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Fundamentos do Serviço Social 2

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Juscelino Kubitschek de Oliveira - Anos JK
Era mineiro de Diamantina, foi médico e governou o país de 1956 a 1960; 
Fim do populismo de Vargas;
Meta síntese;
Administração Pública;
Dividas;
Movimentações sociais e constatações;
Infração e desigualdades sociais;
Tecnocracia;
Política desenvolvimentista;
Ficou conhecido pelo grande salto no processo de industrialização do país,
O Plano de Metas, que propunha o crescimento do Brasil de 50 anos em 5;
Em 31 de janeiro de 1956, Juscelino inicia seu mandato de 5 anos, rompendo com o nacional-desenvolvimentismo implantado por Vargas. 
Guerra Fria ou Guerra ideológica -1947 a 1991
É a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.
Além do impulso econômico, encontrava-se também uma guerra ideológica contra o socialismo, fato este utilizado para incentivar os investimentos estrangeiros na América Latina.
Durante esse período travavam uma grande luta ideológica – o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos da América, e o comunismo, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O governo JK é caracterizado pelo grande desenvolvimento da indústria em detrimento da sociedade agrária, só que esse crescimento teve um preço, o endividamento do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional). A dívida externa e a inflação aumentaram, o que causou a queda da popularidade do presidente.
Jânio Quadros 
Governou por apenas 8 meses, entre janeiro e agosto de 1961;
Reatou relações diplomáticas com a URSS;
Herdou o país com grave crise econômica, inflação alta;
Teve que adotar medidas impopulares como: o congelamento dos salários e a desvalorização da moeda;
Ao condecorar Che Guevara – líder da Revolução Cubana – com a Ordem do Cruzeiro do Sul, provocou insatisfação da classe política tradicional brasileira;
Apelo a moralização;
À vassourinha (luta contra a corrupção);
Elevação do custo de vida;
Solução diplomática – Parlamentarismo;
Projeto de reforma de bases;
Reforma agraria – reforma eleitoral - reforma educacional – reforma tributária;
Por meio de um bilhete – política dos “bilhetinhos”, sua forma de governar característica –, renuncia em 25 de agosto de 1961. 
Jk não possuía autoridade de presidente da república, mas sim como chefe de estado.
O retorno ao Presidencialismo autoritário se deu em 1965.
A perspectiva do Serviço Social era para promover mudança, onde se olha e se encontra a necessidade de melhora. Onde surge a iniciativa da própria Igreja Católica, porque o serviço social passa a não suprir as necessidades da sociedade atual.
João Goulart ou Jango (Vice-presidente de Jânio Quadros)
Assumiu somente em 1963 o governo;
Clima tenso no país;
Mobilizações pró-Jango e contrárias à Jango;
Anuncio de medidas polemicas - nacionalização de refinarias - desapropriação de terras – congelamento de preços;
Marcha da família;
Governo marcado por uma agenda mais progressista e aliado aos interesses das minorias;
Propunha mudanças e reformas com o objetivo de acabar com o analfabetismo no Brasil, que era grande, bem como as reformas de base (fiscal, urbana e política);
Havia a intenção de se efetivar a Reforma Agrária;
Foi um período de muitas lutas dos movimentos populares em favor da classe trabalhadora e em apoio às reformas propostas pelo presidente;
Golpe da Ditadura Militar.
A Ditadura Militar – Conhecida também como Anos de Chumbo
Período da ditadura militar foi marcado pela truculência e violência daqueles que eram contra o regime;
Foram proclamados vários Atos Institucionais (AIs), no sentido de não se cumprir mais a Constituição Federal de 1946;
Período de intensa perseguição política a indivíduos e movimentos populares que se mostravam contrários ao regime;
Aproximadamente 400 pessoas morreram em virtude da tortura praticada;
Muitos intelectuais, estudantes e artistas tiveram que se exilar do Brasil;
Em 1º de abril de 1964, ocorre o Golpe Militar no Brasil. Você viu que, nos livros de História, a data do Golpe é dada como 31 de março, mas essa alteração, promovida pelos militares, foi proposital, em virtude de o dia 1º de abril ser o dia da mentira.
Muito embora este período seja reconhecidamente de exceção, Fausto (1997) chama atenção para o fato de que o regime nunca assumiu seu caráter autoritário, justificando as medidas arbitrárias como o fechamento do Congresso, durante determinados períodos, como temporárias e necessárias para assegurar a “segurança nacional”.
No Brasil, o período de 1979 a 1985 é de grande mobilização nacional pedindo o fim do regime militar. Várias são as greves e mobilizações, principalmente no ABC paulista, em torno dessa pauta. 
Ocorre então o movimento de “Diretas já”, emenda do Deputado Dante Oliveira que pautava eleições diretas para a presidência em 1984. Mas a tão esperada eleição direta não aconteceu; o que ocorreu na verdade foi uma eleição indireta que se formou num Colégio Eleitoral em que disputavam dois candidatos: Paulo Maruf pela Arena e Tancredo Neves pelo MDB. Tancredo vence e tem como vice José Sarney, com a morte de Tancredo Neves em 21 de abril de 1985, Sarney assume a presidência.
O Ato Institucional número um, AI 1, se referindo ao Golpe Militar de abril de 1964, o intitula como um movimento civil e militar, denominando-o como uma revolução e argumentando sobre tal perspectiva. Também concedeu à Junta Militar plenos poderes para cassar mandatos parlamentares e cargos públicos dos servidores. Também limitou os parlamentares sobre matérias que exigiam elevação de gastos das despesas públicas e concedeu poderes para decretar estado de sítio sem aprovação do congresso.
Início da Ditadura Militar
Interrupção das reformas de bases;
Apoio da classe média;
Ato institucional 1 - cassação dos direitos dos políticos e afastamento do serviço público;
Necessidade combate à inflação;
1° Ditador a presidir – Castelo Branco;
UNE – Ilegalidade;
AI. 2 – Bipartidarismo;
MDB – movimento democrático Brasileiro;
ARENA – Aliança revolucionaria Nacional;
Ai. 3- Ai 4
Constituição de 1967; 
Censura – Lei da imprensa.
Início da Reconceituação no Serviço Social
Deu nova existência para o Serviço Social, foi onde ocorreu a transição para a profissão regulamentada e estruturada com embasamento concreto teórico; distanciamento dos achismos e do assistencialismo.
Consolidação da Ditadura Militar
Onde ocorreu o segundo governo;
Elevação de conflitos;
Retomada do crescimento;
Contenção da inflação de crescimento;
Conflitos com a organização política estudantil;
Discurso – Boicote ao 7 de setembro;
IS – Retomada a hierarquia de plenos poderes ao presidente;
Repressão total da Ditadura;
Escalada dos Atos de violência.
Governo Emilio Garrastazo Metici
Terceiro governo da Ditadura;
Auge da violência;
Violência – SNI – DOPS – DOI;
Desenvolvimento econômico; marketing- Ninguém segura esse país;
Crise de petróleo.
Enertos Geisel
Quarto governante da Ditadura;
Falência Welfare State;
Fim do “Milagre Econômico”;
Elevação dos juros de dividas;
Ditadura em declínio.
O impacto da Ditadura Militar
Grandes Obras;
Itape – Transamazônica;
Crescimento econômico;
Ênfase no processo de planejamento do público;
Centralização das políticas sociais (Mobral – Funrural), trazer para a população rural os direitos para ser exercidos quais eles ainda não possuíam; movimento de corestia;
Guerrilhas;
Flexibilização das leis trabalhistas;
4,5 milhões de habitações subnormais - Habitações precárias;
20 milhões na miséria;
70 milhões de desnutridos;
6,5 milhões sem acesso a água.
DitaduraMilitar no Brasil
Pais elevou o PIB em 41%;
Quebra no suporte econômico;
MDB cresce no cenário político;
Crise interna;
Morte do jornalista em sessão de tortura;
Fim do Ai. 5.
Ditadura Militar em declínio 
Inflação de 40% ao ano;
Manifestações das entidades OAB;
Mobilização dos trabalhadores do ABC Paulista.
Características do Serviço Social nesse cenário:
Busca pela superação do Serviço Social Tradicional; 
Adesão ao MR;
Não há uniformidade;
Irá se adequar a instrumentalidade; 
Incidências de bases de fundamentação;
Constatação do Serviço Social;
Congresso da Virada;
Nova postura do Serviço Social.
O serviço social tradicional
Profissão crida para contornar a questão social;
Profissão na América Latina em 1925;
Profissão no Brasil em 1936;
Empirismo;
Influência norte americana;
Frágil base teórica;
Pratica Psicossocial - disfunção do indivíduo e sociedade;
Assepsia política- Discurso da Neutralidade;
Pratica paliativa, não obtinha como foco a causa e sim os efeitos;
Vai até a década de 1960;
Serviço Social de Caso, Grupo e comunidade.
 Entre as décadas de 1930 a 1950 o serviço social se destacava com um consenso em torno d que Iamamoto 1992, p.21 definiu como “arranjo teórico doutrinário”, que era uma mistura de elementos científicos e religiosos, como por exemplo o Neotomismo, da chamada Doutrina Social da Igreja Católica, e o Positivismo. 
Ao fim da década de 1950, sob o governo de Jk, ocorre a aceleração da industrialização, o que provoca o agravamento da “Questão Soical”, por conta da intensificação da exploração da classe trabalhadora.
O Neotomismo é uma filosofia que, entre os séculos XIX e XX, orientou as encíclicas papais Rerum Novarum, de 1891, e Quadragesimo Anno, de 1931, defendendo uma sociedade unida para atingir o “bem comum”, para isso, era preciso uma renovação moral e a realização de ações sociais vinculadas ao catolicismo, ou seja, a prática da caridade cristã.
(...) É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais além da caridade e da repressão. (IAMAMOTO, 2009, p. 77).
É nesse momento em que ocorre o distanciamento das bases da igreja católica e a formação universitária, que passa a ter o embasamento teórico formulado como profissão. Os assistentes sociais, por conta da “questão social” passa a ser necessário em outros campos de trabalho, principalmente nas industrias, com a missão de melhorar e docilizar a relação entre patrões x funcionários com uma incorporação de Psicologia e Administração. tal laicização, com tudo que implicou e implica, é um dos elementos caracterizadores da renovação do Serviço Social sob a autocracia burguesa.
Tem início a erosão do serviço social tradicional ou conservador modelo pautado pelo tradicionalismo, calcado nos princípios neotomistas e positivistas, já não produzia mais respostas concretas às demandas que o Brasil vivia. As metodologias tradicionais (caso, grupo e comunidade) se mostravam inadequadas, para a “missão” atribuída à profissão, a partir dos anos 1960.
Positivismo teoria sociológica elaborada pelo francês Augusto Comte, no século XIX, que assimilava o método das ciências naturais para a nascente ciência social. Em seus primórdios no Brasil, a profissão no Serviço Social assimilou em sua formação esses elementos (Neotomismo e Positivismo).
O projeto desenvolvimentista intensificou a transferência da mão de obra do campo para as cidades, no conhecido fenômeno do “êxodo rural”. Porém, sem o mínimo planejamento urbano. Logo, a classe trabalhadora sofreu as inúmeras expressões da “Questão Social”, advindas desse processo: falta de moradia para todos; meios de transporte público precários; intensa exploração; salários baixos; fome; miséria absoluta; falta de serviços públicos de saúde, educação, assistência social, enfim, uma variedade de fatores que dificultaram as condições de vida.
Foi em 1961, no II Congresso Nacional de Serviço Social promovido pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social) o discurso profissional foi permeado por palavras como crescimento e mudança onde foi concluído que o projeto de governo era formar uma nação forte, a meta prioritária é o homem e não o crescimento econômico em si, sendo assim a vitória do Janismo significa uma nova colocação estrategista desenvolvimentista, que mantém o crescimento econômico mas passaria a centrar-se no homem no seu pleno desenvolvimento de suas capacidades, tudo dentro da ordem e do respeito à dignidade humana.
A questão social era entendida como problema como um problema social. A leitura do Assistente Social então atuava na lógica do ajustamento do indivíduo à ordem vigente com a dissimulação do tripé: caso, grupo e comunidade.
No pós-guerra (1945-1990), o mundo se polarizou entre duas potências: Estados Unidos da América, influenciando o bloco capitalista, e, do outro lado, a União Soviética, representante do bloco socialista. Esses dois países protagonizaram um pesado embate no plano internacional, que foi denominado Guerra Fria.
O ano de 1968 é outro marco bastante emblemático para o mundo, ficou para a História como “o ano que não terminou”. Na Europa, a organização política do movimento estudantil na França, questionando o status quo, ganha o apoio dos trabalhadores e sindicatos. Nos Estados Unidos, acontecem os assassinatos de Martin Luther King e de Robert Kennedy. Nesse mesmo ano, a intensificação do conflito na Guerra do Vietnã provoca uma onda de protestos de jovens. Na Tchecoslováquia, houve a Primavera de Praga; percebam, esses inúmeros acontecimentos marcaram profundamente o mundo todo. Esses movimentos, bastante heterogêneos, aconteceram em uma época em que o Brasil era fortemente influenciado pelos Estados Unidos da América, lembrando que estávamos em plena Guerra Fria.
No nosso país, já vivíamos sob a Ditadura Militar, instalada em 1964; e “no ano que não terminou”, temos um contexto político bastante violento, o presidente Costa e Silva assina o Ato institucional n. 5, demonstrando o “endurecimento” do regime, instituindo forte repressão (inclusive com a tortura) a qualquer forma de contestação.
Esse era o “pano de fundo” em que os(as) assistentes sociais latino-americanos iniciaram o Movimento de Reconceituação. Netto (2015) dividiu a erosão do Serviço Social tradicional em três dimensões/momentos, que trataremos a seguir: a perspectiva da modernização conservadora, a perspectiva de reatualização do conservadorismo e a perspectiva de intenção de ruptura.
O movimento de Reconceituação buscava romper com os postulados positivistas e fundamentalistas, o qual pretendia um Serviço Social brasileiro e latino Americano a partir da nossa realidade social. Esse movimento não foi coeso pois havia diferentes concepções no interior do debate, também é preciso ressaltar as diferentes conjunturas políticas e econômicas dos países que vivenciaram a Reconceituação. A predominância desse movimento ocorreu sobretudo nos países do Cone Sul do continente: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.
a partir de 1964 foi cerceado o debate político no interior da profissão, a dimensão política só entrou em questão a partir do final dos anos 1970, quando, já bastante desgastados pela forte oposição, os militares começaram o processo de abertura política, que ocorreu de modo “lento, gradual e seguro”, parafraseando o presidente Ernesto Geisel. Assim, os(as) assistentes sociais brasileiros focaram as discussões em fatores metodológicos e teóricos, evitando polêmicas e embates de ordem política; conjuntural e social do país. 
Portanto, o movimento de Reconceituação no país, entre as décadas de 1960 e 1970, ficou sob o comando hegemônico da ala tradicional e conservadora da profissão.
Esse caráter corretivo era carregado dos valores e estruturas morais adotados pelos(as) profissionais que participaram do Seminário, para exemplificar, eram considerados desajustes, o alcoolismo, a homossexualidade,etc. Desse modo, a ação dos(as) assistentes sociais em Araxá é no sentido de corrigir essas posturas consideradas “desviantes”, ou “distorções” do caráter do indivíduo.
O preventivo proclamara a evitar que esses “males sociais” ocorressem e, da mesma forma, os promocionais direcionavam para a integração das comunidades ao bem-estar social, já o caráter de integração, citado no Documento, enfatizava a necessidade de o sujeito acatar a realidade social. Predomina em todo o Documento os valores de uma sociedade conservadora e moralizadora, num contexto do capitalismo predatório. A categoria profissional não tinha a dimensão da “questão social”, as políticas sociais se traduziam em investimento do Estado na tentativa de integração.
É importante deixar claro que, hoje, o Serviço Social tem outro pensamento, ou seja, não integra ninguém. A sua atuação está pautada no contexto de minimizar as expressões da “questão social”.
A tarefa do Serviço Social, nessa vertente, era auxiliar o sujeito existente, singular para a autorresolução dos “problemas”, ou seja, empoderar o sujeito. O foco de atuação era o atendimento e a ajuda psicossocial por meio do diálogo, com forte apelo às terapias grupais. Coloca para o Serviço Social a tarefa de “auxiliar na abertura desse sujeito existente, singular, em relação aos outros, ao mundo de pessoas” (ALMEIDA, 1980, p. 114). Configurou-se num retorno aos aspectos moralistas de dicas e regras de convívio social. Assim, é fundamental que se compreenda o extremo conservadorismo dessa perspectiva que:
[...] não reside apenas no seu referencial ideocultural (cujo eixo aparece congruente com consagrada interpretação vaticana do cristianismo); antes, ela é perceptível no embasamento científico com que constrói a sua relação do Serviço Social com os seus “objetos” – como mais adiante se verá, trata-se de uma “cientificidade” evanescente, onde, em nome da “compreensão”, dissolvem-se quaisquer possibilidades de uma análise rigorosa e críticas da realidade macrossocietárias e, derivadamente, de invenções profissionais que possam ser permeadas e avaliadas por critérios teóricos e sociais objetivos. (aspas do autor) (NETTO, 2015, p. 206).
Conhecido como “Método de BH”. O Método de BH consistiu no primeiro projeto para a profissão que pretendia romper com o Serviço Social tradicional do ponto de vista teórico-metodológico, formativo e interventivo. Assim, esse método configura-se num dos mais importantes marcos para se entender a trajetória do Serviço Social no Brasil e, sobretudo, a aproximação com o pensamento marxista. Ainda que um marxismo vulgar, tomado a partir de uma leitura “manualesca”, com base em comentadores de Marx, de maneira bastante eclética. Para exemplificar, há uma tendência no Método BH de misturar alguns pressupostos do marxismo à perspectiva pedagógica e filosófica de Paulo Freire.
“Congresso da Virada”, ocorre o marco fundamental do diálogo do Serviço Social com a teoria social de Karl Marx. A “virada” possibilitou o descortinamento de novas possibilidades de análise da vida social, da profissão e dos sujeitos com os quais o Serviço Social trabalha. (CFESS, 2009), ou seja, a aproximação da profissão com as suas bases –a classe trabalhadora, excluídos e os subalternizados.
Processo de Renovação Profissional
Insatisfação com o modelo do Serviço Social;
Desenvolvimento e relação com outras profissões;
Adensamento da questão social em face ao desenvolvimento socialista;
Teorias de sustentação não dão conta de explicar os fenômenos;
Há uma inclinação da Igreja Católica para uma matriz crítica;
Uma crise interna e externa para com a profissão - crise geral da profissão;
Profissão passa a buscar a superação de seu perfil executivo;
Busca da superação do serviço social de caso;
Busca de uma melhor fundamentação teórica, com sustentação para a profissão;
Principais aspectos que solicitam mudanças: Revisão teórica, Deslocamento ideológico e presença do movimento estudantil.
Processo de Renovação no Brasil
Popularização de projetos sociais;
Postura conservadora e postura mudancista.
Postura conservadora – busca de modernização sem profundas alterações: 
Não contestatória;
Visão de sociedade harmoniosa;
Busca de absorção nos quadros do Estado; 
Ênfase na técnica;
Foco na metodologia e planejamento;
Comunidade alinhada aos EUA;
Postura Mudancista:
Requer alterações mais profundas;
Visualiza os conflitos em sociedade;
Busca o fim da assepsia;
Alinhamento a ala da crítica da igreja;
Novo tom para o desenvolvimento de comunidade;
Engajamento em movimentos sociais;
Agente na transformação.
Movimento de Reconceituação
Movimento da América Latina;
Marco em 1965 – ponto de partida – Rio Grande do Sul;
Processo geral de questionamento;
Busca alternativas que darão maior sustentação teórica;
Busca entrar em sintonia com a realidade Latino Americana – Subdesenvolvimento;
Clima de união dos profissionais;
Busca uma nova Práxis;
Questionamento sob a sua subserviência;
Reduzindo a sias expressões mais simples, o processo de reconceituação é a tentativa de superar o serviço social tradicional, típico transplante ideológico de origem norte americana. “Netto 1975”;
Busca a interpretação de uma nova sociedade.
Sustentação para a renovação:
Seus modelos de intervenção não se ajustava a realidade.
Suporte a realidade social sem tentar transforma-la;
Base empírica do fazer;
Formação deficiente;
Ênfase em métodos de trabalho importados (Caso, grupo e comunidade).
Movimento de Reconceituação na América Latina
Movimento se desenvolve de acordo com a realidade conjuntural;
América latina – cone sul (Argentina – Chile – Uruguai);
Perspectiva crítica;
Fragilidade de Ditadura e consolidação democracias;
Traz a crítica ao imperialismo;
Se vincula a postura crítica nas ciências sociais. 
Movimento de Reconceituação no Brasil
Conjuntura brasileira – 1964 Golpe Militar;
Controle dos movimentos sociais – fechamento de sindicatos - proibição de greves – controle do congresso – nova CF;
Inclinação para a tecnificação do ensino;
Cerco a ideologias contrarias – censura previa;
Serviço social em crise – apelo para o desenvolvimento;
Conservadora e mudancista;
Abandonou postura crítica – pois diante do golpe, não se podia expressar opinião critica pois seriam presos;
Aprimorar técnicas.
Movimento de Reconceituação perspectiva modernizadora 
Inicia-se em 1965 – Porto alegre;
Perspectiva de grande destaque entre 1960 a 1970;
Busca pela superação do serviço social tradicional;
Materialização da Renovação;
Recebe críticas dos conservadores e dos mais críticos;
Materializa o sentimento de mudança e conservação ao mesmo tempo;
Se transforma na renovação da profissão;
Adequada da Ditadura Militar- será o instrumento para o operacionalizar a Política Social;
Eliminação de aspectos contestadores;
Aprimora as técnicas tradicionais;
Instrumento de modernização para o desenvolvimento da Bandeira do Desenvolvimento;
Mantém a assepsia política;
Perspectiva hegemônica (modo de fazer) até a década de 1980;
Nome destaque: José Lucena Dantas.
Impedido de alterar a sua essência vai alterar os seus métodos. Há três grandes momentos que são identificados no Serviço Social brasileiro:
1° Segunda metade dos anos 1960 – Modernizadora
Ocorreu em 1965;
Mais permeável a categoria profissional;
Estrutural funcionalista;
Instrumentação adaptável;
Aceita a ordem instituída;
Renovação emoldurada a autocracia;
Apesar da ditadura amplia as políticas sociais;
Serviço Social buscará maior racionalidade;
Recurso Funcionalista;
Compreende a sociedade regida por instituições, um desempenhado a sua função;
Regras mais ou menos rígidas;
Totalidade coerente e integrada;
Sociedade é maior que o indivíduo – exterioridade;
Defesa de que o desenvolvimento seria alcançado com planejamento, industrialização e integração;
Posturas neopositivistas norte americana;
Compromisso com o desenvolvimento;
CBCISS (Centro brasileiro de Cooperação e Intercambiode Serviço Social) - Seminário de Araxá e Seminário de Teresópolis;
Não rompe completamente o Serviço Social Tradicional.
2° Dez anos após o primeiro - Reatualização do Conservadorismo
Retomada ao tradicionalismo;
Teoria da fenomenológica;
Serviço social face a face;
Intervenção de ruptura;
Influencia marxista;
Método inovador;
Marxismo sem Marx;
Início em 1972 na PUC de B;
Congresso da virada
3° Maior incidência nos anos 1980 - Intenção de Ruptura
Deu-se a partir do período pós- ditadura;
Foi fortalecido na década de 1970 com o movimento de reconceituação;
Matriz que sustentará uma nova visão do Serviço Social, rompendo com as suas práticas tradicionais tanto teóricas quanto metodológicas se sustentando em uma corrente crítica da teoria social.
Perspectiva Modernizadora - Seminário de Araxá
Capitulo 1
Reúne 38 assistentes sociais de todo o país;
Tema: A teoria do Serviço Social;
Buscou criar canais de comunicação com os lócus do Serviço Social;
Documento que estabelece ponte entre o tradicional e o moderno;
Natureza – Concebe o Serviço Social como interativo;
Ações do Serviço Social são corretivas, preventivas e promocionais;
Capitulo – Objetivos, natureza e funções
Capitulo – metodologia
Capitulo - Adequação a nossa realidade
Consenso sobre o desajustamento:
Capitulo 1
Objetivos remotos (condição do ser humano)
Objetivos operacionais (identificação, intervenção e integração)
Objetivos, naturezas e funções
Função
Política social
Planejamento
Administração
Atendimento Direto (Caso/grupo/comunidade).
Capitulo 2
Metodologia – princípios e postulados
Operacionais – valores operacionais para todas as ações
Macro de políticas sociais e planejamento
Postulado:
Resgastes do neotomismo (dignidade da pessoa humana, perfectibilidade)
Respeito a escolha
Ensejo à mudança
Globalidade
Capitulo 3
Adequação a realidade brasileira;
Sujeito e objeto do seu desenvolvimento;
Não há indicativo de um diagnóstico;
Conhecer a realidade para se inserir;
Eliminação dos entraves sociais;
Não questiona a conjuntura a autocracia.
Seminário de Teresópolis
Parte 1
Perspectiva modernizadora;
Período de desenvolvimento e segurança;
Época de milagre econômico;
Tema: a metodologia do serviço social face a à nossa realidade;
Participação de 33 Assistente Sociais;
Dividem-se em dois grupos - não materializa um documento único;
Cristalização da instrumentalidade;
Aprofunda a tecnificação da profissão;
Metologia entendida como problema central a ser resolvido;
José Lucena Dantas : Principal pensador da perpsctiva modernizadora 
Parte 2 
Oferece modelos prontos de intervenção;
Generalização de diagnósticos por incidência de fenômenos
Não aprofunda na gênese dos fenômenos
Compreensão superficial
Não rompe totalmente com o conservadorismo
Divisão de grupos A e B;
Grupo A 
7 níveis de necessidades –são elas:
Básicas e especiais são eles: biológico e Sanitário, doméstico e familiar, educacional, residencial, socio e cultural
Classificação dos fenômenos
Grupo B
Níveis de vida
Sistema de relações 
Não há muita diferença na classificação dos fenômenos (grupo a)
Três níveis de atuação
Prestação direta de serviços, administração de serviços, planejamento, cada nivel de atuação vincula a rol de disciplina
Reatualização do Conservadorismo
Acontece no regime militar – decadência do regime;
Discrepâncias entre crescimento e mazelas sociais;
Crise política - distensão;
Descredito com a perspectiva modernizadora;
Não alterou fatos sociais;
Movimentos sociais;
Movimento de carestia;
Movimento ABC paulista;
Crítica aos padrões do conservadorismo;
Nega o aparente- necessidade de aprofundar no fenômeno;
Crítica aos padrões casualistas
Assepsia é criticada;
Crítica ao do método modernizador;
Busca a transformação social
Não vincula o serviço social com o desenvolvimento;
Usuário do serviço social – Cliente.
Segunda Perspectiva - Reconceituação 
Nega o marxismo e o positivismo/funcionalismo;
Tem base fenomenológica;
Fenomenologia- corrente compreensiva;
Conhecimento pelo mundo sensível subjetivo;
Busca compreender a essência dos fenômenos;
Fenomenologia enquanto filosofia das essências;
Apelo para a consciência – consciência de algo;
Fenômeno aquilo que podemos ter consciência;
Ação e percepção;
O mundo toma sentido no percebido;
Embasamento novo;
Pouca apropriação;
Pensadores – Ana Augusta de almeida – Creusa Capalbo – Ana maria Braz Pavão;
Fragilidades - não utilização de autores fieis;
Simplificações - reducionismo;
Método dialógico – entendido como ajuda profissional;
Estabelece uma relação de reciprocidade;
Busca de um posicionamento critico;
Retoma o serviço social face a face.
Reatualização do conservadorismo
Ajuda psicossocial;
Apelo a consciência;
Busca descrever compreender; 
Visão de homem;
Seminário de Sumaré.
Método:
Recuso dialogal
Situação existencial problema
Eleição do problema central
Articulação de saberes
Analise crítica - Método 
Síntese 
Construção de um novo projeto 
Retorno reflexivo
Perspectiva de intenção de Ruptura
Terceira perspectiva da reconceituação;
Momentos - emersão - consolidação - espraiamento;
Emersão - PUC de BH – 1972;
Grupo de professores;
BH -Contestações;
Embasamento Althusser – Mao Tsé Tung;
Fragilidade teórica – maniqueísmo;
Primeiro contato com a teoria marxista;
Emersão de permanência na universidade – melhor ambiente para florescer
Oposição ao Regime Militar Ditatorial;
Interrupção vai de 1972 a 1975;
Silencia por um longo período.
Intenção de Ruptura - Consolidação e Espraiamento
Consolidação acadêmica;
III congresso de assistentes sociais - congresso da virada 1979;
Vinculação do movimento operário;
Deposição de mesa;
Vertente marxistas iras se tornar a maiorias nos debates;
Aprofundamento de produções teóricas;
Polarização de debates profissionais;
Novo currículo profissional;
Atuação na redemocratização novo código de ética 1986- rompe com o conservadorismo;
Amadurecimento da profissão;
Manifestações da sociedade civil;
Fragilidade da ditadura conjuntura favorável.

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