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1 3 Amaury Portugal Teoria Geral da Administração II 1ªEdição Sobral/2017 5 Sumário Palavra do professor autor Sobre o autor Ambientação à disciplina Trocando ideias com os autores Problematizando Unidade de Estudo I: Abordagem Neoclássica da Administração; Teoria Neoclássica Características Principais da Teoria Neoclássica Criticas a abordagem neoclássica Princípios Básicos da Organização Funções do Administrador Processo Administrativo Administração por Objetivos (APO) Objetivo da Administração Unidade de Estudo II: Teoria da Burocracia Conceituando a Teoria da Burocracia Origens da Teoria da Burocracia Características da Burocracia, segundo Weber Características principais Críticas sobre a Teoria Burocrática Unidade de Estudo III: Abordagem Estruturalista da Administração Conceituando a teoria estruturalista A Sociedade de Organizações Tipologia das Organizações Tipologia de Etzioni Tipologia de BLAU e SCOTT 6 O Homem Organizacional Análise das Organizações Organização Formal Organização Informal Objetivos Organizacionais Ambiente Organizacional Conflitos Organizacionais Apreciação crítica do Estruturalismo Unidade de Estudo IV Abordagem Comportamental da Administração ( Behaviorista) Breve histórico da abordagem comportamental da administração (Behaviorista) Teoria Comportamental da Administração Ciclo motivacional Hierarquia das necessidades de Maslow: Teoria dos Fatores de Herzbeg Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos Estilos de Administração ( teoria X e teoria y) Sistemas de Administração Críticas Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) Técnicas de DO As limitações do Desenvolvimento Organizacional Unidade de Estudo V: Abordagem Sistêmica da Administração Princípios Sistêmicos Principais Conceitos Aplicados a Abordagem Sistêmica Origem da Teoria Geral dos Sistemas Tipos de sistemas A organização como um sistema aberto Conceito de sistemas As organizações como sistemas 7 Características obrigatórias dos sistemas sociais Homem Funcional Cibernética e administração As principais consequências da Cibernética na Administração Teoria matemática da administração Vantagens dos modelos Matemáticos As principais Técnicas de pesquisa operacional Abordagem Contingencial da Administração Origem da teoria das contingências Mapeamento ambiental Desenho Organizacional Unidade de Estudo VI: Novas Abordagens da Administração A teoria da Administração Gestão do conhecimento e capital intelectual Soluções emergentes Equipes de alto desempenho Qualidade Total Gestão da Qualidade Explicando melhor com a pesquisa Leitura Obrigatória Pesquisando com a Internet Saiba mais Vendo com os olhos de ver Revisando Autoavaliação Bibliografia Bibliografia Web Vídeos 8 Palavra do Professor autor Prezados alunos, O estudo da Administração de empresas é o estudo de entidades organizacionais que de forma relevante sempre impactou os acontecimentos e a formação das sociedades e economias capitalistas durante os tempos. Teoria Geral da Administração II aborda a continuação da história das teorias da administração, já vistas na disciplina de TGA I. O enfoque agora é direto e focado nas escolas que complementam a visão mais atual da disciplina, já que se aproxima dos tempos atuais. Trata-se de uma disciplina recheada de conceitos e fatos históricos que ilustram esta trajetória de simples técnicas a pujantes teorias que hoje conhecemos por administração de empresas. O autor! 9 Sobre o autor Amaury Portugal, Mestre em Administração pela UNIFOR/CE com Bolsa da Funcap - CE. Formado em Administração de Empresas pela UNIFOR/CE, Especialista em Marketing de Serviços pela FIA/SP. Coordenador dos cursos de Bacharelado em Administração EAD e Tecnológico em Recursos Humanos EAD do Centro Universitário UNINTA. Coordenador do curso de Bacharelado em Administração da Faculdade Alencarina de Sobral – FAL. Professor há 11 anos, em instituições como FVS-CE, UVA-CE, FAECE-CE, Faculdade CDL-CE e Faculdade Luciano Feijão-CE Consultor de Marketing, com foco em varejo e tecnologia, presta consultoria no Sebrae/CE. Experiência de mais de seis anos como executivo nos mercados de Bebidas e Farmacêutico em empresas como Schincariol e Nuteral. 10 Ambientação Sejam bem-vindos a disciplina Teoria Geral da Administração II. O estudo da administração se inicia com sua disciplina clássica de Teoria Geral da Administração. Este disciplina dentro do curso de administração pode ser formatada em um ou mais semestres, o caso desta versão que adotamos com a disciplina que dividimos em TGA I e TGA II. Nesta segunda parte vamos abordar as teorias que complementam a visão da Administração atual com influências, críticas e uma forma de organização que ressalta conceitos advindos de épocas passadas e que até hoje permanecem. O universo histórico compreende o período dos anos 50 até os dias de hoje, com uma unidade de estudo específico destinado a Teoria da Burocracia, que quebra a linha histórica, mas que de tão fundamental, ganhou essa abordagem especial. Estudam-se também princípios avançados dentro da teoria comportamental, teorias estruturalistas, e um destaque as teorias que moldaram o que conhecemos hoje como Administração, a Teoria Sistêmica, com estudos sobre cibernética e matemática, tendo os Estados Unidos como grande celeiro deste conhecimento. Bons estudos! 11 Trocando ideias com os autores Agora é o momento em que você irá trocar ideias com os autores das obras indicadas. Sugerimos que leia a obra Teoria Geral da Administração. Durante anos, a Administração foi considerada uma atividade paralela e apenas complementar ao comando das organizações, em geral, e das empresas, em particular. Surgida no início do século passado como uma ciência focada na busca da eficiência do trabalhador de chão de fábrica provocou uma verdadeira revolução no mundo organizacional. Envolveu a organização como uma totalidade, em um amplo processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar, posteriormente abrangendo também as pessoas e os grupos sociais como atores e protagonistas do processo. Tudo dentro de uma abordagem prescritiva e normativa de como se deve fazer. Com o passar do tempo, absorveu o estruturalismo da sociologia organizacional e o behaviorismo da psicologia organizacional, incorporando também os conceitos básicos da teoria de sistemas e abrindo seus horizontes para o ambiente e o mundo globalizado – palco dos desafios atuais em termos de complexidade, mudanças e transformações rápidas, e da incerteza e imprevisibilidade delas resultantes. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral de Administração. 9ª ed. Rio de Janeiro: Manole, 2014. 12 Propomos também a leitura da obra Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. Esta obra apresentaa evolução das ideias na história das organizações e da administração. O texto foi planejado para fornecer a visão dos conceitos e facilitar a aquisição das técnicas que se desenvolveram a cada estágio evolutivo. Os casos, no final de cada capítulo, possibilitam trazer os conceitos e as técnicas para a esfera da aplicação prática, ajudando o estudante a desenvolver suas competências de análise e julgamento. Abrangente e atualizado, o livro dá tratamento cuidadoso a temas clássicos e contemporâneos, como: Administração científica; Escola do processo administrativo; Sistema Toyota de Produção; Modelo japonês de administração; Pensamento sistêmico; Ética e responsabilidade social; Administração participativa. A redação concisa e organizada em itens numerados facilita a leitura. A bibliografia faz uso dos recursos da Internet, que o estudante é incentivado a utilizar intensamente. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Guia de Estudo Analise as duas obras e faça uma síntese realizando um paralelo entre as duas, relacionando com o assunto abordado nessa disciplina. 13 Problematizando CASO - O OUTRO LADO DA MESA O vendedor Humberto começou a trabalhar há 14 anos na Afrodite, uma grande empresa industrial do ramo têxtil e de confecções. Sua equipe tinha outros quatro vendedores. Três deles atendiam a pequenos varejistas, que representavam 20% das vendas. Outro vendedor era especializado em atacadistas, que respondiam por mais 20% do faturamento. Humberto, o mais experiente, vendia para grandes varejistas, como cadeias de lojas e supermercados. Sozinho, Humberto produzia 60% das vendas. Humberto e seus colegas tinham relações muito cordiais. Eram como diziam, “Bons amigos que trabalhavam juntos” . Sérgio, o supervisor de Humberto, era considerado um dos melhores gerentes da Afrodite. A intervalos regulares, chamava cada um de seus vendedores para perguntar sobre seu desempenho e dar instruções. A maior parte das perguntas e instruções de Sérgio dizia respeito aos índices de desempenho da equipe – o número de visitas feitas por dia, a taxa de vendas efetuadas em relação ao total de visitas, e assim por diante. Quase sempre, ele dizia que iria conversar novamente com o vendedor ali a uma semana, para cobrar resultados. Infalivelmente, uma semana depois, o vendedor era chamado. Ele usava uma lista de assuntos pendentes, que atualizava continuamente, para fazer cobranças e dar ordens. Um dia, Sérgio foi promovido e escolheram Humberto para ficar em seu lugar. Um de seus colegas o substituiu e trouxeram um vendedor de fora para completar a equipe. Humberto foi apanhado de surpresa: - Estou como o homem que foi jogado na água para aprender a nadar. E agora, o que faço? Não recebi quase nenhuma orientação. Confuso, Humberto decidiu imitar alguns dos comportamentos de Sérgio. Ele logo descobriu que, do outro lado da mesa, as coisas não eram tão 14 fáceis. Sérgio definia metas e cobrava seu cumprimento. Humberto dava as ordens, mas, quando chegava o momento da cobrança, ou se esquecera do que havia pedido, ou perdera as anotações. Frequentemente, ele simplesmente se esquecia de chamar os vendedores para prestar contas. O simples fato de definir metas e pedir relatórios começou a criar problemas, como passaram a dizer seus colegas: - Quem ele pensa que é? Aonde ele quer chegar? Quando era vendedor, sempre criticou essa burocracia. Como é que agora ele vive pedindo isso pra nós? Para manter sua autoridade, Humberto decidiu cortar o relacionamento com seus colegas. Quando alguém lhe disse que havia se tornado seco e até mesmo rude, ele respondeu: - Você sabe, agora eu sou gerente. Gerentes não podem confraternizar com funcionários. Faz parte do papel. Eu não sou assim. É o cargo que exige. Depois de pouco tempo, as vendas começaram a cair. A situação só não ficou desastrosa porque a administração superior entrou em cena, negociando diretamente com os grandes clientes. Isso permitiu manter o volume de vendas nos níveis anteriores. Os diretores logo estabeleceram uma relação de causa e efeito entre Humberto e os problemas naquela equipe de vendas. No entanto, os antigos colegas de Humberto achavam que a promoção fora merecida. Ele era ótimo vendedor e tinha sensibilidade para o mundo dos negócios. Ele conhecia muito bem sua empresa, assim como seus clientes e os produtos que vendia. Agora, a Afrodite está tentando resolver o problema. Recentemente, o diretor de vendas disse a outro supervisor: - Recuso-me a acreditar nessa história de que perdemos um bom vendedor e ganhamos um mau supervisor. Sou pago para resolver problemas assim, mas não sou obrigado a ter resposta para todas as perguntas. Espero que você e os outros supervisores me ajudem a encontrar uma solução para o caso de Humberto. 15 Guia de Estudo: Baseado no estudo de caso acima responda as questões: Quais eram as competências de Sérgio, antigo chefe e antecessor de Humberto? Se você fosse Sérgio, como teria agido quando Humberto foi promovido para ocupar seu lugar? Quais eram as competências mais desenvolvidas de Humberto? Quais ele deveria desenvolver, para torna-se supervisor? Se você fosse Humberto, como teria agido, ao assumir o posto de seu antigo chefe? Em sua opinião, Humberto tem ou não as competências necessárias para ser supervisor de vendas? É melhor deixá-lo com vendedor ou promovê-lo a supervisor? Coloque-se no lugar do diretor de vendas. Qual problema ele deve resolver? Como você resolveria? Após responder as questões relacionadas ao estudo de caso disponibilize na sala virtual para compartilhar com seus colegas. 16 17 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 1 Conhecimentos Entender as definições e perspectivas da Teoria Neoclássica. Habilidades Identificar algumas das principais teorias aplicadas da Teoria Neoclássica Atitudes Desenvolver em si próprio as habilidades propostas pela Teoria Neoclássica. 18 19 Teoria Neoclássica O termo Teoria Neoclássica é, na verdade, um tanto quanto exagerado. Os autores aqui abordados (Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, William Newman, Ralph C. Davis, Louis Allen), muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, também não se preocupam em se alinhar dentro de uma orientação comum. Características principais da Teoria Neoclássica As principais características básicas da Teoria Neoclássica são as seguintes: Ênfase na prática da administração – os autores neoclássicos procuram desenvolver os conceitos de forma prática e utilizável, visando principalmente à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática, enfatizando os aspectos instrumentais da Administração. Reafirmação dos postulados clássicos – a estrutura de organização do tipo linear, funcional e linha-staff, as relações de linha e assessoria, o problema da autoridade e responsabilidade, a departamentalização, e todos os conceitos clássicos são realinhados dentro da nova abordagem neoclássica. Ênfase nos princípios gerais de administração – os neoclássicos preocupam-se em estabelecer normas de comportamento administrativo. Os princípios da Administração que os clássicosutilizavam como “leis” científicas são retomadas pelos neoclássicos como critérios mais ou menos elásticos para a busca de soluções administrativas práticas. 20 Ênfase nos objetivos e nos resultados – toda organização existe não para si mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. O Ecletismo da Teoria Neoclássica – embora se baseiem profundamente na Teoria Clássica, os autores neoclássicos são amplamente ecléticos, absorvendo conteúdo de quase todas as outras teorias administrativas. Críticas a abordagem neoclássica A Administração por objetivo (APO) teve um período de apogeu e acabou caindo no descrédito devido a três exageros: Excesso de regulamentos e de papelório: A APO tornou-se muito burocratizada nas grandes organizações. Autocracia e imposição: A APO tornou-se o sinônimo de chefes autocratas e que impõem objetivos organizacionais exagerados aos subordinados Motivação negativa: Os objetivos exagerados impostos autocraticamente acabam por gerar tensões e angústias nos subordinados, ao invés de motivá-los para o alcance de metas e resultados. Rebatendo as críticas quanto à sua má utilização, alguns autores defendem que os padrões de supervisão, quando desenvolvidos por meio da APO, são sempre melhores. A abordagem da APO oferece ao subordinado um trabalho com limites claramente definidos, que podem ser aplicados de acordo com o desempenho e a confiabilidade. Em boas mãos e dependendo do tipo de organização, a APO pode levar a empresa a uma eficácia sem precedentes. 21 Princípios Básicos da Organização Os autores neoclássicos dão algumas pinceladas adicionais no conceito de organização formal. Sob este ponto de vista, a organização consiste em um conjunto de posições funcionais e hierárquicas, conjunto este orientado para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços. Funções do Administrador A Teoria Neoclássica é também denominada escola operacional devido à ênfase nas funções do administrador, isto é, no processo administrativo. Basicamente, a escola operacional visualiza a administração como a aplicação de princípios e de funções para alcançar objetivos. Essa abordagem é sistematicamente defendida por todos os autores neoclássicos: cada uma das funções deve atender a determinados princípios de aplicação e utilização. Para a Teoria Neoclássica, as funções do administrador correspondem aos elementos da Administração que Fayol definiu no seu tempo, mas com uma roupagem atualizada. O processo administrativo segundo cada autor neoclássico: 22 De um modo geral, se aceita hoje o planejamento, organização, direção e controle como as funções básicas do Administrador. O desempenho dessas quatro funções básicas constitui o chamado processo administrativo. Processo Administrativo Processo é qualquer fenômeno que apresente mudança contínua no tempo ou qualquer operação ou trabalho contínuo. O conceito de processo implica que os acontecimentos e as relações sejam dinâmicos, em evolução, sempre em mudança, contínuos. O processo não é algo parado ou estático. Pelo contrário, é móvel, não tem um começo, nem fim, nem sequência fixa de eventos. Os elementos do processo agem uns sobre os outros; cada qual afeta todos os demais. As várias funções do administrador formam o processo administrativo. Planejamento, organização, direção e controle, por exemplo, considerados separadamente, constituem as funções administrativas, vejamos: Planejamento: definir a missão; formular os objetivos; definir os planos para alcançá-los; programar as atividades. Organização: dividir o trabalho; designar as atividades; agrupar as atividades em órgãos e cargos; alocar os recursos; definir autoridade e responsabilidade. 23 Direção: designar as pessoas; coordenar os esforços; comunicar; motivar; liderar; orientar. Controle: definir padrões; monitorar o desempenho; avaliar o desempenho; ação corretiva. Administração por Objetivos (APO) A Administração por Objetivos ou administração por resultados, constitui um modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com espírito pragmático e democrático da Teoria Neoclássica. Seu aparecimento é recente: em 1954, Peter F. Drucker publicou o livro The Pratice of Management (Prática da Administração nas Empresas), no qual caracterizou pela primeira vez a Administração por Objetivos, sendo considerado e criado da APO. Drucker nasceu na Áustria, em 1909. Embora ele tenha uma forte contribuição para a Administração, ele era formado em Direito. Um dos seus grandes méritos foi incentivar o planejamento nas organizações para reduzir as incertezas. APO surgiu quando a empresa privada norte-americana estava sofrendo pressões acentuadas, como método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e organizações em crescimento rápido. Inicialmente constituiu-se um critério financeiro de avaliação e controle. Como critério financeiro foi válido, mas na abordagem global da empresa resultou em uma deformação profissional, pois os critérios de lucro ou de custo não são suficientes para explicar a organização social e humana. APO é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle administrativo, fundamentada no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando e aonde pretende chegar. 24 Figura 1- O processo administrativo Objetivo da Administração Proporcionar eficiência e eficácia às empresas. A eficiência refere-se aos meios: métodos, processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se aos fins: objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa. Figura 2 - OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO 25 EFICIÊNCIA EFICÁCIA Preocupação com os meios; Preocupação com os fins; Capacidade de fazer certa as coisas; Capacidade de fazer a coisa certa; Preocupação com os métodos processos, regras e regulamentos; Preocupação com os resultados, metas, objetivos e fins; Preocupação com os problemas; Preocupação com as soluções; Jogar um belíssimo futebol; Marcar um gol e ganhar a partida; Escolher o melhor roteiro; Chegar ao destino da viagem; Não faltar às aulas; Aprender a ser bem-sucedido; Rezar. Chegar ao céu. Qual é o ideal? Tanto a eficiência como as eficácias são importantes. De nada vale a eficiência (fazer bem) se a eficácia (alcançar os objetivos e obter resultados) não for alcançada. 26 27 TEORIA DA BUROCRACIA 2 Conhecimentos Entender as definições e perspectivas da Teoria da Burocracia. Habilidades Identificar algumas das principais teorias aplicadas da Teoria da Burocracia Atitudes Desenvolver em si próprio as habilidades propostas pela Teoria da Burocracia 28 29 Conceituando a teoria da burocraciaUm dos traços marcantes das sociedades modernas é o seu caráter burocrático e limitado. Apesar de a burocracia ter sido criada para normalizar e legalizar procedimentos de ordem administrativa, os sucessivos desdobramentos e desvirtuamentos de suas atribuições vieram a comprometer esses propósitos. Temos hoje uma máquina burocrática lenta e ineficiente, que não se presta ao atendimento nem sequer da mais banal das necessidades de um cidadão. Mas já foi diferente. A abordagem clássica do pensamento administrativo de Taylor e Fayol, com sua visão comportamental do ambiente organizacional, não atentou ao aspecto burocrático das empresas como extensão da sociedade. A Escola da Burocracia vem assim preencher esta lacuna. Origens da Teoria da Burocracia A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos anos 1940 em função dos seguintes aspectos: Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas, mesmo sendo oponentes e contraditórias, revelam dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos participantes da organização. Necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como, o comportamento dos membros participantes, e aplicável a fábrica e também a todas as formas de organização humana. O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem definidos. 30 Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação, que se tornava mais complexa. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores não tardaram em tentar aplicá-lo na prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração. A burocracia traz uma maneira racional de organizar pessoas e atividades em busca de seus objetivos. Podemos denominá-la assim: buro = escritório e cracia = poder, ou seja, “Poder da Administração”. A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Com o aparecimento das burocracias, seu crescimento e proliferação, a teoria administrativa ganhou uma nova dimensão através da abordagem estruturalista: além do enfoque intraorganizacional, surgiu o enfoque interorganizacional. A visão estreita e limitada aos aspectos internos da organização passou a ser ampliada e substituída por uma visão mais ampla, envolvendo a organização e suas relações com outras organizações dentro de uma sociedade maior. A partir daqui, a abordagem estruturalista se impõe definitivamente sobre a Abordagem Clássica e a Abordagem das Relações Humanas. Características da Burocracia, segundo Weber Max Weber, sociólogo Alemão nascido em 1864, falecido em 1920, definiu a burocracia como a organização eficiente por excelência, e para conseguir essa eficiência, precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. 31 Características principais: Caráter legal das normas e regulamentos – a burocracia é uma organização baseada em uma espécie de legislação própria que define antecipadamente como a organização deverá funcionar. Caracteres formais das comunicações – todas as ações e procedimentos são feitos por escrito para proporcionar comprovação e documentação adequada. Caráter racional e divisão do trabalho – há uma divisão da sistemática do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias. Impessoalidade nas relações – a distribuição de atividades é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. 32 Hierarquia da autoridade – todos os cargos estão dispostos em graduações hierárquicas que encerram determinados privilégios e obrigações, definidos por meio de regras específicas. Rotinas e procedimentos estandardizados – a burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de acordo com as rotinas e procedimentos fixados por elas. Competências técnica e meritocracia – a admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios de avaliação e de classificação e não em critérios particulares e arbitrários. Especialização da Administração – o dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou um grande acionista da organização, mas um profissional especializado na sua administração. Profissionalização dos participantes – cada funcionário da burocracia é um profissional, pois o administrador profissional tende a controlar cada vez mais completamente as burocracias. Completa previsibilidade do funcionamento – tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever antecipadamente todas as ocorrências e criar rotina nar sua execução, para que nenhuma eficiência do sistema seja plenamente alcançada. Críticas sobre a Teoria Burocrática O excessivo racionalismo da burocracia: a organização burocrática é super-racionalizada e entendem as pessoas como membros que seguem regras e procedimentos num sentido mecânico e não como criaturas sociais que interagem entra si e com o meio. Organização administrada com a racionalização de seus respectivos funcionários, seguidores de regras, sem ideias contrárias. A maioria das empresas que optam por ser burocráticas, na verdade são empresas que tem dificuldade para se adaptar as mudanças. 33 Abordagem Estruturalista da Administração 3 Conhecimentos Entender as definições e perspectivas da Teoria Estruturalista. Habilidades Identificar algumas das principais teorias aplicadas da Teoria Estruturalista Atitudes Desenvolver em si próprio as habilidades propostas pela Teoria Estruturalista 34 35 Conceituando a teoria estruturalista Estruturalismo é a teoria que se preocupa com o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, interdependência *das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são suas características básicas. Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse dentro da Administração que mesmo a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista veio representar um verdadeiro desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação em direção à Teoria das Relações Humanas. Representa também uma visão extremamente crítica da organização formal. De um modo geral, as origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes: A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si – tornou necessária uma posição mais ampla e mais compreensiva, que abrangesse os aspectos que, considerados por uma, eram omitidos pela outra. A necessidade de se visualizar a “organização como uma unidade social e complexa, onde interagem muitos grupos sociais” que compartilham com algunsdos objetivos da organização, mas que podem incompatibilizar com outros. 36 A influência do estruturalismo nas ciências sociais e a repercussão destas no estudo das organizações sociais. Novo conceito de estrutura – estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que subsiste inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, ou seja, a estrutura se mantém mesmo com a alteração de um dos elementos ou relações. Com o estruturalismo ocorreu a preocupação exclusiva com as “estruturas”, em prejuízo de outros modos, para se compreender a realidade. Estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. A Sociedade de Organizações As organizações constituem a forma dominante de instituição em nossa sociedade: são as manifestações de uma sociedade altamente especializadas e interdependentes, que se caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a atenção, tempo e energia de numerosas pessoas. As organizações formais por excelência são as burocracias. Daí o fato de a Teoria Estruturalista ter como principais expoentes figuras que se iniciaram com a Teoria da Burocracia. Uma organização tem um objetivo, uma meta, e para que este seja alcançado com mais eficiência, é necessário que haja uma relação estável entre as pessoas, sendo estas relações sociais estáveis criadas deliberadamente, para atingir determinado fim. Existe um tipo específico de organização, as chamadas organizações formais. 37 Dentre as organizações formais existem as chamadas organizações complexas. Devido ao seu grande tamanho ou à natureza complicada das operações (como os hospitais e universidades), sua estrutura e processo apresentam alto grau de complexidade. A convergência dos esforços entre as partes componentes (departamentos, seções) é dificultada por fatores como a diferenciação das características pessoais e ao enorme tamanho da organização. Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem das suas participantes, determinadas características de personalidade. Essas características permitem a participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis desempenhados variam, podendo até chegar à inversão. As organizações, de acordo com Amitai Etzioni, sociólogo alemão, destaca que as organizações sofreram um longo e penoso processo de desenvolvimento, através de quatro etapas: Etapa da natureza: é a etapa inicial, onde os elementos da natureza constituíam a base única de subsistência da humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nesta etapa da história da civilização. Etapa do trabalho: os elementos da natureza passam a ser transformado através do trabalho, que conquista rapidamente o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a vida da humanidade. Etapa do capital: o capital passa a preponderar sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social. Etapa da organização: o desenvolvimento da humanidade levou gradativamente as forças naturais, o trabalho e o capital a uma submissão à organização. 38 A sociedade moderna, ao contrário das sociedades anteriores, atribui um elevado valor moral ao racionalismo, à eficiência e à competência, pois a civilização moderna depende, em grande parte, das organizações, como as formas mais racionais e eficientes que se conhecem de agrupamento social. Tipologia das Organizações Não existem duas organizações iguais. As organizações são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo, elas apresentam certas características que permitem classificá-las em certos grupos ou tipos. Essas classificações denominaremos tipologias das organizações. Para facilitar a análise comparativa das organizações, boa parte dos autores estruturalistas desenvolveram tipologias de organizações, tentando classificá-las de acordo com certas características distintivas. Tipologia de Etzioni Etzioni elabora sua tipologia de organizações, classificando as organizações com base no uso e significado da obediência. Para ele, a estrutura de obediência em uma organização é determinada pelos tipos de controles aplicados aos participantes. Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, são: Organizações coercitivas: o poder é imposto pela força física ou por controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou manifesta - como o significado principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais etc. 39 Organizações utilitárias: poder baseia-se no controle dos incentivos econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação. Organizações normativas: o poder baseia-se em um consenso sobre objetivos e métodos de organização. Utiliza o controle moral como a força principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento "moral" e motivacional. As organizações normativas são também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais. Tipologia de BLAU e SCOTT Blau e Scott apresentam uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de quem se beneficia com a organização. Para Blau e Scott, há quatro categorias de participantes que podem se beneficiar com uma organização formal: Os próprios membros da organização; Os proprietários ou dirigentes da organização; Os clientes da organização: O público em geral. A tipologia de Blau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e de influência do beneficiário sobre as organizações, a ponto de condicionar a sua estrutura. 40 O Homem Organizacional Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o “homo economicus” e a Teoria das Relações Humanas o “homem social”, a Teoria Estruturalista caracteriza o “homem organizacional”, ou seja, o homem que desempenha papéis diferentes em diferentes organizações. O homem organizacional, para ser bem-sucedido precisa ter as seguintes características de personalidade: Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações. Tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais. Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade profissional. Permanente desejode realização, para garantir a conformidade e cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais. Essas características de personalidade não são exigidas sempre no nível máximo pelas organizações, mas a partir de composições e combinações que variam enormemente e de acordo com a organização e com o cargo ocupado. 41 Análise das Organizações A análise das organizações, do ponto de vista estruturalista, é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, os da Teoria das Relações Humanas e os da Teoria da Burocracia. Essa abordagem múltipla utilizada pela Teoria Estruturalista envolve: Tanto a organização formal como a organização informal; Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas; Os diferentes níveis hierárquicos da organização; Tanto a análise intraorganizacional como a análise interorganizacional. É neste contexto que surgiu a Teoria Estruturalista a qual representou um verdadeiro desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação em direção à Teoria das Relações Humanas. Representa também uma visão crítica da organização formal. Enquanto a Teoria Clássica se concentra na organização formal, a Teoria das Relações Humanas tem como objeto de estudo a organização informal. A teoria estruturalista estuda o relacionamento entre ambas, buscando o equilíbrio entre as duas organizações formal e informal. Organização Formal Refere-se geralmente ao padrão de organização determinado pela administração como o esquema de divisão de trabalho e poder de controle, regras e regulamentos de salários e controle de qualidade. 42 Organização Informal Refere-se ao relacionamento interpessoal, ou seja, as relações sociais que se desenvolvem espontaneamente entre o pessoal ou os trabalhadores, acima e além da formal (trabalham em equipe e são amigos). Objetivos Organizacionais Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta atingir; um objetivo é um estado que se procura, e não um estado que se possui. A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que essa organização atinge seus objetivos. Funções dos objetivos organizacionais Pela apresentação de uma situação futura indica uma orientação que a organização procura seguir; Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma organização; Os objetivos servem como padrões para avaliar o êxito da organização; Os objetivos servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que tenta verificar e comparar a sua produtividade. O estabelecimento de objetivos por uma organização é intencional, é um processo de interação entre a organização e o ambiente. 43 Ambiente Organizacional Ambiente é tudo o que envolve externamente e internamente uma organização. Uma organização depende de outras organizações para seguir seu caminho e atingir seus objetivos. Assim, o importante não é somente a análise organizacional, mas também a análise interorganizacional, que está voltada para as relações externas entre uma organização e outras organizações no ambiente. Conflitos Organizacionais Os estruturalistas discordam que haja harmonia de interesse entre patrões e empregados (como afirma a teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela administração, através de uma atitude compreensiva e terapêutica, nivelando as condutas individuais (como afirma a teoria das relações humanas). Ambas as teorias colocam fora de discussão o problema conflito, provavelmente em decorrência de seu caráter prescritivo. Para os estruturalistas, os conflitos são os elementos geradores de mudanças e do desenvolvimento da organização. Conflito significa a existência de ideias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos e colidentes que podem se chocar. Sempre que se fala em acordo, aprovação, resolução, consentimento deve-se lembrar que essas palavras pressupõem a existência ou a iminência de seus opostos, como desacordo, desaprovação, desentendimento, oposição – o que significa conflito. O conflito é condição geral do mundo animal. Conflito e cooperação são elementos integrantes da vida de uma organização. Uma das situações conflitivas típicas é a tensão imposta à organização pela utilização do conhecimento como criar, cultivar e aplicar o conhecimento 44 sem solapar a estrutura hierárquica da organização. Muitas vezes o conhecimento traz conflitos com a hierarquia. Para Blau e Scott existem dois tipos de conflitos, em um processo fundamentalmente dinâmico e dialético, importantes do desenvolvimento das organizações: O conflito entre a organização informal e a organização formal; O conflito existente na relação entre clientes e organização. Para estes dois autores há uma relação de mútua dependência entre conflitos e mudanças, pois as mudanças precipitam conflitos e os conflitos geram inovações. Esta teria foi classificada como a teoria da crise, pois aponta mais os problemas e aspectos críticos das organizações do que propriamente as soluções. Sendo muito mais descritiva e crítica do que propositiva. Apreciação crítica do Estruturalismo As tipologias das organizações apresentadas pelos estruturalistas são criticadas pelas suas limitações quanto à aplicação na prática e pelo fato de se basearem em um único princípio básico. Apesar da necessidade das tipologias, não se dispõe de um esquema adequado para as organizações, as apresentadas são unidimensionais e simples. A Teoria Estruturalista é uma teoria de transição e de mudança, de certa forma é uma “ponte” para a Teoria de Sistemas. No fundo a ideia da integração dos elementos numa totalidade é a mesma ideia básica que sustenta a Teoria dos Sistemas. Os autores neoestruturalistas são os responsáveis pelo surgimento da Teoria da Contingência. 45 ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO (BEHAVIORISTA) 4 Conhecimentos Entender as definições e perspectivas da Teoria Comportamental da Administração. Habilidades Identificar algumas das principais técnicas e conceitos aplicadas a Teoria Comportamental da Administração Atitudes Analisar uma autoanálise das habilidades propostas pela Teoria Comportamental da Administração 46 47 Breve histórico da abordagem comportamental da administração (Behaviorista) Surge em 1947 com o objetivo de democratizar a administração, com enfoque no chamado “comportamento organizacional”. Traz uma nova concepção sobre organização: ela se constituiria em um sistema social cooperativo. Partindo da premissa que o homem é social, ele se juntaria a outras pessoas para alcançar objetivos que sozinho não conseguiria, superando limitações e desenvolvendo habilidades e aptidões. A abordagem comportamental – também chamada behaviorista (em função do behaviorismo na psicologia) – marca a mais forte influência das ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. Enquanto o estruturalismo foi influenciado pela sociologia, a abordagem comportamental recebe forte influência das ciências comportamentais, e, maisespecificamente da psicologia organizacional. Teoria comportamental da administração Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Para poder explicar como as pessoas se comportam, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Assim, um dos temas fundamentais da Teoria Comportamental é a motivação humana. Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. 48 Primeiramente, você sabe o que é motivação? O termo motivo vem do elemento Daí vem à ação de mover, isto é, motivação. A motivação leva você a agir em direção a um objetivo e responder à pergunta: Por que você escolheu administração? Por que você preferiu esta Universidade? Por que optou pelo período noturno? Por que resolveu sentar-se nas primeiras cadeiras? Por que tem preferência pela matemática? Essas perguntas se referem à direção que você tomou ao realizar uma ação. Depois, alguém lhe pergunta: 49 Por que resolveu estudar Administração, apesar de trabalhar o dia todo e ter de preparar os trabalhos nos fins de semana? A resposta a essa pergunta diz respeito à persistência da ação. A direção inicia um comportamento e a persistência mantém esse comportamento. Ao estudar os motivos humanos, verificamos que é através da conduta do indivíduo, de forma direta ou não, de forma verbal ou não verbal, que poderemos entender os motivos do indivíduo, isto é, as condutas que os levam a agir. Apesar das dificuldades – estudar à noite, dificuldade de trânsito, tarefas, pesquisas aos sábados e domingos, você CONTINUA. Você é persistente. 50 A motivação pode levar você a uma direção, de tal forma que você esteja interessado em atingi-la. A motivação, porém, pode ser “teimosa” e levá- lo a persistir a alcançar o objetivo. Para compreender a motivação humana, o primeiro passo é o conhecimento do que a provoca e dinamiza. Cada pessoa pode sentir e perceber seus motivos e necessidades de maneira diferente, em diferentes épocas ou situações. Apesar das diferenças individuais quanto às necessidades que regem o comportamento das pessoas, elas são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter satisfação. Sob esse ponto de vista, muitas teorias procuram identificar as necessidades que são comuns a todas as pessoas. A utilidade dessas teorias reside no fato de que o gerente, por ter pleno conhecimento das necessidades, pode tentar motivar sua equipe a agir e a se comportar de acordo com os objetivos da empresa e, simultaneamente, alcançar a satisfação delas por meio do contexto organizacional. Ambos, empresa e indivíduo poderiam beneficiar-se reciprocamente. Além disso, as empresas precisam conseguir obter o comprometimento pessoal de seus funcionários com relação ao alcance dos objetivos A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza com as necessidades humanas. 51 A motivação está contida dentro das próprias pessoas e pode ser amplamente influenciada por fontes externas ao indivíduo ou pelo seu próprio trabalho na empresa. O gerente deve conhecer o potencial interno de motivação de cada pessoa e deve saber como extrair do ambiente de trabalho as condições externas para elevar a satisfação profissional e o comprometimento. organizacionais. De nada adianta formular objetivos se as pessoas não estiverem plenamente imbuídas de motivação pessoal para atingi-los. Se não houver um comprometimento sincero das pessoas e do grupo, os objetivos poderão ficar apenas no papel ou na intenção. Certamente não serão atingidos, pois faltará o gás necessário. As chamadas “Teorias das Necessidades” partem do princípio de que os motivos do comportamento residem dentro do próprio indivíduo: sua motivação para agir e se comportar deriva das forças que existem dentro dele próprio. Algumas dessas necessidades são conscientes, outras não. Ciclo motivacional A motivação funciona de maneira cíclica e repetitiva. O chamado ciclo motivacional é composto de fases que se alteram e se repetem. O organismo humano tende a um estado de equilíbrio dinâmico. Esse equilíbrio se rompe quando surge uma necessidade. O equilíbrio cede lugar a um estado de tensão que dura enquanto a necessidade não for devidamente satisfeita. 52 A tensão (ou estresse) gera ansiedade e sofrimento provocando um consumo mais elevado de energia física e mental. A satisfação da necessidade devolve ao organismo o estado de equilíbrio dinâmico anterior. A figura retrata um ciclo motivacional resolvido pela satisfação da necessidade, liberação da tensão contida e retorno ao equilíbrio dinâmico do organismo. Algumas necessidades humanas exigem um ciclo motivacional bastante rápido e repetitivo, como é o caso das necessidades fisiológicas de alimentação, sono, repouso, etc. Outras necessidades exigem um ciclo mais longo no tempo, enquanto as necessidades humanas mais sofisticadas, como a de autorrealização, exige um processo que envolva quase toda uma vida humana. Assim, o ciclo motivacional pode ser resolvido a partir de três maneiras diferentes: Satisfação da necessidade: com descarga da tensão e retorno ao estado anterior de equilíbrio dinâmico. O ciclo motivacional se fecha plenamente, pois o comportamento foi eficaz no alcance do seu objetivo. Nem sempre o ciclo motivacional se completa. Quase sempre o indivíduo não chega a alcançar a satisfação total ou parcial de uma necessidade. Estado de equilíbrio Necessidade Tensão Comportamento Satisfação da necessidade Retorno ao estado de equilíbrio anterior 53 É o caso de um indivíduo que sonha com uma promoção e a consegue após algum tempo. Frustração da necessidade: quando alguma barreira impede a satisfação da necessidade, que permanece insatisfeita e mantém o estado de tensão no organismo. O ciclo motivacional é bloqueado por alguma barreira impedindo a satisfação da necessidade e provocando um estado de frustração. É o caso de um indivíduo que sonha com uma promoção e não consegue alcançá-la até o final de sua vida profissional. Compensação da necessidade: quando a necessidade não é satisfeita, mas compensada por um meio indireto ou alternativo. O ciclo motivacional é bloqueado por alguma barreira impeditiva e o indivíduo encontra um substituto para aliviar a tensão ou reduzir a insatisfação. É o caso de um indivíduo que sonha com uma promoção e como compensação ganha apenas um aumento razoável de salário. Hierarquia das necessidades de Maslow A teoria motivacional mais conhecida é a de Maslow e se baseia na hierarquia das necessidades humanas. Antes de estudarmos a “Hierarquia das Necessidades de Maslow”, gostaria de tecer breves comentários sobre uma palavra: necessidade. A palavra necessidade vem dos elementos: 54 Necessidade é uma força (que ainda não é ou está) à busca de um objetivo ou de alguma coisa que seja satisfatória.Você não pode falar em necessidade de poder, se a pessoa não está movida (motivada) à procura desse objetivo, a fim de completar um desejo, uma carência. Só tem necessidade de pão o indivíduo que tem fome e o pão completa uma carência. O psicólogo Maslow criou uma teoria sobre o desenvolvimento das necessidades. Para ele, as necessidades se desenvolvem em função da ocorrência da satisfação das carências pelo indivíduo. Assim, quando o indivíduo tem uma necessidade insatisfeita, ele será impulsionado a satisfazê- la. Abraham H. Maslow criou uma hierarquia, apresentada na forma de pirâmide, onde ele explicita que as necessidades humanas são organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de influenciação e importância. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas e recorrentes, enquanto no topo estão as mais sofisticadas e intelectualizadas. Necessidades fisiológicas: constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, como as necessidades de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor) ou desejo sexual (reprodução da espécie). As necessidades fisiológicas são também denominadas biológicas ou básicas e exigem satisfação cíclica e incessante para garantir a sobrevivência do indivíduo. Elas orientam a vida humana desde o momento do nascimento. Aliás, o início da vida humana é uma constante busca da satisfação das 55 necessidades elementares, mas inadiáveis. São, portanto, as necessidades relacionadas com a própria subsistência e existência do indivíduo. Embora comuns a todas as pessoas, elas requerem diferentes gradações individuais para a sua satisfação. Sua principal característica é a premência: quando alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela domina a direção do comportamento. Uma pessoa com fome não tem outra preocupação maior do que se alimentar. Entretanto, quando come regularmente e de maneira adequada, a fome deixa de ser uma motivação importante. Quando todas as necessidades humanas estão insatisfeitas, a maior motivação será a das necessidades fisiológicas e o comportamento das pessoas terá a finalidade de encontrar alívio na pressão que essas necessidades produzem sobre o organismo humano. Necessidades de segurança: constitui o segundo nível das necessidades humanas. Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. A busca de proteção contra a ameaça ou provocação, a fuga ao perigo, o desejo de estabilidade, a busca de um mundo ordenado e previsível são manifestações típicas dessas necessidades. Surgem no comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Exemplo: se as ações e decisões gerenciais refletem discriminação e favoritismo ou alguma prática imprevisível, podem se tornar poderosos ativadores de insegurança entre as pessoas. Necessidades sociais: são as necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. Quando as necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, a pessoa se torna resistente, antagônica e hostil com relação às pessoas que a cercam. 56 Necessidades de estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia. Envolve a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de reconhecimento, de status, de prestígio e de consideração. Necessidades de autorrealização: são as mais elevadas, as que se encontram no topo da hierarquia. Essas necessidades levam cada pessoa a realizar o seu próprio potencial e a se desenvolver continuamente ao longo da vida. Pirâmide das necessidades de Maslow Auto realização Estima Sociais Segurança Necessidades Fisiológicas * Trabalho criativo e desafiante * Diversidade e autonomia * Participação nas decisões * Responsabilidade por resultados * Orgulho e reconhecimento * Promoções * Amizade dos colegas * Interação com clientes * Gerente amigável * Condições seguras de trabalho * Remuneração e benefícios * Estabilidade no emprego * Intervalos de descanso * Conforto físico * Horário de trabalho razoável 57 Teoria dos Fatores de Herzbeg Já exercitamos bastante sobre a teoria de Maslow... Vamos agora conhecer a Teoria dos fatores higiênicos e motivacionais de Herzberg. Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho. Para Herzberg existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas. Fatores higiênicos ou fatores extrínsecos são: o salário, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, as condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa, o clima de relações entre a empresa e as pessoas que nelas trabalham os regulamentos internos etc. São fatores de contexto e se situam no ambiente externo que circunda o indivíduo. Tradicionalmente apenas os fatores higiênicos eram levados em conta na motivação dos empregados: o trabalho era considerado uma atividade desagradável, para fazer com que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se necessário o apelo para prêmios e incentivos salariais, liderança democrática, políticas empresariais abertas e estimuladoras, isto é, incentivos situados externamente ao indivíduo em troca de seu trabalho. Quando os fatores 58 higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação dos empregados. Porém, quando são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos São os relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o indivíduo executa. Estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores motivacionais envolvem os sentimentos de crescimento individual, de reconhecimento profissional e as necessidades de autorrealização. O efeito dos fatores motivacionais sobre o comportamento das pessoas é profundo e estável. Quando são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. Porém, quando são precários, eles evitam a satisfação. Pelo fato de estarem ligados a satisfação dos indivíduos, Herzberg chama-os também de fatores satisfacientes. Herzberg chama-os de fatores higiênicos, pois são profiláticos e preventivos: eles apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a satisfação. Seu efeito é similar ao de certos remédios higiênicos evitam a infecção ou combatem a dor de cabeça, mas não melhoram a saúde. Pelo fato de estarem mais relacionados com a insatisfação, Herzberg também os chama de fatores insatisfacientes. Evitam insatisfação Provocam insatisfação 59 Herzberg salienta que os fatores responsáveis pela satisfação profissional das pessoas são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional. Para ele, “o oposto da satisfação profissional não seria a insatisfação, mas sim nenhuma satisfação profissional e, da mesma forma, o oposto da insatisfação profissional seria nenhuma insatisfação profissional e não a satisfação”. FatoresMotivacionais (Satisfacientes) Fatores Higiênicos (Insatisfacientes) Conteúdo do Cargo Contexto do Cargo (Como o indivíduo se sente em relação ao seu CARGO) (Como o indivíduo se sente em relação à EMPRESA) 1. O trabalho em si 1. As condições de trabalho 2. Realização 2. Administração da empresa 3. Reconhecimento 3. Salário 4. Progresso profissional 4. Relações com o supervisor 5. Responsabilidade 5. Benefícios e serviço sociais Provocam satisfação Evitam a satisfação 60 Estilos de administração Teoria X e Teoria Y Mc Gregor preocupou-se em comparar dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y). Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitam trabalho. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. 61 As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. (Quadro 5 – A Teoria X e a Teoria Y como diferentes concepções a respeito da natureza humana,– retirada do livro do Prof. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.). Desses estilos de administração surgem, respectivamente, liderança autocrática e liderança democrática. O princípio geral que se deriva da teoria X é o da direção e controle do comprometimento humano, através do exercício da autoridade e o da liderança Y é o da criação de condições tais que levem os membros da organização a conquistar melhor seus objetivos, dirigindo os seus esforços no sucesso da empresa. A teoria X levanta as seguintes suposições sobre o comportamento humano: Os seres humanos, em geral, não gostam de trabalho e procuram evitá- lo. Em razão disso, as pessoas devem ser coagidas, controladas, dirigidas e ameaçadas até com punições. Só assim a empresa conseguirá das pessoas os esforços adequados a fim de alcançar produtividade. Por outro lado, as pessoas, em geral, preferem ser dirigidas, desejam evitar responsabilidades, possuem pouca ambição e querem, acima de tudo, segurança. O ser humano é, pela sua própria natureza, resistente à mudança. 62 As pessoas, em geral, são simplórias, não muito brilhantes, ingênuas, charlatãs e demagogas. Sobre a teoria Y, a gerência faz as seguintes suposições sobre o comportamento humano: O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de se conseguir esforços dirigidos para objetivos da empresa. O homem exercerá autodireção e autocontrole a serviços de objetivos a que ele se dedica. O ser humano, de maneira geral, aprende, sob condições próprias não só a aceitar, mas também a solicitar responsabilidades. Sob as condições da moderna vida industrial, as potencialidades intelectuais do ser humano em geral são utilizadas só parcialmente. A tarefa fundamental da liderança é atingir condições organizacionais e métodos de operação tais que as pessoas possam conquistar melhor seus objetivos. Sistemas de Administração Likert considera a Administração como um processo relativo, no qual não existem princípios universais válidos para todas as circunstâncias. Ao contrário, a Administração nunca é igual e pode assumir feições diferentes, dependendo das condições internas e externas da organização. Likert propõe uma classificação de sistemas de Administração, definindo quatro diferentes perfis organizacionais (Perfis Organizacionais de Likert). 63 Sistemas de Administração Críticas Embora os autores da Teoria Comportamental marquem definitivamente a ênfase nas pessoas, em muitos aspectos pecam pela “psicologização” de certos aspectos. Esse exagero é passível de críticas, entretanto o importante é que para ela, as pessoas constituem o ativo mais importante da organização. Existe uma dificuldade na Teoria em ser normativa, os behavioristas descrevem as características do comportamento organizacional, mas não dão tanta importância a construir modelos e princípios de aplicação prática. 64 Maslow e Herzberg apresentam teorias de motivação relativas e não absolutas. Outro ponto é o fato da Teoria não levar em consideração as diferenças individuais de personalidade das pessoas. Foram desprezados os aspectos subjetivos e as diferenças de interpretações individuais da realidade. Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) A Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) tem como objetivo o aumento da capacidade adaptativa à mudança. É um esforço a longo prazo com objetivo de renovar a entidade, com ênfase no trabalho em equipe, na cultura organizacional, na cogestão e no Empowerment (fortalecimento das equipes). Na prática o DO corresponde a estudos feitos em laboratórios com o T Groups (Training Group), dentro da nova concepção do homem (o homem administrativo), que passa de ultrassimplificado a complexo. Nesse momento, visa-se a exploração de todas as suas faculdades e habilidades. O desenvolvimento das habilidades interpessoais (humanas) é apontado como mecanismo de mudança. O que se deseja é que a empresa tenha capacidade inovadora, adquirida através da mudança de sua cultura (modus vivendi; crenças, valores, hábitos e tradições). O Desenvolvimento Organizacional (DO) é uma abordagem de mudança planejada cujo foco principal está em mudar as pessoas e a natureza e qualidade de suas relações de trabalho. Em suma, o DO enfatiza a mudança cultural como base para a mudança organizacional. Mudar a mentalidade das pessoas para que elas possam mudar e revitalizar a organização. 65 French e Bell definem o DO como “um esforço de longo prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os processos de resolução de problemas e de renovação organizacional, particularmente através de um eficaz e colaborativo diagnóstico e administração da cultura nas equipes formais de trabalho, equipes temporárias e cultura intergrupal – com a assistência de um consultor- facilitador e a utilização da teoria e tecnologia das ciências aplicadas ao comportamento, incluindo ação e pesquisa”. Essa definição inclui vários aspectos importantes, como: Processo de solução de Problemas: referem-se aos métodos através dos quais a organização tenta resolver as ameaças e oportunidades em seu ambiente. Processos de Renovação: referem-se às maneiras pelas quais os administradores adaptam seus processos de solução de problemas ao ambiente. O DO pretende melhorar os processos organizacionais de autorrenovação, tornando os administradores mais capazes de adaptar prontamente seu estilo gerencial aos novos problemas e oportunidades que surgem. Administração Participativa: Outro objetivo do DO é o compartilhamento da administração com os funcionários. A administração participativa significa que os administradores colocam abaixo a estrutura hierárquica e fazem os funcionários assumirem um papel maior no processode tomada de decisões. Para alcançar essa mudança, os administradores devem conscientemente mudar a cultura organizacional, através do compartilhamento de atitudes, crenças e atividades. Desenvolvimento de equipes e fortalecimento (empowerment) dos funcionários: criar equipes e atribuir responsabilidade e autoridade aos funcionários são elementos vitais da administração participativa. Dar força e autoridade às pessoas para que elas se sintam responsáveis pela mudança. Pesquisa-ação: refere-se à maneira pela qual os agentes de mudança de DO aprendem sobre quais as necessidades organizacionais de 66 melhoria e como a organização pode ser ajudada a fazer essas melhorias. Isso significa que a ação de intervenção do DO é decorrência do diagnóstico efetuado pela pesquisa. A ação é específica para cada necessidade diagnosticada. A pesquisa-ação envolve: Diagnóstico preliminar do problema, feito pela equipe; Obtenção de dados para apoio ao (ou rejeição do) diagnóstico; Retroação de dados aos participantes da equipe; Exploração dos dados pelos participantes para busca de soluções; Planejamento da solução-ação apropriada ao diagnóstico; Execução da solução-ação. Técnicas de DO As principais técnicas de DO são: Treinamento da Sensitividade: constitui a técnica mais antiga e ampla de DO. Consiste em reunir grupos chamados T-groups (grupos de treinamento) e que são orientados por um líder treinado para aumentar a sua sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento interpessoal. O resultado consiste em maior criatividade (menos temor dos outros e menos posição de defesa), menor hostilidade quanto aos outros (devido à melhor compreensão dos outros) e maior sensitividade às influências sociais e psicológicas sobre o comportamento em trabalho. Isso favorece a flexibilidade do comportamento das pessoas em relação aos outros. Geralmente é aplicado de cima para baixo, começando na cúpula da organização e descendo até os níveis mais baixos. Análise Transacional (AT): é uma técnica que visa ao autodiagnóstico das relações interpessoais. As relações 67 interpessoais ocorrem através de transações. Uma transação significa qualquer forma de comunicação, mensagem ou de relação com os demais. A AT é uma técnica destinada a indivíduos e não a grupos, pois se concentra nos estilos e conteúdos das comunicações entre as pessoas. Ela ensina às pessoas a enviar mensagens que sejam naturais e razoáveis. O objetivo é reduzir os hábitos destrutivos de comunicação – os chamados “jogos” – nos quais a intenção ou o significado das comunicações fica obscuro ou distorcido. A AT assemelha-se a uma terapia psicológica para melhorar o relacionamento interpessoal, permitindo a cada indivíduo autodiagnosticar sua inter-relação com os outros a fim de modificá-la e melhorá-la gradativamente. Consultoria de Procedimentos: é uma técnica em que cada equipe é coordenada por um consultor, cuja atuação varia enormemente. A coordenação permite certas intervenções para tornar a equipe mais sensível aos seus processos internos de estabelecer metas e objetivos, de participação, de sentimentos, de liderança, de tomada de decisões, confiança e criatividade. O consultor trabalha com os membros da equipe a desenvolver o diagnóstico de barreiras e as habilidades de solução de problemas para fortalecer o senso de unidade entre seus membros, incrementar as relações interpessoais, melhorar o cumprimento das tarefas e aumentar a sua eficácia. Reunião de Confrontação: é uma técnica de alteração comportamental com a ajuda de um consultor interno ou externo. Dois grupos antagônicos em conflito (desconfiança recíproca, discordância, antagonismo, hostilidade etc.) podem ser tratados através de uma reunião de confrontação que dura um dia, na qual cada grupo se autoavalia, bem como avalia o comportamento do outro, como se fosse colocado diante de um espelho. Nessa reunião, cada grupo apresenta ao outro os resultados daquelas avaliações e é interrogado no que se refere a suas percepções. Segue-se uma discussão, inicialmente acalorada, tendendo a uma posição de compreensão e de entendimento 68 recíprocos quanto ao comportamento das partes envolvidas. O consultor facilita a confrontação, com total isenção de ânimo, ponderando as críticas, moderando os trabalhos, orientando a discussão para a solução construtiva do conflito e eliminando as barreiras intergrupais. A reunião de confrontação é uma técnica de enfoque socioterapêutico para melhorar a saúde da organização, incrementando as comunicações e relações entre diferentes departamentos ou equipes, e para planejar ações corretivas ou profiláticas. Retroação de Dados: (feedback de dados): é uma técnica de mudança de comportamento que parte do princípio de que quanto mais dados cognitivos o indivíduo recebe, tanto maior será a sua possibilidade de organizar os dados e agir criativamente. A retroação de dados proporciona aprendizagem de novos dados a respeito de si mesmo, dos outros, dos processos grupais ou da dinâmica de toda a organização – dados que nem sempre são levados em consideração. A retroação refere-se às atividades e processos que refletem e espelham a maneira pela qual uma pessoa é percebida ou visualizada pelas demais pessoas. Requer intensa comunicação e um fluxo adequado de informações dentro da organização para atualizar os membros e permitir que eles próprios possam conscientizar-se das mudanças e explorar as oportunidades que geralmente se encontram encobertas dentro da organização. O DO está intimamente relacionado com mudanças que buscam agregar valor ao negócio da organização, às pessoas a aos clientes. No fundo, o DO pode ser utilizado para uma reavaliação da estrutura organizacional, dos processos e tecnologias utilizados, dos produtos e serviços produzidos e da cultura organizacional. 69 As limitações do Desenvolvimento Organizacional Embora seja um forte impulsionador da mudança e da inovação da organizacional, o DO apresenta algumas limitações, como: 1. A eficácia dos programas de DO é difícil de ser avaliada. 2. Os programas de DO demandam muito tempo. 3. Os objetivos de DO são geralmente muito vagos. 4. Os custos totais de um programa de DO são difíceis de avaliar. 5. Os programas de DO são geralmente muito caros. Essas limitações não significam que se deve eliminar os esforços de DO. Apenas indicam as áreas onde o programa precisa ser aperfeiçoado. Os administradores podem melhorar a qualidade dos esforços do DO através das seguintes providências. Ajustar sistematicamente os programas de DO às necessidades da organização; Demonstrar como as pessoas podem mudar seus comportamentos como parte do programa organizacional; Modificar os sistemas de recompensas da organização para premiar os membros que mudam seu comportamento de acordo com o programa. 70 71 ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO 5 Conhecimentos Entender as definições e perspectivas da Abordagem Sistêmica da Administração. Habilidades Identificar algumas das principais técnicas e conceitos aplicadas a Abordagem Sistêmica da Administração. Atitudes Analisar a aplicabilidade da Abordagem Sistêmica da Administração em seu contexto pessoal considerandosuas três teorias. 72 73 Princípios Sistêmicos Expansionismo – todo fenômeno é parte de outro maior (preocupa-se com o globalismo e com a totalidade). Pensamento sintético- um fenômeno é mais bem explicado em função de seu papel no sistema maior (os órgãos do organismo humano são explicados pelo papel que desempenham no organismo e não pelo comportamento de seus tecidos ou de suas estruturas de organização). Teleologia- a causa é uma condição necessária, mas nem sempre o suficiente para que surja o efeito. (a relação causa e efeito não é determinística ou mecanicista, mas simplesmente probabilística) Com esses três princípios – expansionismo, pensamento sintético e teleologia – a Teoria Geral de Sistemas proporcionou o surgimento da Cibernética e desaguou na Teoria Geral da Administração. Redimensionando suas concepções e trazendo profundas mudanças. Essas profundas mudanças também ocorreram simultaneamente nas organizações com o advento da automação e da informática. A abordagem sistêmica se divide em: CIBERNÉTICA, TEORIA MATEMÁTICA E TEORIA DOS SISTEMAS. Principais Conceitos Aplicados a Abordagem Sistêmica Entradas – são os insumos que um sistema usa para operar/processar/transformar. Caixa preta– (black box) é onde as entradas recebem tratamento pré- determinado para obter as saídas desejadas, nem sempre revelando como isto acontece. O conceito de caixa negra refere-se a um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos elementos internos são desconhecidos e que só 74 pode ser conhecido “por fora”, por meio de manipulação externa ou de observação externa. Saída– é o resultado do processamento das entradas. Consequência. Retroação (feedback) é o mecanismo de retorno de uma parte das saídas a o sistema (controle de qualidade) , é basicamente um sistema de comunicação de retorno proporcionado pela saída do sistema á sua entrada, a fim de alterá- la de alguma maneira. A retroação se incube de regular a entrada para que a saída se aproxime do padrão estabelecido. Dado – é o registro ou anotação a respeito de um determinado evento ou ocorrência que isoladamente pode não transmitir um significado. É um registro ou anotação de um determinado evento ou ocorrência. Quando um conjunto de dados possui um significado então temos uma informação. Os dados constitui a matéria-prima para a informação. Informação – é um conjunto de dados com um significado, ou seja, que reduz a incerteza a respeito de algo ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo. Memória – são informações arquivadas por um período determinado para uso em futuras operações do sistema. A memória pode ser dividida em duas partes: usual e não usual. A usual são as informações utilizadas na maior parte do tempo. Ex. contas a pagar, receber, produção, logística. A não usual pode ser que venha a ser utilizada. Ex. arquivo morto. Operação decisória – especifica e determina como e quando uma informação deve ser processada. Elementos de controle – são as verificações do cumprimento dos padrões e caminhos pré-definidos para o sistema em função dos objetivos e planos da empresa. Cibernética – é uma teoria dos sistemas de controle da comunicação interna e externa do sistema e da sua função no ambiente. 75 Informática – é à parte da cibernética que trata da relação das coisas e suas características, de formas racionais, sistemáticas e automáticas. A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos. Embora não se deva confundir a informática com computadores, na verdade ela existe porque existem os computadores. O processamento de informação levou ao surgimento do computador eletrônico, o qual deu inicio a era da informática. Ambiente sistêmico – é o conjunto de elementos que não pertencem ao sistema, mas que influenciam e são influenciados pelo sistema. (concorrentes, fornecedores, clientes). Sistema de informação gerencial – é um subsistema do sistema empresa, constituído de subsistemas interdependentes que dão apoio aos processos decisórios da empresa. (subsistema de compras – interligado a vários subsistemas tais como almoxarifado, contas a pagar). Origem da Teoria Geral dos Sistemas Trabalhos publicados por Ludwig von Bertalanfy entre 1950 e 1968. A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Os pressupostos básicos da T.G.S. são: Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais; Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas; Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, 76 Especialmente as ciências sociais; Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da unidade da ciência; Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica. A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou setores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis possíveis, externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo o processo existente na Organização. Outro fator também de significativa importância é o feedback que deve ser realizado ao planejamento de todo o processo. Teoria dos sistemas começou a ser aplicada à administração principalmente em função da necessidade de uma síntese e uma maior integração das teorias anteriores (Científicas, Relações Humanas, Estruturalista e Comportamental) e da intensificação do uso da cibernética e da tecnologia da informação nas empresas. Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistemas abertos”, mantendo um continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter- relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes. Ênfase: tecnologia - é o foco das teorias que consideram a Administração uma ciência que busca das organizações às demandas e situações que ocorrem em seu contexto externo Enfoque: Administração da tecnologia (imperativo tecnológico) 77 Tipos de sistemas Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias para classificá-los, de acordo com certas características básicas: Quanto a sua constituição Físicos ou concretos: quando compostos de equipamento, de maquinaria e de objetos e coisas reais. (equipamento, objetos, hardware); Abstratos ou conceituais: quando compostos por conceitos, planos, hipóteses e ideias que muitas vezes só existem no pensamento das pessoas. (conceitos, planos, ideias, software). Na realidade, há uma complementaridade entre sistemas físicos e abstratos: os sistemas físicos precisam de um sistema abstrato para funcionar, e os sistemas abstratos somente se realizam quando aplicados a algum sistema físico. Quanto a sua natureza Fechados:não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, sendo assim não recebem nenhuma influencia do ambiente e por outro lado não influenciam. Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para fora. Abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, por meio de entradas e saídas. Os sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente. São eminentemente adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente as condições do meio. 78 A organização como um sistema aberto As organizações são por definição sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter- relacionamento entre diversas variáveis internas e externas, que afetam seu comportamento. Tal como os organismos vivos, as organizações têm seis funções primárias ou principais, que mantêm estreita relação entre si, mas que podem ser estudadas individualmente. Funções primárias das organizações: Ingestão: as organizações adquirem ou compram materiais para processá-los de alguma maneira. Para assistirem outras funções, como os organismos vivos que ingerem alimentos para suprirem outras funções e manter a energia. Processamento: no animal, a comida é transformada em energia e suprimento das células. Na organização, a produção é equivalente a esse ciclo animal. Os materiais são processados havendo certa relação entre entradas e saídas no qual o excesso é o equivalente a energia necessária para a sobrevivência da organização (transformação em produtos). Reação ao ambiente: o animal que reage frente a mudanças ambientais para sua sobrevivência deve adaptar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao seu ambiente, mudando seus materiais, consumidores, empregados e recursos financeiros. As alterações podem se efetuar nos produtos, no processo ou na estrutura (mudanças face ao mercado). Suprimento das partes: os participantes da organização são supridos, não só do significado de suas funções, mas também de dados de compras, produção, vendas ou contabilidade, e são recompensados principalmente sob a forma de salários e benefícios. 79 Regeneração das partes: as partes do organismo perdem sua eficiência, adoecem ou morrem e devem ser regenerados ou recolocados no sentido de sobreviver no conjunto. Os membros das organizações também podem adoecer aposentar-se, desliga-se da firma ou então morrer. As máquinas podem tornar-se obsoletas. Ambos, os homens e máquinas devem ser mantidos ou recolocados – manutenção e substituição. Organização: administração e decisão sobre as funções. As principais características das organizações são: Comportamento probabilístico: as organizações são sempre afetadas pelas variáveis externas. O ambiente é potencialmente sem fronteiras e inclui variáveis desconhecidas e incontroladas. Por outro lado, as consequências dos sistemas sociais são probabilísticas e não- determinadas. O comportamento humano nunca é totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo as muitas variáveis. Por esta razão, a administração não pode esperar que os consumidores e fornecedores, tenham um comportamento previsível e de acordo com suas expectativas. – sistema social num ambiente sem fronteiras, complexo e nem sempre previsível; Parte de uma sociedade maior: as organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essas interações entre os elementos produzem um todo que não pode ser compreendido pela simples investigação das várias partes tomadas isoladamente. – ajuste constante entre grupos internos e externos (econômico e cultural); Interdependência entre as partes: uma organização não é um sistema mecânico, no qual uma das partes pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras. Em face da diferenciação das partes provocadas pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas por meio de integração e de trabalho. As interações internas e externas do sistema refletem diferentes escalões de controle 80 e da autonomia. Uma variedade de subsistema deve cumprir a função do sistema e as suas atividades devem ser coordenadas. – divisão de trabalho, coordenação, integração e controle; Homeostasia versus adaptabilidade: a homeostasia garante a rotina e a permanência do sistema, enquanto a adaptabilidade leva a ruptura, à mudança e a inovação. Rotina e ruptura. Estabilidade e mudança. Ambos os processos precisam ser levados a cabo pela organização para garantir a sua viabilidade. – tendência a estabilidade e equilíbrio versus tendência ao atendimento de novos padrões; Fronteiras ou limites: é a linha que serve para marcar o que está dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente. – sobreposições e intercâmbios com os sistemas do ambiente; Morfogênese: capacidade de se modificar, se corrigir e de obter novos e melhores resultados. Organismos vivos pesquisados Grandes diferenças Mantinha sempre características comuns Objetivo Tem por finalidade a identificação das propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas em geral, independentes dos tipos de cada um, da natureza de seus elementos componentes e das relações entre eles. Procura entender como os sistemas funcionam. 81 Conceito de sistemas Um conjunto de elementos, dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/matéria. Para fornecer informações/energia/matéria. (CHIAVENATO, 2006, p. 72) Conjunto de partes que interagem para atingir um determinado fim (objetivo). Parâmetros dos sistemas Entrada (input): é aquilo que o sistema importa do meio externo para o seu funcionamento (energia, informações, materiais, recursos humanos, etc.) Processamento: é o fenômeno que produz as mudanças, é um mecanismo de conversão das entradas em saídas. Saída (output): é a finalidade para qual se reuniram elementos e relações do sistema, é o resultado final da operação de processamento. 82 Retroalimentação (feedback) : é a função do sistema que visa comparar a saída com um padrão pré-estabelecido. O controle do sistema visa manter ou aprimorar o desempenho do processo. Ambiente: é o meio que envolve o sistema Características dos sistemas Propósito ou objetivo Globalismo ou totalidade Entropia (tendência a degradação, desintegração, desaparecimento) Homeostasia (tendência ao equilíbrio, necessita ação do gestor) Tipos de sistemas Constituição: concreto ou abstrato Natureza: aberto ou fechado Ideias básicas O todo é formado de partes interdependentes; A natureza dos sistemas é definida pelo observador; Para enfrentar a complexidade é preciso ter a capacidade de enxergá-la; Quem utiliza o enfoque sistêmico aprende a “enxergar sistemas” e a sua complexidade O enfoque sistêmico é uma ferramenta que possibilita a compreensão da multiplicidade e interdependência das causas e variáveis dos sistemas 83 complexos e a organização das soluções complexas para os problemas complexos. Complexidade: qualidade do que é complexo, que abrange ou encerra muitos elementos ou partes; que pode ser observado de vários aspectos; complicado. As organizações como sistemas Uma organizaçãoé um sistema composto por partes ou componentes interdependentes que podem ter seus próprios objetivos. A organização é considerada um sistema aberto. A organização como um sistema sócio-técnico. Subsistema técnico: Instalações físicas; Máquinas e equipamentos; Tecnologia; Objetivos; Divisão do trabalho. Subsistema social: Pessoas; Relações sociais; Emoções; Habilidades; Capacidades; Necessidades. 84 Características obrigatórias dos sistemas sociais Funcionalismo – cada elemento de um subsistema tem um papel ou função a desempenhar num sistema mais amplo. Holismo – o sistema só pode ser explicado como uma globalidade e não é uma simples soma das partes, e que tem propriedades que faltam aos elementos individuais que o constituem (sobretudo, em relação ao ser vivo). O holismo opõe-se ao elementarismo, que encara o total como a soma das partes individuais. Homem Funcional O indivíduo comporta-se em um papel dentro das organizações, inter- relacionando-se com os outros, como um sistema aberto. Abordagem Sistêmica: a abordagem sistêmica é uma maneira de resolver problemas sob o ponto de vista da Teoria Geral de Sistemas. Muitas soluções surgem quando observamos um problema como um sistema e, desta forma, sendo formado por elementos, com relações, objetivos e um meio- ambiente. Dicas da Abordagem Sistêmica Dividir para conquistar: procure dividir o problema em problemas menores. Alguém que quer ir de uma cidade a outra, divide o caminho em partes por onde deve passar (estradas a tomar, saídas, entradas, conexões). Identificar todas as partes do sistema: procure identificar tudo o que faz parte do sistema. Algumas partes podem fazer a diferença. Um exemplo clássico é o cavalo de Tróia na guerra entre gregos e troianos. Se os gregos vissem o problema apenas como uma cidade (Tróia) com muros altos e fortes portões, não teriam conseguido entrar. A diferença aconteceu porque eles 85 entenderam que o sistema ainda era composto de pessoas e, neste caso, supersticiosos e religiosos (que não poderiam rejeitar um presente dos deuses). Atentar para detalhes: a falta de uma caneta pode gerar o insucesso de um sistema automatizado. Os analistas se preocupam geralmente com as coisas grandes como computadores, redes e software de banco de dados. Mas num supermercado, se não houver uma caneta para o cliente assinar o cheque, de nada terá adiantado gastar milhares de dólares com hardware, software e treinamento de pessoal. Olhar para o todo (visão holística): se alguém está perdido numa floresta, sobe numa árvore para poder enxergar onde está a saída. O mesmo acontece com labirintos. A visão do todo permite entender como as partes se relacionam. Analogias: a analogia consiste em utilizar uma solução S’ num problema P’, similar a uma solução S que já teve sucesso num problema P similar a P’. Ou seja, é o reuso de soluções em problemas similares, com alguma adaptação da solução. Não é a toa que o Homem criou o avião observando os pássaros voarem. Cibernética e administração A cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja nos seres vivos, ou nas máquinas. A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o seu comportamento. A cibernética compreende os processos físicos, fisiológicos, psicológicos etc. de transformação da informação. Ela é uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação entre os sistemas e o meio/ambiente e dentro do próprio sistema. As empresas são sistemas excessivamente complexos (extremamente complicados e não podem ser descritos de forma precisa e detalhada), probabilísticos (é aquele para o qual não poderá ser fornecida uma previsão detalhada) e regulamentados que funciona como organismos vivos, que 86 desenvolvem técnicas de sobrevivência num ambiente interno e externo em alteração continua. Na cibernética procura-se representar os sistemas originais através de outro sistema comparável, que são denominados modelos, um modelo provisório que o representa, para facilitar o tratamento das entidades evolvidas no estudo, pois a manipulação de entidades (pessoas e organização) é socialmente inaceitável ou legalmente proibida. No caso da administração, por exemplo, a cibernética pode envolver estudos sobre: pessoas, áreas, departamentos, unidades de negócios, empresas, grupos empresariais, etc. A cibernética também está associada ao uso de sistema de comunicação e consequentemente as seus componentes, que são vitais para troca de informações da organização com o ambiente e dentro dela mesma. FONTE => TRANSMISSOR => CANAL/MEIO => RECEPTOR => DESTINO As principais consequências da Cibernética na Administração Com a mecanização que se iniciou com a Revolução Industrial, o esforço muscular do homem passou para a máquina. Porém com a automação provocada pela Cibernética, muitas tarefas que cabiam ao cérebro humano passaram a ser executada pela máquina. A Cibernética está levando a uma substituição do cérebro humano. O computador tende a substituir o homem em uma gama crescente de atividades, e com grande vantagem. As principais consequências da Cibernética na administração são duas: a automação e a informática. Automação: ultramecanização, super-racionalização, processamentos contínuos e controles automáticos nas indústrias, nos comércios e nos 87 serviços bancários. Com a automação surgiram as fábricas autogeridas: algumas indústrias químicas, como as refinarias de petróleo, apresentam uma automação quase total. O mesmo ocorre em organização cujas atividades ou operações são relativamente estáveis e cíclicas, como as centrais elétricas, ferrovias, metrôs etc.. Os autômatos, em cibernética, são máquinas ou engenhos que contem dispositivos capazes de tratar informações que recebem do meio exterior e produzir ações. Informática: tratamento racional e sistemático da informação por [meios automáticos], associado ao uso dos computadores. Embora não se deva confundir a informática com [computadores], na verdade ela existe porque existem os computadores. Na [realidade], a informática é a parte da cibernética que trata da relação entre coisas e suas características, de maneira a representá-las por meio de suportes de informação; trata ainda da forma de manipular esses suportes, em vez de manipular as próprias coisas. A informática é um dos fundamentos da teoria e dos métodos que fornecem as regras para o tratamento da informação. O processamento de informação levou ao surgimento do [computador eletrônico], o qual deu inÍcio à [era da informática]. É uma ferramenta a disposição das empresas e pessoas, mas sua não utilização ou seu desconhecimento pode ser a diferença entre o sucesso e fracasso em qualquer atividade. Teoria matemática da administração A teoria matemática da administração é a parte das teorias da administração de empresas, utilizadas na teoria da administração para fins de estudo. Faz parte da abordagem sistêmica da administração, juntamente com a teoria de sistemas, cibernética e administração. Trouxe enorme contribuição à administração permitindo novas técnicas de planejamento e controle no emprego de recursos materiais, financeiros e 88 humanos. Desenvolveu a aplicação de técnicas bastante avançadas para instrumentalizar a administração das organizações e concede, sobretudo, um formidável suporte na tomada de decisões, poisotimiza a execução de trabalhos e diminui os riscos envolvidos nos planos que afetam o futuro a curto ou longo prazo. A Teoria Geral da Administração tem recebido no decorrer dos últimos trinta anos uma infinidade de contribuições da Matemática sob a forma de modelos matemáticos capazes de proporcionar soluções de problemas empresariais, seja na área de recursos humanos, de produção, de comercialização, de finanças ou na própria área de administração geral. Boa parte das decisões administrativas pode ser tomada na base de soluções assentadas em equações matemáticas que simulam certas situações reais, que obedecem à determinada “leis” ou regularidades. A teoria matemática aplicada a problemas administrativos é mais conhecida como Pesquisa Operacional e tem como base a ideia de que os modelos matemáticos podem simular situações empresariais e ajudar os administradores nas suas tomadas de decisão principalmente com o apoio da informática. As tomadas de decisão podem ser estudadas sob as perspectiva do processo ou do problema: Perspectiva do processo: é uma perspectiva muito genérica e se concentra nas etapas de tomada de decisão, isto é, no processo decisório como uma consequência de atividades. O objetivo da administração, dentro desta perspectiva, é selecionar a melhor alternativa no processo decisório. Dentro desta perspectiva, o processo decisorial envolve uma sequência de três etapas simples. É preciso determinar: identificar o problema; definir alternativas de solução; escolher a melhor. Perspectiva do problema: é uma perspectiva voltada para a resolução de problemas. Na perspectiva de problema, o tomador de decisão pode aplicar métodos quantitativos para tornar o processo decisório mais 89 racional possível, concentrando-se principalmente na determinação e no equacionamento do problema a ser resolvido. Esta trata o problema como uma discrepância entre “o que é” e “o que deveria ser” e os classifica em “não estruturado” ou “estruturado”. Um problema estruturado é aquele que claramente definido, pois suas principais variáveis, são conhecidas. Que tipos de decisões envolvendo aspectos quantificáveis são tomadas em uma organização? - Identificação dos custos para precificação dos produtos. - Planejamento das despesas e orçamento das áreas da organização. - Análise dos custos de distribuição, logística e armazenagem. - Análise das margens e da rentabilidade dos produtos. - Análise dos custos de venda. Vantagens dos modelos Matemáticos A teoria da matemática preocupa-se em construir modelos matemáticos capazes de similar situação reais na empresa. Criação de modelos matemáticos volta-se principalmente para a resolução de problemas de tomada de decisão. É através do modelo que se fazem representações da realidade. Na Teoria Matemática, o modelo é usado geralmente como simulação de situações futuras e avaliação da probabilidade de sua ocorrência. Em síntese os modelos servem para representar simplificações da realidade. Sua vantagem reside nisto; manipular simuladamente as complexas e difíceis situações reais por meio da simplificação da realidade. 90 Permitem o entendimento dos fatos de uma forma melhor que a descrição verbal. Descobrem relações existentes entre vários aspectos do problema, não percebidas na descrição verbal. Permitem tratar o problema em seu conjunto e com todas as variáveis simultaneamente. Podem ser aplicados por etapas e considerar outros fatores não descritos verbalmente. Utilizam técnicas matemáticas e lógicas. Conduzem a soluções quantitativas. Permitem uso de computadores para processar grandes volumes de dados. A Pesquisa Operacional adota o método cientifico como estrutura para a solução de problemas, dando maior ênfase ao julgamento objetivo do que ao julgamento subjetivo. Ela tem como objetivo capacitar a administração a resolver problemas e tomar decisões, e pode ser desenvolvido em seis fases: Formular o problema: uma análise dos sistemas, dos objetivos e das alternativas. Construir um modelo matemático para representar o sistema: esse modelo expressa a eficácia do sistema como função de um conjunto de variáveis, das quais pelo menos uma está sujeita ao controle. Deduzir uma solução do modelo: existem essencialmente dois tipos de procedimentos para derivar uma solução: a perspectiva do processo e a perspectiva do problema. Testar o modelo e a solução: o modelo é uma representação da realidade, o modelo é bom quando for capaz de prever, com exatidão, o efeito que as mudanças no sistema têm sobre a eficácia geral do sistema. 91 Estabelecer controle sobre a solução. Implementar a solução: a solução testada precisa ser transformada numa série de processos operacionais suscetíveis de ser entendidos e aplicados pelo pessoal que será responsável pelo seu emprego. As principais técnicas de pesquisa operacional Teoria dos Jogos: propõe uma formulação matemática para a análise dos conflitos. Este conceito de conflito envolve uma oposição de forças ou de interesses ou de pessoas que origina uma seção dramática. Porém, essa oposição não se dá de forma imediata e explícita, mas a partir da formação e do desenvolvimento de uma situação, até chegar a um ponto mais ou menos irresistível, onde se desencadeia a ação dramática. Uma situação de conflito é sempre aquela em que um ganha e outro perde, pois os objetivos visados são indivisíveis e incompatíveis pela sua própria natureza. A teoria dos jogos é aplicada apenas ao tipo de conflitos que envolvem disputa de interesse entre dois ou mais intervenientes, na qual cada parceiro, em determinado momento, pode ter uma variedade de ações possíveis, delimitadas, contudo, pelas regras do jogo o número de estratégia disponível e finito é, portanto, enumerável. Cada estratégia descreve o que será feito em qualquer situação. Conhecidas as estratégias possíveis dos jogadores, podem- se estimar todos os resultados possíveis. Tem como base o pressuposto do conflito de interesses e ações entre duas ou mais partes interessadas. Teoria das Filas de Espera: refere-se à otimização de arranjos em condições de aglomeração. Cuida dos pontos de estrangulamento, dos tempos de espera, ou seja, das demoras verificadas em algum ponto de serviço. A situação ocorre quando clientes desejam prestação de serviços. Quando cada cliente se aproxima do ponto de serviço, ocorre um período de prestação de serviço que determina quando o cliente se retira. Os outros clientes que 92 chegam, enquanto o primeiro está sendo atendido, esperam a sua vez, isto é, forma uma fila. Os pontos de interesse da teoria das filas são: o tempo de espera do cliente, o número de clientes na fila e a razão entre o tempo de espera e o tempo de prestação de serviço. As técnicas matemáticas que utiliza são extremamente variadas. A teoria das filas e aplicável em análise de tráfego, como no transito viário em situações de congestionamento ou de gargalos, no dimensionamento de caixas de atendimento nas agências bancárias ou em supermercados. Teorias dos Grafos: derivam das técnicas de planejamento e programação por rede COM (Critical Path Method – método do caminho crítico) e PERT (Técnica de avaliação e estudos de programas). Programação Linear: é técnica de solução de um problema que requer a determinação dos valores para as variáveis de decisão que aperfeiçoam um objetivo a ser alcançado sem violar um conjunto de limitaçõesou restrições, tais problemas envolvem normalmente alocação de recurso e sempre envolvem relações lineares entre as variáveis de decisão, o objetivo e as restrições. Como no estudo do melhor percurso econômico de um caminhão de entrega de botijões de gás em um determinado bairro, no estudo do melhor percurso econômico de uma frota de caminhões de distribuição de cerveja e refrigerantes entre diversos bares e restaurantes. Suas características são: preocupa-se em alcançar uma ótima posição em relação a certo objetivo. Supõe a escolha entre várias alternativas ou combinações apropriadas dessas alternativas. Considera certos limites ou obrigações no interior dos quais se devem alcançar necessariamente a decisão. Não somente requer que as variáveis sejam quantificáveis, mas que ao mesmo tempo haja suposições de que entre as diversas variáveis haja relações lineares. 93 Probabilidade e Estatística: permitem a obtenção de informações possíveis com base nos dados disponíveis. Programação Dinâmica: é aplicada em problemas que possuem várias fases inter-relacionadas, onde se deve adotar uma decisão adequada a cada uma das fases, sem perder de vista, porém, o objetivo último. Somente quando o efeito de cada decisão for determinado é que poderá ser efetuada a escolha final. Por exemplo, simplificando o exemplo de um motorista que deseja ir de um ponto a outro, devendo ainda interromper a viagem para almoçar. Normalmente, o motorista soluciona esse problema por fases. Primeiramente, seleciona vários locais intermediários nos quais poderá fazer a refeição. Em seguida, determina o ótimo trajeto de seu ponto de partida para cada local intermediário até seu ponto de chegada. A menor distância determina o melhor ponto intermediário. Sua primeira decisão consiste em selecionar o local da refeição, e a segunda, o melhor trajeto para esse local, mas ambas as soluções estará a preocupação última de procurar o menor percurso. Adequado para tratar de problemas que envolvem várias fases inter- relacionadas, considerando o impacto das decisões para o objetivo final. Abordagem Contingencial da Administração A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de uma relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe 94 uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização. Contingência: qualidade de contingente; eventualidade; possibilidade imprevisível; incerteza. Contingente: que pode ou não suceder; incerto, duvidoso; eventual, casual, fortuito, problemático. A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de causa-e-efeito, pois a administração é ativa e não passivamente dependente na prática da administração contingencial. O reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles não são suficientes. As relações funcionais entre as condições ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente identificadas e especificadas. “A visão de contingência procura entender as relações dentro e dentre os subsistemas, bem como entre organizações e seu ambiente, e procura definir padrões de relações ou configurações de variáveis. Essa visão enfatiza a natureza multivariada das organizações e tenta entender como as organizações operam sob condições variáveis e em circunstâncias específicas.” (SILVA, 2011 p. 365). Ênfase: no ambiente tecnológico é o foco das teorias que consideram a Administração uma ciência que cuida da aplicação bem-sucedida da tecnologia na atividade organizacional. Enfoque: Análise ambiental (imperativo ambiental); abordagem de sistema aberto; 95 A Teoria das Contingências é um desenvolvimento da Teoria dos Sistemas e vai a um estágio posterior no relacionamento com o ambiente e outras variáveis para estruturas específicas de organizações e empresas. A Teoria das Contingências entende que situações diferentes exigem práticas diferenciadas, indicando o uso das teorias tradicionais, comportamentais e de sistemas separadamente ou em conjunto, para solucionar problemas das empresas. A Teoria das Contingências tem contribuído de forma intensa na moderna administração, notadamente na identificação das variáveis com forte efeito no projeto geral das organizações, tais como: tecnologia, tamanho e natureza do ambiente. Possibilitando prognósticos das diferentes estruturas e funcionalidades das organizações causadas pelas disparidades dessas variáveis. Não existe um único modo de bem administrar ou estruturar uma organização. A estrutura deve variar com as condições tecnológicas particulares. A forma como os gestores conduzem as organizações são contingências das características do ambiente em que está situada a organização. Origem da teoria das contingências Joan Woodward, socióloga industrial inglesa, década de 50. Até seus estudos a organização formal era vista como uma estrutura e grupos de processos, a tecnologia era vista como condição limitante. Woodward mostrou que a tecnologia é fator responsável pelo sucesso nas organizações tanto quanto a estrutura e os processos. 96 Woodward criou uma classificação por tipos de sistema de produção: 1. Unitário e de pequenos lotes Produção baseada em pedidos, marketing é a primeira atividade. Maior exigência sobre especialistas técnicos e sobre qualidade e eficiência do produto. Pesquisa e desenvolvimento são as segundas atividades mais críticas. Necessidade de flexibilidade, para integração pessoal (estrutura orgânica). Grande quantidade e produção em massa Programas de produção não são diretamente dependentes dos pedidos. Desenvolvimento do produto, produção e depois marketing, são as atividades críticas. Funções independentes e não apoiadas em relações pessoais. 2. Processo contínuo Manter mercado: marketing atividade crítica e vital. Dificuldade de estocar produtos: fluxo de produção determinado pelo mercado. Conhecimento técnico: como os produtos poderiam ser usados e não como eles poderiam ser feitos. A ideia principal da teoria tecnológica de Woodward é que as organizações que se aproximam da estrutura adequada para a suas tecnologias, deveriam ser as de maior sucesso. 97 Charles Perrow, teórico das organizações e sociólogo, expandiu os estudos de Woodward. Dimensões da tecnologia: 1. Tarefa do trabalho é previsível ou variável 2. Tecnologia pode ser analisada Variabilidade: refere-se ao número de casos excepcionais ou imprevisíveis e à extensão em que os problemas são conhecidos. Análise da tecnologia: medida que as atividades são desmembradas e altamente específicas,e a extensão em que os problemas podem ser resolvidos de maneira conhecida ou pelo uso dos procedimentos de rotina. A combinação das dimensões propicia uma continuidade tecnológica (rotina - não rotina). Nas organizações de tipo rotineiro, há um mínimo de discrição nos níveis tecnológicos e de supervisão, mas a administração média e alta é baseada em planejamento. A interdependência entre esses grupos é pequena (estrutura burocrática). Nas empresas de tipo não rotineiro, a discrição dos níveis tecnológicos e de supervisão é alta e existe uma forte interdependência. (estrutura orgânica). Tom Burns (sociólogo) e George M. Stalker (psicólogo), ingleses, na década de 60, analisaram os efeitos do ambiente externo sobre o padrão de administração e desempenho econômico. Criaram uma classificação dos tipos de ambiente desde estável até menos previsível (instável). 98 Sistemas de prática e estrutura administrativa: 1. Sistema mecanístico 2. Sistema orgânico Modelos mecanísticos descrevem o funcionamento das organizações como o de uma máquina, para alcançar seus objetivos e metas, de maneira eficaz. Segue abaixo as condições e estruturas mecanísticas: • Especialização dos cargos; • Tarefas bem definidas (regras e procedimentos) desempenho padrão; • Responsabilidades claras; • Hierarquia bem definida; • Seleção por habilidades; • Relacionamento formal (profissional); • Centralização das decisões. A burocracia é uma estrutura mecanística. Um Banco é um exemplo dessa estrutura burocrática, procedimentos específicos, clara hierarquia organizacional, etc. Modelos orgânicos descrevem o funcionamento das organizações, para alcance dos seus objetivos e metas, pela procura da maximização da satisfação, flexibilidade e desenvolvimento do potencial humano. Segue abaixo as condições e estruturas orgânicas: • Cargos amplamente definidos (variedade de tarefas); • Tarefas não regida por regras, procedimentos e padrões; • Responsabilidades não individuais (grupal); • Hierarquia flexível (conhecimento); • Seleção funcional por critérios objetivos e subjetivos; 99 • Relacionamento formal e informal;·. • Descentralização das decisões. As estruturas orgânicas são mais comuns em pequenas companhias que trabalham com alta tecnologia (desenvolvimento de software, eletrônicos). Paul Lawrence e Jay Lorsch, professores de gestão em Harvard, investigaram a relação entre as características estruturais das organizações complexas e as condições do ambiente que estas organizações enfrentam. “O que a organização faz para lidar com as diversas condições econômicas de mercado?” Estruturas internas: 1. Diferenciação (diferenças na orientação cognitiva e emocional entre gestores): • Orientação de metas • Orientação de tempos e relações com ambiente • Relações interpessoais • Formalidade da estrutura 2. Integração (colaboração entre departamentos) Departamento de Pesquisa: visão de longo prazo, pressões por inovações de produtos, ambiente dinâmico e científico, estrutura menos burocrática. Departamento de Produção: visão de curto prazo, controle de qualidade e preços, ambiente técnico, regularmente estável mais burocrático. 100 Departamento de Vendas: interesse em acompanhar a produção e ambiente de mercado moderadamente estável. Empresas de sucesso têm alto grau de integração e altamente diferenciadas. Alfred D. Chandler, professor de História da Gestão em Harvard, primeiro defensor do Plano Estratégico antes de uma elaboração de uma estrutura organizacional, ou seja, a estratégia deve preceder a estrutura. Ele estudou quatro grandes empresas: 1. DuPont: passou de uma estrutura centralizada para uma descentralizada para acomodar uma estratégia administrativa de diversificação de produto. 2. GM: depois da morte de seu fundador que era autoritário (centralizador), uma estrutura estabeleceu controle centralizado sobre operações descentralizadas, obtendo grande sucesso. 3. Standart Oil: descentralização sobre base não sistemática e gradativa. 4. Sears-Roebuck: a partir de uma estrutura descentralizada, com problemas de comunicação e planejamento, passou por uma estrutura centralizada que também fracassou. Gradativa e planejadamente passou a uma estrutura descentralizada e obteve sucesso. “Tanto quanto uma empresa pertence a uma atividade em que os mercados, fortes de matérias-primas, e processos de produção permaneçam relativamente constantes, poucas decisões empreendedoras teriam que ser tomadas. Em situações tais que uma fraqueza da organização não seja crítica, mas onde a tecnologia, mercados e fontes de suprimento estejam mudando rapidamente, os defeitos destas estruturas se tornam mais evidentes.” Se a organização opera num ambiente relativamente dinâmico e específico, então uma estrutura flexível de organização seria mais eficaz. 101 Mapeamento ambiental Ambiente é tudo que envolve uma organização. É o contexto na qual ela está inserida. É tão vasto e complexo que é impossível conhecê-lo e compreendê-lo totalmente. Assim as organizações precisam tatear, explorar e discernir o ambiente, para reduzir a incerteza a seu respeito. Em outros termos a organização precisa mapear seu espaço ambiental. Tal mapeamento não é feito pela organização em si, mas por pessoas – sujeitas as diferenças individuais – que nela ocupam cargos ou posições destinados a isso. Envolve aspectos relacionados à: Seleção ambiental: de acordo com a natureza dos estímulos, as condições da empresa é o que está em jogo. Percepção ambiental: de acordo com as expectativas, experiências, problemas, convicções e motivações das empresas e dos administradores. Consonância e dissonância: confirmação, ou não, das percepções, refletindo na manutenção, ou não, do comportamento da empresa. Limites e fronteiras: identificação de aspectos que ajudam a separar a empresa do seu contexto ambiental. Ambiente Geral e de Tarefas Em função da complexidade, da natureza multivariada e da constante mudança é recomendável que se trate o ambiente de acordo com o grau de influencia “micro” ou “operacional”. Ambiente Geral: é também chamado macro ambiente e é constituído de um conjunto amplo e complexo, de condições e fatores externos que envolvem e influencia difusamente todas as organizações, é um conjunto de condições genéricas e externas. A organização contribui de 102 um modo geral para tudo aquilo que ocorre em cada organização, para as estratégias adotadas e para as consequências das ações organizacionais. Geralmente, pode ser constituído das variáveis que não estão associadas ao dia-a-dia da organização: tecnologia, políticas, economia, sociais, demográfico e ecológico. Ambiente de tarefa: é o contexto ambiental mais próximo da organização que lhe fornece as entradas ou insumos de recursos e informações, bem como a colocação e distribuição de suas saídas ou resultados. O ambiente de tarefa é constituído pelas partes do ambiente que são relevantes ou potencialmente relevantes para a organização poder estabelecer e alcançar seus objetivos. Geralmente constituído de agentes com quem a organização tem uma relação direta no seu dia-a- dia como os consumidores, clientes, usuários, fornecedores, concorrentes e grupos reguladores. Desenho Organizacional Correspondem a um conjunto complexo de cargos, tarefas,relacionamento e responsabilidade que não são imutáveis e têm seu comportamento influenciado por variáveis técnicas, individuais, sociais e organizacionais e devem partir: Os ambientes das organizações: tratamento das entradas dos ambientes gerais e da tarefa. As características das organizações: as funções executadas para obter as saídas e resultados. A tecnologia utilizada pela organização: como a organização executa as suas tarefas Os critérios para definir a eficácia organizacional: como são comparados os resultados almejados e alcançados 103 ADHOCRACIA Segundo Alvin Toffer a adhocracia ou "adocracia" é um sistema temporário variável e adaptativo, organizado em torno de problemas a serem resolvidos por grupo de pessoas com habilidades diversas e complementares. O termo teve origem nas “forças tarefas” militar para enfrentar situações de forma rápida. Toffer estabeleceu que no futuro a sociedade será extremamente dinâmica e mutável e que as organizações que quiserem existir e sobreviver terão que ser inovadoras, temporárias, orgânicas e antiburocráticas. Outras referências definem o termo como a Organização baseada em projetos, que seria uma alternativa para a antiga Organização Departamental (baseada na divisão racional do trabalho) e para a intermediária Organização Matricial (que juntaria elementos da Departamentalização com a Gerência de Projetos). O Homem complexo Concepção do homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. Como a maioria dos sistemas ele está preocupado em manter seu equilíbrio interno (homeostasia) e simultaneamente resolver problemas e atender as demanda e forças do seu ambiente externo ( família, amigos colegas, empresa e etc.) Suas motivações são hierarquizadas, mas estão sujeitas as mudanças e ao aparecimento de novas motivações decorrentes de novas experiências e novas interação com o ambiente. 104 105 NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO 6 Conhecimentos Entender as definições das Novas Abordagens da Administração. Habilidades Identificar algumas das principais técnicas e conceitos aplicadas das Novas Abordagens da Administração Atitudes Analisar os conceitos e habilidades expostos e abordados em relação a sua aplicabilidade pessoal. 106 107 A Teoria da Administração A Teoria Administrativa tem pouco mais de cem anos. Ela representa um produto típico do século XX, e nesse período passou por grandes transformações ao longo de duas eras industriais que marcaram fortemente seus contornos. No novo milênio enfrenta uma enorme turbulência da Era da Informação, com mudanças e incertezas sendo suas principais características. Gestão do conhecimento e capital intelectual Aprendizagem: é uma mudança ou alteração de comportamento em função de novos conhecimentos, habilidades ou destrezas incorporadas a fim de melhorá-lo. Aprendizagem organizacional: é uma mudança ou alteração do comportamento organizacional em função de novos conhecimentos, habilidades ou destrezas incorporadas pelos seus membros. Ativos Intangíveis: são os ativos organizacionais não mensuráveis pelos métodos tradicionais de contabilidade e que são identificados como as pessoas, clientes e a organização. Base de Conhecimento: é uma estrutura organizada de informação, que facilita o armazenamento da inteligência no intuito de ser recuperada como apoio de um processo de gestão do conhecimento. Capital Humano: é o conjunto integrado de conhecimentos, habilidades e competências das pessoas em uma organização que as emprega. O capital é uma parte renovável do capital intelectual. Capital Intelectual: é o valor total dos negócios da organização, calculando pelo valor dos clientes, valor da organização e valor de competências e não apenas pelos ativos tangíveis que formam o capital financeiro. Ele tem valor para a organização. É constituído pelo capital estrutural (ou financeiro) e pelo capital de clientes. 108 Capital Estrutural: são os processos, sistemas de informação e patentes que permanecem em uma organização quando os funcionários dela saem. Capital de Clientes: é o valor das relações de uma organização com seus clientes, incluindo a intangível lealdade de seus consumidores para a companhia ou produto, baseada na reputação, padrões de compra ou capacidade de compra do cliente. Círculos de qualidade ou círculos de controle de qualidade (CCQ): são grupos de 6 a 12 empregados voluntários que se reúnem semanalmente para decidir e resolver problemas que afetam suas atividades comuns de trabalho. Conhecimentos: é o recurso mais importante da era da informação. Constitui um ativo intangível. Representa a familiaridade ou compreensão de ganhos através do estudo e da experiência. Gestão do conhecimento: é o processo sistemático de buscar, selecionar, organizar, destilar e apresentar informações no intuito de melhorar a compreensão e um empregado em uma específica de interesse. Soluções emergentes Benchmark: significa um padrão de excelência que deve ser identificado, conhecido, copiado e ultrapassado. Pode ser interno (de outro departamento, por exemplo) ou externo (uma empresa concorrente). O benchmark serve como guia de referência. Benchmarking: é uma técnica. Downsizing: Ver Enxugamento 109 Enxugamento: é a redução de níveis hierárquicos de uma organização para manter o essencial e a aproximação da base em relação à cúpula. Geralmente, é acompanhado de descentralização. Equipes de alto desempenho São equipes caracterizadas pela elevada participação das pessoas e pela busca de respostas rápidas e inovadoras às mudanças no ambiente de negócios, que permitem atender às crescentes demandas dos clientes. Era Clássica: período situado entre o nascimento da teoria administrativa (com a Administração Científica), ao redor de 1900 até o final da Segunda Guerra Mundial em 1950. Caracteriza-se pela estabilidade e previsibilidade e a ênfase na industrialização. Era Neoclássica: período situado entre 1950 até aproximadamente 1990, que se caracteriza por mudanças e transformações e o foco de expansão da industrialização que precederam a era da informação. Era da Informação: período iniciado ao redor da década de 1990, com o irrompimento da tecnologia da informação, globalização dos negócios e de fortes mudanças que levaram à instabilidade e imprevisibilidade. Saiba mais: Globalização: é a extensão de uma organização para ambientes gradativamente mais amplos. Informação: é o conjunto de dados contento um significado. Infovia ou super-rodovia da informação: é uma rede digital de comunicações de altíssima velocidade, que pode combinar telecomunicações, linhas de cabos, transmissão de micro-ondas e fibras óticas para proporcionar 110 esquemas interativos de televisão, telefones, computadores e outros artefatos para interagir com bancos de dados ao redor do mundo. KAIZEN – Melhoria contínua Vem do japonês kai, que significa mudança e zen, que significa bom. Kaizen é uma palavra que significa um processo de gestão e uma cultura de negócios, que passou a significar aprimoramentocontínuo e gradual, implementado por meio do envolvimento ativo, comprometimento de todos os membros da organização no que ele faz e na maneira como as coisas são feitas. O Kaizen é uma filosofia de contínuo melhoramento de todos os empregados da organização, de maneira que realizem suas tarefas um pouco melhor a cada dia. Fazer sempre melhor. A melhoria contínua constitui a aplicação da filosofia Kaizen nos processos produtivos da organização. Começou com os círculos de controle de qualidade (CCQ) para tornar-se cada vez mais abrangente. Organização de aprendizagem: é a organização que incentiva e encoraja a aprendizagem de seus membros, através do trabalho em equipe e forte interação social. Organização global: é a que comercializa um produto padronizado, através do mundo todo, podendo seus componentes ser fabricados em diferentes países. OUTSOURCING – (O mesmo que terceirização) Terceirização: quando uma operação interna da organização é transferida para outra organização, que consiga fazê-la melhor e mais barato. Significa uma transformação de custos fixos em custos variáveis e uma simplificação da estrutura e do processo decisorial da organização. 111 Qualidade Total Qualidade: é o atendimento das exigências do cliente; ou a adequação à finalidade ou uso; ou a conformidade com as exigências. O conceito de qualidade está intimamente ligado ao cliente, seja ele interno ou externo. Qualidade total ou gerenciamento da qualidade total (Total Quality Management – TQM): é um conceito de controle que proporciona às pessoas, mais do que aos gerentes e dirigentes, a responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. O tema central da qualidade total é bastante simples: a obrigação de alcançar qualidade está nas pessoas que a produzem. Em outros termos, os funcionários e não os gerentes são os responsáveis pelo alcance de elevados padrões de qualidade. Redução do tempo do ciclo de produção: significa uma simplificação dos ciclos de trabalho, eliminação de barreiras entre as etapas do trabalho e entre órgãos envolvidos para diminuir o tempo de produção. O Just-in-Time (JIT) é um exemplo. REENGENHARIA É o redesenho radical dos processos empresariais para cortar despesas, melhorar custos, qualidade e serviços e maximizar benefícios da TI, geralmente questionando como e o porquê as coisas estão sendo feitas. Tecnologia da informação: (TI) são processos, práticas ou sistemas que facilitam o processamento e transporte de dados e informações. Teoria do Caos: salienta que tudo na natureza muda e evolui continuamente; nada do universo é passivo ou estável. Não há equilíbrio, mas mudança. A realizada está sujeita a perturbações e ruídos. O caos é uma ordem mascarada de aleatoriedade. 112 Teoria da Complexidade: é o estágio da ciência atual que abandona o determinismo e aceita o indeterminismo e a incerteza; abandona a ideia da simplicidade dos fenômenos da natureza e abraça a complexidade; abandona o ideal de objetividade como forma de conhecimento, assumindo a subjetividade, como condição humana. A complexidade significa a impossibilidade de se chegar a qualquer conhecimento completo. Gestão da Qualidade Análise estatística: é a técnica de PO que utiliza métodos estatísticos para obter o máximo de informações com o mínimo de dados disponíveis. Árvore de decisão: é uma técnica para facilitar como as decisões sob condições de risco devem ser tomadas e onde se possa atribuir valores e ganhos ou perdas em cada alternativa. Condição de certeza: é uma situação em que o tomador de decisão conhece exatamente quais os resultados de uma alternativa de ação escolhida. É a condição de saber antecipadamente os resultados de uma decisão. Condição de incerteza: é uma situação em que o tomador de decisão não tem absolutamente ideia de quais os resultados de uma alternativa de ação escolhida. Conflito ganhar/ganhar: ocorre através da colaboração das partes envolvidas em uma situação de conflito e que, usam a solução de problemas para reconciliar diferentes mútuas. Conflito ganhar/perder: ocorre quando uma parte alcança seus objetivos à custa da exclusão dos objetivos da outra parte. Controle estatístico de qualidade (CEQ): é o processo utilizado para determinar produtos de uma amostra de inspeção na qual a probabilidade de que o universo alcance os padrões de qualidade. 113 Dados: é uma escolha racional quando as variáveis são conhecidas e a relação entre a ação e suas consequências é determinística, ou seja, uma relação de causa-e-efeito. Decisão sob risco: ocorre quando as variáveis são conhecidas e a relação entre a ação e a suas consequências é conhecida em termos probabilísticos. Decisão sob incerteza: ocorre quando as variáveis são conhecidas, mas a probabilidade para determinar a consequência de uma ação é desconhecida ou não podem ser determinadas com algum grau de certeza. Decisões programadas: são decisões que implementam específicas soluções determinadas pelas experiências, passada como adequadas para problemas similares. Eventos: são aspectos específicos em um projeto, representados por círculos em um gráfico de PERT. Incerteza: é a ausência de informação a respeito de um determinado assunto. Informação: é a conclusão derivada da análise de dados. Informação em tempo real: significa a informação simultânea à ocorrência do evento. ISO 9000: é o conjunto de padrões de qualidade estabelecidos pela Comunidade Europeia. Just-in-Time (JIT): é o conjunto de métodos de controle de produção usados para obter um mínimo nível de inventários para assegurar a expedição de materiais e componentes, justamente quando eles devem ser usados. Também se refere à filosofia de manufatura que almeja otimizar os processos de produção reduzindo os desperdícios e despesas. Kanban: do japonês, cartão. É um sistema simples de controle de produção no qual as pessoas participam utilizando cartões coloridos para abastecer e repor materiais de produção. 114 Melhoria contínua: é uma filosofia que prega o trabalho em equipe e a participação decisiva das pessoas na solução dos problemas organizacionais, principalmente relacionados com o processo produtivo. O objetivo é o aperfeiçoamento contínuo e sistemático da organização e das pessoas envolvidas no sentido de satisfazer o cliente. Modelo matemático: é uma representação simbólica da realidade através de variáveis numéricas e quantitativas. O modelo matemático é uma construção lógica de realidade. Passos críticos: é a sequência de eventos em um projeto que no total requerem maior tempo para completar. Pesquisa Operacional: é a aplicação de métodos científicos e quantitativos para a solução de problemas. A PO utiliza a matemática e estatística nas decisões de certeza e a probabilidade nas decisões de risco e de incerteza. Problema: situação em que há uma discrepância entre o que é (realidade) e o que poderia ou deveria ser (objetivos, metas ou valores). Problema estruturado: é o problema que pode ser perfeitamente definido, pois suas principais variáveis – como estados da natureza, ações possíveis, consequências possíveis – são conhecidas. Problema não estruturado: é oproblema que não pode ser claramente definido, porque uma ou mais de suas variáveis é desconhecida ou não pode ser determinada com algum grau de confiança. Programação Dinâmica: é uma técnica de PO aplicada em problemas de alternativas econômicas ou árvores de decisões. Programação Linear: é uma técnica de PO que visa encontrar soluções ou alcance de objetivos, que otimizem os resultados alcançados e minimizem os custos decorrentes. Qualidade total: é o processo de envolver todos os membros da organização para assegurar cada atividade relacionada com a produção de 115 bens e serviços, dentro de um compromisso de melhorar continuamente e atender completamente às necessidades do cliente. Sistema de informação Gerencial: é uma rede estabelecida em uma organização para abastecer os gerentes de informações, que fundamentam a seu processo decisorial. Teoria das Filas: é a técnica de PO que visa a otimização de arranjos de situações de aglomeração de espera, onde haja gargalos ou restrições que bloqueiem o processo produtivo. Teoria dos Jogos: é a técnica de PO utilizada para solução de conflitos, onde haja oposição de forças ou interesses oponentes, em que um jogador ganha e outro perde. É a aplicação da lógica matemática ao processo de tomada de decisões nos jogos, por extensão, nas organizações, na economia, na política e na guerra, ou seja, nas situações caracterizadas por conflitos de interesses, acaso e informações incompletas. Teoria Matemática: é a corrente administrativa que utiliza a matemática na análise dos princípios e problemas organizacionais. Os autores expressam matematicamente questões teóricas tradicionais da Administração. Teoria das Restrições: é uma técnica de PO derivada da Teoria das Filas, que visa diagnosticar e localizar pontos de espera e de estrangulamento que constituem os gargalos que devem ser eliminados. 116 Explicando Melhor com a Pesquisa Sugerimos a você à leitura do artigo, Burocracia como Organização, Poder e Controle de José Henrique de Faria e Francis Kanashiro Meneghetti, eles trazem neste artigo uma visão especial sobre a burocracia e a essencialidade de sua existência para a administração. Sugerimos também a leitura do artigo, Peter Drucker e os fundamentos da Administração. Nesse artigo o autor ressalta o legado de Peter Drucker na refundação dos fundamentos da Administração como conhecemos hoje. Guia de Estudo: Após a leitura dos artigos, faça uma resenha crítica, apontando suas ideias e comparando com o que você leu. 117 Leitura Obrigatória Sugerimos a Leitura do livro: Virando a própria mesa. Este livro promove a discussão sobre o relacionamento e a diferença entre multinacionais e empresas brasileiras, aponta os vícios que levam companhias importantes à bancarrota e aconselha pequenas atitudes geradoras de grandes resultados - tirar folga durante metade de um dia qualquer, por exemplo; abolir o cartão de ponto; investir em leitura; encarar os funcionários como seres humanos. Princípios e virtudes que, combinados com o conhecimento de antigas teorias, são capazes de trazer para o campo da administração um futuro mais justo e lucrativo. Sempre com humor e reconhecendo erros de percurso, as críticas do autor abrem um amplo debate sobre os conceitos adotados atualmente no Brasil, atingem programas de qualidade total, considerados por ele ineficientes, hierarquias desnecessárias, controles rígidos de pessoal, admissões e promoções equivocadas, procedimentos obsoletos e estratégias que não levam a lugar nenhum, mas usuais nas empresas brasileiras, a maioria atrelada a esquemas familiares e modismos estrangeiros, cada dia mais distantes da realidade do país. Guia de Estudo Após a leitura do livro, faça uma autoanálise crítica sobre o material e em seguida poste no ambiente virtual. 118 Pesquisando na Internet Para ampliar mais seus conhecimentos sugerimos a pesquisa sobre: As contribuições da Teoria da Burocracia na administração do Século XX. Guia de Estudo: Após sua pesquisa faça um texto argumentativo sobre o assunto pesquisado e disponibilize na sala virtual. 119 Saiba Mais Sugerimos a leitura da Última entrevista de Peter Drucker. Peter Drucker afirma que muitas empresas precisam entender que não conseguirão crescer ininterruptamente, pois obedecem a um ciclo de vida como outros organismos. Ele ainda discorre de forma brilhante sobre o Brasil, os trabalhadores do conhecimento, os desafios dos executivos, os quatro caminhos estratégicos e a terceira Revolução Industrial, entre outros assuntos, e fala de lições que aprendeu em mais de 70 anos de profissão. Indicamos também a leitura da entrevista Soneca no trabalho, com Ricardo Semler o criador de best-seller de administração Virando a própria mesa e primeiro guru brasileiro, ele fala sobre gestão. Guia de Estudo Após a leitura das entrevistas, faça um texto reflexivo sobre o que você entendeu e disponibilize na sala virtual. 120 Vendo com os Olhos de Ver Sugerimos que assista ao filme Como Enlouquecer seu Chef. Este é um filme com o qual muitas pessoas poderão se identificar pelo menos uma vez durante sua trajetória profissional, na opinião de Aditya Singhal, co- fundadora do Transtutor. É que esta sátira da rotina ordinária de muitos trabalhadores traz alguns temas universais na vida profissional das pessoas, como a relação com o chefe, por exemplo. Peter Gibbons (Ron Livingston) é um programador de computadores que está insatisfeito no emprego. Após uma sessão de hipnose, o rapaz extravasa sua frustração e seu comportamento muda totalmente: não cumpre mais os horários, não faz a maioria das coisas que lhe são pedidas e, quando faz, faz a sua maneira. Com isso espera ser demitido, mas, quanto mais transgredi as leis, mais é elogiado e promovido. O problema é que enquanto seus chefes fazem isso, a empresa entra numa política de corte de funcionários, o que cria um mal-estar no escritório. Guia de Estudo: Após assistir ao filme faça uma autoanálise crítica aos acontecimentos pontuando com o assunto estudado. Depois disponibilize no ambiente virtual. 121 Revisando A Teoria Neoclássica (Escola Operacional ou do Processo Administrativo) surgiu da necessidade de se utilizar os conceitos válidos e relevantes da Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e distorções típicos do pioneirismo e condensando-os com outros conceitos válidos e relevantes. É identificada por algumas características marcantes como: a ênfase na prática da Administração, reafirmação relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos, ênfase nos princípios Clássicos de Administração, ênfase nos resultados e objetivos, e, sobretudo, o ecletismo aberto e receptivo. É enfatizada as funções do administrador: planejamento, organização, direção e controle. No seu conjunto, as funções administrativas formam o processo administrativo. A Departamentalização constitui a combinação e/ou agrupamento adequado das atividades necessárias à organização em departamentos específicos.Assim, a Departamentalização pode apresentar vários tipos como: por funções, por produtos ou serviços, por localização geográfica, por projetos, ou por ajustamento funcional. A Teoria da Burocracia surgiu na Teoria Geral da Administração, por volta da década de 40, quando a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas lutavam entre si pela conquista de espaço na teoria administrativa e apresentavam sinais de obsolescência para sua época. O modelo burocrático de Max Weber foi estudado e analisado em todas as suas características, no sentido de se buscar a inspiração para uma nova teoria administrativa. O modelo weberiano oferece vantagens, já que o sucesso das burocracias em nossa sociedade se deve a inúmeras causas. Contudo, racionalidade burocrática, a omissão das pessoas que participam da organização e os dilemas da burocracia, apontados por Weber, constituem problemas que a burocracia não consegue resolver adequadamente. 122 Uma apreciação crítica da burocracia leva-nos à conclusão de que, apesar de todas as suas limitações e restrições, a burocracia é uma das melhores alternativas de organização, provavelmente muito superior a várias outras alternativas tentadas no decorrer do século XX. A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 1950, como um desdobramento das análises dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentavam conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pelas Relações Humanas. Os autores estruturalistas (mais voltados para a Sociologia Organizacional) procuram inter-relacionar às organizações com seu ambiente externo, que é a sociedade maior. Surge um novo conceito de sociedade e um novo conceito de homem: o homem organizacional que desempenha papéis simultâneos em diversas organizações diferentes. A análise das organizações é feita dentro de uma abordagem múltipla e globalizante, que é facilitada com a utilização de tipologias organizacionais, assunto em que os estruturalistas são mestres: Etizioni, Blau e Scot sugerem tipologias simples e unidimensionais para analisar e compreender as organizações. Mc Gregor, Maslow e Herzberg inovam nas proposições acerca da motivação humana. Quanto mais o administrador conhecer os mecanismos motivacionais das pessoas, melhor será a adequação de sua gestão. Os estilos de administração são apresentados por McGregor através de dois extremos que são as teorias X e Y, enquanto Likert propõe quatro sistemas organizacionais, variando desde um sistema autoritário explorador até um sistema participativo grupal eminentemente democrático. O DO tem sua origem na Teoria Comportamental e nos consultores de dinâmica de grupo e comportamento organizacional. O DO ampliou sua área de atuação chegando a abordar a organização como um todo e assumindo a abordagem sistêmica. Nesse ponto, passou a ganhar ares de teoria administrativa. 123 Muito embora pareça uma moda passageira na teoria administrativa, o DO é uma alternativa democrática e participativa muito interessante para a renovação e a revitalização das organizações que não se pode desprezar. Embora seja uma ciência recente, a Cibernética proporcionou profunda influência sobre a administração, não apenas em termos de conceitos e ideias, mas principalmente por seus produtos como máquinas inteligentes e computadores. Alguns conceitos da Cibernética ultrapassaram suas fronteiras e foram incorporados à teoria administrativa: o conceito de sistema e a representação de sistemas por meio de modelos. Outros conceitos, como entrada, saída, retroação, homeostasia e informação são usados hoje na linguagem comum da teoria administrativa. A Cibernética trouxe uma série de consequências e influências muito poderosas sobre a administração, como a automação e a informática. A Teoria Matemática é uma abordagem recente no campo da Administração. Há um enorme potencial dos modelos matemáticos de atuação. A Pesquisa Operacional é uma das alternativas de métodos quantitativos de enorme aplicação dentro da Administração, por meio de variáveis técnicas, como a Teoria dos Jogos, Teoria das Filas e Teoria dos Grafos. A Teoria de Sistemas é uma decorrência da Teoria Geral de Sistemas desenvolvida por Von Bertalanffy e que se espalhou por todas as ciências, influenciando notavelmente a Administração. O conceito de sistemas é complexo: para sua compreensão, torna-se necessário o conhecimento de algumas características dos sistemas – propósito, globalismo, entropia e homeostasia – bem como dos tipos possíveis e dos parâmetros dos sistemas: entrada, processo, saída, retroação e ambiente. 124 Autoavaliação 1 – Defina a abordagem neoclássica. 2 – Quais as principais características da abordagem neoclássica? 3 – Defina planejamento, organização, direção e controle. 4 – Quais são as características da APO? 5– Defina e diferencie eficiência e eficácia. 6 – O que fez com que a APO caísse em desuso? 7 – Defina o que é burocracia e quem foi seu idealizador. 8 - O que fez com que a abordagem burocrática se desenvolvesse dentro da administração? 9 – Qual a dimensão alcançada por meio da teoria burocrática? 10 - Quais os prejuízos que a burocracia pode causar em uma empresa? 11 – A constituição brasileira de 1988 tem mais de 500 itens, sendo muito detalhista. Muitos países têm constituição de apenas uma folha. Você acha que é o número de regras que ajuda a administrar bem um país? Uma empresa bem administrada requer grande número de regras? 12 – Defina o que é estruturalismo. 13 – O que é uma sociedade de organizações? 14 – O que são organizações formais? 15 – Quais as características do homem organizacional? 16 – Defina organização formal e informal. 17 - O que é ambiente organizacional? 125 Bibliografia BATEMAN, Thomas S. Administração: Construindo vantagem competitiva. 2. ed. São Paulo: Amgh Editora, 2012. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral de Administração. 9ª ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2014. DAFT, Richard L. Administração. 6ª Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. KWASNICKA, Eunice Laçava. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2009. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2011. __________. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2009. TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios da Administração Científica. São Paulo: Atlas, 2010. VASCONCELOS, Isabela F. Gouveia; MOTTA, Fernando Pretes Thomson. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira, 2009. 126 Bibliografia Web DRUCKER, Peter. Peter Drucker e os fundamentos da Administração. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/academico/peter- drucker-e-os-fundamentos-da-administracao/71952/ DRUCKER, Peter. Árvores não crescem até o céu. Entrevista In: HSM Management 54 jan- fev/ 2006. Disponível em http://novoempreendedor.com.br/portal/admiravel-mundo-do-conhecimento-por- peter-drucker-2/ FARIA José Henrique de, MENEGHETTI Francis Kanashiro. Burocracia como Organização, Poder e Controle. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/eor216.pdf FERNANDES, Cláudio de Almeida. TGA – Teoria Geral da Administração. UNIMAS – União Educacional Minas Gerais/ FACIMINAS – Faculdade de Ciências Aplicadas de Minas. Disponível em: SEMLER, Ricardo. Soneca no trabalho. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT699954-1666,00.html127 Vídeo Como Enlouquecer Seu Chefe. Gênero: Comédia, Direção: Mike Judge, Roteiro: Mike Judge, Produção: Daniel Rappaport, Michael Rotenberg, Mike Judge, Fotografia: Tim Suhrstedt, Trilha Sonora: John Frizzell, 1999. (Duração: 89 min). 128 129 130