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Desafios Contemporaneos ebook 1

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Introdução 
O século XXI se iniciou com a promessa de se tornar a era da inovação tecnológica. 
Muito vem sendo feito em nível mundial, no que se refere ao uso de Tecnologias de 
Informação e Comunicação, TICs, nos campos da economia, da ciência e do mercado 
financeiro, por exemplo. 
No campo das relações humanas, também houve um outro significativo avanço: as 
redes sociais passaram a ocupar, nesses últimos dez anos, um espaço significativo na 
vida das pessoas, nos diferentes continentes do planeta. O online traz para a vida das 
pessoas, em qualquer localidade com internet, o acesso a diversos assuntos em tempo 
real, com informações de, praticamente, todos os lados, como notícias, shows, 
eventos, conflitos e, inclusive, cursos e aulas. 
E no campo da educação? Como a tecnologia tem sido recebida? A maioria dos 
estudantes acessa computador, tablet, smartphone ou celular, mas ainda é realidade 
chegarem à escola e se depararem, apenas, com giz, lousa e livro didático. 
É importante destacar, então, o quanto outras ferramentas podem contribuir com a 
elaboração, planejamento e execução de aulas pensadas para este público, além de 
facilitar e ampliar o trabalho docente. 
Neste capítulo, vamos estudar a evolução das tecnologias, seus conceitos e memórias, 
as vantagens e desvantagens de seu uso, e o que é um mapa conceitual. 
Vamos partir dessa abordagem da teoria da tecnologia como uma ferramenta para o 
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que amplia o acesso 
do aluno para um campo vasto de informações e imagens que podem contribuir 
significativamente para seu aprendizado. 
Por fim, verificaremos as vantagens e desvantagens dessa ferramenta, trazendo como 
sugestão os mapas conceituais, ferramenta muito presente na atualidade, para 
trabalhar vários conceitos de um mesmo tema. 
Vamos entender esse conteúdo a partir de agora! Bons estudos! 
1.1 Tecnologias 
A evolução humana está intrinsecamente entrelaçada com a evolução das tecnologias 
desenvolvidas em cada época. A evolução tecnológica do século XXI vem 
apresentando, de 2010 até os dias atuais, um cenário, no qual a sociedade foi cercada 
por aparelhos (celulares, smartphones, tablets) e sistemas (WhatsApp, e-mails, redes 
sociais), que integram o cotidiano das pessoas. 
A palavra tecnologia foi incorporada ao discurso de diversas camadas da sociedade. 
Mas será que é um termo novo, historicamente falando? Veremos, neste estudo, a 
origem do termo e seu uso e o quanto a tecnologia está presente em nosso dia a dia. 
De Thomas Edison a Bill Gates, a tecnologia vem se ampliando e conquistando 
diferentes campos de atuação, como o da educação. 
1.1.1 A linha do tempo da tecnologia 
A história humana e a evolução da tecnologia podem ser pensadas simultaneamente. 
Por necessidade e sobrevivência, o ser humano, em sua evolução, necessitou intervir 
na natureza, criando utensílios, ferramentas e estratégias para resistir a uma realidade 
que se apresentava como hostil, na pré-história, garantindo sua alimentação e 
proteção. O ser humano, inicialmente, partiu de elementos preexistentes na natureza 
(galhos, pedras, ossos, vegetação) e criou tantos outros utensílios, a partir de suas 
necessidades, contribuindo com o desenvolvimento e perpetuação da sua espécie. 
Durante muito tempo, o conhecimento de como utilizar essas ferramentas para os 
afazeres do cotidiano, foi transmitido às novas gerações de forma oral. A família e os 
agrupamentos sociais constituíram, nos primórdios da humanidade, a forma de 
educação a ser transmitida às crianças e jovens daquela época. Posteriormente, com o 
passar do tempo, essas ações resultaram no uso de modernas e avançadas tecnologias, 
que culminaram nas mais variadas formas de se compreender o conceito polissêmico 
de tecnologia. Um exemplo foi do inventor Thomas Edison (1847-1931), que 
apresentou ao público sua maior invenção, a lâmpada elétrica incandescente, em 
1879, ao iluminar uma rua próxima ao seu laboratório, em Menlo Park, Nova Jersey, 
causando um sobressalto por causa dos bulbos que emitiam luz. Depois de muito 
trabalho, Edison conseguiu convencer os administradores da cidade a usar a lâmpada 
na iluminação pública e, para isso, seus laboratórios continuaram trabalhando na 
invenção, para criar uma central elétrica, condutores de energia, e aprimorar as 
lâmpadas. 
Antes de causar impacto na sociedade, a lâmpada trouxe consigo características 
comuns em toda inovação. A criação foi resultado de quase oitenta anos de estudos, 
tentativas e erros. Não era também, fruto de uma única pessoa talentosa. Foram 
necessários esforços e articulações de outras pessoas para fazer as ideias de Edison se 
tornarem reais. 
Também havia uma novidade neste objeto, um conceito que mudaria a concepção 
anterior, pois antes, uma lâmpada considerada boa era aquela que queimava por um 
longo período. Passando pelas lâmpadas que queimavam óleo, tochas que queimavam 
madeira e lamparinas e lampiões que queimavam gás, Edison chegou à lâmpada 
elétrica, que funcionava porque não queimava, e era essa a novidade, pois a partir 
desta tecnologia, um fio conduziria uma corrente elétrica que emitia luz, enquanto 
estivesse intacta. 
Figura 1 - A evolução humana no uso das tecnologias é 
gradativa e fruto de muito esforço: a invenção da lâmpada elétrica levou quase 
oitenta anos de estudos e testes. Fonte: Peshkova, Shutterstock, 2018. 
A invenção da lâmpada elétrica e seu ingresso no mercado demostram como toda 
inovação é, ao mesmo tempo, uma ação técnica e social. Seu percurso, das ideias 
iniciais até a disseminação em larga escala, estabeleceu a conexão do trabalho de 
diversos sujeitos atuando em diferentes campos. 
1.1.2 Conceitos básicos de tecnologia 
Qual é a origem das palavras “técnica” e “tecnologia”? Ambas têm origem grega, na 
qual técnica – techné –, significa modificar o mundo de forma prática, a partir da ideia 
de, com sagacidade e habilidade, transformar, construir, produzir e alterar a natureza. 
Já a palavra “tecnologia” é derivada de “técnica” + “logia” – que vem de logus, que 
significa razão. Poderíamos então, afirmar, que a palavra tecnologia significa a razão 
de se saber fazer. 
 
No filme 2001 – Uma odisseia no Espaço (KUBRICK; CLARKE, 1968), na cena inicial, o 
diretor traz uma reflexão sobre a origem da técnica. Nos primórdios da humanidade, 
durante o manuseio de ossos de um esqueleto, um hominídeo apodera-se do maior 
osso e começa a dar golpes. Ali, é possível afirmar que a técnica e o pensamento 
encontram-se, quando o osso deixa de ser um osso e passa a ser um importante 
instrumento de defesa e caça. 
Como pudemos perceber até agora, a história da humanidade se confunde com o 
desenvolvimento e a evolução das tecnologias. O conhecimento tecnológico avançou 
significativamente, a partir da invenção da imprensa. Foi Gutenberg, considerado o 
criador da impressão com tipos móveis, quem auxiliou na expansão e circulação de 
informação, favorecendo a produção da literatura e da ciência. 
A Reforma Protestante, foi também impulsionada por esses avanços tecnológicos. 
Além disso, a ciência moderna, o fortalecimento de diversas línguas, de culturas 
regionais, o surgimento dos Estados modernos, foram todos favorecidos por essa 
tecnologia. 
 
Nascido na Alemanha, Johannes Gutenberg (1396-1468) foi o primeiro a introduzir um 
sistema de impressão de tipos móveis de metal (chumbo e estanho). A tipografia pode 
ser considerada uma verdadeira inovação radical que transformou o século XIV 
(FRAZÃO, 2017). 
O livro impresso favoreceu, também, os avanços no campo da educação, ao introduzir 
na sociedade, o hábito de leitura e letramento, antes acessível somente aos 
religiosos. Posteriormente ao livro impresso, também, a invenção da fotografia, no 
século XIX e do telégrafo, telefone, televisãoe rádio, ocasionaram uma verdadeira 
revolução na sociedade e na educação. Com a invenção da eletrônica, do fax, do 
computador e a criação da internet, possibilitaram o estabelecimento de uma rede de 
comunicação planetária, trazendo impactos ao desenvolvimento da humanidade como 
um todo. 
Para Moran (2013, p. 89): “as tecnologias caminham para a convergência, a integração, 
a mobilidade e a multifuncionalidade, isto é, para realização de atividades diferentes 
num mesmo aparelho, em qualquer lugar, como acontece no telefone celular (que 
serve para falar, enviar torpedos, baixar músicas)”. 
Na era do conhecimento, pode-se considerar o computador como sendo uma das mais 
poderosas ferramentas de informação e comunicação no século XXI. Para o filósofo 
Pierre Lévy (2003), um dos mais célebres pesquisadores da área de tecnologia de 
informação e comunicação da atualidade, o uso do computador, em especial da 
internet, é uma estratégia poderosa para a ampliação e a democratização do 
conhecimento. Para o filósofo, o espaço do saber começa nas relações humanas, 
baseadas em princípios éticos de valorização dos indivíduos por competências e pela 
integração de um processo social dinâmico de troca de saberes, no qual ele denomina 
como uma inteligência coletiva (LÉVY, 2003, p. 28). 
 
 
O termo “inteligência coletiva” foi criado por Pierre Lévy e se caracteriza como uma 
inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em 
tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. 
Nesse sentido, podemos então considerar hoje como seria nossa vida sem tecnologia? 
Tantos avanços, historicamente apontados, nos faz pensar que chegamos ao século 
XXI, tendo a tecnologia como aliada. Isso aparece quando transformamos nosso 
ambiente a partir de ferramentas criadas para dominar e reconstruir a natureza, 
trazendo evoluções aos campos do conhecimento, informação e das relações. 
1.2 Os nativos digitais – quem são eles? 
Um conceito vem sendo utilizado entre adeptos da tecnologia, educadores e meios de 
comunicação – o nativo digital (digital native) e imigrantes digitais (digital immigrants). 
Essa metáfora introduzida por Marc Prensky trouxe à discussão, as características 
desses tipos de usuários das tecnologias de informação e comunicação, como vemos 
no quadro a seguir. 
 
 
Quadro 1 - 
Características de imigrantes e nativos digitais. Fonte: COLL; MONEREO (2010, p. 
101). 
Os imigrantes digitais costumam filtrar as informações que recebem, para poder 
selecionar o que lhes interessa, pois suas habilidades de busca são pouco sofisticadas, 
uma vez que a compreensão é alcançada por intermédio de domínio temático da 
disciplina de interesse. Já os nativos digitais possuem uma competência significativa 
no que se refere a compartilhar informações com outros sujeitos, como por exemplo, 
em um jogo no qual interagem em tempo real. O que interessa aos nativos digitais não 
é reter o conhecimento, mas poder localizá-lo, comunicá-lo, quase que 
“imediatamente”, no mesmo instante em que estiver sendo produzido (COLL; 
MONEREO, 2010). 
Diferente dos imigrantes digitais, os nativos se comunicam, se encontram, se 
relacionam e socializam, utilizando mídias sociais, chat, e-mail, weblogs ou blogs, que 
expressam seus sentimentos, preferência ou dúvidas, de formas diferentes. O objetivo 
das interações é se vincular a grupos de amigos ou conhecer novas pessoas com 
interesses em comum (COLL; MONEREO, 2010). O quadro a seguir apresenta os 
diversos usos de ferramentas digitais. 
 
 
Quadro 2 - O 
uso de ferramentas digitais por imigrantes e nativos digitais. Fonte: COLL; MONEREO 
(2010, p. 102). 
Portanto, é nesse contexto que as tecnologias de informação e comunicação se 
configuram como um novo modo de interagir, trocar informações e aprender. Em 
termos educacionais, significa ter disponível uma vasta possibilidade de recursos 
disponíveis, que têm por finalidade ampliar a relação professor-aprendiz e as 
abordagens pedagógicas associadas ao meio virtual, estabelecendo uma comunicação 
em diversos níveis. 
1.3 A tecnologia na educação 
É possível perceber o quanto o avanço tecnológico está presente em empresas, 
supermercados, bancos, cinemas, teatros, lojas, etc. Esse avanço modifica 
sensivelmente nossos hábitos, costumes e modos de produzir e consumir bens. E na 
educação? Podemos também perceber essas transformações? 
Uma sociedade como a nossa, se apresenta como a chamada sociedade do 
conhecimento. Ela requer novos tipos de competências e ações, exigindo que as 
pessoas se tornem cada vez mais atuantes, pesquisadoras e com autonomia. Vale 
ressaltar que a ideia de tecnologia não significa usar e acessar somente computador 
ou celular, ela vai muito além dessas ações. 
É preciso também fazer uma diferenciação entre o conhecimento científico e o 
tecnológico. A tecnologia vai além de uma disciplina, sendo uma forma de 
conhecimento e elementos da vida e da atividade humana, a partir de seus diferentes 
usos e aplicações práticas. Já os conceitos elaborados pela ciência podem ser utilizados 
na tecnologia, a partir do domínio dos conceitos próprios de cada área do 
conhecimento. 
O quadro abaixo se baseia nas ideias de Gilbert (1995), e nos auxilia na compreensão 
das diferenças entre esses dois saberes. 
 
Quadro 3 - Diferenças 
entre a ciência e a tecnologia. Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de GILBERT, 
1995; VERASZTO et al., 2008. 
A educação acaba recebendo influência das Tecnologias da Informação e Comunicação 
(TICs), ainda que sejam positivas, ou não, para os sujeitos aprendizes e grupos. Para 
Sancho e Hernández (2006), dois argumentos podem ser utilizados, quando analisamos 
as TICs: 
 
• elas estão aí e poderão ficar por muito tempo, pois estão transformando o 
mundo e podem ser consideradas, quando pensamos em educação; 
• as TICs não seriam neutras, pois seriam desenvolvidas e frequentes em um 
universo cheio de valores e interesses que não favoreceriam a todos os 
membros da sociedade. Em um futuro não muito distante, um significativo 
número de pessoas não terá acesso às tecnologias. Essa privação, por conta de 
processos gerados por uma combinação dessas TICs com práticas políticas e 
econômicas dominantes, não pode ser considerada positiva, tanto para os 
indivíduos, quanto para a sociedade. 
 
A escola, enquanto instituição responsável por formar sujeitos, pode auxiliar no 
processo também da formação da capacidade de lidar com os avanços tecnológicos. 
Na escola o sujeito pode ter contato com as TICs e colocar a tecnologia em prol da 
aprendizagem. Por isso, é importante que o professor alie à sua rotina as tecnologias, 
na busca pelo desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem mais adequado e 
adaptado às demandas da sociedade atual. 
Um exemplo é o uso do celular que, nos dias atuais, se tornou uma prática recorrente 
de pessoas de todos os níveis sociais e educacionais. Sendo uma tecnologia altamente 
disseminada e integrada à vida social da sociedade, este aparelho pode ser bastante 
útil para o professor, como no caso de uma atividade que envolva tirar fotos ou gravar 
uma entrevista. 
A revolução tecnológica, os hábitos e costumes da vida moderna estão se 
transformando, por conta da expansão da internet, dos smartphones de última 
geração, dos softwares multimídia, e de uma vasta gama de canais nas TVs digitais. 
Hoje em dia, existem muitas possibilidades para resolver problemas, pesquisar, 
conseguir a localização de pessoas e grupos em diferentes partes do mundo, pesquisar 
sobre diversos assuntos, trabalhar e estudar online, sem sair de casa, pagar contas, 
fazer compras, além de encurtar distâncias, possibilitando a comunicação, por meio de 
áudio e vídeo com significativa rapidez, independente da distânciaentre os sujeitos. 
Figura 2 - O computador já faz parte da vida cotidiana, tanto na 
vida pessoal, quanto na profissional. Fonte: Shutterstock, 2018. 
 
Na educação, podemos demonstrar, por meio de imagens digitais, assuntos 
diversificados: como é um museu, a localização de área geográfica em qualquer parte 
do mundo, os sistemas do corpo de um animal, o corpo humano por dentro, por 
exemplo. 
Uma escola conectada é uma escola que pode ser considerada completa, pois prepara 
e fornece o acesso dos estudantes a um mundo globalizado, por permitir a inclusão de 
imagens, sons e movimentos, ao processo de ensino, enriquecendo essa experiência e 
propiciando experiências ricas, vivas, dinâmicas e interativas. Possibilita também, o 
acesso a um significativo número de livros nas bibliotecas virtuais, banco de dados, 
portais educacionais, softwares educativos, jogos pedagógicos, conteúdo de revistas 
de assuntos diversos e tantas outras ferramentas. 
Portanto, o acesso às tecnologias digitais pode tornar a escola mais atrativa, lúdica, e 
desenvolver nos estudantes um processo de aquisição de autonomia, por serem 
estimulados a pesquisar, buscar e discutir entre si, resolvendo problemas e buscando 
soluções. 
Além disso, desde o planejamento até a execução das atividades pedagógicas, a 
tecnologia pode estar a serviço de um processo mais eficaz, autônomo e eficiente. 
1.3.1 Tecnologias no cotidiano escolar: por que usá-las? 
No Brasil, a educação permitiu a inclusão de tecnologia na escola, a partir das décadas 
de 1960 e 1970, com a introdução das máquinas de ensinar, como o retroprojetor, 
projetor de slides e microscópios. Isso ocorreu em meio à política de caráter tecnicista, 
que permeava as diretrizes e abordagens educacionais. 
A partir de 1990, contudo, ocorreu um avanço maior que se deu com a introdução da 
televisão e do videocassete nas salas das escolas públicas. Na época, o Ministério da 
Educação (MEC) equipou as escolas com antena parabólica, principalmente para a 
veiculação do canal TV Escola, em 1996. Sua programação era totalmente voltada à 
área educacional. 
Suzuki (2011) nos lembra que houve um processo de consolidação até o fim do século 
passado e início deste século, com o ingresso de computadores nos ambientes 
escolares. A autora salienta ainda que, para que essa mudança fosse realmente 
significativa, era necessária a preparação metodológica e a busca pelo 
aperfeiçoamento de atitudes relevantes ao acompanhamento do processo educativo 
e reorganização das práticas educativas, incentivando e priorizando a pesquisa, 
articulando teoria e prática, fazendo uso de métodos educacionais destinados à nova 
realidade social e tecnológica das escolas. Mesmo que o avanço no campo da 
tecnologia no País fosse uma realidade, podemos encontrar ainda hoje, certas 
resistências. “O ‘medo’ da substituição do professor pelo computador parece já 
superado, mas ainda persiste o ‘medo do novo’” (SUZUKI, 2011, p. 5). 
No cotidiano da escola, podemos pensar sobre uma metodologia diferenciada, por se 
tratar de algo destinado à participação de todos, quer seja pela pesquisa, quer seja 
pela ideia que podemos aprender quando estamos juntos, em grupo, na sala de aula, 
fisicamente, ou em tantos outros espaços disponíveis, virtualmente, de maneira 
semipresencial ou online, a qualquer hora, em grupos também (em chats e fóruns) ou 
individualmente (especialmente na graduação, pós-graduação, etc.), respeitando 
ritmos e tempos dos estudantes. 
As tecnologias de informação e comunicação presentes na escola não substituem a 
presença do professor, mas podem auxiliar e transformar suas ações, pois a tarefa de 
armazenar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, 
programas de computador. 
O papel do professor passa a ser o de estimular e orientar o estudante a pesquisar, 
querer acessar as informações relevantes, fontes confiáveis e compartilhar 
conhecimentos. Segundo Moran (2013, p. 16), “a educação é a soma de todos os 
processos de transmissão do conhecimento, do culturalmente adquirido e de 
aprendizagem de novas ideias, procedimentos e soluções desenvolvidos por pessoas, 
grupos, instituições, organizadas ou espontaneamente, formal ou informalmente”. 
Devemos reconhecer que o Brasil teve significativos avanços, no que se refere à 
universalização da educação, o que acarretou, de maneira geral, na modernização do 
nosso País. Muitos educadores e estudiosos da educação têm ressaltado o crescente 
desacerto entre os modelos tradicionais de ensino e os novos pressupostos 
metodológicos e teóricos, atrelados às tecnologias de comunicação e informação. 
Figura 3 - O computador em sala de aula é apenas uma 
parte da integração de tecnologias no ensino. Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 
2018. 
 
É importante lembrar que a educação é um direito garantido pela Constituição Federal 
de 1988, em seu artigo 6º (BRASIL, 1988), que destaca ser competência do Estado, 
legislar e promover meios de acesso à educação, por meio de programas que possam 
garantir esse direito e colaborar para o pleno desenvolvimento dos estudantes. O uso 
de tecnologias na escola faz parte dessas iniciativas como, por exemplo, o Programa 
do Ministério da Educação (MEC), Proinfo, Programa Nacional de Informática na 
Educação, criado em 1997. Dentre os objetivos do Programa ProInfo (BRASIL, 2007), 
estão: 
I - promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas 
escolas de e.ducação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais; 
II - fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das 
tecnologias de informação e comunicação; 
III - promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do 
Programa; 
IV - contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, 
da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, 
beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas; 
V - contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por 
meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e 
VI - fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais. 
Em 2007, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo), se aprimorou e 
passou a trabalhar com duas frentes: o Proinfo Urbano, para escolas nas áreas urbanas, 
e o Proinfo Rural, para a zona rural. Com o objetivo de promover a utilização da 
informática como ferramenta pedagógica na rede pública de educação básica, o 
Proinfo disponibiliza às escolas, computadores, recursos digitais e conteúdo 
educacionais. Cabe aos estados e municípios viabilizar a estrutura apropriada para 
receber os laboratórios. Além disso, devem capacitar os educadores, para que 
consigam utilizar adequadamente máquinas e tecnologias. 
Outra importante iniciativa para a educação foi o “Programa Banda Larga na Escola” 
lançado em 2008, pelo Governo Federal, que determinou a ampliação da instalação de 
infraestrutura de rede para o suporte de conexão à internet em alta velocidade, em 
escolas públicas de nível fundamental e médio. 
 
Para saber mais sobre o Programa Banda Larga na Escola, acesse “Perguntas 
Frequentes sobre o Programa Banda Larga nas Escolas”, no site do Ministério da 
Educação (BRASIL, [s/d]). Lá é possível conhecer as diretrizes do programa, quem tem 
direito e como ocorre a instalação: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/193-
secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/15914-perguntas-
frequentes-sobre-o-programa-banda-larga-nas-escolas>. 
Mas como o MEC articula a necessidade do uso de tecnologia no cotidiano escolar às 
demandas do País? O Plano Nacional de Educação (PNE) é outra frente de trabalho do 
Governo Federal para incentivar o uso pleno das tecnologias de informação e 
comunicação, apoiando a melhoriada qualidade educacional no País. 
Dentre as principais estratégias apontadas no PNE está o cumprimento da Meta 5: 
“Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino 
Fundamental” (BRASIL, 2014, p. 9). Nesse sentido, foi sugerida a promoção do 
desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas, 
bem como a seleção e divulgação de tecnologias que sejam capazes de alfabetizar e de 
favorecer a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos (BRASIL, 2014). 
Destaca-se, dentre os Programas do Governo Federal para a Educação, a Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC), que é um documento normativo que determina o conjunto 
de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das 
etapas e modalidades da Educação Básica. A BNCC prevê, já em seu início, como uma 
de suas competências gerais da Educação Básica: 
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as 
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir 
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal 
e coletiva (BRASIL, 2017, p. 9). 
 
 
 
Segundo a BNCC (BRASIL, 2017, p. 3) o conhecimento pode ser desenvolvido pelas 
crianças em seus contextos: 
 
• “familiar; 
• social e cultural; 
• suas memórias; 
• seu pertencimento a um grupo e; 
• sua interação com as mais diversas tecnologias de informação e comunicação”. 
 
O contexto é considerado como um conjunto de fontes que incitam a curiosidade e a 
capacidade de formular de perguntas. E além dessas situações de desenvolvimento, 
quando crianças e adolescentes recebem o estímulo ao “(...) pensamento criativo, 
lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer 
perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções 
culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação” (BRASIL, 2017, p. 
56), podem expandir a compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das 
relações dos sujeitos entre si e com a natureza. 
O fato é que estamos vivenciando uma cultura digital, que pode realmente promover 
mudanças radicais na sociedade contemporânea. Lévy (2010, p. 130) denominou este 
fenômeno de cibercultura, ou “a reunião em torno de interesses comuns, sobre jogo, 
sobre compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre processos 
abertos de colaboração”. Isto ocorre devido ao consequente avanço das tecnologias 
de informação e comunicação e ao crescente acesso a computadores, celulares e 
tablets. De modo dinâmico e interativo, os estudantes estão inseridos nessa cultura 
digital, agora não apenas como consumidores passivos, mas como protagonistas no 
ciberespaço. 
 
 
Nos dias atuais, estudantes, professores e a comunidade, cada vez mais dependem das 
tecnologias em seu cotidiano. No entanto, a realidade é outra, pois, de acordo com 
Moran (2013, p. 10), “70% dos brasileiros vivem sem acesso efetivo e contínuo às redes 
digitais e metade da população na faixa da pobreza”, o que não contribui para o 
desenvolvimento do País. 
Para Kenski (2007, p. 40), as TICs “evoluem com rapidez. A todo instante surgem novos 
processos e produtos diferenciados: telefones celulares, softwares, vídeos, 
computador multimídia, internet, televisão interativa, videogames etc.” Porém, é 
notório que nem todos tem acesso a esses produtos e nem todos possuem habilidades 
ou conhecimentos necessários para utilizar essas tecnologias a seu favor, de modo 
produtivo em seu trabalho, ou de forma a beneficiar a sociedade. Muitas vezes, esses 
produtos são utilizados exclusivamente de forma balizada, sem uma finalidade social 
ou uma ação crítica e refletida para promover a mudança e de fato produzir benefícios 
para a sociedade. Kenski (2007, p. 41) ainda reforça que: 
Para que todos possam ter informações que lhes garantam a utilização confortável das 
novas tecnologias é preciso um grande esforço educacional geral. Como as tecnologias 
estão em permanente mudança, a aprendizagem por toda a vida torna-se 
consequência natural do momento social e tecnológico em que vivemos. 
Tanto para crianças, quanto para jovens e adultos, as tecnologias de comunicação e 
informação vêm transformando o modo de ver o mundo, se comunicar, se relacionar 
e aprender. E nesse sentido, o aprendizado com a presença da tecnologia, favorece os 
objetivos da comunicação (MORAN, 2013, p. 167): 
 
• surpreender; 
• encantar; 
• entusiasmar; 
• seduzir; 
• apontar possibilidades; 
• realizar novos conhecimentos e práticas; 
• cativar; 
• conquistar os estudantes”. 
Figura 4 - Estudar pelo computador motiva e diverte os 
estudantes e proporciona, aos professores, formas mais dinâmicas e eficientes de 
ensino. Fonte: Monkey Business Images, Shutterstock, 2018. 
 
Para que haja uma integração entre o que se espera da educação de qualidade e o 
melhor uso da tecnologia, a escola deve se tornar um ambiente diferenciado de 
aprendizagem. “A escola é um dos espaços privilegiados de elaboração de projetos de 
conhecimento, de intervenção social e da vida. É um espaço privilegiado de 
experimentar situações desafiadoras do presente e do futuro, reais e imaginárias, 
aplicáveis ou limítrofes” (MORAN, 2013, p. 21). 
Dentre os programas do governo para o uso da tecnologia na escola destaca-se o 
projeto “Um Computador por Aluno” (UCA), implantado com o objetivo de favorecer 
a presença das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio 
da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de educação. 
Oprojeto complementa as ações do MEC, relacionadas às tecnologias na educação, em 
destaque os laboratórios de informática, para a “disponibilização de objetivos 
educacionais na internet articulado ao ProInfo Integrado que favorece o uso 
pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio” (BRASIL, 
2018, s/p). 
Suzuki (2011) nos alerta que a tecnologia educacional passou a ser uma realidade nas 
escolas no início do século XXI, mas o importante é criar ambientes que facilitem o 
desenvolvimento de uma nova postura por parte da escola e dos professores, a partir 
da adoção de metodologias que facilitem a participação ativa do estudante no 
processo de ensino e aprendizagem. 
Se pudermos levar em conta a necessidade de se repensar o novo papel da educação 
que se apresenta frente ao novo cenário de tecnologias da informação e comunicação, 
podemos refletir sobre uma nova formação de educadores e educandos na sociedade. 
Uma opção para se pensar o uso da tecnologia no cotidiano da escola é o uso da 
ferramenta chamada Mapa Mental. É o que vamos estudar a seguir. 
1.3.2 Mapas conceituais na educação 
Agora, vamos conhecer um pouco de uma ferramenta tecnológica que contribui para 
a elaboração de esquemas conceituais, denominada de Mapeamento Conceitual (MC): 
o CmapTools. Esta ferramenta possibilita a elaboração de mapas baseados em 
conceitos e representações gráficas, auxiliando o usuário a desenhar mapas 
conceituais para visualização do conhecimento complexo, de forma simples e 
dinâmica. O mapa conceitual pode ser uma excelente estratégia de ensino, pois aborda 
conceitos e fatos, evidenciados metodologicamente e adeptos a construção do 
conhecimento de maneira interdisciplinar e individualizada. Os mapas conceituais 
permitem a elaboração de conceitos e a organização de uma estrutura cognitiva, em 
formato de uma rede de relações, com características multilineares. 
De forma geral, os mapas conceituais indicam relação entre conceitos relacionando-os 
de forma classificatória ou hierárquica, porém segundoMoreira (1980, p. 1) “não 
devem ser confundidos com organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam 
sequência, temporalidade ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de 
poder”. 
Para a educação, essa ferramenta se configura como uma estratégia de ensino-
aprendizagem significativa e interdisciplinar, pois envolve habilidades de raciocínio 
lógico, que possibilitam estabelecer aprendizagens inter-relacionadas. Nela, se destaca 
o aprendizado por força de vontade e atitude do aprendiz em relacionar os 
conhecimentos e informações, evitando aquele tipo de ensino por memorização. 
 
O CmapTools é um software desenvolvido pelo Institute for Human Cognition (IHMC) 
da Universidade da West Florida. Ele pode ser obtido gratuitamente no site do Institute 
for Human and Machine Cognition, <http://cmap.ihmc.us/conceptmap.html>. Para 
aprender a fazer um mapa conceitual, desde a organização no papel, até o uso do 
CmapTools, recomendamos o vídeo Como fazer Mapas Conceituais - Conceptual 
Mapping / CmapTools, disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=RThwilejKw0&t=47s>. 
Na imagem a seguir, temos um exemplo no qual podemos verificar como um mapa 
pode organizar conceitos de enfermagem. Nela está a representação diagramática da 
resolução de um caso clínico por meio de mapa conceitual. 
 
 
Figura 5 - O 
mapa conceitual organiza conceitos em uma representação diagramática. Fonte: 
FERREIRA; COHRS; DOMENICO (2012, p. 969). 
Com base no conceito de aprendizagem significativa, que provém da teoria da 
psicologia da aprendizagem de David Ausubel, o pesquisador Joseph Novak, da 
Universidade de Cornel, desenvolveu, na década na 1970, um programa de mapas 
conceituais (FERNANDES, 2011). 
Definindo o mapa conceitual como uma ferramenta criada para organizar e 
representar o conhecimento, os conceitos aparecem em caixas e são desenhadas 
relações entre eles, por meio de frases de ligação que conectam cada um dos 
conceitos. 
 
Para saber mais sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa, recomendamos a 
matéria da Revista Nova Escola (FERNANDES, 2011). Nela, podemos entender os 
argumentos do especialista em Psicologia Educacional, David Ausubel, que defende a 
abordagem da educação a partir do conhecimento prévio do aluno. Acesse: 
<https://novaescola.org.br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-
significativa>. 
Fazer um mapa conceitual é muito simples. Nele, o estudante é capaz de reconstruir e 
reelaborar, de maneira autônoma, conceitos apoiados em outros pré-existentes. Claro 
que essa é uma das inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas de maneira eficaz 
no processo de ensino e aprendizagem. Durante nosso caminho de estudo, vamos 
verificar, conhecer e compartilhar outras tantas que podem favorecer esse processo. 
Como você pôde perceber neste capítulo, as tecnologias podem ajudar na melhoria da 
qualidade das aulas para todas as disciplinas. Na atualidade, são muitas as ferramentas 
disponíveis para a formação do professor, que precisa estar constantemente 
atualizado em sua área de conhecimento e sobre as tendências tecnológicas auxiliares 
à educação. Pensando nisso, apresentamos um estudo de caso de uma professora de 
matemática que quer trabalhar com seus alunos o desenho geométrico, utilizando um 
software de desenho para crianças, bem fácil e acessível para todas as idades. 
 
Desenhando no Computador 
Observando a Base Nacional Curricular e as possibilidades que ferramentas simples do 
computador poderiam oferecer no aprendizado de Geometria, uma professora de 
Matemática do 3º ano do Ensino Fundamental, planejou uma aula divertida. Seu 
objetivo era ensinar as crianças a reconhecer figuras congruentes, usando 
sobreposição e desenhos em malhas quadriculadas ou triangulares. Depois de analisar 
algumas possibilidades, ela optou por um software de desenho bem simples, que 
crianças podem usar sem dificuldades. Para conhecer o software melhor, a professora 
baixou um tutorial e assistiu vídeos explicativos no YouTube. 
Após um aprendizado rápido, a professora acessou o software e começou a planejar a 
atividade. Porém, se viu diante de um dilema: geralmente nas escolas da Educação 
Básica, em especial, no Ensino Fundamental, não há uma prática de uso de 
computador, laptop ou tablet em sala de aula. Os recursos mais utilizados no cotidiano 
da escola são, ainda em sua maioria, a lousa ou o projetor. A solução foi então, 
trabalhar em um primeiro momento em sala de aula com as teorias do desenho 
geométrico, identificando as diferentes formas em desenho na lousa e no livro didático 
impresso, e posteriormente trabalhar uma atividade prática na sala de informática 
utilizando o software de desenho. 
A proposta era criar um cartaz sobre o evento cultural do “Dia da Matemática” na 
escola. A atividade prática foi essencial para a turma trabalhar a criatividade e o 
aprendizado de forma mais divertida e dinâmica, a partir de uma gama variada de 
formas geométricas que o software oferecia, além da aplicação e cores diversas e 
texto. Ao final, as crianças ainda puderam imprimir seus cartazes e expor para os 
colegas na escola. 
Como vimos neste capítulo, as tecnologias de informação e comunicação são 
essenciais na vida cotidiana das pessoas e descrevem historicamente como se deu a 
evolução da humanidade, reconhecendo seu impacto e as transformações ao longo do 
tempo. Também pudemos compreender a importância da utilização das tecnologias 
da informação e da comunicação nos processos de ensino-aprendizagem. 
Síntese 
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento sobre a origem das 
tecnologias, de que forma elas podem fazer parte da nossa vida e, em especial, no 
cotidiano da educação. Além disso, pudemos conhecer alguns dos vários programas do 
governo federal que favorecem o uso da tecnologia, além de seus documentos oficiais. 
E entendemos com funciona uma ferramenta que auxilia o professor e o aluno no 
processo de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de: 
• conhecer os conceitos básicos das tecnologias na educação, examinando as 
novas competências necessárias ao educador; 
• entender a inserção da tecnologia na educação e na vida pessoal; 
• refletir sobre a importância da utilização das tecnologias da informação e da 
comunicação nos processos de ensino aprendizagem; 
• conhecer alguns recursos da mídia e das tecnologias digitais e suas implicações 
para o ensino e aprendizagem escolar; 
• reconhecer o impacto das tecnologias e as transformações ao longo do tempo; 
• refletir sobre a importância da utilização das tecnologias da informação e da 
comunicação nos processos de ensino-aprendizagem; 
• analisar a influência e as consequências da utilização das novas tecnologias na 
sala de aula; 
• identificar o mapa conceitual como um recurso para aprimorar o processo de 
aprendizagem e memorização, utilizando uma abordagem de encadeamento de 
informações. 
 
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	Introdução
	1.1 Tecnologias
	1.1.1 A linha do tempo da tecnologia
	1.1.2 Conceitos básicos de tecnologia
	1.2 Os nativos digitais – quem são eles?
	1.3 A tecnologia na educação
	1.3.1 Tecnologias no cotidiano escolar: por que usá-las?
	1.3.2 Mapas conceituais na educação
	Síntese
	Bibliografia

Outros materiais