Buscar

Processo e Procedimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Processual Civil II 
Processo e Procedimento 
Lembrar que o processo é o instrumento da jurisdição. É o meio pelo qual o juiz poderá aplicar a lei ao caso concreto, e então o Poder Judiciário poderá dar a resposta solicitada. 
É um conjunto de atos ordenamente encadeados e previamente previstos em lei, que se destinam a um fim determinado: a prestação jurisdicional. 
Enquanto o processo engloba todo o conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação duradoura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados. O processo não se desenvolve do mesmo modo em todos os casos. Os atos exteriorizam-se de maneiras diferentes conforme as pecularidades da pretensão deduzida. O modo próprio de desenvolvimento do processo é exatamente o procedimento. Exemplo: Uma ação de despejo por falta de pagamento não se desenvolve da mesma forma que uma ação de mandado de segurança. 
Resumo: No processo, temos uma sucessão ordenada de atos que segue modelos previstos em lei que são os procedimento. 
O processo não é um fim em si mesmo; o processo deve amoldar-se à pretensão de direito material que se busca satisfazer e por essa razão, é que dele existem numerosos tipos; 
1.1) O processo pode ser classificado de acordo com o tipo de tutela postulada: 
a) De conhecimento: busca uma tutela cognitiva, para que o juiz diga o direito; A parte busca uma sentença de mérito voltada ao reconhecimento de um direito, haja vista a existência de um conflito de interesses.
Temos a cognição da causa pelo juiz e a declaração do direito material aplicável ao caso concreto. O juiz irá conhecer das alegações das partes e das provas produzidas, proferindo uma sentença voltada a compor a lide. A sentença nesse tipo de processo sempre terá uma carga declaratória. 
Há também outros tipos de sentenças como: meramente declaratório, constitutivo e condenatório. 
b) De execução: não é o acertamento do direito, e sim sua satisfação; visa a satisfação de uma obrigação expressa em título produzido em processo de conhecimento (títulos executivos judiciais art. 515) ou em negócio jurídico documentado (títulos executivos extrajudiciais art. 784).
Não temos sentença de mérito, mas apenas uma sentença extintiva do processo, em razão do cumprimento integral da obrigação, remissão total da dívida, renúncia ao crédito (art. 924 e art. 925).
Art. 924: extingue-se a execução quando, a petição inicial for indeferida; a obrigação for satisfeita; o executado obtiver, por qualquer outro motivo, a extinção total da dívida; o exequente renunciar o crédito; ocorrer a prescrição intercorrente; 
Art. 925: a extinção só produz efeito quando declarada por sentença. 
Na execução não tem atividades de cognição e de declaração do direito por parte do juiz. É apenas necessária a prática de atos materiais coativos voltados à realização concreta da obrigação existente. Busca-se a realização concreta do direito material. 
Não se instaura um processo autônomo de execução com a citação do executado para cumprir a obrigação. Os atos materiais de execução representam uma nova fase do processo instaurado (temos então fase de conhecimento e de execucação). 
c) Tutelas provisórias: houve extinção do processo cautelar; agora há as chamadas tutelas de urgência e evidência (de natureza satisfativa ou cautelar). Abolidas as típicas (nominadas), agora são as inominadas, seja tutela de urgência satisfativa ou cautelar. 
- Fases do Processo: 
a) Postulatória: Predominam as atividades das partes, existindo agora previsão da designação de audiência para tentativa de autocomposição de litígio. Temos a exposição da causa pelo autor, que deduz uma pretensão na petição inicial, e a contestação do réu; no NCPC, não mais se identificam 3 modalidades de resposta. Com o ingresso da petição inical em juízo, considera-se proposta a ação e instaurado o processo (art. 312) 
“Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.”
Com a citação do réu, aperfeiçoa-se a relação processual; 
b) Ordinatória: Apresentada a contestação pelo réu, ou decorrido o prazo sem comparecimento deste, os autos são conclusos ao juiz, que poderá, conforme o caso, determinar algumas providências preliminares (art. 347). 
O juiz poderá facultar a réplica ao autor, agora em 15 dias (réplica representa a manifestação do autor sobre a contestação do réu), deliberar providências para suprir irregularidades no que toca à representação processual ou capacidade das partes, poderá determinar a especificação de provas, etc. (arts.348 a 353).
Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz passa a proferir o julgamento conforme o estado do processo (arts. 354 a 357 do CPC de 2015). Nesse momento, o juiz pode adotar três posturas distintas:
1) declarar extinto o processo, estão nas hipóteses previstas no art. 485 (extinção sem exame do mérito) ou 487, incisos II e III (há resolução do mérito da causa); 
2) não sendo caso de extinção do processo, o juiz poderá proceder ao julgamento antecipado do mérito, se delineadas as hipóteses previstas no artigo 355 do CPC; De acordo com o inciso I desse artigo, é possível o julgamento antecipado do mérito quando desnecessária a dilação probatória (a matéria controvertida é exclusivamente de direito ou sendo de direito e de fato não há necessidade de produção de outras provas; a prova documental apresentada na fase postulatória já seria suficiente para elucidação da matéria fática controvertida). No caso do inciso II do artigo 355, o julgamento antecipado do mérito é viável quando estiver presente o efeito da revelia previsto no artigo 344 (presumem-se verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor e não há requerimento de prova na forma do artigo 349). Em algumas situações, o réu é revel, mas não está presente o efeito da revelia, previsto no artigo 344.
Esse efeito da revelia não se verifica nas hipóteses do artigo 345 do CPC.
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I – ha vendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV – as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Quando o réu é revel, mas foi citado por edital ou com hora certa, ou se encontra preso, também não incide o efeito da revelia do artigo 344. O juiz deverá então no mear um curador especial para esse réu, que poderá contestar o pedido por negativa geral (arts. 72, II e 341, parágrafo único). Essa contestação do curador especial, ainda que por negativa geral, faz com que o autor continue com o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito; isto porque está afastado o efeito da revelia (presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial). Quando o juiz profere, desde logo, a sentença de mérito, incide o artigo 487, inciso I, do CPC de 2015. Podemos ter então a fase decisória logo após a fase postulatória, encerrando-se a fase de conhecimento do processo. Há agora previsão expressa de julgamento antecipado parcial do mérito.
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II – estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá r econhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. 
§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obri gação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentementede caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. 
3) não sendo caso de extinção do processo ou do julgamento antecipado do mérito (integral), teremos então o saneamento do feito, mediante provimento decisório lançado desde logo nos autos, devendo o juiz, no entanto, se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes (v. art. 357 do CPC de 2015).
Nessa audiência do §3º do artigo 357 do CPC de 2015 não tem lugar a produção de provas, prestando-se apenas ao saneamento do feito, com a colaboração das partes; nesta oportunidade, o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. Com a decisão de saneamento, encerra-se a fase intermediária, abrindo-se, então, a fase instrutória do feito. Em princípio, só caberá agravo de instrumento contra essa decisão, no prazo de 15 (quinze)dias, se nela for inserida solução de alguma das matérias mencionadas no artigo 1.015 do CPC de 2015.
c)Instrutória: 
Proferida a decisão de saneamento, abre-se a fase instrutória. Nesta podemos ter a produção de prova pericial, prova oral e até a complementação da prova documental. A prova oral concentra-se, normalmente, na audiência de instrução e julgamento (arts. 358 a 368 ). Há uma ordem estabelecida para a coleta da prova oral, tida como preferencial (art. 361). A prova oral pode consistir nos esclarecimentos e audiência do perito judicial e dos assistentes técnicos, no depoimento pessoal das partes e na inquirição (oitiva) de testemunhas. Encerrada a instrução, temos os debates orais, ou seja, manifestação dos advogados, apresentando suas alegações finais. Os debates orais podem ser substituídos por razões finais escritas (memoriais)(art. 364). Com as razões finais das partes, encerra-se a fase instrutória. OBS.: quando há necessidade de perícia e de prova oral, a audiência de instrução e julgamento normalmente é designada após a conclusão dos trabalhos periciais; o representante do MP, quando atua como fiscal da lei, pode requerer a produção de provas e apresentar alegações finais (v. arts. 178, 179 e 180). 
d) Decisória: A sentença pode ser proferida em audiência, após o encerramento da instrução, ou no prazo de 30 (trinta) dias( art. 366 do CPC de 2015). Esse prazo é impróprio, pois é conferido ao juiz e não se submete à preclusão.
- O procedimento pode ser: 
a) Comum: Diz respeito a processos de conhecimento. Antigamente tinha o rito sumário e o rito ordinário. No NCPC o rito sumário foi abolido. Agora tem um procedimento comum com características unidas do sumário e ordinário. 
O procedimento comum é aplicável no processo de conhecimento a todas as causas para as quais a lei não estabeleceu um procedimento especial. Não havendo previsão de rito específico, adota-se o procedimento comum. 
O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos procedimentos especiais e ao processo de execução. 
b) Especiais: são aqueles referentes a processos especiais de conhecimento (previstos no CPC e em leis esparsas), a pedidos de tutelas e urgência em caráter antecedente e a processos de ações de competência originárias dos tribunais. Os ritos especiais são aqueles próprios para o processamento de certas causas, em razão das peculiaridades da pretensão do autor. 
OBS: Ações de competência originária são aquelas ajuizadas diretamente no tribunal competente. Ex.: ação rescisória (arts. 485 e seguintes do CPC de 1973; arts. 966 a 975), mandado de segurança contra ato judicial, ações diretas de constitucionalidade ou inconstitucionalidade de leis, etc.
TIPOS: Jurisdição voluntária e jurisdição contenciosa.

Continue navegando