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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE XXXXXXXXX 
MARCIANO, já qualificado nos autos do Processo de Execução nº xxxxxxxxx, por seu defensor signatário, não se conformando com a respeitável decisão, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal. Requer seja recebido e processado o presente agravo, clamando desde já por sua retratação nos termos do artigo 589 do CPP. Caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nesses termos. Pede e espera deferimento.
Advogado/OAB
RAZOES DOS EMBARGOS
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS DESEMBARGADORES
DOS FATOS 
MARCIANO encontra-se condenado pela xx Vara Criminal desta Comarca ao cumprimento da pena de 2 (dois) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, pela prática do crime de furto qualificado na modalidade continuada (art. 155, § 4º, I, e 71 do CP), tendo sido aplicada a pena mínima para o delito e sobre ela lançado o aumento referente à continuação delitiva, também no patamar mínimo, conforme sentença que transitou em julgado, requereu a extinção da punibilidade, o que foi negado pelo Juízo competente.
DO DIREITO
Em se tratando de roubo com a presença de mais de uma causa de aumento, o acréscimo requer devida fundamentação, com referência a circunstâncias concretas que justifiquem um aumento mais expressivo, não sendo suficiente a simples menção ao número de majorantes presentes para o aumento da fração. Súmula n.º 443 desta Corte.
Ilegalidade flagrante.
 É pacífica a jurisprudência deste Sodalício, em se tratando de aumento de pena referente à continuidade delitiva, aplicando-se a fração de aumento de 1/6 pela prática de 2 infrações; 1/5, para 3 infrações; 1/4, para 4 infrações; 1/3, para 5 infrações; 1/2, para 6 infrações; e 2/3, para 7 ou mais infrações. Na espécie, observando o universo de 2 (duas) infrações cometidas pelo réu, por lógica da operação dosimétrica, deve-se considerar o aumento de 1/6 (um sexto).
Ordem concedida, de ofício, no tocante à Ação Penal n.° 050.09.087780-2, Controle n.° 1.684/09, da 11.ª Vara Criminal Central/SP, a fim de reduzir a reprimenda do paciente para 7 (sete) anos, 3 (três) meses e 3 (três) dias de reclusão, mais 16 (dezesseis) dias-multa, mantidos os demais termos da sentença e do acórdão.
(HC 265.385/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 08/04/2014, DJe 24/04/2014)”
Importante destacar, também, que na continuidade específica, prevista no parágrafo único do art. 71 do CP, o aumento leva em consideração o número de infrações cometidas e as circunstâncias judiciais do art. 59. Basta ver a própria redação do dispositivo: “Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que seja determinada a progressão de regime para o regime semiaberto, como medida de direito.
 Nesses Termos.
 Pede e espera
Provimento. 
Porto Alegre XX de XXX de XXX. 
ADVOGADO/OAB

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