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CONTAGEM DE CARBOIDRATOS

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1
Modulação intestinal, diabetes e 
contagem de carboidratos
Renata Oliveira
Ramona Baqueiro
2019
2
Parte 1. Epidemiologia, definições e 
diagnóstico
3
Diabetes: uma epidemia global
4
Estimativas IDF (2017)
Prevalência de DM: 8,7% em 
adultos
Total de casos: 12465,800 milhões 
de casos
• 1/2 adultos tem diabetes não 
diagnosticado
• 12% gasto global em saúde 
diretamente relacionado a diabetes 
e suas complicações
• 1/7 nascimentos foram de 
mulheres com diabetes gestacional
• A cada 6 segundos 1 pessoa 
morre em razão do diabetes
5
Responsável 5% causas morte todo mundo
5° maior causa morte; subdeclarada (mortes por complicações)
Óbitos prematuros, ainda em idade ativa
1° causa de 
amputação Aumenta o 
Risco DCV 
em 2-4x
Reduz a 
expectativa 
de vida em 
5-10 anos
1° causa de 
cegueira 
evitável
1° causa de 
DRC
6
Diagnóstico de DM
Pré-diabetes: Hb Glicada 5,7-6,4%
DM: Hb Glicada > 6,5% a ser confirmada em outra coleta
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
7
Classificação do DM
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
8
Parte 2. Terapia Medicamentosa
9
Sulfoniluréias  Aumenta a secreção da insulina
(Glimepirida, Glibenclamida, Cloropropamida)
Biguanidas  Reduz a produção hepática de glicose e aumenta a 
sensibilidade a insulina
(Metformina)
Inibidores de alfaglicosidase  Retarda absorção de CHO
(Acarbose)
Antidiabéticos orais
PP
PP
Exaustão de 
cel B
Hipoglicemia
Glinidas Aumenta produção de insulina; controle da GPP
(Repaglinida; Nateglinida) GP
10
Glitazonas  Sensibilizador de insulina no músculo, adipócito e hepatócito
(Pioglitazona, Rosiglitazona)
Agonistas do receptor do GLP-1  Análogo de GLP-1
(Victoza; liraglutida; dulaglutida)
Antidiabéticos orais
Inibidores do DPP-IV  Estímulo das células β e supressão das células α
(vildaglipina; sitagliptina; saxagliptina; linagliptina; alogliptina)
Inibidores do SGLT-2  Impedem a reabsorção renal de glicose
(dapagliflozina; empagliflozina; canagliflozina) 
PP
PP
GP
PP
11
Tratamento do DMID
● 1. Insulinização plena e intensiva 
● 2. Planejamento e orientação alimentar 
individualizados 
● 3. Programa de atividade física regular 
● 4. Automonitorização diária 
● 5. Programa educacional contínuo 
● 6. Aconselhamento psicológico quando 
necessário 
Estilo de vida saudável: comer bem, dormir bem, 
exercitar-se, controlar estresse
Evitar 
Cetoacidose
Permitir 
crescimento e 
desenvolvimento 
adequados
Evitar 
complicações a 
longo prazo
12
Como a insulina é secretada?
13
Tipos de Insulina
14
Tipos de Insulina
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
15
Monitoramento
16
Monitoramento pela glicemia capilar
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
17
18
Esquemas terapêuticos
Terapia convencional
Insulina Basal + Insulina Rápida ou Ultra-rápida
Doses pré-fixadas
Terapia de múltiplas doses
Insulina Basal (fixa) + 
Insulina Rápida ou Ultra-rápida (doses flexíveis)
Sistema de infusão contínua 
(bomba de infusão)
Insulina Ultra-rápida fracionadas ao 
longo de 24 horas
19
Esquema de múltiplas doses
20
Como aplicar a Insulina
● A Insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo (abaixo da 
pele e acima do músculo)
Músculo: rápida absorção  Hipoglicemia
Pele: absorção lenta  hiperglicemia
21
Locais de aplicação da insulina
Velocidade absorção: 
abdômen > braços > coxa > nádegas
Laterofrontal
4 dedos acima do 
joelho e abaixo da 
virilha
Quadrante 
superior externo
4 dedos acima do 
cotovelo e abaixo 
das axilas
3 dedos de 
distância do 
umbigo
22
Hiper-lipodistrofia
Como prevenir?
- Revezar o local de aplicação da insulina
- Intercalar o local da aplicação dentro da região 
escolhida 
(1cm de distância a cada ponto de aplicação)
- Alternar os lados do corpo
- Desprezar a agulha a cada aplicação
23
Armazenamento da insulina
Não congelar!!!
Após aberto, 
válido por 28 
dias
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
24
Em situações de viagem
● Viagem < 6horas
- Manter a insulina a temperatura ambiente, se não 
houver oscilação de temperatura (<30°C)
● Viagem > 6 horas
- Se houver oscilação brusca de temperatura (<15º e
>30º C), as insulinas precisam ser mantidas em bolsa
térmica com gelo, e o gelo precisa ser trocado, para
garantir a temperatura adequada.
- Em viagens de avião, levar a insulina junto com a
bagagem de mão e colocar embaixo do assento.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
25
26
Hipoglicemia: como corrigir?
REGRA 15:15 (glicemia entre 50-70 mg/dl e 
paciente consciente)
1. Ingerir 15g carboidrato rápida absorção 
• 1 colher sopa açúcar em água 
• 150ml refrigerante comum ou suco laranja puro 
• 1 caixa de suco industrializado (200mL)
• 15g CHO balas açucaradas moles (3 unidades)
• 3 sachês ou 1 colher de sopa de mel
•1 unidade de doce de banana
• 3 brigadeiros pequenos
• 2 colheres de sopa de leite condensado
2. Aguardar 15min e verificar glicemia: 
• Se > 70 mg/dL, hipoglicemia corrigida 
• Se < 70 mg/dl repetir etapa 1
REGRA 30:15 (glicemia < 40 
mg/dl e paciente consciente): 
1. Ingerir 30g carboidrato 
rápida absorção 
2. Aguardar 15min e verificar 
glicemia: 
• Se > 70 mg/dL, hipoglicemia 
corrigida 
• Se < 70 mg/dl repetir etapa 1
27
Parte 3. Terapia Nutricional
28
Manejo Nutricional
● Individualização
● Considerar: terapia medicamentosa, hábitos de vida, fases da vida e 
diagnóstico nutricional
● Controle do peso: risco de comorbidades
● Perda ponderal de 5-7% a longo prazo
Dieta Terapia 
Medicamentosa Atividade física
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
29
Recomendações nutricionais para pacientes com 
Diabetes Mellitus
Será?
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Métodos e critérios para o diagnóstico do
Diabetes Mellitus. In: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Itapevi,
SP: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2017.
30
Necessários?
31
Parte 4. Contagem de carboidratos
32
Contagem de Carboidratos
● A contagem de carboidratos é considerada um dos métodos mais efetivos para o
controle glicêmico, melhorando a qualidade e a expectativa de vida do paciente
diabético.
● O seu objetivo é otimizar o controle glicêmico em função das menores variações
das glicemias pós-prandiais, através do somatórioem gramas de carboidratos
(HC) de cada refeição.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
33
Efeitos dos alimentos na glicemia
Efeito dos macronutrientes sobre a glicemia pós-prandial, o quanto são convertidos em glicose sanguínea e
seus diferentes tempos de conversão.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
34
Quem pode fazer a contagem de carboidratos?
● Pacientes diabéticos em terapia convencional (hipoglicemiante oral e/ou
insulina NPH)
● Pacientes em terapia de múltiplas doses (insulina rápida e ultra-rápida).
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
35
Metas glicêmicas
36
Contagem de Carboidratos
Tratamento com medicação oral e/ou 
insulina basal
Recordatório Alimentar 24-horas
Recordatório Alimentar habitual
Determinar a quantidade de carboidrato / refeição
Analisar a glicemia pré e pós-prandial
Desjejum
20%
Colação
10%
Almoço
30%
Lanche da tarde
10%
Jantar
20%
Ceia
10%
37
Paciente, sexo masculino, 55 anos, com DC de DM2 e HAS há 10 anos, comparece a primeira
consulta de nutrição. Atualmente em uso de Insulina NPH (20UI), Metformina, glicazida, Losartana e
AAS. Paciente comparece a consulta com o relato de apresentar o DM2 descompensado com picos
episódicos de hiperglicemia de jejum e pós-prandial (Hipoglicemia no fim da manhã, aumentando o
consumo alimentar no almoço). Mostra exame atual de Hemoglobina glicada (A1C) com valor de
12,5%. Sedentário há 8 anos. Refere fazer uso de Pata de Vaca (cápsulas) indicado pela vizinha, sem
orientação médica. Peso = 87Kg; Alt: 1,67m; IMC=31,19Kg/m²; CC=107cm. Tem apresentado GJ
elevada (130-180mg/dL) e GPP também aumentadas (190-250mg/dL). Consumo alimentar habitual:
Desjejum:
- 1 xícara de café com 
leite
- 2 pães tipo francês com 
manteiga (às vezes, com 
queijo mussarela + 
presunto)
Colação
-Quando faz, consome 1 
barra de cereal ou 1 copo de 
suco
Almoço:
-1 a 2 Conchas de feijão 
“com poucas carnes”
-2 a 3 col Servir de arroz
-2 folhas de alface + 3 fatias 
de tomate
-1 bife de frango grelhado
-Lanche da tarde
Idem lanche da manhã
Jantar:
-Idem desjejum
38
Qual sua conduta nutricional?
Dieta hipocalórica, normoglicidica, normolipídica e normoprotéica
VET = 1550Kcal; 50% CHO = 195g/dia 
Desjejum (20%) 39g
Colação (10%) 19,5g
Almoço (30%) 58,5g
Lanche da Tarde (10%) 19,5g
Jantar (20%) 39g
Ceia (10%)  19,5g
39
Desjejum
DESJEJUM
Café com leite
-Café
-2 Col Sopa Leite em pó desnatado 
(10g CHO)
-2 fatias de pão integral (20 g CHO)
-Manteiga (0g CHO)
-Queijo minas frescal (0g)
- 1 ft Mamão formosa (10g CHO)
Para substituir o pão integral (20g 
CHO)
- Cuscuz de milho (1 fatia de 80g)
- Banana da terra coz (1 unidade 
média)
- Aipim coz (1 pedaço pequeno – 70g)
- Batata doce coz (1 fatia grande –
90g)
- Inhame coz (1 un pequena – 70g)
- Bolo simples (1 ft peq -40g)
Para variar as frutas (10g CHO):
- Melão (2 ft peq – 150g)
- Banana (1 unid med 75g)
- Maçã (1 unid peq – 90g)
- Adicionar outras opções!!!
40
Desjejum
DESJEJUM
Café com leite
-Café
-2 Col Sopa Leite em pó desnatado 
(10g CHO)
-2 fatias de pão integral (20 g CHO)
-Manteiga (0g CHO)
-Queijo minas frescal (0g)
- 1 ft Mamão formosa (10g CHO)
- Salada de frutas : 1 copo de 250g 
=
40g CHO
41
Pacientes em insulinoterapia em bolus
Bolus de insulina: quantidade de insulina 
necessária para cobrir determinado gramas de 
CHO
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
42
Adultos e idosos: 1 unidade de insulina rápida / ultrarrápida para cada 15 g de 
carboidrato OU 500/total de insulina do dia
Crianças: 1 unidade de insulina rápida/ultrarrápida para cada 25g a 30g de 
carboidrato
Adolescentes: 1 unidade de insulina para cada 10g a 20g de carboidrato
Pacientes em insulinoterapia em bolus
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
43
Atenção! Esses valores são 
pontos de partida. Cada 
indivíduo é único e pode ter 
relação Insulina: CHO diferente 
deste padrão.
A Relação Insulina: CHO ainda 
pode variar ao longo do dia e 
com a prática de AF.
Pacientes em insulinoterapia em bolus
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Manual de contagem de carboidratos para
pessoas com diabetes. Departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de
Diabetes.2016. 108p.
44
Fator de Sensibilidade
Quanto uma UI de insulina rápida ou ultra-rápida reduz a glicemia? 
Insulina Rápida
1500 /Dose total de insulina do dia (basal + rápida)
Insulina Ultra-Rápida
1800/Dose total de insulina do dia (basal + ultra-rápida) 
Regra geral
- Crianças: 1 UI reduz 100 a 120mg/dL
- -Adultos 1 UI reduz 50mg/dL
45
Bolo de correção
● Quantidade de insulina necessária para atingir a meta terapêutica
FC= Glicemia – meta glicêmica
Fator de sensibilidade Regra geral:
Adultos : 50mg/dL
Crianças e adolescentes: 100-120mg/dL
Após a aplicação do bolus de correção, monitorar a glicemia!
IUR: 2 horas após o BC
IR: 3 a 4 horas após o BC
46
Praticando...
Adulto 74kg em uso 40 UI Basal e doses fixas Bolus sendo 5 UI/C, 8 UI/A e 4 UI/J
1.Qual a relação insulina:carboidrato inicial? 
2. Com base nesta relação, qual BA deste almoço?
47
Praticando...
Glicemia pré-almoço = 114 mg/dl 
45g CHO / 1:15 / BA = 3 UI 
Glicemia 2h após = 193 mg/dl 
1.Quais as possibilidades de erro acima? 
a) Erro contagem CHO : revisar e praticar 
b) Erro relação insulina:carboidrato: reajustar relação
48
Praticando...
Glicemia pré-refeição = 59 mg/dl 
Relação insulina:carboidrato (BA) = 1:8 
FS = 45; Meta glicêmica = 100 mg/dl
1. Qual Bolus Alimentação? 
Resultado: 1:8
2. Há necessidade de Bolus
Correção? Se sim, qual é? 
Resultado: NÃO. PACIENTE 
COM HIPOGLICEMIA. INGERIR 
15G DE CHO DE ALTA 
ABSORÇÃO E AGUARDAR 15 
MIN
Qual conduta adequada, então? 
3. Qual a dose total a ser 
aplicada na refeição? 
5,6UI EM BOLUS
49
Glicemia pré-refeição = 104 mg/dl 
Relação insulina:carboidrato (BA) = 1:20 
FS = 110; Meta glicêmica = 100 mg/dl
1. Qual Bolus Alimentação? 
Resultado: 1:20
2. Há necessidade de Bolus
Correção? Se sim, qual é? 
Resultado:NÃO. PACIENTE 
COM GLICEMIA PRÉ-
PRANDIAL ADEQUADA
Qual conduta adequada, 
então? APLICAR APENAS O 
BOLUS DE ALIMENTAÇÃO
3. Qual a dose total a ser 
aplicada na refeição? 
2,25UI:
Praticando...
50
Praticando...
Glicemia pré-refeição = 189 mg/dl 
Relação insulina:carboidrato (BA) = 1:12 
FS = 60; meta glicêmica = 100 mg/dl
1. Qual Bolus Alimentação? 
Resultado: 1:12
2. Há necessidade de Bolus
Correção? Se sim, qual é? 
Resultado: 
BC=189-100
60
BC=1,5UI
Qual conduta adequada, então? 
APLICAR 1,5UI DE BOLUS DE 
CORREÇÃO
3. Qual a dose total a ser 
aplicada na refeição? 5,25UI
Portanto, para a glicemia pré-prandial...
1. Glicemia normal – 70 a 130 mg/dl (ou critério médico) 
Sem necessidade de dose correção, só de alimentação 
2. Glicemia alta – acima 130mg/dl (ou critério médico) 
Calcular BC e somar à dose já calcula para alimentação 
3. Glicemia baixa – <70mg/dL
Corrigir a hipo e atrasar a refeição
Iniciar a refeição, reduzir 50% BA e atrasar aplicação (30-60min) 
51
52
53
Treinando o olhômetro
54
Entendendo os rótulos
Tamanho da porção do alimento
Quantidade total de carboidratos
Atenção ao total de fibras e gorduras.
55
Métodos de Contagem de carboidratos
● Lista de equivalentes
Os alimentos são agrupados de forma que cada porção do alimento escolhido pelo
paciente corresponda a 15g de carboidrato, classificando-os em categorias (grupo
de alimentos) e porções de uso habitual de nossa realidade.
56
Métodos de Contagem de carboidratos
● Lista de equivalentes
57
Métodos de Contagem de carboidratos
● Contagem em gramas
Somam-se os gramas de carboidratos de cada alimento por refeição, obtendo-se
informações em tabelas e rótulos dos alimentos.
58
Métodos de Contagem de carboidratos
● Contagem em gramas
59
Atenção: influência dos lipídeos
● Redução da resposta glicêmica pós-prandial 2-3 horas;
● Atraso da resposta máxima de glicose devido ao esvaziamento gástrico 
tardio; 
● Risco de hiperglicemia tardia a partir de 3-5 horas hiperglicemia matinal; 
● Alimentos com maior concentração de gorduras (>35g/porção) requerem 
ajuste da insulina; 
● A resposta do efeito da gordura na glicemia pós-prandial é individual.
60
Atenção: influência da proteína
● Efeito tardio sobre a glicemia (> 100 minutos); 
● Diferentes efeitos com e sem carboidratos; 
● Ajuste da insulina necessário para consumo de: 
≥ 30 g de proteína com carboidratos (Ex: ≥ 150g de 
carne)
≥ 75 g de proteína isolada (Ex: em média ≥ 300g de 
carne)  20g CHO
61
Refeições mistas
1- Calcular por calorias provenientes das PTN e GORD- onde 100 kcal fontes de 
PTN-GORD equivalem a 10g de carboidratos (CHO)
• Avaliar real consumo de macronutrientes da refeição; 
• Analisar a necessidade individual para ajuste de insulina 
prandial; 
• Monitorar a glicemia pré e pós-prandial (2h, 3h, 5h); 
• Buscar a melhor forma para definições de: dose de insulina 
prandial, tempo e padrão de administração.
62
Refeições Gordura + proteína
1- Calcular por calorias provenientes das PTN e GORD- onde 100 kcal fontes de 
PTN-GORD equivalem a 10g de carboidratos (CHO)
50g de picanha 
assada
13,2g PTN
10g LIP
50 g linguiça
9,1g PTN
9,2g LIP
Bolus estendido: 1FPU  dose de insulina que cobre 10g de CHO
O tempo foi estendido para 3h para uma refeição contendo 1 FPU (100 kcal), 
para 4 h para 2 FPU (200 kcal), 5h para 3 FPU (300 kcal) e, finalmente, para 
8h quando uma refeição incluiu mais de 3 FPU
263Kcal
63
Diabetes e exercício físico
A prática de atividade física...
Atua de forma independente sobre captação muscular de glicose 
• Aumenta capilarização fibras musculares 
• Melhora função mitocondrial  maior gasto e produção energia 
• ↑ sensibilidade à insulina em até 72h após uma sessão treinos 
• ↑ captação glicose recuperação estoques energéticos 
• ↑ perda peso  melhora ação insulina
Qualquer atividade física, recreativa, laborativa ou 
esportiva pode ser feita por diabéticos
64
Diabetes e exercício físico
Riscos:
● Hipoglicemia durante o treino: gasto glicose com exercício 
● Hipoglicemia tardia (ao término até horas após): consumo 
glicose recuperação glicogênio muscular 
Impossível estabelecer protocolos precisos pois a resposta 
metabólica ao exercício dependerá de vários fatores
65
Como ajustar a glicemia antes do treino
Ideal é manter glicemia entre 100 e 200mg/dl antes do início. 
● Glicemia < 100 mg/dl: 15-30g CHO rápida absorção aguardar 15min e fazer 
nova verificação 
● Glicemia 200-300 mg/dl : na ausência cetose é possível realizar treino com 
cautela e acompanhamento; ou aplicar dose baixa BC antes iniciar 
● Glicemia > 250 mg/dl na presença cetose: exercício está contraindicado
Sintomas da cetose
- Hálito cetótico
- Aumento do volume urinário / vontade de urinar
- Aumento da sede
- Redução do apetite
- Cefaléia, fraqueza, náuseas
66
Automonitoramento como ferramenta
● Fase início/ajuste verificar antes, durante (>1h), logo após o término, 1h e 
2h após se necessário 
• Conheceu seu padrão ↓ verificações 
• Mudou plano treino ↑ verificações
67
Cuidados durante o exercício
● Evitar exercitar-se no pico ação insulina 
● Evitar aplicar insulina em região que vai ser muito exigida 
● Reduzir dose insulina antes treino. Percentual varia, como regra: 
- Reduzir UR da refeição anterior e posterior 
- Reduzir UL só quando treino tiver duração maior que habitual
68
Principais causas de hipoglicemias nos treinos
● Baixa ingestão carboidrato antes ou durante exercício 
● Intervalo tempo prolongado entre última refeição e exercício 
● Aumento inesperado intensidade ou duração exercício 
● ↑ absorção insulina por estimulação local 
● Efeito sinérgico entre pico insulina e exercício 
Na presença hipoglicemia causada pelo exercício interromper atividade 
e seguir a regra do 15:15
69
Álcool e insulinoterapia
● Ingestão álcool sem alimentos : risco hipoglicemia (tardia) 
● Não beber de barriga vazia 
● Observar comportamento organismo: monitoramento glicemias 
● Recomendações semelhantes à população não-diabética 
● Pode ser necessária ↓ dose insulina pré ou pós ingestão 
● Se exercício físico acompanhar ingestão ou ocorrer antes: ajustar consumo 
CHO e/ou dose insulina 
● Se ingestão for acompanhada jejum noturno: lanchar antes 
● Se ingestão for acompanhada consumo CHO: monitorar
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Take Home Messages
● Educação nutricional perpassa todo tratamento de paciente com diabetes
● Importância de conhecer o tratamento insulínico
● Ter as informações da meta glicêmica, BA, FS
● Corrigir a hipoglicemia de acordo com o protocolo sempre que possível
● Manter quantidades fixas de carboidratos em cada horário, independente da 
qualidade do mesmo
● Empowerment e autonomia do paciente
Obrigada!
Ramona Baqueiro
ramonabaqueiro@Hotmail.com

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