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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
Processo nr 2015.9.1.0008888-8
FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/XX sob o nº 00.000, com endereço profissional situado à Av. Jurídica nº 000, Sala 00, Bairro, João Pessoa – PB, CEP 11111-111, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal e artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal, impetrar a presente ordem de …
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR
Em favor de LAILA LAYANA, brasileira, casada, empresária, sócia administradora de conhecidíssimo supermercado conhecido na região de Samambaia-DF, RG..., CPF..., residente e domiciliada em..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII, da CF/88, c/c 647 do Código de Processo Penal, impetrar 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR em favor de (qualificar o paciente), contra ato ilegal emanado do (qualificar a autoridade coatora), pelos fatos e fundamentos que passa a aduzir:
I – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA:
Trata-se de denuncia oferecida pelo Ministério Público em face da acusada pelo suposto crime tributário constante no art. 1º da lei 6.137/91.
No ano de 2015, foi realizada uma visita ao estabelecimento da empresa “compre mais” sendo constatado, ao fazer analise dos livros de registros de entrada e saída de mercadorias, que houve omissão em alguns registros, fato que ensejou a lavratura de um auto de infração por sonegação de ICMS.
No prazo estabelecido, foi oferecido a impugnação ao auto de infração, sendo julgado improcedente, havendo a confirmação da lavratura. Em tempo hábil, houve o oferecimento de recurso administrativo pela acusada, afim de ver a reformada a decisão na autuação.
A denuncia foi recebida pelo Juizo da primeira vara criminal, dando inicio ao processo criminal.
II Do direito
II1. Da legalidade
Como exposto, o Ministério Público ofereceu denuncia por suposto crime contra a ordem tributária, descumprindo o que determina a sumula vinculante 24 do STF, em que esclarece que enquanto não tiver uma decisão definitiva do processo administrativo, a ação penal não poderá ser proposta por falta de justa causa, isto é tipicidade material, logo o oferecimento da denuncia não procede.
 Com efeito, a Súmula Vinculante em questão é mera consolidação da jurisprudência da Corte, que, há muito, tem entendido que “a consumação do crime tipificado no art. 1º da Lei 8.137/1990 somente se verifica com a constituição do crédito fiscal, começando a correr, a partir daí, a prescrição” (HC 85.051/MG, Segunda Turma, rel. min. Carlos Velloso, DJde 1º-7-2005). De fato, não haveria lógica permitir que a prescrição seguisse seu curso normal no período de duração do processo administrativo necessário à consolidação do crédito tributário. Se assim o fosse, o recurso administrativo, por iniciativa do contribuinte, serviria mais como uma estratégia de defesa para alcan- çar a prescrição com o decurso do tempo — quando se aposta na morosidade da Justiça —, do que sua real finalidade, que é, segundo o ministro Sepúlveda Pertence, propiciar a qualquer cidadão questionar, perante o Fisco, a exatidão do lançamento provisório de determinado tributo (HC 81.611/DF, Plenário, DJ de 13-5-2005).
[RHC 122.774, voto do rel. min. Dias Toffoli, 1ª T, j. 19-5-2015, DJE 111 de 11-6-2015.]
Assim também é exposto no art. 151 do CTN as reclamações e recursos suspendem a exigibilidade do crédito tributário, então só se tornaria definitivo após o finalizado o processo administrativo.
A constituição estabelece no seu art. 5º, LXVIII, que será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
O art. 647 do CPP estabelece quando alguém o sofrer a coação ilegal da sua liberdade de ir e vir, dar-se habeas corpus.
Em complemento o artigo anterior, temos o art. 648, I do CPP que a coação será considerada ilegal quando no houver justa causa, como é o caso em questão.
É perceptível que o ato foi vicioso, assim fala Tourinho Filho:
“Todo ato vicioso ou com algum defeito, por ter sido praticado sem a observância da forma legal, é passivo de receber a sanção penal chamada nulidade. A nulidade apresenta-se como a sanção penal aplicada ao processo, ou há algum ato processual defeituoso e com vícios, praticando sem observância da forma prevista em lei ou em forma proibida pela lei processual penal”.
II2.DO PEDIDO LIMINAR
A liminar da Ordem se guia pelo pressuposto das medidas cautelares, que são o “periculum in mora” e “fummus boni iure”. É por essas medidas que a eficácia se caracteriza, jugulando-se o arbítrio, o abuso de poder e de autoridade, cessando o constrangimento ilegal e a coação, até que o Sodalício reunido decida o mérito.
A lei processual penal codificada, em seu Artigo 660, § 2o, contempla a concessão da liminar, haja vista que textualmente impõe: “Se os documentos que instruem a petição evidenciam a ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o constrangimento.”
III. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, é visível que o paciente sofreu constrangimento ilegal por ato da autoridade coatora, porquanto requer
Seja concedida liminarmente a ordem de Habeas Corpus, com a concessão da ordem e imediata soltura do paciente, cessando o ato ilegal ora combatido.
Que a autoridade coatora seja notificada a prestar as informações necessárias no prazo legal, bem como para que sejam os autos remetidos ao membro do ministério público para manifestação.
Em conclusão, requer que seja concedida a ordem, tornando a limitar vindicada definitiva, por ser medida da mais legítima justiça.
Pede Deferimento.
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