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1 O que é Mortalidade Materna? A Organização Mundial da Saúde define morte materna como sendo a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causa acidentais ou incidentais. (MS, 2002). 2 3 As causas das mortes maternas podem ser divididas em dois grupos: 1. obstétricas diretas - Resultam de problemas obstétricos durante o período gravídico-puerperal (período entre a gravidez, o parto e o pós – parto), resultado da baixa qualidade da assistência pré-natal, de intervenções desnecessárias, omissões e tratamentos incorretos 2. obstétricas indiretas - são decorrentes de doenças previamente existentes ou que foram desenvolvidas no período da gestação, porém que não possuem ligação com as causas obstétricas diretas, mas que são agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Exemplo: Diabetes, Hipertensão, Anemias, .... 4 Os Comitês de Morte Materna Corrigir a subnotificação das mortes maternas MS, 1987 Os comitês identificam e estudam óbitos maternos Possibilitam o acompanhamento e a avaliação permanente da atenção prestada à saúde das mulheres Níveis nacional, estadual, regional, municipal e hospitalar. Maio 2003 – o MS publicou a Portaria nº 653 estabelecendo o óbito materno como evento de notificação compulsória. 5 Índices de Morbi-mortalidade Materna e Fetal Neste mesmo estudo, em relação ao tipo de causa identificou-se que 71% constituíram causas obstétricas diretas. Causas Obstétricas Diretas Causas Obstétricas Indiretas Causa Obstétrica Indeterminada 6 Fatores de Risco de Morte Materna em 2004 Fonte: Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Morte Materna e Perinatal 2016. 7 Medidas Necessárias para a Redução da Mortalidade Materna no Brasil Planejamento Familiar: prevenção da gravidez indesejada Acesso as informações e aos métodos anticoncepcionais dos abortos ilegais e inseguros Assistência pré-natal: maior acesso e mais qualidade Indicadores da má qualidade do atendimento pré-natal o Alta incidência de sífilis congênita o A DHEG como causa mais freqüente de morte materna o 37% das gestantes no Brasil não receberem nenhuma dose de antitetânica, segundo a PNDS-96. 8 Dez Passos para melhoria da Assistência Obstétrica e Redução da Mortalidade Materna • Visa promover a saúde reprodutiva da mulher através de assistência obstétrica humanizada, hierarquizada e de qualidade. Escutar as queixas e opiniões da paciente favorecendo o exercício dos seus direitos. Conhecer e disponibilizar as informações sobre as unidades de saúde integrantes do sistema regional de referência e contra referência. Executar os procedimentos diagnósticos e terapêuticos adequados ao caso e ao cenário do atendimento, orientados por rotinas e protocolos escritos e disponibilizados. PASSO 1: Geral 9 Identificar e tratar adequadamente as formas leves da hipertensão arterial/ pré-eclâmpsia na gravidez. Não usar hipotensor nos quadros de pré-eclâmpsia leve; Disponibilizar recursos para avaliação do bem estar fetal; Síndrome de Iminência de Eclâmpsia; Síndrome HELLP. PASSOS: 2, 3 e 4 = Hipertensão Arterial 10 • Dispor de recursos e conhecimentos necessários para a reposição volêmica adequada. Disponibilização de sangue e hemoderivados; Conhecimento das técnicas e cuidados para a reposição volêmica. • Monitorar a primeira hora do pós-parto e reconhecer outras condições de risco para a hemorragia. Sensação indevida de “dever cumprido”; Identificação dos fatores de risco para atonia uterina e lacerações do trajeto; Avaliação da perda sanguínea. •PASSOS: 5, 6 e 7 = Hemorragias 11 PASSOS: 8, 9 e 10 = Infecção • Conhecer os protocolos adequados de antibioticoterapia/ Identificar as condições que implicam agravamento e/ou risco de vida nos quadros infecciosos. Estratégias de tratamento com diversos recursos diagnósticos; Conhecimento da eficácia e efetividade das principais drogas. Não “esfriar os processos”; Identificação e drenagem de abcessos; Histerectomia puerperal. Manobras abortivas; Indícios de disseminação e/ou generalização da infecção. 12 Referências Bibliográficas: Laurenti, R. A Mortalidade Materna nas Capitais Brasileiras: algumas características e estimativa de um fator de ajuste. São Paulo, SP. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2004. Disponível em: http://www.sespa.pa.gov.br/Informa%E7%E3o/sistemas_de_inf ormacao.htm, visitado em: 24 de julho de 2007. Tavares, L.S. Relatório do Comitê Estadualde Prevenção e Controle da Morte Materna e Perinatal 2006. Rio de Janeiro, RJ. Secretaria Executiva CEPCMMP, 2016. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=221 77. Visitado em: 01 de agosto de 2007 Brasil, Ministério da Saúde. Urgências e Emergências Maternas: guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna. 2ª ed. Brasília – DF, 2003
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