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CUIDADO AO PACIENTE CRÍTICO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – 3º ANO Enfa. Samara Brito OXIGENOTERAPIA ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO LARINGE - É um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. - Componente do sistema respiratório e do digestivo. - Epiglote. LARINGE ALVÉOLOS Vamos conhecer o sistema respiratório através de uma broncoscopia... Algumas doenças respiratórias - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; - Pneumonia; - Edema Agudo de Pulmão; Algumas doenças respiratórias - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; - Pneumonia; - Edema Agudo de Pulmão; • Causas: - Infarto agudo do miocárdio - Disfunção do músculo cardíaco - Administração inadequada de líquidos, comum em crianças ou em pacientes com problemas renais que recebem “soro” em excesso nas veias. • Sintomas: - Ortopneia; - Tosse com presença de secreção rosácea; - Cianose; - PA elevada. OXIGENOTERAPIA - Conceito: consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. - Ar ambiente: FiO² 21% OXIGENOTERAPIA Objetivos: - reduzir o esforço ventilatório quando os volumes pulmonares estão diminuídos devido à hipoventilação alveolar; - Corrigir e reduzir os sintomas relacionados a hipoxemia e melhorar a difusão de 02; -Minimizar a carga de trabalho cardiopulmonar * Nas situações de infarto do miocárdio ou em uma arritmia cardíaca, a administração de oxigênio é necessária para um paciente cujo miocárdio já está comprometido. Manter PaO2 entre 80-100 mmHg e Sat.O2 92 a 100% Exames - Gasometria arterial *Ph (7,35 – 7,45) * PaO2 (80-100 mmHg) * PaCO2 (35-45 mmHg) * Sat.O2 (92-100%) * HCO3 (22-26 mEq/litro) Exames - Raio x de tórax OXIGENOTERAPIA O oxigênio é um gás transparente, incolor, insípido, inodoro. Frio, seco e vasoconstrictor. HIPOXIA Falta ou entrega reduzida de O2, acarretando da PaO2 e Sat.O2; Oxigenação inadequada do tecido no nível celular. HIPOXIA ➢ Inquietação; ➢ Ansiedade; ➢ Desorientação; ➢ Rebaixamento do nível de consciência; ➢ Tontura; ➢ FC aumentada; ➢ Palidez; ➢ Cianose; ➢ Dispnéia / taquipnéia ➢ Respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz) Danos cerebrais decorrentes da falta de oxigenação - 0-4 minutos: improváveis danos cerebrais se RCP foi iniciado - 4-5 minutos: possíveis danos cerebrais - 5-10 minutos: prováveis danos cerebrais - Mais de 10 minutos: severos danos cerebrais ou morte cerebral. Oxigenoterapia – princípios gerais ➢ O oxigênio é prescrito em relação ao fluxo ou à concentração, dependendo das necessidades do paciente e da capacidade do dispositivo de administração; ➢ O fluxo de oxigênio é expresso em litros/minuto. A concentração é expressa como um percentual ou como uma fração de oxigênio inspirado (FiO2); ➢ Usar a concentração mínima ou o menor fluxo possível para alcançar um nível de oxigênio sanguíneo adequado. Fluxômetro Umidificador Métodos de administração de oxigênio O estado de oxigenação do paciente determina qual aparelho de administração de oxigênio é o mais apropriado. OBS: A seleção do dispositivo baseia-se na FiO2 desejada. MODOS DE ADMINISTRAÇÃO 1. Sistema de baixo fluxo - Fornecem oxigênio suplementar diretamente às vias aéreas com fluxos de até 6 l/min ou menos. - Como o fluxo inspiratório de um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável (cânula nasal, cateter nasal). 2. Sistema de alto fluxo - Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 conhecida (máscara de venturi). SISTEMA DE BAIXO FLUXO Cateter nasal ou cateter tipo óculos - É utilizada quando o paciente requer uma concentração baixa ou média de oxigênio. - Permite administrar até 6l/min SISTEMA DE BAIXO FLUXO Material necessário: - Cânula nasal dupla estéril; - Umidificador; - Extensão; - Fluxômetro; - Água destilada. SISTEMA DE BAIXO FLUXO Cânula nasofaríngea - Utilizado raramente, mas pode ser prescrito na terapia de curto prazo, para administrar baixas e moderadas concentrações de O2; - INTRODUZIDO ATRAVÉS DA NARINA ATÉ A ÚVULA - Deve ser substituído por outro a cada 8 horas. SISTEMA DE BAIXO FLUXO Máscara simples - O corpo da máscara em si coleta e armazena oxigênio entre as inspirações do paciente e a expiração; - Dispositivo de baixo fluxo (8 l/min) - Material necessário: - Máscara simples; - Umidificador; - Extensão; - Fluxômetro; - Àgua destilada. SISTEMA DE ALTO FLUXO - Fornece O2 em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do indivíduo. - Utiliza orifícios de tamanhos diferentes com fluxos de O2 variáveis para ajuste da FiO2. - FiO2 fixa. Exemplo: Máscara de venturi Tubo orotraqueal Traqueostomia Oxi hood CPAP Com suporte de ventilação mecânica. SISTEMA DE ALTO FLUXO Máscara de venturi - É o método mais confiável e exato para administrar concentrações exatas de oxigênio através de meios não invasivos; SISTEMA DE ALTO FLUXO Máscara de venturi Material necessário: - Máscara - Válvula de acordo com a FiO2; - Traqueia corrugada; - Extensor; - Umidificador; - Fluxômetro; - Água destilada. SISTEMA DE ALTO FLUXO Máscara com reservatório a 100% SISTEMA DE ALTO FLUXO AMBU - Indicado para fornecer ventilação artificial durante manobras de ressuscitação de pacientes em PCR. - Pode ser conectado ao oxigênio, com opção de altas concentrações por conter uma bolsa reservatória de oxigênio. - Administração de 10 a 15 litros O2/min. SISTEMA DE ALTO FLUXO Tenda facial/capacete - Utilizados em lactentes e recém nascidos (hood/halo/capacete) - O tamanho varia de acordo com a criança - Utiliza alto fluxo de oxigênio OBS: Dificuldade para avaliar e manusear a criança SISTEMA DE ALTO FLUXO CPAP - Pressão positiva contínua nas VAS - Forma para administrar O2 (FiO2 de 21% a 100%) com auxílio de um fluxo e de uma peep. - Administrada através de um pronga nasal ou máscara facial ou cânula traqueal. - Permite umidificação e aquecimento. VENTILAÇÃO MECÂNICA A ventilação mecânica é compreendida como a manutenção da oxigenação e/ou da ventilação dos pacientes de maneira artificial até que estes estejam capacitados a reassumi-las. VENTILAÇÃO MECÂNICA O suporte ventilatório é necessário quando há um processo patológico ou intervenção farmacológica: - Prejudica a capacidade dos músculos respiratórios de gerar pressão suficiente; - Aumenta a demanda da capacidade ventilatória além da capacidade muscular; - Aumenta o trabalho associado a respiração. VENTILAÇÃO MECÂNICA OBJETIVO: - Reverter a hipoxemia; - Reverter ou prevenir atelectasias em pacientes com respirações superficiais; - Permitir sedação para realização de cirurgias; - Estabilização torácica em pacientes com múltiplas fraturas de costelas; VENTILAÇÃO MECÂNICA Intubação Orotraqueal (IOT) VENTILAÇÃO MECÂNICA - Material para IOT: Laringoscópio Lâmina de laringoscópio Tubo endotraqueal Seringa de 20 ml Fio guia Luva estéril Estetoscópio Fixador do tubo Ambu OBS: Sonda para aspiração VENTILADOR MECÂNICO TRAQUÉIAS UMIDIFICADOR DEFINIR OS PARÂMETROS QUAIS OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES INTUBADOS?CUIDADOS DE ENFERMAGEM - Vigilância constante; - Controle de sinais vitais; - Aspiração de secreções VAS; - Higiene oral, troca de fixação do TOT, mobilização do TOT; - Umidificação; - Monitorização do balanço hidroeletrolítico; CUIDADOS DE ENFERMAGEM - Observação do circuito do ventilador (traqueias); - Nível de sedação do paciente; - Anotações de enfermagem; - Controle de infecção. Traqueostomia - Procedimento cirúrgico que cria uma abertura na parede anterior da traqueia, comunicando-se com o meio exterior mantido com o auxílio de cateter rígido inserido na traqueia. Traqueostomia Indicações: - Obstrução de vias aéreas, por objeto, tumores; - “queda de língua” (AVC, TCE); - Para uso prolongado de ventilação mecânica. QUAIS OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM TRAQUEÓSTOMO? - Manter decúbito entre 30 a 45° - Manusear a traqueostomia com técnica asséptica. Fazer curativo com solução fisiológica de acordo com a necessidade. Manter o local limpo e seco. OBS: Não é recomendável a aplicação de antimicrobianos. - Trocar fixação de acordo com a necessidade. Mantê-la estável, sem compressão. - Observar parâmetros respiratórios; - Realizar limpeza do traqueóstomo. OBS: Realizar aspiração. ASPIRAÇÃO - Conceito: é o procedimento invasivo utilizado para retirar secreções do trato respiratório superior e/ou cavidade oral através de sucção por cateter. - Finalidade: É importante realizar aspiração de secreções do paciente por causa da eficácia diminuída de tosse e manter via aérea desobstruída; ASPIRAÇÃO Material necessário: - Sonda de aspiração; - Extensor; - Luvas estéreis; - Óculos de proteção; - Soro fisiológico; - Gaze; - Frasco de aspiração. NEBULIZAÇÃO - Método terapêutico que transforma uma solução (água ou soluções salinas) em névoa quando submetida a uma determinada pressão; - Objetivo: hidratar o muco estagnado, reduzindo sua viscosidade e aderência. - Meio de administração de medicamentos, como broncodilatadores. ,, NEBULIZAÇÃO Material necessário: - Máscara simples; - Soro fisiológico; - Copo nebulizador; - Extensão; OBS: Broncodilatadores ou medicamentos Podemos utilizar o oxigênio ou ar comprimido para realizar a nebulização, conforme o caso do paciente. NEBULIZAÇÃO Berotec – Fenoterol Ipratrópio - Atrovent Estudo de caso - Oximetria de pulso: Sat.O2: 90% FC: 132 bpm - Gasometria arterial: pH: 7,30 PaCO2: 30 HCO3: 24 PaO2: 70 - Sexo masculino, 45 anos.
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