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DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS

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DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
PARTE GERAL
LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL (arts. 1º. a 12)
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS (arts. 13 a 15)
CAPÍTULO I - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL (arts. 1º. a 12)
Este capítulo contém 12 artigos, os quais não exaurem todas as normas fundamentais, por não se tratar de um rol exaustivo, eis que há outras ao longo do Código e ainda algumas na CF (ex.: devido processo legal). De acordo com Fredie Didier Jr. o rótulo “normas fundamentais” está correto porque os primeiros artigos consagram princípios e regras.[1: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Principais características deste capítulo: [2: Curso Profa. Andrea Morgado <http://www.morgadoconcursos.com.br/>]
- inafastabilidade da jurisdição;
- ênfase à solução consensual dos conflitos;
- celeridade;
- boa-fé e cooperação entre os sujeitos do processo;
- igualdade;
- atendimento aos fins sociais, do bem comum, da dignidade da pessoa humana, observando a proporcionalidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência;
- contraditório e fundamentação das decisões.
Constitucionalização do processo
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
Sem correspondência no CPC/73.
Princípio da demanda
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Princípio da ação ou da demanda indica a atribuição da parte de provocar o exercício da função jurisdicional.[3: CINTRA, A.C.de; GRINOVER, A.P.; DINAMARCO, C.R. Teoria geral do processo. 31. ed. são Paulo: Malheiros Editores, 2015, p. 81.]
Ratifica a necessidade de provocação da jurisdição para formação da relação jurídico-processual, através da petição inicial, prosseguindo o processo impulsionado pelo juiz a quem compete promover a continuidade dos atos procedimentais (princípio do impulso oficial).[4: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 2.][5: DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 16. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2012, p. 88-89.]
Resguarda a liberdade dos jurisdicionados de buscarem ou não a tutela de seus direitos e interesse, assim como garante a imparcialidade do magistrado.
Há situações em que a lei autoriza o juiz a iniciar de ofício. Ex.: execução trabalhista – art. 872, CLT; decretação falência de empresa sob o regime de recuperação judicial – arts. 73 e 74, da Lei 11.101/2005.
Princípio da inafastabilidade/indeclinabilidade
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Sem correspondência no CPC/73.
O órgão jurisdicional uma vez provocado não se pode recusar a dirimir os litígios, conforme já consagrado pelo art. 5º., XXXV, da CF.
O Estado-juízo não pode se furtar à prestação jurisdicional, podendo recorrer a outras fontes do direito que não a lei para solucionar o conflito (analogia, costumes, princípios gerais de direito – art. 4º., LINDB).[6: Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.]
Muito já se discutiu se as partes recorrem a um juiz privado (árbitro – regulado pela Lei 9.307/96) para a solução dos litígios não se estava afrontando este princípio, porém, o STF, por maioria declarou a constitucionalidade da norma, o que é ratificado pelo CPC/2015.
“Na perspectiva do novo Código não se afigura correto falar em ‘meios alternativos’ de solução dos litígios para se referir à arbitragem, à conciliação e à mediação. Não mais se pode falar em relação de alternatividade entre o processo jurisdicional e os outros meios de solução consensual dos litígios. Todos, igualmente, são contemplados no novo Código e devem ser promovidos pelo Estado (§2º.) e estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial (§3º.).”[7: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 4.]
Princípio da duração razoável do processo
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Sem correspondência no CPC/73.
O CPC/2015 traz o princípio já positivado na CF, art. 5º., inciso LXXVIII.
Este artigo traz, porém, algo que é novo – “a solução integral do mérito” que decorre do princípio da primazia da decisão de mérito, devendo o juiz dar prioridade ao alcance da solução de mérito. Portanto, havendo vícios processuais o juiz deve determinar que sejam sanados – art. 139, IX, CPC/2015.[8: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Princípio da boa-fé processual
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
É um dos pilares do NCPC. Até então, esse princípio era extraído do princípio do devido processo legal que não estava enunciado no CPC/73 e sim na CF (art. 5º., LIV). Dirige-se a qualquer sujeito do processo, ou seja, inclusive ao juiz. É uma norma, pautada em um padrão ético de conduta, considerado uma cláusula geral em que o dispositivo normativo está constituído de maneira indeterminada (tanto a hipótese quanto a consequência são indeterminadas). Precisará ser concretizado na prática pelos tribunais que definirão quais serão os comportamentos de “boa-fé”. Ex.: tratativa de acordo por e-mail x trânsito em julgado. No direito comparado já foi concretizado e o comportamento contrário é considerado ilícito.[9: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
“Trata-se de exigência atrelada ao exercício do contraditório, uma vez que a efetiva participação das partes, em paridade de tratamento e faculdade, só se exaure quando essa participação observa os princípios da cooperação e da boa-fé processual.”[10: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 5.]
Quiçá a violação desse princípio, implica na aplicação da pena de litigância de má-fé (arts. 79 a 81, CPC/2015).
Princípio da cooperação
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Sem correspondência no CPC/73.
De acordo com DONIZETTI o processo não deve ser considerado como uma luta em que vence o mais esperto. Deve resultar a cooperação entre os sujeitos envolvidos nele, “com vistas à construção do provimento jurisdicional.”[11: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 5.]
Diversos dispositivos demonstram tal cooperação, ex vi, art. 190, CPC que permite às partes ajustarem o procedimento às especificidades da causa, assim como o art. 357, §2º. que possibilita a delimitação consensual das questões de fato e de direito para fins de saneamento do processo.
Paridade de tratamento – cláusula geral de igualdade
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercíciode direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
O artigo traduz igualdade substancial e não apenas meramente formal.[12: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 6.]
A primeira parte do artigo “...até faculdades processuais” trata do princípio da igualdade que não é novo, mas pela primeira vez é dissecada no CPC. Já o trecho final “compete ao juiz...” é uma norma fundamental nova que impõe ao juiz o dever de zelar pelo efetivo contraditório (algo muito amplo e talvez perigoso!!). Ex.: Diante da possibilidade do juiz dilatar os prazos processuais para garantir o contraditório (art. 139, VI, CPC): o autor juntou 10.000 documentos e, talvez, o prazo de 15 dias para o réu se defender seja considerado insuficiente!![13: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Este artigo exige a observância dos seguintes aspectos:
* imparcialidade do juiz;
* igualdade no acesso à justiça (sem qualquer discriminação);
* reduzir dificuldade de acesso à justiça (financeira);
* reduzir dificuldades geográficas (ex.: prática de atos por videoconferência – art. 236, §3º.; depoimento pessoal da parte - 385, §3º.; oitiva de testemunha – art. 453, §1º.; acareação – art. 461, §2º.; sustentação oral por videoconferência – 937, §4º., todos do CPC);
* reduzir dificuldade de comunicação (utilização da LIBRAS – art. 162, III, CPC).[14: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Dessa cláusula geral de igualdade que trata o art. 7º., ocorrem várias concretizações por todo o CPC. Ex.: prioridade de tramitação - art. 1.048, CPC; entrevista com o interditando – art. 751, CPC.[15: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Interpretação da lei
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Sem correspondência no CPC/73.
Reproduz o texto do art. 5º., LINDB, auxiliando no processo interpretativo da lei processual.[16: Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.]
“Cabe ao juiz, no momento da subsunção, completar a norma jurídica, de forma a aproximá-la da realidade fática e proporcionar às partes um processo judicial mais justo possível. Assim, segundo a linha adotada pelo legislador do novo Código, qualquer que seja a técnica utilizada para interpretação da lei (gramatical ou literal, lógica, sistemática, histórica e sociológica ou teleológica), na construção do provimento jurisdicional deve o juiz se orientar pelos valores indicados neste dispositivo.”[17: “Quando o fato é típico e se enquadra perfeitamente no conceito abstrato da norma.” GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil 1 esquematizado: parte geral, obrigações e contratos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 77.][18: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 6-7.]
De acordo com o professor Didier, o legislador fez uma mixórdia de enunciados normativos neste dispositivo.
Destaca que o legislador deve ter se inspirado no art. 37 da CF para elaboração deste dispositivo e que o juiz é considerado o administrador/gestor do processo, tendo em vista fazer parte do Poder Judiciário que é um órgão da administração. [19: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Norma fundamental bastante polêmica, louvada entre os legisladores – art. 12, CPC (já com RECENTE alteração de redação – 04/02/2016). A partir do qual cria-se a regra de respeito à ordem cronológica de conclusão (para juízes e tribunais), para decisões finais (sentenças e acórdãos finais). Essa lista deverá ser pública, prestigiando o princípio da igualdade e duração razoável do processo. Há exceções, conforme previsto no próprio artigo.[20: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Art. 12.  Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.  (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;[21: Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. § 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. § 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. § 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. § 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. § 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. § 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu. § 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. ][22: Art. 932.  Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo SuperiorTribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.]
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista.
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que:
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.[23: Art. 1.040.  Publicado o acórdão paradigma: II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;]
Como funcionará a primeira lista?
Art. 1.046.  Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 5o A primeira lista de processos para julgamento em ordem cronológica observará a antiguidade da distribuição entre os já conclusos na data da entrada em vigor deste Código.
Outra norma fundamental que não está no capítulo de normas fundamentais é o PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA (autorregramento da vontade no processo): privilegiando a liberdade, maior exercício da autonomia privada: a) muito estímulo à autocomposição; b) homologação judicial de acordo de qualquer natureza, incluindo outros sujeitos e outras lides; c) consagra cláusula geral de negociação sobre o processo; d) prevê uma série de negócios processuais típicos: calendário processual, convenção sobre ônus da prova, saneamento processual, escolha consensual de perito; e) um capítulo inteiro voltado à mediação, conciliação e considera a arbitragem; f) consagra o princípio da cooperação etc.[24: Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. < http://www.lfg.com.br/>]
Contraditório
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;[25: Tutela provisória divide-se em: tutela de urgência – arts. 300 a 310, CPC (tutela antecipada e tutela cautelar) e de tutela de evidência (art. 311, CPC).]
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;[26: Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.]
III - à decisão prevista no art. 701.[27: Ação Monitória - Art. 701.  Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.]
Sem correspondência no CPC/73.
O caput consagra a garantia às partes do direito de ciência dos atos processuais e a faculdade de participar do processo, produzindo suas provas, aduzindo suas razões, recorrendo das decisões.[28: DONIZETTI, Elpídio. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015, p. 7.]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CINTRA, A.C.de; GRINOVER, A.P.; DINAMARCO, C.R. Teoria geral do processo. 31. ed. são Paulo: Malheiros Editores, 2015.
Curso NCPC - Profa. Andrea Morgado <http://www.morgadoconcursos.com.br/>
Curso “O NOVO CPC ONLINE LFG”, ministrado por Fredie Didier Jr. <http://www.lfg.com.br/>
DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 16. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2012.
_________________. Novo código de processo civil comentado: análise comparativa entre o novo CPC e o CPC/73. São Paulo: Atlas, 2015.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil 1 esquematizado: parte geral, obrigações e contratos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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