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AULA ESTABILIDADE 2019

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 DIREITO DO TRABALHO – ESTABILIDADE E 
GARANTIA DE EMPREGO 
Estabilidade no emprego é a prerrogativa jurídica de natureza infindável concedido ao obreiro em qualidade de um cenário caracterizado de caráter total, de modo a proporcionar a continuidade inconstante no tempo do elo empregatício, livremente da escolha do empregador.
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MODELO DECENAL
Antigo modelo jurídico celetista (arts. 477 e 478 da CLT)
Indenização por tempo de serviço – em caso de dispensa, uma remuneração por ano e fração de serviço > 6 meses.
Após 10 anos, estabilidade adquirida (Art. 492 CLT).
Plena eficácia do princípio da continuidade.
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ATUAL MODELO
com o advento da Constituição Federal de 1988, a qual tornou obrigatório o FGTS e, com isso, sepultou de vez o regime celetista da indenização e da estabilidade. Assim, a partir de 1988, deixou de existir a estabilidade decenal (salvo para quem já tinha adquirido o direito, ou seja, já contava com dez anos no mesmo emprego em 1988).
Desse modo, hoje não existe mais estabilidade no serviço privado, ao menos não no sentido próprio do termo.
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GARANTIA DE EMPREGO
Garantia de emprego é o privilégio jurídico de personalidade instável concedido ao contratado em qualidade de uma situação contratual ou particular do empregador de caráter único, de modo proporcionar o gerenciamento do laço empregatício por certo espaço temporal fixado, livremente da escolha do empregador. 
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DIFERENÇAS
A garantia de emprego pode também ser denominada de estabilidade provisória ou estabilidade temporária.
Assim, pela definição de estabilidade e garantia, podemos notar a diferença básica entre elas, qual seja a primeira tem caráter permanente, enquanto a segunda tem caráter provisório.
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ESTABILIDADE PROVISÓRIA
(GARANTIA NO EMPREGO)
Gestante, 
Acidentado, 
Cipeiro
Dirigente Sindical
Membro de CNPS
Membro de CCP
Membro de Comissão de Negociação , etc 
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CIPA
Artigo 10, inciso II, alínea "a" do ADCT da CF/88 – 
o empregado eleito para o cargo de direção de CIPA
desde o registro de sua candidatura até um ano após o fim mandato
 não pode ser dispensado arbitrariamente ou sem justa causa.
Súmula nº 339 do TST – CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO.
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, a, do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
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DIRIGENTE SINDICAL
De acordo com o artigo 543, parágrafo 3º da CLT, e artigo 8º da Constituição Federal, não pode ser dispensado do emprego o empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação, de entidade sindical ou associação profissional, até um ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos da legislação. 
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DIRIGENTE SINDICAL
Súmula nº 369 do TST
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 
	1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV – Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
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DIRIGENTE SINDICAL
SÚMULA TST Nº 379 TST. DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE. O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, § 3º, da CLT.
Vale frisar que membro do conselho fiscal de sindicato não goza de estabilidade (OJ 365 SDI-1 TST), tampouco das demais garantias. O mesmo ocorre com o “delegado sindical” (OJ 369 SDI-1 TST).
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ACIDENTADO
Art. 118 da Lei nº 8.213/91.
 
SÚMULA 378 TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DOTRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991.
I - E constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio doença ao empregado acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superiora 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
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ACIDENTADO – Doença Ocupacional
Importante destacar que não são consideradas como doença do trabalho:
•	Doença degenerativa
•	A inerente a grupo etário
•	A que não produza incapacidade laborativa
•	A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
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ACIDENTE – NO LOCAL E HORÁRIO DE TRABALHO
•	Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho
•	Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho
•	Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho
•	Ato de pessoa privada do uso da razão
•	Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
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ACIDENTE – FORA DO LOCAL E DO HORÁRIO DE TRABALHO
•	Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa.
•	Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito.
•	Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.
•	No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
•	Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este.
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COMISSÃO INTERNA DE NEGOCIAÇÃO (NOVA CLT)
“Art. 510-A.  Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Art. 510-D. § 3o  Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro”*
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COM. INT. NEGOCIAÇÃO (PORTARIA 349/18 MTE)
“Art. 8º. A comissão de representantes dos empregados a que se refere o Título IV-A da Consolidação das Leis do Trabalho não substituirá a função do sindicato de defender os direitos e os interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, hipótese em que será obrigatória a participação dos sindicatos em negociações coletivas de trabalho, nos termos dos incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição Federal.”
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GESTANTE (ART. 10, II, b, ADCT)
 
O artigo 10, II, "b" do ADCT - desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
SÚMULA 244 TST. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, b do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
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GESTANTE
Lei 12.812/2013 – ALTEROU art. 391-A à CLT
"Artigo 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias."
Assim, mesmo que a confirmação da gravidez tenha ocorrido durante o aviso prévio trabalhado ou indenizado, ou se a empregada tenha confirmado (após o desligamento) que a concepção da gravidez ocorreu antes da demissão, terá direito à estabilidade, já que a lei assim o garante.
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GESTANTE – ACRÉSCIMO DE PRAZO DE GARANTIA
A Lei 11.770/2008 instituiu o Programa Empresa Cidadã, este prazo poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias quando a empregada assim o requerer ou, ainda, quando a própria empresa aderir voluntariamente ao programa. 
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DIRIGENTE DE COOPERATIVA
A Lei nº 5.764/71, art. 55, prevê que “os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas por eles mesmos criadas gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da CLT” – ou seja, desde o registro da candidatura até um ano após o término de seu mandato.
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ESTABILIDADES PREVISTAS EM ACORDOS EM CONVENÇÃO COLETIVA 
Os sindicatos, com a intenção de assegurar aos empregados garantia de emprego e salário, determinam em Acordos e Convenções algumas estabilidades, tais como:
Garantia ao Empregado em Vias de Aposentadoria
Aviso Prévio 
Complementação de Auxílio-Doença 
Estabilidade da Gestante

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