio. Como você deve ser capaz de imaginar, isto levará um tempo 
considerável para ser feito, e desta forma, a execução do inventário geral 
normalmente paralisa as atividades da área inventariada. 
Inventário Rotativo: o Inventário Geral é custoso para a instituição, pois 
paralisará as atividades da entidade. Para evitar estes males, existe o Inventário 
Rotativo. Nestes casos, haverá um cronograma periódico a se seguido, fazendo-se 
a contagem mês a mês de cada área pretendida, de maneira que ao final do 
exercício, todas as áreas tenham sido inventariadas. A vantagem do método está 
justamente em não paralisar a atividade da instituição. 
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O inventário rotativo tem mais uma vantagem. Caso a empresa combine 
algum método de classificação de materiais (por exemplo a classificação ABC), 
poderá fazer com que alguns grupos de itens sejam verificados mais vezes do 
que outros. E como vimos no capítulo da curva ABC, alguns poucos itens merecem 
mais atenção que outros muitos itens. 
Os materiais podem ser divididos, por exemplo, em três grupos: 
Grupo 1: itens correspondentes à Classe A, que por sua importância e valor 
significativo, merecem atenção redobrada, e portanto, serão inventariados, por 
exemplo, três vezes ao ano. 
Grupo 2: itens correspondentes à Classe B, que tem importância 
intermediária, e assim, podem ser inventariados, por exemplo, apenas duas vezes 
ao ano. 
Grupo 3: estes são os demais itens (Classe C), que existem em grande 
quantidade e pequeno valor total. E por representarem um valor menor do estoque 
(além de dar bem mais trabalho inventariá-los), serão contados apenas uma vez por 
ano. 
E como é feito o inventário? Já disse para você que é impossível que alguém 
lhe diga como fazer algo, mas sempre existem critérios a serem levados em 
consideração. A doutrina costuma estruturar os passos da seguinte maneira: 
- Convocação das equipes de inventariantes:Normalmente, o inventário é 
feito através de duas equipes: a primeira equipe vai fazer a primeira contagem, 
e a segunda equipe vai.... adivinha.... contar de novo! Este procedimento é feito 
para fins de revisão, já que seria mais difícil que duas equipes contassem errado o 
mesmo número de itens; 
- Arrumação física: Não dá para contar objetos se eles não estiverem 
organizados. Desta forma, nesta fase, os itens semelhantes são agrupados e, se 
possível, sairão do caminho, para que as equipes possam transitar livremente. No 
caso do inventário patrimonial, rearranjar os objetos pode ser bastante difícil 
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(imagine colocar todas as cadeiras do seu andar em um canto da sala), de maneira 
que essa fase não é obrigatória; 
- Cartão de Inventário: É a ficha na qual os itens são contados. Nela, são 
inseridos os dados do objeto inventariado, e, depois, sua quantidade. Isto, lógico, se 
o processo for feito manualmente. Caso, por exemplo, todos os materiais tenham 
recebido códigos de barra ao chegar à entidade, seria só passar a maquininha :P. 
- Atualização dos registros de estoque: Se houver algum documento 
parado que altere as informações constantes na entidade antes do inventário, 
este documento precisa ser processado. Por exemplo: se no dia anterior foi feita 
uma retirada de 50 canetas, é claro que elas não estarão lá para serem contadas. 
Mas, se por qualquer razão, esta informação ainda não foi computada, chegou a 
hora de fazer isso. 
- Contagem do estoque (ou dos materiais): E finalmente chega o momento. 
Depois de tanta preparação, está na hora de contar os materiais ou bens. Cada 
item será contado duas vezes. Da primeira vez, será colocado um cartão, etiqueta 
ou ficha no bem, para mostrar que a primeira equipe o incluiu na contagem. A 
segunda equipe de contagem vai contar tudo de novo, retirando parte da marca 
identificadora, para mostrar que também contou o bem. E o que sobrou da marca 
será removido ao fim do inventário. 
- Reconciliação e ajustes: Fizemos tudo isto para nos certificarmos que não 
há divergência entre a realidade e o registro da entidade. Mas e se houver? 
Cabeças vão rolar :P. Brincadeira, mas alguém terá de explicar as divergências 
(e se você vier a ser chefe, vai te dar uma baita dor de cabeça). Uma vez explicada 
a variação, é feito o registro da informação real, e assim, a contagem fica 
conciliada. 
Estas etapas, na gestão patrimonial, também comportam outra classificação 
que é cobrada em provas: 
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 Levantamento: É a coleta de dados sobre todos os elementos do 
patrimônio. Nesta etapa, se determinada o que irá ser contado e procede-se à 
contagem, em três sub etapas: 
- Identificação: Verificação das características dos elementos do 
patrimônio a serem inventariados, para posterior agrupamento por semelhança 
- Agrupamento: Agora nós vamos juntar os elementos identificados 
conforme sua semelhança, para ficar mais fácil de conta-los.. 
- Mensuração: É a contagem, o inventário em si. Nesta etapa será 
determinada quantidade de bens existentes na entidade. 
Arrolamento: Registro das informações levantadas. 
Tombamento. É uma fase que nós já vimos. Também é um registro, mas 
não das informações, e sim do próprio bem que compõe o patrimônio da 
entidade. 
E como todo bem patrimonial é suscetível de avaliação monetária, passamos 
à última fase, que é a da: 
 Avaliação: compreende a aferição do valor monetário do bem. Sem a 
avaliação, o arrolamento só serve para controlar a existência do bem, mas tal 
registro não poderá ser utilizado na contabilidade da entidade (não que você precise 
saber disso, mas eu preciso dizer :P). 
Estes itens correspondem a etapa ou etapas da descrição anterior. São dois 
meios de classificar os passos a serem tomados no processamento do inventário. 
Então, eles podem conter etapas comuns. 
Um último termo a ser aprendido: Cut-off. 
É uma paralisação em toda movimentação de materiais da empresa (é 
recomendável que esta paralisação seja real, mas ela pode ser simplesmente 
teórica, através de um registro apartado), a fim de que o material possa ser 
contado. É recomendável (não obrigatório, como veremos nas questões) que a 
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empresa não receba materiais na data do inventário, que as necessidades do 
processo produtivo sejam atendidas previamente, de maneira que quando realizado 
o Cut-off, nenhum material na empresa esteja sendo movimentado, ou se não for 
possível parar a movimentação, que esta seja feita em separado, com um controle a 
parte. 
Isto é perfeitamente justificável: se o material continuasse a entrar e sair 
livremente, o inventário nunca terminaria, já que sempre existiriam novos itens 
para serem contados ou baixados. 
Através do Cut-off, a empresa específica a data limite que as 
informações do inventário abarcarão. Por exemplo: inventário até o dia 31 de 
dezembro de 2012. Isto significa que os itens que entrarem ou saírem da empresa 
no dia 1º de janeiro não serão contados naquele inventário. 
Mas para traçar este limite com precisão, é necessário algo mais que a 
simples estipulação da data. A empresa precisa apontar quais são as últimas 
operações a serem consideradas no inventário (preferencialmente três) para que 
esta delimitação fique bem clara. 
Desta forma o cut-off pode ser feito através de um mapa que detalhe os 
três últimos documentos considerados antes da contagem, e assim, o 
inventário pode ser feito com tranquilidade, sem o risco, por exemplo, de que itens 
sejam esquecidos ou contados em duplicidade. 
Viram que não tem muito segredo? É porque é só isso mesmo. 
Próximo ponto. 
Alienação, Alteração e Baixa de Bens 
Serão tratados juntos, simplesmente porque ao alienar o bem, deve ser feita 
a baixa do mesmo no registro da entidade. 
A alienação é uma das formas pela qual o bem da entidade pode deixar o 
seu patrimônio, e desta forma, não há mais razões para realizar o seu controle. 
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Alienar é transferir a propriedade de um determinado bem a terceiro. No 
Direito Civil, este termo é utilizado especificamente na venda do bem, não se 
aplicando a doações ou permutas. Entretanto, seu futuro patrão (e o meu antigo) 
acreditam nisto: A Alienação consiste na operação que transfere o direito de 
propriedade do material mediante, venda, permuta ou doação. 
Neste caso, mesmo que o bem seja doado, estaremos diante das hipóteses 
de alienação do bem. Na verdade, não faz tanta diferença, já que as operações a 
serem adotadas serão as mesmas. 
A alienação no setor público é um fenômeno melhor estudado nas aulas de 
Direito Administrativo, especificamente nos procedimentos licitatórios. Seria 
grosseria de minhaparte tentar resumir em algumas linhas o tema de uma aula 
inteira, de maneira que vou passar rapidamente os requisitos para alienação dos 
bens móveis e imóveis: 
- Alienação de bens móveis: o administrador público não faz nada sem que 
o interesse público o esteja amparando. Assim sendo, é necessário que se 
comprove o interesse por trás da operação (público, por favor). Fora isto, é 
necessário que ocorra a “desafetação” do bem, que nada mais é do que sua 
descaracterização enquanto “bem de uso comum do povo” ou “bem de uso 
especial”, pois estas modalidades de bens públicos são inalienáveis, e consequente 
caracterização do bem enquanto bem dominical. E, por fim, deve ocorrer licitação, 
salvo exceções. 
- Alienação de bens imóveis: Deve ocorrer tudo que eu mencionei acima, e 
mais ainda, deve haver autorização legislativa que permita a alienação do bem. 
Ok, mas a alienação não é a única espécie de alteração que o acervo 
patrimonial da entidade pode sofrer, apesar de ser a principal (e única cobrada no 
seu edital diretamente). 
O bem também pode perecer em decorrência de um sinistro (ocorrência de 
um evento imprevisível) ou mesmo por simples extravio (embora o bem perdido 
continue a existir, não integra mais patrimônio da entidade). 
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E tem mais uma hipótese, lá do fim da nota de rodapé, que é o comodato. 
Comodato é um contrato de Direito Civil no qual o comodante cede um bem de sua 
propriedade gratuitamente ao comodatário, sob a condição de que este restitua o 
mesmo bem ao final do período fixado. Se qualquer das hipóteses grifadas não 
ocorrer, não estamos falando de comodato, certo? 
E todas hipótese acima geram uma necessidade: a de que o bem registrado 
no patrimônio seja devidamente baixado, uma vez que não compõe mais o 
patrimônio da entidade. 
Na verdade, a baixa do bem é a atividade administrativa correspondente à 
saída dele do patrimônio. Tudo é registrado, e TUDO MESMO é registrado em uma 
repartição pública. 
Pois bem, já sabemos que na baixa o bem deixa de compor o patrimônio da 
entidade. Mas ele será para sempre lembrado. E por qual razão? O número de 
registro patrimonial dele não poderá ser utilizado em nenhum outro bem. 
Aquele número pertence àquele bem, e mesmo que a plaqueta seja removida, não 
poderá ser utilizada em outro bem. 
Caso, um dia, aquele mesmo bem retorne ao patrimônio da entidade, 
somente aí o número voltará a ser utilizado. Até lá, o número fica guardado em 
outro registro, o de bens desincorporados. 
Pois bem, com isso, encerramos nosso curso. Você viu tudo que eu poderia 
imaginar que precisasse ser visto para uma prova da CESPE na disciplina de 
Administração de Materiais. E já saiu na frente (não terá de visitar essa matéria 
quando o edital sair), razão pela qual deixo registrado meus parabéns a você. 
Daqui para frente, é com você. O que não quer dizer que eu não estarei no 
fórum para uma mãozinha :P. 
Grande abraço. 
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Questões Comentadas 
CESPE 2008/SERPRO/Analista – Gestão Logística. Acerca da 
movimentação, da alienação e de outras formas de desfazimento de materiais, 
julgue os itens. 
1. A alienação consiste na operação que transfere o direito de propriedade do 
material mediante venda, permuta ou doação. 
 Comentário: Item correto. É a própria definição de alienação, já estudada 
por nós na aula. 
CESPE 2008/STF/Analista Judiciário. Acerca de administração de materiais 
nos setores privado e público, julgue os seguintes itens. 
2. Diz-se que um bem móvel classificado como material permanente está 
sujeito ao tombamento quando ele não pode ser alienado nem modificado, 
tampouco sua destinação alterada. 
 Comentário: Item errado. Todo item está sujeito a tombamento enquanto 
integrar o patrimônio da instituição pública, desde que, como falamos, seu valor 
econômico justifique rigoroso controle sobre sua existência. Não interessa se ele é 
dominical (passível de alienação). Alias, vimos que o registro deve permanecer 
mesmo quando o material deixou de fazer parte do patrimônio da entidade (bens 
desincoporados). 
3. IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo Assinale a alternativa que 
define a cessão de um material pertencente do patrimônio de uma instituição. 
 
a) Ocorre quando materiais são entregues na organização com a 
transferência gratuita de posse e direito de uso. 
b) Ocorre quando os materiais são produzidos no próprio órgão. 
c) Cessão é a troca de materiais ocorrida entre organizações e que 
tenham o mesmo valor comum. 
d) Cessão é a mesma coisa que aquisição remunerada de material 
com a utilização de recursos orçamentários disponíveis na 
organização. 
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Comentário: A definição do item a) se encaixa melhor no conceito de doação. 
O item b) não é uma classificação específica. O caso do item c) corresponde à 
definição de permuta. Desta forma, só nos sobra o item d) como item correto. 
4. FCC - 2010 - Sergipe Gás S.A. - Assistente Administrativo O processo 
realizado pela instituição a fim de cumprir a legislação e manter em dia as 
informações patrimoniais é denominado 
a) Recolhimento. 
b) Redistribuição. 
c) Cadastramento 
d) Inventário físico. 
e) Alienação 
Comentário: Nós dedicamos um capítulo inteiro desta aula para falar disso, a 
FCC conceituou o procedimento de inventário físico nesta questão. Desta forma, a 
letra d) é a correta. 
5. IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo Assinale a alternativa 
que apresenta vantagem da gestão de inventário e controle de estoque em uma 
organização. 
a) Gestão de inventário e controle de estoque são necessários para manter 
baixos custos de capital e manutenção das linhas de produção. 
b) A gestão de inventário permite reduzir os custos no processo de vendas, 
por meio da otimização de rotas. 
c) Uma das vantagens é a negociação com os fornecedores em bases 
favoráveis, uma vez que os estoques estarão abarrotados. 
d) A efetiva gestão do inventário possibilitará ganhos de escala na 
produção, por meio da automatização dos processos de compra e 
controle de estoques. 
Comentário: Essa é uma questão interessante. Você chega na conclusão 
dela se usar todos os conceitos que utilizamos nas aulas. A empresa gerencia seu 
inventário e controla estoques para ter certeza de que os bens e mercadorias ali 
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constantes permanecem com as características de quando foram adquiridos (e até 
mesmo para saber se o item não se extraviou). 
Ora, ao fazer isso, ela consegue gerir seu estoque com o máximo de 
eficiência, já que só terá de fazer compras estritamente necessárias ao seu 
funcionamento. E eficiência gera economia.Mas a alternativa b) também fala de 
redução de custos e a d) de ganho de produção. Entretanto, o controle feito através 
do inventário permite uma economia direta no custo de capital, embora isso vá, 
indiretamente, reduzir os custos das vendas. E o examinador quer, no mais das 
vezes, a consequência imediata. Letra a) é a alternativa correta. 
6. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em 
Material e Patrimônio A interdependência dos componentes patrimoniais, o 
conteúdo econômico avaliável em moeda dos bens que compõem o patrimônio bem 
como a vinculação do conjunto patrimonial a entidade que vise determinado fim 
constituem requisitos básicos para que um conjunto de bens, direitos e obrigações 
seja considerado patrimônio. 
Comentário: Patrimônio só é patrimônio se puder ser identificado, controlado 
e mensurado. Item Certo. 
7. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em 
Material e Patrimônio Com relação ao patrimônio e seus aspectos qualitativos e 
quantitativos, julgue os itens a seguir. 
São inalienáveis, enquanto empregados no serviço público, os bens de uso 
especial, embora possam ser contabilizados no ativo, inventariados e avaliados. 
Comentário: Os bens públicos só podem ser alienados em prol do interesse 
público. E a princípio, se foram adquiridos, é porque a sua utilização e manutenção 
são mais interessantes ao poder público do que o valor monetário que representam 
(fosse de outro modo, não precisariam ser adquiridos). Mas nada disto impede que 
o gestor público exerça controle sobre eles. Pelo contrário, é desejável que o faça. 
Item correto. 
Alienação de bens é a transferência de domínio de bens a terceiros. 
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Comentário: Mais uma definição de alienação. Sublime :P. Item Correto 
8. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Área Administrativa - 
Específicos Compras e doações são as únicas origens de recebimento de bens 
patrimoniais nos órgãos sistêmicos. 
Comentário: Pelo amor de Deus. Dificilmente alguma coisa é a única coisa 
possível de ser algo :P. Expressões como “sempre”, “nunca”, “único”, “todos”, 
“nenhum” quase sempre (já que não existe “sempre”) invalidam a alternativa. E aqui 
não é diferente. As permutas também são meios de recebimento de bens materiais, 
e isso é só um exemplo. Item Errado. 
9. COPEVE - 2010 - Prefeitura de Penedo - AL - Agente Administrativo - 1 
O controle de materiais utilizados em uma repartição pública obedece ao conjunto 
de competências do responsável pelo setor. O controle deve ser capaz de identificar 
a qualquer momento as opções abaixo relacionadas, excetuando-se: 
a) quantidades a disposição. 
b) devoluções feitas ao fornecedor. 
c) necessidades específicas de aquisição. 
d) compras recebidas. 
e) compras aceitas. 
Comentário: O ilustre servidor do almoxarifado é um guardião. Ele é capaz 
de dizer a qualquer instante o que está em seu poder naquela sala. Mas ele não faz 
ideia do porque e nem para que serve aquilo que ele guarda. Assim sendo, ele não 
conhece as necessidades que conduziram à aquisição daquele item. Letra c) 
10. CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Administrativa Na 
gestão patrimonial, o registro das características e das quantidades determinadas 
pelo levantamento consiste na etapa de inventário denominada: 
a) Grupamento. 
b) Mensuração 
c) Arrolamento 
d) Avaliação 
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e) Identificação 
Comentário: Nós já vimos isso. O registro de característica vem logo depois 
da fase de levantamento. É necessário anotar o que foi levantado, e isso se chama 
arrolamento. Item c). 
11. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em 
Material e Patrimônio Para o inventário de material permanente, deve-se 
considerar o material cuja vida útil estimada seja superior a dois anos. 
Comentário: Perfeita a definição de material permanente. Seu uso contínuo 
não descaracteriza sua substância, e sua vida útil é estimada em mais de dois anos. 
Item correto. 
12. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em 
Material e Patrimônio O arrolamento, uma das fases do inventário do patrimônio, 
consiste no registro das características e quantidades obtidas na fase do 
levantamento. 
Comentário Acho que nem precisa comentar né? Mas se precisar, o 
arrolamento é justamente a fase após o levantamento do inventário, no qual as 
características e quantidades obtidas na contagem são registradas. Item Correto 
13 COPEVE - 2010 - Prefeitura de Penedo - AL - Agente Administrativo - 
1 Em uma repartição pública, ao se proceder ao levantamento de todos os seus 
ativos (tangíveis, intangíveis, ativo mobilizado etc.) está elaborando-se 
a) o inventário de patrimônio. 
b) a lista de bens. 
c) o rol de objetos e processos. 
d) o registro de documentos. 
e) a classificação pecuniária. 
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Comentário: Definição perfeita e acabada de inventário de patrimônio. A 
repartição está querendo verificar se todos os bens que a guarnecem continuam em 
seu poder, e em perfeito estado. Item a). 
14. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa - 
Específicos - 01 Caso determinado item apresente duas contagens divergentes em 
um mesmo inventário, deve-se adotar como estoque físico a média aritmética entre 
os resultados das duas contagens, assumindo-se o número inteiro imediatamente 
inferior. 
Comentário: Trapaceiros :P. Se a primeira conta não bateu com a segunda, 
isto significa que a contagem de ser refeita. Este “bem bolado” de tirar a média 
acaba descaracterizando a dupla contagem, que tem justamente a finalidade de 
dimensionar a real situação dos bens e materiais, e não uma simples aproximação. 
Item Errado. 
15. COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL - Assistente de Administração Em 
relação ao processo de inventário na administração pública, não é correto afirmar: 
a) na Administração Pública o inventário é obrigatório, pois a legislação 
estabelece que o levantamento geral de bens móveis e imóveis terá por base o 
inventário analítico de cada unidade gestora e os elementos da escrituração 
sintética da contabilidade. 
b) a fim de manter atualizados os registros dos bens patrimoniais, bem como 
a responsabilidade dos setores onde se localizam tais bens, a Administração 
Pública deve proceder ao inventário mediante verificações físicas pelo menos uma 
vez a cada cinco anos. 
c) na Administração Pública, o inventário é entendido como o arrolamento 
dos direitos e comprometimentos da Fazenda Pública, feito periodicamente, com o 
objetivo de se conhecer a exatidão dos valores que são registrados na contabilidade 
e que formam o Ativo e o Passivo ou, ainda, com o objetivo de apurar a 
responsabilidade dos agentes sob cuja guarda se encontram determinados bens. 
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