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Protocolo Clínico para seleção de intermediários em implantodontia

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002
PROTOCOLO 
CLÍNICO PARA 
SELEÇÃO DE 
INTERMEDIÁRIOS EM 
IMPLANTODONTIA 
Mario Cezar S. Oliveira
Emerson Machado
Gustavo Santana
Morbeck Leal
Alexander Pedreira da Silva
Alex Correia Vieira
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
A reabilitação oral utilizando implantes osseointegráveis é uma das moda-
lidades terapêuticas de maior sucesso na 
Odontologia devido ao seu alto grau de previ-
sibilidade clínica; em função disso, os implantes 
dentários tornaram-se hoje uma prática muito co-
mum dentro dos consultórios odontológicos. 
Desde a introdução dos primeiros implantes, uma sé-
rie de inovações tem sido propostas visando melhorar 
os resultados obtidos com esse tratamento. Isso levou 
ao surgimento de diversos sistemas e desenhos de im-
plantes com o objetivo de solucionar problemas exis-
tentes no protocolo original de Branemark, como perda 
óssea periférica, conhecida hoje como saucerização, 
e ainda problemas mecânicos como desaperto e fratu-
ras de parafuso. 
A gama de componentes protéticos sobre implante acom-
panhou a mesma evolução, visando proporcionar uma 
melhor estética e função nas reabilitações com próteses 
sobre implantes. Intermediários são dispositivos utilizados 
para executar a ligação entre o implante e a prótese, tam-
bém definidos como conexões protéticas, pilares, compo-
nente transmucoso e abutments (Figura 01). 
01 › Implante cone Morse, intermediário e 
coroa protética.
INTERMEDIÁRIO
IMPLANTE
COROA
01
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
003 004
Embora os implantes de hexágono interno 
trouxessem melhoras para a questão do 
afrouxamento de parafusos, assim como 
a distribuição da força resultante de carga 
para o sistema osso/implante, ainda não 
se considerava resolvido a existência da 
microfenda entre o implante e o pilar pro-
tético, que permitiria o acúmulo de bactérias, a possibili-
dade de ocorrência de infecção crônica e a consequente 
perda óssea periférica. 
Com a evolução das pesquisas, surgiram os implantes 
com conexão tipo Morse com a característica peculiar de 
não apresentar plataforma protética.
C
L
A
S
S
IF
IC
A
Ç
Ã
O
 D
O
S
 IN
T
E
R
M
E
D
IÁ
R
IO
S
QUANTO AO TIPO 
DE RETENÇÃO
PILARES PARA PRÓTESES CIMENTADAS
PILARES PARA PRÓTESES PARAFUSADAS
QUANTO AO MÉTODO 
DE CONFEÇÃO
PRÉ-FABRICADOS
CUSTOMIZADOS/INDIVIDUALIZADOS
QUANTO A 
ANGULAÇÃO
RETOS
ANGULADOS
QUANTO AO TIPO 
DE CONEXÃO
EXTERNAS HE
HI, CMINTERNAS
para edentados totais inferiores com uma 
estrutura rígida que esplintava os implan-
tes. Com a popularização da técnica e o au-
mento da abrangência para casos unitários 
e múltiplos, surgiram relatos de problemas 
mecânicos como afrouxamento e/ou fratura 
do parafuso de fixação da prótese ou do 
intermediário, cuja consequência foi o de-
senvolvimento de sistemas de travamento 
hexagonal interno que daria maior estabili-
dade rotacional e menor estresse no para-
fuso de fixação.
1. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS
2. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO 
AO TIPO DE CONEXÃO DO IMPLANTE 
Os implantes são classificados de acordo com a interface 
de união entre estes e o intermediário, podendo assim ser 
classificados em implantes com conexão externa e interna. 
Classicamente, o hexágono externo (HE), o hexágono in-
terno (HI) e o cone Morse (CM) são as conexões mais uti-
lizadas em implantes osseointegráveis (Figura 02A-C). Os 
de HE, propostos por Branemark, possuíam um hexágono 
externo sobre o qual era conectado o pilar protético, que 
na época limitava-se à construção de uma prótese total fixa 
02A-C › Conexão hexágono externo (A). 
Conexão cone Morse (B) e conexão hexá-
gono interno (C).
02A
02B
02C
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
006
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
005
A conexão CM consiste de uma estrutura formada por 
dois cones - um “macho” e uma “fêmea” - e baseia-se no 
princípio de “cone dentro de cone”. Essa característica 
de área de contato entre as superfícies provoca o trava-
mento por fricção entre o intermediário e a parede interna 
do implante, o que resulta em estresse mínimo ao para-
fuso de fixação do pilar. Este íntimo contato das superfí-
cies sobrepostas adquire uma resistência mecânica se-
melhante a uma peça única, sem nenhum 
microgap de interface, conferindo maior 
resistência aos movimentos rotacionais, 
reduzindo os pontos de tensão e favore-
cendo a resistência mecânica. Estas ca-
racterísticas fazem com que este sistema 
apresente vantagens sobre as conexões 
tipo hexágono externo e interno.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO 
AO TIPO DE RETENÇÃO COM A PRÓTESE
Existe uma grande discussão na literatura a respeito de 
qual tipo de retenção devemos utilizar nas próteses im-
plantossuportadas, se devemos utilizar próteses aparafu-
sadas ou cimentadas (Figuras 03A-D). O conhecimento 
de ambos os mecanismos, com suas vantagens e des-
vantagens, ajudará o clínico na escolha do tipo ideal de 
retenção para cada caso específico, promovendo bons 
resultados estéticos e funcionais. No entanto, com a 
evolução das conexões implante-inter-
mediário e diminuição das complicações 
mecânicas nas próteses, sobretudo nos 
implantes cone Morse, existe uma ten-
dência atual de se trabalhar com próte-
ses cimentadas, principalmente em casos 
unitários em região estética. A tabela 01 
apresenta uma avaliação comparativa dos 
parâmetros clínicos que devem ser consi-
derados na escolha do tipo de retenção.
3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS DIFERENTES CONEXÕES IMPLANTE-INTERMEDIÁRIO
TIPO DE CONEXÃO VANTAGENS DESVANTAGENS
HEXÁGONO 
EXTERNO
› Menor custo.
› Boa estabilidade mecânica em casos múltiplos.
› Microfendas na junção pilar protético/implante.
› Complicações mecânicas frequentes como 
afrouxamento e/ou fratura de parafuso.
› Ausência de selamento biológico na conexão 
implante-pilar.
› Presença de saucerização.
HEXÁGONO 
INTERNO
› Boa estabilidade mecânica em casos unitários 
múltiplos.
› Ausência de selamento biológico na conexão 
implante-pilar.
› Presença de saucerização.
CONE MORSE
› Ausência de microfendas na junção pilar 
protético/implante.
› Boa estabilidade mecânica em casos unitá-
rios e múltiplos.
› Melhor transmissão de força do pilar protético 
ao implante.
› Menor incidência de saucerização.
› Estabilidade tecidual a longo prazo.
› Maior custo.
› Planejamento protético/cirúrgico mais criterioso.
TABELA 01
03A-D › Coroa cimentada sobre intermediá-
rio personalizado (A,B). Coroa aparafusada 
(notar o orifício de acesso ao parafuso por 
oclusal) (C,D).
03A 03B
03C 03D
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
007 008
5. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO 
AO MÉTODO DE CONFECÇÃO
Quanto ao método de fabricação, os pilares podem ser 
divididos em dois grupos: Grupo 1 - Pré-fabricados (es-
toque) e Grupo 2 - Customizados (individualizados). Os 
pilares do primeiro grupo são pilares padronizados para 
atender às demandas clínicas diversas, com padrões pre-
definidos para altura de cinta cervical, diâmetro e altura 
interoclusal, sem considerar a característica individual 
do caso. Já os pilares customizados são 
construídos de forma individualizada para 
uma situação clínica específica, customi-
zando altura interoclusal, diâmetro e altura 
de cinta cervical. Praticamente todos os 
fabricantes apresentam em seus catá-
logos uma grande variedade de pilares 
pré-fabricados com a finalidade de re-
solver inúmeras situações clínicas.
PARÂMETROS PRÓTESE PARAFUSADA PRÓTESE CIMENTADARETENÇÃO
› Realizada pelo parafuso, possível em casos 
com limitada altura interoclusal (< 4 mm)
› Realizada pelo cimento, requer o mesmo ra-
ciocínio da prótese fixa convencional, necessá-
rio altura interoclusal mínima de 4 mm para o 
pilar (adicionar mais 1,5-2 mm para o material 
de cobertura).
ESTÉTICA
› Ligeiramente comprometida pela restauração 
do orifício de acesso ao parafuso de fixação.
› Sem comprometimento estético.
REVERSIBILIDADE › Possível e fácil. › Imprevisível e difícil.
RESPOSTA TECIDUAL
› Melhor resposta tecidual, pois não há escoa-
mento de cimento para o sulco perimplantar.
› Risco de inflamação devido ao excesso de ci-
mento no sulco perimplantar.
COMPLICAÇÕES
› Fratura da cerâmica de cobertura devido ao 
orifício de acesso; afrouxamento/fratura do pa-
rafuso de fixação da prótese.
› Mucosite ou perimplantite devido a presença 
de cimento no sulco.
TABELA 02
04A-D › Dica clínica: remover o excesso de 
cimento no análogo minimiza o escoamen-
to de cimento para o sulco peri-implantar.
04A 04B
04C 04D
05A-D › Exemplos de pilares pré-fabricados 
(catálogo Neodent) (A-C). Comparação en-
tre um pilar pré-fabricado e um pilar custo-
mizado (D).
05A
05B
05C
05D
PILAR PRÉ- 
FABRICADO PILAR 
CUSTOMIZADO
TAB. 02 › Parâmetros clínicos que devem ser 
considerados na escolha do tipo de retenção.
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
010
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
009
6. INTERMEDIÁRIOS PRÉ-FABRICADOS PARA CONE MORSE DE ALGUNS SISTEMAS 
DISPONÍVEIS NO MERCADO NACIONAL
7. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO 
À ANGULAÇÃO
Quanto â angulação, os pilares se classificam em:
 » Retos: utilizados quando o implante foi bem posiciona-
do cirurgicamente, seguindo o posicionamento tridimen-
sional ideal.
 » Angulados: utilizados para corrigir erros de posiciona-
mento do implante ou adequar o implante a uma determi-
nada situação clínica.
8. O QUE PRECISO SABER ANTES DE 
ESCOLHER O INTERMEDIÁRIO? 
 » Conhecer qual o sistema de conexão 
implante-pilar e o fabricante do implante.
Para escolher o intermediário é obrigatório 
saber qual foi o implante instalado cirur-
gicamente e ter disponível o catálogo do 
fabricante. Existem inúmeros fabricantes 
de implantes no mercado, cada um com as 
peculiaridades do seu sistema.
FABRICANTE
PRÓTESE 
PARAFUSADA 
UNITÁRIA
PRÓTESE 
PARAFUSADA 
MÚLTIPLA
PRÓTESE CIMENTA-
DA UNITÁRIA
PRÓTESE CIMENTADA 
MULTIPLA
NEODENT › Pilar CM
› Mini Pilar CM (Reto 
ou Angulado) 
› Micro Pilar
› Munhão Universal (Reto 
ou Angulado) 
› Munhão anatômico 
(Reto ou angulado) 
› Munhão universal Exact 
(Reto ou Angulado) 
› Munhão Anatômico 
Exact (Reto ou angulado)
x
SIN
› Abutment Cônico 
› Abutment EUCLA 
CM 
› Abutment UCLA CM
› Abutment cônico CM 
› Mini-abutment CM 
(Reto ou angulado) 
› Micro-mini-abut-
ment CM
› Abutment Cimentado 
CM (Reto ou Angulado)
› Abutment EUCLA CM 
› Abutment UCLA CM 
› Abutment cimentado CM 
(Reto ou Angulado)
ANKYLOS
› Pilar Standart 
› Pilar regular 
› Pìlar Balance 
Anterior (Reto ou 
Angulado)
› Pilar Balance Base 
(Reto ou Angulado) 
› Pilar Standart
› Pilar Standart (Reto ou 
Angulado) 
› Pilar Balance Anterior 
(Reto ou Angulado) 
› Pilar Regular
› Pilar Standart (Reto 
ou Angulado) 
› Pilar regular 
› Pilar balance anterior (Reto 
ou Angulado)
STRAUMAN 
TISSUE 
LEVEL
› Pilar synOcta › Pilar SynOcta
› Pilar SynOcta Cimentado 
› Pilar sólido
› Pilar SynOcta Cimentado 
› Pilar sólido
STRAUMANN 
BONE LEVEL
›Pilar SRA (Reto ou 
Angulado) 
› Pilar Variobase 
› Pilar multi-base 
(Reto ou Angulado) 
› Pilar SRA (Reto ou 
angulado)
› Pilar Cimentável 
› Pilar anatômico (Reto 
ou Angulado)
› Pilar cimentável 
06 › Prótese total fixa inferior: os mini-pi-
lares são os intermediários mais utiliza-
dos para reabilitações totais de maxila e 
mandíbula.
07A-K › Pilares pré-fabricados reto e angula-
do (catálogo Neodent) (A,B). Alguns exem-
plos de implantes disponíveis no mercado 
nacional (C-G). Tipos de conexões nos pila-
res do sistema Neodent (H-K).
07A
07G
07B
07H
07C 07D
07I
07E
07J
07F
07K
06
TABELA 03
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
012
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
011
 » Entender o catálogo
Devemos ter em mãos o catálogo do fabricante para com-
preender as indicações e características de cada tipo de 
intermediário disponível. Efetuar os pedidos sempre pelo 
código do produto e observar toda a sequência de compo-
nentes necessária para moldagem (transferentes), obten-
ção de modelos (análogos), componentes para provisório, 
protetores de pilar, cilindros de laboratório e parafusos.
 » Ter disponível o KIT protético/chaves do sistema
Alguns fabricantes têm kits e chaves específicas para o 
seu sistema, a exemplo do Ankylos e Straumann. O uso de 
uma chave inadequada pode danificar o pilar, o parafuso 
e até mesmo a própria chave; portanto, quando for realizar 
a instalação do intermediário, tenha sempre disponível as 
chaves e os torquímetros originais do fabricante.
Lembre-se:
 » Cada componente e parafuso têm 
sempre uma chave e torque específico 
de instalação; 
 » Na maioria dos sistemas as chaves 
se encaixam a um tambor com um disco 
que roda livre na extremidade para que 
seja mantida pressão digital durante a 
instalação dos componentes e fixação 
de parafusos;
 » Os parafusos para implante não são 
auto-atarrachantes e a resistência ao 
aperto só deve ser sentida quando a 
cabeça do parafuso tocar na base do 
componente.
10. CHAVES DE INSTALAÇÃO E TORQUES RECOMENDADOS PARA PILARES HEXÁGONO 
EXTERNO (SISTEMA NEODENT)
9. CHAVES DE INSTALAÇÃO E TORQUES RECOMENDADOS PARA PILARES CONE MORSE 
(SISTEMA NEODENT)
PILAR
CHAVE DE INSTALAÇÃO DO 
PILAR/TORQUE DO PILAR
CHAVE E TORQUE PARA 
INSTALAÇÃO DA PRÓTESE
PILAR CM
› Chave de conexão hexagonal de 1.6 mm/ 
32N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MINI PILAR CÔNICO RETO CM
› Chave de conexão cônica para pilares 
/ 32N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MINI PILAR CÔNICO ANGULADO CM
› Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm 
/ 15N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MICROPILAR CM
› Chave de conexão cônica para pilares 
/ 32N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MUNHÃO ANATÔMICO RETO E 
ANGULADO CM E EXACT
› Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm 
/ 15N.cm.
› Prótese cimentada.
MUNHÃO UNIVERSAL CM
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 32N.cm.
› Prótese cimentada.
MUNHÃO UNIVERSAL ANGULADO CM
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 15N.cm.
› Prótese cimentada.
MUNHÃO UNIVERSAL CM EXACT 
RETO E ANGULADO
› Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm 
/ 15N.cm.
› Prótese cimentada.
PILAR
CHAVE DE INSTALAÇÃO DO 
PILAR/TORQUE DO PILAR
CHAVE E TORQUE PARA 
INSTALAÇÃO DA PRÓTESE
PILAR CÔNICO SF
› Chave de conexão cônica para pilares 
/ 20N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MINI PILAR CÔNICO SF RETO 4.1mm
› Chave de conexão cônica para pilares 
/ 32N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm
MINI PILAR CÔNICO ANGULADO
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 20N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 10N.cm.
MUNHÃO UNIVERSAL SF
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 32N.cm (Parafuso Neotorque).
› Prótese Cimentada.
MUNHÃO PERSONALIZAVEL RETO 
E ANGULADO
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 32N.cm (Parafuso Neotorque).
› Prótese Cimentada.
UCLA
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm 
/ 32N.cm (Parafuso Neotorque).
› Prótese Cimentada ou Parafusada.
TABELA 04
NO SISTEMA STRAUMANN TODOS OS PILARES RECEBEM TORQUE DE 35N.cm 
 E OS PARAFUSOSDE FIXAÇÃO DA PRÓTESE TORQUE DE 15N.cm
NO SISTEMA ANKYLOS O TORQUE ESTÁ PRESENTE NA CHAVE ESPECÍFICA 
PARA O PARAFUSO DE FIXAÇÃO E NÃO NO TORQUÍMETRO
TABELA 05
11. SELECIONANDO OS INTERMEDIÁRIOS
11.1. PARÂMETROS CLÍNICOS
Para seleção de intermediários, independente do implante 
instalado, o implantodontista precisa se guiar em alguns pa-
râmetros clínicos fundamentais para uma correta escolha.
1. Qual o fabricante e o tipo de conexão protética entre im-
plante-pilar? Iremos trabalhar com Hexágono externo, Hexá-
gono interno, cone Morse ou outra conexão? 
Qual o fabricante do implante instalado?
Respondendo a esses dois questionamen-
tos, devemos ter à disposição o catálogo 
mais atualizado do fabricante e estaremos 
aptos a identificar no catálogo quais serão 
as opções de pilares disponíveis para solu-
cionar o caso.
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
014
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
013
CM
HE
IIPLUS
WS
2. Qual a profundidade do implante em re-
lação à crista óssea e à margem gengival? 
Esses dados são fundamentais para a 
correta escolha da altura do transmucoso 
(cinta gengival).
Para casos anteriores (devido à estética) su-
gere-se 2,0 a 3,0 mm de sulco perimplantar 
e para casos posteriores 1,0 a 2,0 mm, sen-
do que gengivas espessas permitem sulcos 
mais rasos; assim, o comprimento da cinta 
cervical será o resultado da subtração entre 
a profundidade total do sulco peri-implantar 
e o sulco pretendido. Na presença de con-
torno gengival irregular, principalmente na 
área correspondente às papilas mesial e 
distal, deve-se optar por pilares preparáveis 
devido aos mesmos proporcionarem um sul-
co uniforme em toda a extensão do preparo, 
evitando, assim, um sulco muito profundo 
nas áreas proximais. Isso também implica-
rá em maior biocompatibilidade dos tecidos 
moles com a prótese, principalmente em 
grandes volumes gengivais nas proximais. 
Para a medida da profundidade pode-
mos utilizar:
 » Sonda milimetrada.
 » Medidor de altura para implantes CM 
(Sistema Neodent).
 » Pilar do KIT de seleção de intermediários.
3. Qual a distância vertical entre a mar-
gem gengival e o dente antagonista? 
Com essa medida, iremos selecionar um 
intermediário com uma altura cérvico-o-
clusal compatível com a distância intero-
clusal encontrada.
08A-D › Tipos de conexão implante-inter-
mediário do sistema Neodent.
12A
12B
12C
12D
09A-E › Medida da profundidade do sulco 
peri-implantar com sonda milimetrada: de-
ve-se medir a mesial, vestibular e distal do 
sulco (A). Utilização do medidor de altu-
ra de sulco para implantes CM (Sistema 
Neodent) (B). Medidor de altura de sulco 
para implantes CM Neodent, com medidas 
de profundidade variando de 0,8 mm a 6,5 
mm (C). Utilização de um pilar do KIT de 
seleção (Straumann) para definir qual a 
melhor opção de tamanho para o trans-
mucoso (cinta) (D). Medida da distância 
interoclusal com sonda milimetrada; con-
siderar a altura do pilar mais o material 
da coroa (infraestrutura e cerâmica de 
cobertura) (E).
6.5
5.5
3.5
1.5
4.5
2.5
0.8
09A
09B
09D
09C
09E
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
015 016
4. Como está a inclinação do implante? A inclinação do 
implante permite o aparafusamento da prótese por oclu-
sal e/ou lingual/palatina? Precisamos entender que em 
próteses aparafusadas os orifícios de acesso da prótese 
devem estar no centro das superfícies oclusais dos dentes 
posteriores e na palatina ou lingual dos dentes anteriores. 
Poderemos optar por intermediários angulados para ob-
termos esses posicionamentos dos orifícios.
Já em próteses cimentadas, devemos estar atentos se a 
inclinação do implante permite a confecção da prótese 
com volumes adequados para os materiais da infraestru-
tura e da cobertura (ex. espaço adequado para o coping e 
a cerâmica de cobertura).
5. Qual o diâmetro do dente a ser reposto? Existem inter-
mediários com diâmetros diferentes para se adequar ao 
espaço protético disponível, bem como ao diâmetro do 
dente que será reposto.
6. A prótese é unitária ou múltipla? Exis-
tem intermediários específicos para as 
duas modalidades; para as próteses 
unitárias aparafusadas, os pilares ou os 
cilindros de confecção da prótese irão 
oferecer algum sistema de travamento 
antirrotacional.
7. Vou confeccionar uma prótese ci-
mentada ou aparafusada? Geralmente 
existem pilares exclusivos para ambas 
as modalidades. Alguns sistemas, como 
Ankylos e Straumann, disponibilizam 
um mesmo pilar para as duas formas 
de retenção. 
10A-C › Exemplos de pilares angulados para 
correção de inclinações dos implantes insta-
lados; a maioria dos fabricantes disponibili-
za angulações de 17 e 30 graus.
11A-F › Intermediários anatômicos com 
diâmetros diferentes para se adequar ao 
espaço disponível e diâmetro da coroa a 
ser reposta (A,B). Pilar com sistema an-
tirrotacional (C). Pilar para próteses múl-
tiplas (pontes e próteses totais fixas para-
fusadas) sem travamento antirrotacional 
(D). Pilar CM para prótese unitária apa-
rafusada porterior (E). Pilar para prótese 
cimentada (F).
10A 10B 10C
11A 11B
11C 11D
11E 11F
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
017 018
12. EXEMPLO EM SITUAÇÃO CLÍNICA
Seleção de intermediário em caso unitário posterior.
12A-E › Caso inicial: implante CM com ci-
catrizador (Sistema Neodent) instalado 
na região de segundo pré-molar superior 
direito (A,B). Medida da profundidade do 
sulco peri-implantar para determinar a 
altura da cinta metálica (transmucoso): 
profundidade de sulco encontrada de 2,5 
mm. O uso do medidor CM irá nos for-
necer também a angulação do implante, 
determinando ou não a necessidade de 
se utilizar um intermediário angulado. 
Nesse caso, apesar do posicionamento do 
implante mais por palatina, não precisa-
remos de pilar angulado (C,D). Medida da 
distância interoclusal com sonda milime-
trada, distância interoclusal encontrada 
de 5,5 mm (E).
12A 12A
12C
12D
12E
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
019 020
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um planejamento pré-cirúrgico é de ex-
trema importância para otimizar a sele-
ção dos intermediários. Isso irá favorecer 
a reabilitação protética, distribuindo de 
forma mais desejável as tensões e res-
peitando os limites anatômicos. Apesar 
da disponibilidade de vários tipos de co-
nexões e pilares, um mau planejamento, 
principalmente na região anterior, pode 
tornar inatingível a obtenção da estética 
e função almejada.
O sistema de conexão tipo cone Mor-
se tem demonstrado maior estabilidade 
dos componentes protéticos, diminuição 
da saucerização, bom selamento bacte-
riano e manutenção dos tecidos moles, 
resultando assim em um sistema de fácil 
aplicabilidade com grande longevidade 
clínica. Devido à reversibilidade, a opção 
por próteses aparafusadas ainda é a mais 
indicada para casos extensos, onde exis-
te presença de cantilever e maior deman-
da biomecânica. Já nos casos unitários a 
comprovada estabilidade dos intermediá-
rios CM torna segura a utilização de pró-
teses cimentadas. 
Deve-se, sempre que possível, levar em 
consideração a possibilidade de reprodu-
ção do contorno gengival, favorecendo a 
biocompatibilidade dos tecidos moles com 
a prótese, selecionando assim pilares pre-
paráveis, principalmente quando o volu-
me gengival está aumentado, evitando-se 
sulcos proximais profundos. 
REFERÊNCIAS
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doi: 10.1002/jbm.a.34709. Epub 2013 May 9.
Quais informações tenho agora?
UNIDADE
TIPO DE 
IMPLANTE
MEDIDA DA PROFUNDIDADE DO 
SULCO PERIMPLANTAR FORMADO
DISTÂNCIA 
INTEROCLUSAL
NECESSITA DE 
PILAR 
ANGULADO?
CIMENTAR OU 
PARAFUSAR?
› Segundo 
PM Superior
› Titamax CM 
EX Neodent
› 2,5 mm › 5,5 mm › Não › Cimentar
TABELA 06
Qual o intermediário selecionado? 
 » Munhão Universal CM Exact Reto com diâmetro de 
3,3 mm.
 » Altura de transmucoso: 1,5 mm.
 » Altura interoclusal: 4 mm.
 » Pedir ao fabricante pelo código: 114360.
 » Fazer pedido do transfer, análogo, cilindro provisório e 
cilindro do laboratório.
13A-E › Pilar, chave e torque de instala-
ção do pilar selecionado (A). Instalação 
do pilar com chave hexagonal de 0, 9 mm 
e torque de 15Ncm (B,C). Pilar instala-
do: notar a terminação intrassulcular de 
toda a cinta metálica e a altura intero-
clusal disponível para confecção da coroa 
protética (D,E).
13A 13B
13C 13D 13E
15 N.cm

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