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Interpretação de Texto
Redação Oficial
Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Interpretação de Texto/Redação Oficial
Professora: Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Último Edital
Compreensão e Interpretação de textos.
Tipologia textual.
Significação das palavras.
Redação Oficial.
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Interpretação de Texto
PROCEDIMENTOS
1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;
2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, 
etc.);
3. leitura do enunciado.
EXEMPLIFICANDO
NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC
Pós-11/9
Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, 
ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado 
o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia 
anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais 
véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada 
quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados 
Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades 
para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito 
de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima 
reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, 
não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo 
começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão 
da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo 
que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. 
No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou 
atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho 
para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar 
mais na humanidade.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será 
diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez 
de setembro” na rua.
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)
 
www.acasadoconcurseiro.com.br8
1. Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo – 
é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros.
2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes, 
identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em 
determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetição 
da expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”, 
por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônica 
baseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, a 
qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.
3. Trata-se de uma CRÔNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia 
do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para, 
posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto 
de vista.
4. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A tragédia de 11 de setembro” 
(totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.
5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e 
verbais).
6. Identificação das palavras-chave no texto.
7. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
1. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela
a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas. 
(preâmbulo / véspera da História).
b) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais 
drásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA).
c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de 
solidariedade. (cotidiano de Nova York).
d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar 
um novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido / 
oportunidade do novo começo).
e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado 
nacionalismo.
Anotações:
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
8. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos 
do texto (IDEIA CENTRAL).
EXEMPLIFICANDO
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
 O heroísmo é um dos últimos enigmas do comportamento humano. 
Quando se trata de entendê-lo por meio de explicações racionais, é tão 
incompreensível quanto sua gêmea maligna, a brutalidade.
 Os psicopatas são mais transparentes do que os heróis. Pelo menos já 
descobrimos o que os torna perigosos: sua incapacidade de sentir qualquer 
empatia pelos outros. Já o heroísmo extremo é de difícil explicação científica. 
Trata-se de um impulso ilógico que desafia a biologia, a psicologia e o bom 
senso. Charles Darwin tinha dificuldades em explicar a ideia de se expor para 
salvar a vida de um estranho. “Aquele disposto a sacrificar a sua vida, como 
muitos selvagens o fazem, em vez de trair seus companheiros, 
frequentemente não deixa descendentes para herdar sua nobre natureza”, 
observou ele, que consequentemente não conseguia encaixar o heroísmo na 
teoria da sobrevivência do mais forte.
 Morrer pelos próprios filhos? Perfeitamente lógico. De acordo com 
Darwin, nossa única razão de existir é passar nossos genes para a próxima 
geração. Mas, e morrer pelos outros? Contraproducente. Afinal, não importa 
quantos heróis fossem gerados, bastaria uma besta egoísta atleticamente 
sexual para minar toda a linhagem heroica. Os filhos dos egoístas se 
multiplicariam, enquanto os filhos dos super-heróis que seguissem o exemplo 
do superpai se sacrificariam até à extinção. Não é difícil de entender por que o 
comportamento heroico é raro.
 Então, se todas as forças evolutivas e consequências desvantajosas 
conspiram contra o heroísmo, por que tal comportamento existe? Segundo o 
biólogo Lee Dugatkin, o heroísmo, uma forma de altruísmo, provavelmente data 
da época em que vivíamos em tribos nômades, onde as pessoas tinham 
entre si alguma conexão familiar. Ao praticar um ato heroico, elas estariam 
salvando uma parte de seu material genético.
 Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah 
Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de 
pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas que 
cometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais 
cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos construir 
circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma 
sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a 
verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantir 
direitos básicos de cidadania.
(Andrea Kauffmann Zeh, O Estado de S. Paulo, Aliás, J7, 21 de junho de 2009, com adaptações)
 
www.acasadoconcurseiro.com.br10
2. O assunto do texto está sintetizado em
a) o heroísmo é atitude sem explicação lógica quando analisado sob a ótica dos impulsos do 
comportamento humano.
b) o heroísmo extremoé geralmente confundido com a brutalidade manifestada por 
psicopatas.
c) heróis e psicopatas apresentam habitualmente o mesmo tipo de comportamento num 
mundo incompreensível.
d) Charles Darwin falhou em suas explicações para o comportamento heroico apresentado 
por certas pessoas.
e) a sobrevivência da espécie humana só é explicada pelo comportamento heroico de certos 
indivíduos.
ERROS COMUNS
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, 
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de 
que o texto é um conjunto de ideias.
EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um 
século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de 
formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas 
cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.
Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, 
um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns 
veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas 
por enclaves fechados e espaços exclusivos.
(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. 
Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)
3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas
a) cujos habitantes se sentirão ameaçados.
b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania.
c) de transformação social.
d) de grande aglomeração humana.
e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 11
Comentário:
a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.
b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação social.
c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação social.
e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De eoutro lado [...] por 
enclaves fechados e espaços exclusivos.
ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS
1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e 
ETIMOLOGIA.
Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-
lo mais fácil ao entendimento.
Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo:- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.
EXEMPLIFICANDO
BB – 2012
Adeus, caligrafia
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
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11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
 O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas 
práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos. 
Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma 
“boa letra” – já dada como anacronismo. 
 O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de 
protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A 
escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada 
a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se, 
há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada 
tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger 
reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de 
escrever.
 Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos 
realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca 
de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses 
novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para 
meninos e a costura para as meninas.
 As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra 
de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A 
escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A 
prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao 
processamento visual.
 
www.acasadoconcurseiro.com.br12
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
 Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista 
Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com 
movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades 
motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou. 
Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de 
fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a 
mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em
a) As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedente
b) o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos 
c) pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepção 
d) por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do teclado
e) implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural
5. Caso desconhecesse o significado da palavra “anacronismo” (l. 04), a fim de apreendê-lo sem o 
uso do dicionário, o leitor poderia valer-se
I – sua função sintática.
II – paráfrase existente no 1º parágrafo.
III – significado dos morfemas que a compõem.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Anotações:
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
 Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no 
universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível 
aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje 
dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais. 
 O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca 
pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. 
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, 
fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam 
entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o 
emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. 
 Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras 
línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica 
a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a 
perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia. 
 Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm 
claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve 
justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e 
empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de 
impressionar os neófitos. 
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São 
Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)6. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as 
palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido 
mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo 
a) da religião.
b) do trabalho.
c) da geografia.
d) da medicina.
e) do esporte.
Anotações:
 
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2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS:
 • advérbios;
 • tempos verbais;
 • expressões totalizantes;
 • expressões enfáticas;
 • expressões restritivas.
EXEMPLIFICANDO
BB – 2012
Adeus, caligrafia
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
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11.
12.
13.
14.
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18.
19.
20.
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22.
23.
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25.
26.
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28.
29.
 O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas 
práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos. 
Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma 
“boa letra” – já dada como anacronismo. 
 O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de 
protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A 
escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada 
a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se, 
há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada 
tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger 
reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de 
escrever.
 Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos 
realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca 
de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses 
novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para 
meninos e a costura para as meninas.
 As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra 
de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A 
escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A 
prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao 
processamento visual.
 Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista 
Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com 
movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades 
motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou. 
Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de 
fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a 
mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
7. (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo Martin 
Heidegger e do neurocientista Roberto Lent
a) são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízo 
para certas áreas neuronais.
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
b) são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo para 
as atividades culturais, como viu o filósofo.
c) baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passo 
que o outro avalia as implicações biológicas.
d) opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundo 
reconhece tão somente efeitos positivos.
e) aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocesso 
para as atividades culturais da humanidade.
8. (12240) Atente para as seguintes afirmações.
I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de 
comunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.
II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade a 
exclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares.
III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono da 
caligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.
Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I e II.
9. (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,
a) gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra 
a escrita mecanizada. (não contemporâneo)
b) teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas. 
c) provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como 
indispensável ter “boa letra”. 
d) repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que 
emocional.
e) granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação 
neurológica.
TJ-RJ – 2013
Receita de casa
 Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos 
profissionais achem que não.
 Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão, 
um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável 
porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar 
móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério das 
coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques, 
as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que 
outrora andaram em caminhos longe.
(Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância)
 
www.acasadoconcurseiro.com.br16
10. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa 
a) destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da 
família vê sentido em preservar.
b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempo 
morto, ali acumulados.
c) reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questão 
de não esquecer.
d) resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dos 
antepassados, ali recolhida e administrada.
e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um desses 
museus que a ninguém mais interessa visitar.
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC 
 Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah 
Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de 
30.pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas que 
cometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais 
cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos 
construir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma 
sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a 
35.verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantir 
direitos básicos de cidadania.
11. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade.
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a) possibilidade de realização de um fato. 
c) certeza imediata a respeito de uma ação real.
c) dúvida plausível acerca da realização de um fato.
d) ação prevista em um futuro imediato.
e) fato realizado em um tempo indefinido.
Anotações:
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 17
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e 
de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: 
provavelmente, é possível,futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...
EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
 Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que 
está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa 
galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em 
projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo 
e espaço.
 Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, 
superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-
se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação 
tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do 
gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao 
gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos 
nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como 
parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de 
que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras. 
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)
12. Considere.
I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, 
questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução 
oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.
II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados 
ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum 
modo, conectados à realidade.
III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos 
em teoria, acredita-se que seja possível.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.
 
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AS QUESTÕES PROPOSTAS
Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual. 
e
Inferência
Observe a seguinte frase:
A água voltou. Já podemos lavar a roupa.
Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
a) que a água voltou;
b) que a roupa pode ser lavada.
Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito, 
que havia faltado água e que havia roupa suja.
INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do 
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.
EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da 
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. 
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa 
ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível 
poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos 
recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente 
os tripulantes.
 Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura 
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o 
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder 
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo.
 A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o 
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus 
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para 
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, 
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem 
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo 
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, 
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de 
perigo.
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das 
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de 
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, 
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi 
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua 
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
13. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de
a) dissimulação.
b) lisura.
c) observação.
d) condescendência.
e) intolerância.
EXTRATEXTUALIDADE
A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno 
conhecimento mais amplo de mundo.
EXEMPLIFICANDO
TJ-RJ – 2012
A Era do Automóvel
 E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por 
entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, 
tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram 
para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, 
eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só 
pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. 
Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de 
guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte 
ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando 
voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da 
Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta 
fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a 
elegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém 
adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante da 
máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa 
que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aos 
pôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...]
 Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se, 
avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, 
arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente 
nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.
(João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)
 
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14. (12237) A afirmativa correta é 
a) a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio de 
Janeiro.
b) João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.
c) a elegânciados hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do 
texto.
d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de 
veículos.
e) a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade 
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. 
EXEMPLIFICANDO
BB - 2012
15. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em
I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas 
de escrever.
II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.
III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.
Atende ao enunciado APENAS o que consta em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Anotações:
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Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado 
objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP - 2012
 Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem, 
ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), 
campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e se 
reproduzem em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo 
com o estudo, a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal 
pode levar ao desaparecimento de diversas espécies.
 O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima 
a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos de 
produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usar 
as plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat 
natural − ou até substituí-lo.
 Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nos 
fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos, 
ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, por 
causa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisador 
Marcelo Gonçalves Campolin.
 A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução 
de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −, 
para serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreas 
protegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientes 
naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou 
até mesmo a desaparecer”, prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações)
16. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que 
a) no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo 
proposto pelo pesquisador.
b) o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta 
relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.
c) o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com 
conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.
d) o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo, 
que são retomadas nos seguintes.
e) as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido 
determinado com precisão o objetivo do estudo.
Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.
 
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Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da 
apresentação de argumentos que as defendam e comprovem.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
 Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas 
não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio 
e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa 
antes demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade 
tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um 
paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças 
necessárias de fora.
 Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da 
mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente 
brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo 
terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português 
brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
 São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa 
geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, 
entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta 
aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com 
a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a 
deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o 
quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar.”
 A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em 
particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, 
para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás 
genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque 
quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no 
plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da 
poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.”
Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213
17. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido 
a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na 
época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião 
crítica sobre a cidade que a acolheu.
c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas 
da época em que o autor compunha.
d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas 
favoráveis a respeito do compositor.
e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça 
que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
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Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não 
faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto 
expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto 
expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
 O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os 
portugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europa 
desde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característicaque faz com que 
religião e teatro de bonecos se misturem desde a origem.
 Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos. 
Histórias e linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadas 
de geração para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principal 
característica o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e 
o enredo não são fixos.
 Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O 
rural é o mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, e 
cujo universo social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os 
humildes e as autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novas 
personagens e circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém um 
enredo, embora não abra mão do improviso.
(Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, no 21, p. 46-49, com adaptações)
18. (12227) Fica evidente no texto que 
a) os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da 
necessária participação do público em momentos específicos.
b) o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente 
consegue criar personagens e cenas citadinas.
c) as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que 
caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.
d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas 
apresentações a um público participante.
e) o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos 
e de gosto de seu público tradicional.
Anotações:
 
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Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos 
e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo.
EXEMPLIFICANDO
19. Considere as afirmações.
I – O texto verbal apresenta traços da tipologia injuntiva.
II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular, 
exigindo do leitor conhecimento prévio.
III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
GÊNEROS TEXTUAIS
EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não 
expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos 
bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se 
(explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.
EXEMPLIFICANDO
TST-2012
Cursos
Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se 
contra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que o 
aluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação 
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de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à 
velha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento que 
ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita, 
retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as 
fragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os 
especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem 
graduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que 
emerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior de 
segunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência. 
Mas, no geral, resta muito que avançar.
À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhores 
cursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempo 
inteiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta 
a doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por 
exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre 
que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz 
respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos 
aqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos 
indicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a 
aulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à 
vontade a biblioteca e os laboratórios.
No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituições 
pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quase 
um terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pela 
excelência.
(Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)
20. (12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos 
a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas 
mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.
b) incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a 
supervisão do professor.
c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para 
os estudos, além das telessalas.
d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos 
momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.
e) contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer 
ao aluno um retorno imediato de seu progresso.
Anotações:
 
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ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira 
responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor. 
EXEMPLIFICANDO
TRF-2ª REGIÃO – 2012
 O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de 
calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com 
alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida 
e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos 
esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, 
associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.
 A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo 
e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e 
Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se 
exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem 
mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do 
que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus 
times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.
 A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking 
da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns 
de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de 
diabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista 
Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo.“Em movimento constante, nosso 
organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.”
(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)
21. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são 
a) alimentação regrada e hábitos esportivos.
b) sedentarismo e modalidades favoritas.
c) praias e tradição dos times de futebol.
d) poder aquisitivo e questões culturais.
e) parques e existência de áreas planas.
NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o 
de informar, não o de convencer.
EXEMPLIFICANDO
 Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos 
econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento 
sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia 
Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presente 
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”.
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 Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-
sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio 
entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e 
redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento 
econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração 
de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.
(Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)
22. (12211) O sentido do texto está corretamente exposto em
a) sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, 
não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.
b) tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um 
real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas.
c) só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de 
todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.
d) o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico 
ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.
e) desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e 
padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação 
ambiental.
CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista 
apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, 
baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é 
predominantemente coloquial.
EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014 
 “O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse 
o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio 
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. 
Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do 
presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento 
dessa impossibilidade.
 Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua 
amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para 
antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era 
o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém 
trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. 
Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é 
mais o mesmo aquele rio.
 Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram 
não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste, 
mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser 
recuperado.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013) 
 
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23. No texto, o autor
a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta.
b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos.
c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor.
d) constata que o passado é irrecuperável. 
e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.
BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor 
expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.
EXEMPLIFICANDO
TRT 6ª REGIÃO PE – 2012
 Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem 
é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, 
o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela; 
Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas 
Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que 
a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas 
Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros. 
 A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos 
os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol. 
Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre 
trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o 
sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos 
dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e 
este é seu suplício”.
(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-
25)
24. (12215) Atente para as afirmações abaixo.
I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato 
de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de 
maneira inteligível. 
II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira 
coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana. 
III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e 
condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) III.
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PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre 
produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência 
em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de 
publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta 
informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, 
apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar 
determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional 
e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e 
em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.
CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual 
com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, 
ou seja,exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser 
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece 
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do 
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa 
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
CHARGE
CARTUM
 
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QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas 
peculiaridades.
TEXTO LITERÁRIO
EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014 
A marca da solidão
 Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. 
Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de 
penumbra na tarde quente.
 Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto 
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, 
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.
 Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
25. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua 
atenção é 
a) fresta.
b) marca.
c) alma.
d) solidão.
e) penumbra.
SEMÂNTICA
SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Porém os sinônimos podem ser 
 • perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.
Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião
 • imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio
Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do 
acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.
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Exemplos:
mal X bem
fraco X forte
subir X descer
possível X impossível
simpático X antipático
EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da 
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
 As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas 
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao 
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios 
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam 
impiedosamente os tripulantes.
 Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura 
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o 
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder 
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo.
 A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o 
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus 
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para 
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, 
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem 
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo 
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, 
contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de 
perigo.
 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das 
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de 
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, 
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi 
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua 
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
26. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original do 
texto substituindo-se o elemento grifado por
a) inatingível.
b) intacto.
c) inativo.
d) impalpável.
e) insolente.
 
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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação: significação objetiva da palavra - valor referencial; é a palavra em “estado de 
dicionário“.
Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades 
devido às associações que ela provoca.
EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
A marca da solidão
 Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. 
Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de 
penumbra na tarde quente. 
 Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto 
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, 
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. 
 Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
27. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é
a) menino.
b) chão.
c) testa.
d) penumbra.
e) tenda.
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da 
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
 As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas 
numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao 
irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios 
batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam 
impiedosamente os tripulantes.
 Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura 
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o 
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder 
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo.
INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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 A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o 
reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus 
inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para 
resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, 
mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem 
ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo 
para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, 
contudo, cumpriram fielmente a ordemde não soltá-lo até que estivessem longe da zona de 
perigo.
 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das 
sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de 
um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, 
reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi 
contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua 
própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
28. Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo)
A frase acima
a) contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar.
b) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.
c) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.
d) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.
e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.
Anotações:
 
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PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS
Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam 
significados diferentes.
 • Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra)
 • Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de)
ALGUNS OUTROS EXEMPLOS
absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam 
mantimentos)
dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
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peão (aquele que anda a pé, domador de 
cavalos)
pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados 
diferentes.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na 
pronúncia.
São Jorge / São várias as causas / Homem são 
Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da 
vogal tônica “o” / “e”.
O molho / Eu molho
A colher / Vou colher
Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.
Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido
Acender = pôr fogo / Ascender = subir
ALGUNS OUTROS EXEMPLOS
Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se 
assenta
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção
Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar
 
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Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas 
linhas se cortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Paço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia
Cesta Recipiente de vime, palha 
ou outro material trançado
Sexta Dia da semana; numeral 
ordinal (fem.)
Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião
EXEMPLIFICANDO
29. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão 
sinônima. 
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos 
os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do 
presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a) discriminar – tráfico – infligiu
b) discriminar – tráfico – infringiu
c) descriminar – tráfego – infringiu
d) descriminar – tráfego – infligiu
e) descriminar – tráfico – infringiu
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31. Leia as frases abaixo.
1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi.
2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 – ___________ dias que não falo com Zambeli.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes.
a) concerto – há – a – cessões – Há.
b) conserto – a – há – sessões – Há.
c) concerto – a – há – seções – A.
d) concerto – a – há – sessões – Há.
e) conserto – há – a – sessões – A.
32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).
“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã 
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ 
seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os 
primos e a tia.
a) mau – mal – mais – mas
b) mal – mal – mais – mais
c) mal – mau – mas – mais
d) mal – mau – mas – mas
e) mau – mau – mas – mais
33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento dos parênteses.
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas).
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu).
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou).
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).
34. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e 
respectivamente, os espaços nas orações abaixo.
I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)
II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/ 
expectadores)
III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)
Assinale a alternativaque traz a sequência correta.
a) senso – expectadores – extrato
b) senso – espectadores – estrato
c) censo – expectadores – estrato
d) senso – espectadores – extrato
e) censo – espectadores – extrato
 
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35. Assinale a alternativa em que a palavra tem um homônimo homógrafo.
a) Pleno.
b) Escolha.
c) Desprezo.
d) Ruim.
e) Utopia.
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Questões, poderá assistir ao video da explicação do professor.
http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H1091042
Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. (12242) A 5. E 6. B 7. (12228) C 8. (12240) E 9. (12231) D 10. (12235) B 11. A 
12. C 13. A 14. (12237) A 15. (12252) A 16. (12229) C 17. (12256) D 18. (12227) D 19. D 20. (12202) C 
21. (12212) D 22. (12211) E 23. D 24. (12215) E 25. A 26. B 27. E 28. E 29. A 30. A 31. D 32. C 33. D 
34. D 35. C
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GABARITO COMENTADO (TEMA)
16.
a) errada: no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas 
no estudo proposto pelo pesquisador.
No 2º parágrafo, apenas são mencionados os tipos de culturas da zona da pesquisa.
b) errada: o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não 
apresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.
No 3º parágrafo, é feita a relação entre o número de espécies estudadas e as áreas nativas e 
cultivadas.
c) certa: o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, 
com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.
O 1º parágrafo – típico de uma notícia – apresenta o tema, descrevendo, brevemente, aspectos 
que serão abordados em sua continuidade.
d) errada: o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º 
parágrafo, que são retomadas nos seguintes.
O texto não é repetitivo, pois vai agregando dados e acrescentando informações até o final.
e) errada: as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não 
ter sido determinado com precisão o objetivo do estudo.
O objetivo da pesquisa é claramente especificado no 1º parágrafo, e as conclusões são 
pertinentes.
17.
a) errada: destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São 
Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
Não há referência no 1º §. O artista “exprimiu a realidade tão paulista do italiano”. Não se fala 
em terra da garoa. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão 
acerca de um fato, tecendo-se sobre ele opiniões.
b) errada: analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo 
opinião crítica sobre a cidade que a acolheu.
Não há análise do contexto histórico 1º §, tampouco opinião rítica sobre São Paulo.
c) errada: contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e 
negativas da época em que o autor compunha.
Não há exposição no 1º § de características positivas e negativas da época em que compunha 
Adoniran. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão acerca de um 
fato, tecendo-se sobre ele opiniões.
d) certa: fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas 
favoráveis a respeito do compositor.
Além de informar sobre o verdadeiro nome do compositor e sobre seu nome artístico, afirma 
ter sido “A ideia excelente”. Aqui, observa-se marca de artigo: exposição de um fato, seguida de 
opinião e argumento.
 
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e) errada: critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora 
reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
O autor só tece elogios.
18.
a) errada: os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em 
razão da necessária participação do público em momentos específicos.
O texto diz que muita coisa mudou na arte do mamulengo, como a história e a linguagem. 
Observe a expressão “fechada” “bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos”.
b) errada: o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente 
consegue criar personagens e cenas citadinas.
Segundo o texto, existe a modalidade mais recente, denominada mamulengo urbano. Observe 
a expressão “fechada” “dificilmente”.
c) errada: as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, 
que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.
O mamulengo rural, que tratava de aspectos religiosos, mantêm-se ainda hoje, com as mesmas 
características.
d) certa: o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de 
suas apresentações a um público participante.
Essa alternativa confirma o que diz o texto no final do 2º parágrafo. Trata-se de um texto, 
predominantemente, expositivo; nessa afirmativa, observam-se as marcas principais dessa 
tipologia – exposição de ideias.
e) errada: o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança 
de hábitos e de gosto de seu público tradicional.
O texto não diz nem sugere que o teatro de mamulengos esteja em declínio.
19.
I – certa: observe o uso do imperativo “Brinque” – marca da injunção.
II – certa: o ditado popular que é contrariado é “Não brinque com fogo”. O leitor – a fim de 
apreender a totalidade da injunção – necessita conhecê-lo.
III – errada: o texto não verbal é indispensável; caso contrário, não seria possível saber qual era 
o produto vendido. Poder-se-ia imaginar que se tratava da venda de Coca Cola, e a coerência 
estaria perdida.
20. Observe que se trata de um editorial, texto que tem como características principais – além do 
fato de não ser assinado – a presença da opinião e o objetivo da persuasão.
a) errada: priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades 
lúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais. 
Não há, no texto, referência a relacionamento entre colegas.
b) errada: incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob 
a supervisão do professor.
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O aluno ainda não é suficientemente estimulado em relação ao uso da internet. Observe “É 
preciso fazer uso constante da tecnologia” [...] “usar a internet para envolver estudantes”.
c) certa: procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes 
para os estudos, além das telessalas.
No final do 3º parágrafo é destacada a afirmação feita nessa alternativa. Observe a persuasão: 
“procuram despertar”.
 d) errada: promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala 
apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado. 
Não há referência ao uso da telessala apenas nos momentos de concentração do aluno. 
Observe, além da palavra “fechada”, a afirmação “Não dá para deixar o aluno por si só”.
e) errada: contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode 
fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.
O texto não menciona a existência de avaliações virtuais frequentes. Releia os dois últimos 
períodos do 2º parágrafo.
21. Observe que se trata de um artigo (assinatura + opinião + persuasão).
a) errada: alimentação regrada e hábitos esportivos.
Esses itens são mencionados no 3º parágrafo.
b) errada: sedentarismo e modalidades favoritas.
O sedentarismo é predominante no Recife, e as modalidades favoritas são mencionadas no 1º 
parágrafo.
c) errada: praias e tradição dos times de futebol.
Praias e tradição dos times de futebol são típicas do Rio de Janeiro.
d) certa: poder aquisitivo e questões culturais.
Poder aquisitivo e questões culturais são enfatizadas no início do 2º parágrafo