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53 QUESTÕES GABARITADAS OAB 2ª FASE TRIBUTÁRIO PROF SABBAG RUMO À APROVAÇÃO

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RUMO À APROVAÇÃO 
53 QUESTÕES DISSERTATIVAS GABARITADAS 
 
OAB 2ª FASE TRIBUTÁRIO 
PROF. EDUARDO SABBAG 
 
 
 
1) O sujeito passivo da obrigação tributária pode estar previsto em ato infralegal? 
R: não; ver art. 97, III, parte final do CTN. 
 
2) A expressão “legislação tributária” compreende quais normas? 
R: ver art. 96, CTN (leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas complementares). 
 
3) Foi publicada uma Portaria nº__ da RFB. Qual é o tipo de relação que essa Portaria terá com a lei 
ordinária do tributo? Quando tal Portaria entrará em vigor, segundo o CTN? 
R: uma relação de cunho complementar, uma vez que se trata de uma fonte formal secundária do direito 
tributário, a qual deve complementar as fontes formais principais (leis, tratados/convenções e decretos). A Portaria 
mencionada entrará em vigor “no dia de sua publicação” (Art. 100, I e art. 103, I, CTN). 
 
4) A lei que prevê uma multa mais benéfica retroagirá sempre? 
R: Ver art. 106, II, “c”, CTN. 
A retroação benéfica da multa apenas ocorrerá se o ato não estiver definitivamente julgado – judicial ou 
administrativamente. Com o trânsito em julgado, mesmo que sobrevenha uma lei mais benéfica, esta não irá 
retroagir. 
 
5) Publicou-se a Lei A em 2013, afastando-se um tributo devido em 2014, mas ainda sem lançamento. 
Publicou-se uma Lei B em 2014, afastando-se uma penalidade relativamente à infração de 2012, mas ainda sem 
lançamento. Publicou-se uma Lei C em 2017, afastando-se o tributo/multa já previstos em um lançamento. 
Publicou-se uma Lei D, afastando-se um tributo cuja não incidência na CF. Quais os nomes dos benefícios acima? 
R: de início, lembre-se de que a isenção é para tributo, e a anistia é para multa, ambas se aplicam em momento 
anterior ao lançamento. Portanto, teremos: 
- Lei A, isenção, exclui o CT, art. 175, I, CTN; vem antes do lançamento; é para frente. 
- Lei B, anistia, exclui o CT, art. 175, II, CTN; vem antes do lançamento; todavia, a lei anistiadora vem após a 
infração, art. 180, caput, CTN. 
- Lei C, remissão, extingue o CT, art. 156, IV, CTN c/c art. 172, CTN; é o perdão do crédito tributário; vem após o 
lançamento. 
- Lei D, imunidade tributária. 
 
6) É possível a exigência de um tributo com base em analogia? 
R: Não. Ver o art. 108, § 1º, CTN. 
A analogia não serve para criar o tributo, enquanto a equidade não serve para dispensar o tributo, uma vez que a 
criação e a dispensa dependem de lei. 
 
 
 
 
 
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7) Foi publicada uma Lei que dispensou a emissão de nota fiscal para uma determinada operação. O 
contribuinte X realiza uma operação semelhante àquela destacada e quer o mesmo benefício. Comente. 
R: Ver art. 111, III, CTN. 
Interpretação literal para dispensa de obrigação acessória. Por conseguinte, onde se interpreta literalmente, não 
haverá espaço para a integração da legislação tributária (via analogia). A mesma situação pode acontecer com a lei 
de isenção de IPI desfrutada pelos taxistas, mas pleiteada por motoristas de vans/uber, em virtude de todos 
exercerem atividade análoga (o que lhes será vedado, pelas mesmas razões). 
 
8) O menor é contribuinte de imposto? Ele irá pagar o imposto? 
R: Sim, o menor será contribuinte, por força do art. 126, I, CTN. 
Lembrar-se da máxima latina “pecunia non olet” (o tributo não tem cheiro) - Art. 118, I, CTN. 
Os pais serão responsáveis tributários pelo pagamento (art. 134, I, CTN). 
 
9) João, José e Pedro são coproprietários de uma casa. Foi concedida isenção pessoal para João. Como fica a 
OT quanto a José e Pedro? 
R: Ver o art. 125, II, CTN. 
A isenção é um benefício que se estende a todos os destinatários, exceto quando se trata de isenção pessoal, o que 
ocorreu no problema em epigrafe. Nesse caso, o saldo permanece com relação aos outros, subsistindo a 
solidariedade entre eles. Isso significa que o Fisco pode cobrar o saldo todo tanto de José quanto de Pedro, uma 
vez que não há aqui benefício de ordem (art. 124, parágrafo único, CTN). 
 
10) Caio faleceu em outubro de um ano, deixando para trás débitos tributários relativos a fatos geradores de 
março do mesmo ano. Diante disso, responda: 
a) Quem pagará o tributo devido? 
b) Uma vez prolatada a sentença de partilha, quem será chamado a pagar? 
R: a) Segundo o art. 131, III, CTN, o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a 
abertura da sucessão. 
b) Segundo o art. 131, II, CTN, serão responsáveis o sucessor ou o cônjuge meeiro, no limite do quinhão, legado ou 
meação. 
 
11) Como se dá a responsabilidade tributária de um tutor? 
R: Pelo art. 134, II, CTN, o tutor terá uma responsabilidade solidária, porém o CTN estabelece uma ordem de 
preferência: primeiro será cobrado o contribuinte (tutelado) e, depois, o tutor. Por outro lado, se houver excesso 
de poderes ou infração à lei, o tutor responderá pessoalmente pelos créditos correspondentes a obrigações 
tributárias resultantes desses atos (= existência de dolo, prevista pelo art. 135, I, CTN). 
 
12) Em 2017, foi publicada uma lei que ampliou os poderes de investigação do Fisco. Pergunta-se: essa lei 
pode ser aplicada a fatos geradores pretéritos, como objeto de uma autuação fiscal ocorrida agora em 2017? 
R: Sim, por força do art. 144, § 1º, CTN. A legislação nova pode ser aplicada ao momento do lançamento. 
 
13) A autoridade fiscal pretende cobrar o tributo do contribuinte X, mas está diante de uma incrível omissão 
de documentos e também, em alguns casos, de inidoneidade documental. Como cobrará? 
R: A forma de cobrança será pela via do arbitramento (art. 148, CTN) 
 
14) João é devedor de tributos municipais (IPTU, taxa de lixo e contribuição de melhoria). Ele resolveu pagar 
o IPTU. Pode o Município alterar a ordem de imputação, “quitando”, antes, a taxa de lixo? 
R: Sim, em razão da imputação de pagamento (art. 163, II, CTN). 
Os tributos bilaterais acabam tendo preferência na ordem de imputação (1º Contribuição de melhoria; 2º Taxas; 3º 
Impostos). 
 
 
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15) Foi pago um tributo indevidamente no mês de fevereiro de 2011. Em janeiro de 2016, foi feito o pedido 
administrativo de restituição. O Fisco negou. Pergunta-se: 
a) O pedido foi feito dentro do prazo? 
b) E se o pedido for negado, qual o período para tentar revê-lo na órbita judicial? 
R: a) Sim, dentro do prazo de 5 anos previsto pelo art. 168, I CTN. 
Com efeito, o termo “a quo” para a contagem do prazo para a restituição é a data da extinção do crédito tributário. 
De acordo com o art. 3º da LC 118/2005, entende-se “data da extinção do CT” como a data do pagamento 
indevido. Desse modo, até fevereiro de 2016, pôde haver restituição na órbita administrativa, e, por isso mesmo, 
ela foi feita dentro do prazo. 
b) Prazo de 2 anos (biênio prescricional), previsto no art. 169 do CTN. 
 
16) Contribuinte X foi alvo de inscrição em dívida ativa no dia 10/03/2017. Dois dias depois, vendeu vários 
bens de sua propriedade. Frise-se, todavia, que seu patrimônio remanescente ainda pode acobertar a dívida. Há 
fraude à execução? 
R: Não, por força do art. 185, parágrafo único, CTN. O caput do art. 185 do CTN apresenta uma presunçãode 
fraude. Entretanto, o parágrafo único prevê a inaplicabilidade do referido comando quando reservados bens 
suficientes para o pagamento total da dívida pelo contribuinte (= quando houver solvabilidade). 
 
17) O crédito tributário deve ser pago com preferência em relação ao crédito trabalhista (1)? 
Quando se está na falência, qual é a posição ocupada, na corrida arrecadatória do credor, de uma importância 
passível de restituição perante um crédito tributário devido (2)? 
R: (1) De acordo com o art. 186, caput, CTN, o crédito trabalhista tem preferência/privilégio com relação ao crédito 
tributário. (2) Segundo o art. 186, parágrafo único, I, CTN, as importâncias passíveis de restituição são pagas com 
preferência perante o crédito tributário (Caso prático: um lote de mercadorias é adquirido por João, com promessa 
de pagamento a prazo. Uma semana depois, João entra em falência, e o credor fica “a ver navios”...) 
 
18) Quando o CT está suspenso, qual é o tipo de certidão a ser expedida? 
R: Certidão positiva com efeito de negativa (ou “Certidão de regularidade fiscal”, uma expressão de preferência da 
Banca FGV) (art. 206, CTN). 
 
19) Quando se tem um erro na CDA, a nulidade poderá ser sanada? Até quando? 
R: Sim, a nulidade poderá ser sanada, e tal correção poderá ser feita até a decisão de 1ª instância (momento da 
sentença nos embargos à execução). 
 
 
20) A quem compete o tratamento por normas gerais do tema “extinção do crédito tributário”? 
GABARITO: Segundo o art. 146, III, “b” da CRFB, compete à lei complementar tratar de normas gerais atinente a 
crédito tributário. 
 
21) Na hipótese dos territórios, a quem compete a instituição, naquela base geográfica, de impostos municipais? 
GABARITO: Segundo o art. 147 da CRFB, nos territórios federais, competem à União os impostos federais, estaduais 
e municipais, desde que, com relação a estes últimos (= os municipais), o próprio território não seja dividido em 
Municípios. 
OBS.: O raciocínio poderá ser aplicado ao campo das isenções, ou seja, a União poderá conceder isenção sobre 
impostos estaduais nos territórios federais, sem que haja lesão ao princípio que veda as isenções heterônomas (art. 
151, III, da CRFB). 
 
 
 
 
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22) Qual é hoje o tributo pago para custear o serviço de iluminação pública? É uma taxa? 
GABARITO: O tributo pago para custear o serviço público de iluminação, na atualidade, é a contribuição de 
iluminação pública (COSIP ou CIP), prevista no art. 149-A da CRFB, introduzido pela Emenda n. 39/2002. Desse 
modo, não se pode cobrar taxa em razão do serviço mencionado, por força da atual Súmula Vinculante 41/STF. 
Com efeito, a iluminação pública é serviço público geral (universal/“uti universi”), não passível de remuneração por 
meio de taxa. 
 
23) Decreto municipal alterou base de cálculo do IPTU utilizando índice acima da correção monetária do período. 
O decreto foi publicado em 30/12/2016, devendo incidir em 01/01/2017. Comente. 
GABARITO: Segundo o art. 97, § 1º do CTN, a alteração da base de cálculo do IPTU, que o torne mais oneroso, por 
meio de decreto, ofende o princípio constitucional da legalidade, uma vez que constitui majoração do imposto e 
somente lei pode majorar o tributo (art. 97, II, CTN). Em contrapartida, isso não ocorrerá na hipótese de mera 
atualização do valor monetário da base de cálculo, nos termos do art. 97, §2º do CTN. A Súmula 160/STJ está em 
consonância com esse dispositivo, porquanto proíbe que o Município atualize, por decreto, a base de cálculo acima 
do índice oficial de correção monetária. 
Quanto ao princípio da anterioridade tributária, a atualização da base de cálculo é uma exceção ao princípio da 
anterioridade nonagesimal, de 90 dias, conforme o art. 150, §1º da CRFB, observando-se, apenas, a anterioridade 
do exercício (= projeção da lei para o exercício seguinte àquele que poderia ser majorado o tributo). 
Diante do exposto, o decreto que majorou a base de cálculo do IPTU é inconstitucional, uma vez que ofende o 
princípio da estrita legalidade. Todavia, não houve lesão ao princípio da anterioridade tributária. 
 
24) A incidência de uma pesada alíquota de ICMS sobre cigarros e uma suave alíquota do mesmo imposto sobre 
produtos da cesta básica se justifica de que modo? 
GABARITO: Trata-se da técnica da seletividade, ou seja, um mecanismo constitucional que prevê a variação de 
alíquotas de certos impostos (IPI e ICMS) na razão inversa da essencialidade do bem. Em outras palavras, haverá 
imposto mais gravoso para o produto menos essencial, e um imposto mais suave para um produto tido como 
essencial. Os produtos da cesta básica são tidos como essenciais, pois são de natureza alimentar, o que justifica 
suas modestas alíquotas. Quanto ao cigarro, o legislador utiliza o ICMS seletivo, ao variar suas alíquotas na razão 
direta da nocividade do bem, ou seja, quanto mais nocivo o produto (cigarros, bebidas alcoólicas etc.), maior será o 
ICMS seletivo. 
 
25) Qual é o interesse do Município de Guarulhos no IPVA paulista e no ICMS paulista? 
GABARITO: O interesse do Município de Guarulhos no IPVA e ICMS paulistas, impostos estaduais, decorre da 
repartição de receitas provenientes dos Estados para os Municípios. Nos termos do art. 158, III e IV da CRFB, 
respectivamente, pertencem aos Municípios 50% da arrecadação das receitas de IPVA e 25% da arrecadação das 
receitas de ICMS. 
 
26) Incide o ICMS na comercialização/distribuição de um CD contendo obra artística musical brasileira? 
GABARITO: Não, conforme o art. 150, VI, “e”, da CRFB, incluído pela Emenda 75/2013. Trata-se de imunidade para 
a música na fase de comercialização/distribuição de CD de obra artística musical brasileira. No processo de 
produção da obra artística musical, incide tão somente o IPI, na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a 
“laser”, conforme a literalidade da parte final da alínea “e” do inciso VI do art. 150 da CRFB. 
Portanto, não incide ICMS na comercialização/distribuição de CD contendo obra artística brasileira, pois se trata de 
imunidade tributária. 
 
 
 
 
 
 
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27) O Município de Barreiras/BA possui uma extensa zona rural no seu entorno. Com base nisso, o 
Fazendeiro José, morador da região baiana em comento, pergunta: 
a) A quem compete a receita do ITR, sabendo-se que o Município de Barreiras/BA optou pela 
arrecadação e fiscalização do imposto federal? 
GABARITO: O ITR é de competência da União, contudo, nos termos do art. 153, § 4º, III, da CRFB, a receita 
do imposto competirá aos Municípios que optarem por arrecadar e fiscalizar o ITR, desde que o expediente 
não implique redução do imposto ou renúncia fiscal. Com efeito, nos termos do art. 158, II, da CRFB, 
pertencem aos Municípios 50% das receitas provenientes do ITR. Entretanto, havendo a tal opção pela 
arrecadação e fiscalização, o município optante passará a ter direito à totalidade da arrecadação (100%). 
Assim, o município de Barreiras/BA tem competência para cobrar e fiscalizar o ITR, embora o imposto 
continue sendo federal. 
 
b) Pode-se dizer que houve delegação de competência tributária? 
GABARITO: Não, uma vez que a competência tributária é o poder político e indelegável de instituir tributo. 
Conforme se lê na parte inicial do art. 7º, caput, do CTN, trata-se de poder indelegável. No entanto, houve 
a transferência da capacidadetributária ativa, assim entendida a delegação das atribuições de 
arrecadação/fiscalização e execuções de leis, nos termos da parte final do retrocitado art. 7º, caput, do 
CTN. Portanto, o ITR apropriado integralmente por Barreiras/BA continua sendo federal, uma vez que não 
se delegou competência tributária; delegou-se, tão somente, a capacidade tributária ativa. 
 
28) O Estado do RJ está passando por dificuldades financeiras. Pensou-se em uma solução: o Estado do RJ vai 
criar um imposto além daqueles de sua competência, utilizando uma lei ordinária para tal intento. O fato 
gerador será idêntico ao de imposto já instituído no Brasil. Comente. 
GABARITO: O Estado do RJ não pode exercer tal competência tributária, pois se trata da competência residual, que 
está adstrita à União (art. 154, I, CRFB). Ademais, há lesão ao princípio da legalidade, uma vez que o imposto 
mencionado depende de lei complementar. Por fim, frise-se que o imposto residual deve ter base de cálculo e fato 
gerador genuínos, ou seja, estes não podem se confundir com o fato gerador ou base de cálculo próprios de outros 
impostos. 
Diante do exposto, o Estado do RJ não poderá criar imposto residual por meio de lei ordinária, uma vez que o 
imposto é de competência da União e depende de lei complementar, devendo conter base de cálculo e fato 
gerador distintos dos outros impostos. 
 
29) Quais são os impostos que não podem incidir sobre energia elétrica e derivados do petróleo? 
GABARITO: Nos termos do art. 155, § 3º, da CRFB, incidirão sobre energia elétrica e derivados do petróleo apenas o 
ICMS, o Imposto de Importação e o Imposto de Exportação. Quanto aos demais impostos, o legislador constituinte 
atribuiu imunidade tributária, a qual se traduz na norma constitucional de exoneração tributária, hábil a limitar a 
competência impositiva das pessoas políticas. Desse modo, não incidirá, entre outros, por exemplo, um IPI... 
 
30) Houve um aumento de ICMS de 17 para 18%, e esse 1% será dedicado à construção de moradias 
populares. Comente. 
GABARITO: O art. 167, IV, da CRFB instituiu o princípio da não afetação/não vinculação dos impostos, o qual veda a 
vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. No presente caso, houve a vinculação da receita do 
ICMS à despesa sobre construção de moradias populares. Portanto, a destinação da alíquota do ICMS para 
construção de moradias populares é inconstitucional, uma vez que ofende o princípio em comento. 
 
31) Houve um aumento na alíquota da COFINS por MP, e a incidência da norma majorada ficou marcada para 
o plano imediato. Comente. 
GABARITO: As contribuições para seguridade social, previstas no art. 195, I ao IV, da CF, podem ser instituídas e 
majoradas por lei ordinária (e, consequentemente, por MP). Trata-se das fontes nominadas de custeio da 
 
 
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seguridade social, as quais não se confundem com o art. 195, §4º, CF, um comando que prevê o exercício da 
competência tributária remanescente para as contribuições residuais da seguridade social (aqui, sim, repudiando-
se a MP, por força do art. 62, §1º, III, CF – “onde a lei complementar versar, a medida provisória não irá 
disciplinar”). Diante disso, como a COFINS está prevista no art. 195, I, da CF, nada impede que se trate do tributo 
por meio de medida provisória. 
No entanto, conforme art. 195, § 6º, da CRFB, a COFINS deve observar a anterioridade nonagesimal (ou 
noventena), ou seja, o prazo de 90 após a publicação da lei que a tenha modificado. Assim, a majoração da alíquota 
da COFINS não poderá ser exigida imediatamente, apenas após transcorridos 90 dias. 
 
 
32) Quanto à exigência do IPTU responda: 
A) O adquirente de um apartamento que apresenta, após dois anos, um débito pendente de IPTU (relativo à 
época anterior à operação de aquisição), pode vir a ser responsabilizado? 
GABARITO: O adquirente do imóvel poderá ser responsabilizado pelos débitos de IPTU, uma vez que, nos 
termos do art. 130 “caput” do CTN, trata-se de responsabilidade por sucessão imobiliária, a qual apenas será 
afastada, se o adquirente fizer constar do título traslativo, ao momento do registro da escritura, a prova da 
quitação dos tributos (via certidão negativa). 
 
B) O inquilino é contribuinte do imposto? 
GABARITO: Não, uma vez que, conforme art. 121, parágrafo único do CTN, o contribuinte é aquele sujeito 
passivo quem possui uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Com efeito, o contribuinte do IPTU é o 
proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou o possuidor com “animus domini” (intenção de ser dono), 
nos termos do art. 32 do CTN. Assim, o inquilino nunca será contribuinte do IPTU, pois sua posse é precária e 
não tem “animus domini”. Ademais, o art. 123 do CTN estabelece que as convenções particulares avençadas 
entre particulares não poderão ser impostas ao Fisco para que se modifique o sujeito passivo legalmente 
determinado. 
 
 
33. Caio é proprietário de um imóvel, mas está com dúvida se é contribuinte do IPTU. Por outro lado, ele mora 
em área servida por sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário e iluminação pública. 
Comente e o esclareça. 
GABARITO: O art. 32, §1º, inciso I a V, do CTN menciona, em seus cinco incisos, o rol de equipamentos urbanos para 
que uma área seja considerada “zona urbana”. Exige-se que se preencham, pelo menos, dois incisos. Trata-se da 
chancela do “critério topográfico” (ou “da localização), adotado pelo CTN. No presente caso, estão presentes três 
incisos (II, III e IV), quais sejam, aqueles que preveem o sistema de abastecimento de água, o esgotamento sanitário 
e a iluminação pública. Logo, Caio é sujeito passivo do IPTU. 
 
34. Diante da exigência de um imóvel localizado na zona urbana, mas com destinação agrícola e pecuária, qual é 
o imposto que deve incidir (IPTU ou ITR)? 
GABARITO: O CTN, em seu artigo 32, §1º, privilegia o critério “topográfico” (ou da localização), para fins de 
incidência do imposto sobre a propriedade. Ocorre que, antes mesmo da entrada em vigor do CTN, foi publicada 
uma norma (DL 57/66, art. 15) que estipulou um critério diverso do anteriormente citado: o critério da “destinação 
econômica”. Este significa que o ITR não incide somente sobre o imóvel da zona rural, mas também sobre aquele 
situado na zona urbana, desde que voltado para a atividade agrícola e pecuária. Por uma questão cronológica e, 
ainda, pelo fato de o CTN e o DL 57/66 possuírem idêntico “status” de lei complementar, deve prevalecer o DL sobre 
o CTN, logo ocorrerá a incidência do ITR. O entendimento é uníssono na doutrina e na jurisprudência. 
 
 
 
 
 
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35. Lei nº...., aumentou alíquota do IPTU em 15/12/2015. Quando vai incidir a nova alíquota? 
GABARITO: O aumento da alíquota do IPTU observa a regra da anterioridade do exercício (anual) E da anterioridade 
nonagesimal, prevista no art. 150, III, “b” e “c” da CF, e não a exceção mencionada no §1º do art. 150 da CF. Assim, 
por uma ficção jurídica, ocorre uma espécie de “corte temporal” para marcar o fato gerador (primeiro dia do ano), 
no caso dos impostos que incidem sobre o patrimônio (IPTU, IPVA e ITR). Trata-se de impostos de fato gerador 
contínuo (ou continuado). No caso em tela, aplicando-se, cumulativamente, as duas anterioridades, a incidência da 
norma deveria ser aplicada em meados em março de 2016 (90 dias a contar de 15/12/2015). Ocorre que talincidência se torna impraticável, porquanto a alíquota e a base de cálculo do IPTU já foram definidas no 1º dia do 
ano, devendo perdurar por todo o ano de 2016. Isso faz com que a incidência desse IPTU majorado só possa ocorrer 
em 1º de janeiro de 2017. 
 
36. João e Maria resolveram se divorciar e dividir o patrimônio angariado durante o convívio conjugal, ou seja, 
dois imóveis. O primeiro deles, de R$ 50 mil reais; o segundo, de R$ 30 mil reais. Entenderam que a divisão 
deveria ser simples: cada cônjuge ficaria com um bem imóvel, sem qualquer onerosidade. Qual imposto 
incidirá e qual será a base de cálculo? 
GABARITO: O patrimônio total angariado é de R$ 80 mil (50 + 30), sendo a meação de R$ 40 mil. No presente 
caso, quando da partilha, um dos cônjuges ficou com um imóvel no valor de R$ 50 mil, ou seja, houve excesso de 
meação de R$ 10 mil. Diante desse excesso de meação na partilha de bens a título gratuito, desponta a conclusão 
de que houve nítida doação entre os ex-cônjuges. Daí se falar em incidência do ITCMD, previsto no art. 156, II da 
CF e 32 a 42 do CTN. Nesse caso, a base de cálculo do imposto será o valor da diferença da meação e o seu 
excedente, qual seja, o montante de R$ 10 mil. 
 
36.1 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
Casal tem dois imóveis, imóvel A (de R$ 21 mil) e imóvel B (R$ 29 mil). Cada ex-cônjuge ficou com um 
imóvel, havendo a estipulação de outras transferências de bens para buscar a equivalência patrimonial 
entre ambos. Dê o imposto a incidir e a base de cálculo. 
GABARITO: O valor total do patrimônio do casal é de R$ 50 mil (21 + 29), e um dos cônjuges ficou com um 
imóvel de R$ 29 mil, ou seja, R$ 4 mil a mais que o valor da meação, que é de R$ 25 mil. Sendo assim, por 
haver estipulação de outras transferências de bens para buscar a equivalência patrimonial entre ambos, em 
outras palavras, uma transferência a título oneroso, haverá a incidência de ITBI, o imposto sobre 
transmissão “inter vivos” de bens imóveis, previsto no art. 156, II da CF e 35 a 42 do CTN. A base de cálculo 
será o valor excedente da meação, qual seja R$ 4 mil. 
 
37. A Lei nº..., instituiu o ITBI para o Município de Sorocaba-SP, prevendo as seguintes alíquotas: 
- imóvel de até R$ 100.000,00 alíquota 1%; 
- imóvel de R$ 100.000,01 a 200.000,00 alíquota de 2%; 
- imóvel de R$ 200.000,01 a 300.000,00 alíquota de 3%; 
- imóvel acima de R$ 300.000,01 mil alíquota de 4% 
Comente. 
GABARITO: As alíquotas do ITBI são proporcionais. A proporcionalidade é uma técnica de estipulação de alíquotas 
fixas que deverão incidir sobre a base de cálculo, possivelmente variáveis. Não há progressividade no ITBI. Frise-se 
que a Súmula nº 656 do STF estabelece que é inconstitucional a previsão de alíquotas progressivas no ITBI. O art. 
110 deve ser citado para mostrar que os institutos de direito privado não podem ser alterados para o fito de ampliar 
o campo de competência tributária. 
 
 
 
 
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38. Empresa A, com sede em São Paulo, incorpora a empresa B, com sede em Curitiba. A empresa B, tem como 
atividade preponderante o arrendamento mercantil. Sabendo-se que houve transmissão de bens imóveis no 
ato da incorporação (imóvel situado em Goiânia). Pergunta-se: 
A) Incide ITBI? 
GABARITO: Não, uma vez que, no caso em comento, deve prevalecer a imunidade tributária específica para o 
ITBI (art. 156, §2º, I, CF). Com efeito, o fato de a empresa incorporada desenvolver, como atividade 
preponderante, o arrendamento mercantil, não impede a manutenção do manto protetor da imunidade 
específica. Por outro lado, se a atividade de arrendamento mercantil fosse desempenhada pela incorporadora 
(Empresa A), haveria de prevalecer a incidência, conforme a ressalva constante da parte final do dispositivo 
cotejado. 
B) Se incidir o ITBI, para qual Município deverá ser pago? 
GABARITO: Nos termos do art. 156, §2º, II, da CF, o ITBI é devido para o município de situação do bem. 
 
 
39. Houve transferência de propriedade de um bem imóvel que deverá ser utilizado pelo Estado para a reforma 
agrária. Incide o ITBI? 
GABARITO: Não, nos termos do art. 184, §5º da CF, trata-se de imunidade específica atinente à transferência de 
propriedade de imóveis para fins de reforma agrária. 
 
40. Houve a prestação de um determinado serviço na cidade de Guarulhos por uma empresa estabelecida em São 
Paulo. Tratou-se do serviço de dragagem de açude. Vai haver a incidência do ISS? Para qual Município? 
GABARITO: Nos termos da Lei Complementar nº 116/03 (art. 3º, XIV e subitem 7.18 da lista anexa), deve haver a 
incidência de ISS, em decorrência da prestação do serviço de dragagem de açude. Ademais, por se tratar de um dos 
serviços previsto, nas hipóteses de exceção ao “caput” do art. 3º da referida Lei Complementar, o serviço considera-
se prestado no local de prestação do serviço de dragagem de açude. Portanto, o ISS será devido para o Município de 
Guarulhos. 
 
41. A empresa BUSÃO, presta o serviço de transporte dentro dos limites territoriais de Sorocaba-SP. Qual é o 
imposto incidente e qual é o sujeito ativo? 
GABARITO: O ISS é o imposto municipal previsto no art. 156, III, da CF, cujo fato gerador é a prestação de serviço de 
qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, da CF, quais sejam, os serviços de transporte intermunicipais 
e interestaduais, bem como de comunicação. No presente caso, a empresa BUSÃO realiza serviço de transporte 
dentro do município de Sorocaba (serviço inframunicipal). Portanto, nos termos do subitem 16.01 e 16.02 da lista 
anexa à LC 116/03, incidirá o ISS sobre o serviço de transporte inframunicipal. 
 
42. O ISS incide nas operações de licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computador 
(software)? Há alguma diferença na incidência do imposto quando estamos diante dos chamados “softwares 
de prateleira”? 
GABARITO: Sim, nos termos da LC 116/03, subitens 1.01 a 1.08, deverá haver a incidência do ISS sobre serviços de 
informática e congêneres. 
Quanto à segunda indagação, sabe-se que, quando estamos diante da tributação dos softwares, poderemos ter a 
incidência do ISS ou do ICMS. O ISS incide sobre o “software de encomenda”, elaborado para atender a necessidade 
de certos usuários, conforme se indicou acima. Por outro lado, se houver uma produção em larga escala, para a 
aquisição de qualquer um do povo, essa produção em série se encaixará na tributação do ICMS, aplicável ao 
chamado “software de prateleira”. 
 
 
 
 
 
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43. A empresa GUIND trabalha com locação de guindastes e quer saber se deve ou não pagar ISS? 
GABARITO: A locação de bens móveis sempre gerou dúvida quanto à incidência ou não o ISS. No passado, o item 79 
da lista anexa ao superado DL nº 406/68 previa a incidência do imposto. 
Em 2003, com a LC nº 116, houve uma total inversão de posicionamento do legislador, uma vez que a locação de 
bens móveis foi retirada do campo de incidência, conforme se nota no veto ao item 3.01 da lista anexa à LC nº 
116/03. 
Com efeito, a locação de bens móveis é uma obrigação de dar a coisa locada em condições de servir. Por outro lado, 
o conceito de “serviço” passa necessariamente por uma obrigação de fazer. Frise-se que em 2010, foi editada 
Súmula Vinculante 31 do STF, firmando entendimento nesse sentido. Por fim, o art. 110 do CTN proíbe que osconceitos oriundos do Direito Privado sejam utilizados no Direito Tributário com o propósito de ampliar a 
competência tributária. 
 
44. O governo federal tem dúvidas acerca da variação de alíquotas de certos impostos, e pretende tomar algumas 
medidas: 
 
a) Variar as alíquotas do ITR de forma não proporcional (de forma progressiva). 
GABARITO: é possível a variação de alíquotas do ITR de forma não proporcional (ou seja, de modo progressivo), 
uma vez que o imposto se abre para a progressividade, de acordo com o art. 153, §4º, I, CF; 
 
b) Variar as alíquotas do IR de modo não proporcional. 
GABARITO: é possível a variação de alíquotas do IR de forma não proporcional (ou seja, de modo progressivo), 
uma vez que o imposto se abre para a progressividade, de acordo com o art. 153, §2º, I, CF; 
 
c) Alterar as alíquotas do IPI levando em conta a essencialidade do bem. 
GABARITO: é possível a variação de alíquotas do IPI, que leve em conta a essencialidade do bem, uma vez que o 
imposto se abre para a seletividade, de acordo com o art. 153, §3º, I, CF. 
 
 
45. Decreto federal elevou a alíquota do IPI, exigindo-o imediatamente, apenas para as industrializações 
realizadas em Minas Gerais. Comente. 
GABARITO: o Decreto mencionado é inconstitucional, no tocante a dois princípios tributários – anterioridade e 
uniformidade tributárias. Quanto à anterioridade tributária, o IPI, uma vez majorado, deve ser exigido após 90 
dias a contar da data da publicação do instrumento majorador, uma vez que é exceção à anterioridade anual, mas 
regra à anterioridade nonagesimal (art. 150, §1º, CF). Por sua vez, houve lesão ao princípio da uniformidade 
geográfica/tributária (art. 151, I, CF), uma vez que o IPI, sendo imposto federal, deverá ter o aumento válido para 
o Brasil inteiro, e não apenas para Minas Gerais. 
Obs.: quanto à legalidade tributária, não houve lesão, uma vez que o IPI é hipótese de mitigação ao princípio da 
legalidade tributária (art. 153, §1º, CF). 
 
46. Foi publicado um Tratado Internacional que isentou tributos estaduais. É constitucional? 
GABARITO: o tratado mencionado é constitucional, não provocando nenhuma lesão ao princípio da vedação das 
isenções heterônomas (art. 151, III, CF). Com efeito, a União que isenta não se coloca como “pessoa jurídica de 
direito público interno”, mas como pessoa política internacional, na defesa dos interesses soberanos da nação. 
Assim, o Presidente da República não celebra o tratado como “chefe de governo”, mas como chefe de Estado. 
Acompanhe a paradigmática ementa do julgado no STF: 
EMENTA: (...) “O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como 
Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. 
III, da Constituição” (RE 229.096/RS, Pleno, rel. Min. Ilmar Galvão, rel. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 
j. em 16-08-2007). 
 
 
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47. Igreja é proprietária de um estacionamento utilizado para guarda de veículos dos fiéis. Incide o IPTU? O 
mesmo raciocínio pode ser estendido a um terreno utilizado para sepultamento de fiéis? 
Resposta: o artigo 150, inciso VI, alínea “b” da CF dispõe sobre a imunidade religiosa, a qual proíbe os entes 
federativos de instituírem impostos sobre templos de qualquer culto. Ainda, o §4º do artigo 150 da CF permite que 
a imunidade religiosa alcance o “patrimônio relacionado” com as finalidades essenciais da entidade religiosa. Sendo 
assim, se o bem da entidade religiosa tiver correspondência fática com as práticas religiosas, será coberto pela 
imunidade tributária conferida pela Carta Magna. Dessa forma, a igreja não deverá pagar o IPTU sobre o local 
dedicado ao sepultamento de seus fiéis, já que o bem se coloca como um patrimônio relacionado e, portanto, 
imune à tributação. No caso apresentado, relatou-se que o terreno é para guarda de veículos de fiéis, e o cemitério 
é para o sepultamento de fiéis. A correspondência fática é evidente, em ambos os casos, devendo prevalecer a 
imunidade. 
 
48. Uma empresa pública desempenha uma função considerada típica de Estado (segurança e infraestrutura 
aeroportuária – INFRAERO). Incide ISS na prestação de serviços realizados pela empresa? 
Resposta: a imunidade recíproca está prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da CF, proibindo a tributação 
mútua entre as pessoas políticas. Tal norma exonerativa se estende às autarquias e fundações públicas, conforme o 
§2º do retrocitado dispositivo. Por outro lado, o STF estende a imunidade a certas empresas públicas e sociedades 
de economia mista que desempenham atividades dotadas de estatalidade, exercendo funções típicas de Estado. É o 
caso da INFRAERO. Aliás, assim disciplinou o STF: 
“EMENTA: (...) A INFRAERO, que é empresa pública, executa, como atividade‑fim, em regime de 
monopólio, serviços de infraestrutura aeroportuária constitucionalmente outorgados à União Federal, 
qualificando‑se, em razão de sua específica destinação institucional, como entidade delegatária dos 
serviços públicos a que se refere o art. 21, inciso XII, alínea ‘c’, da Lei Fundamental, o que exclui essa 
empresa governamental, em matéria de impostos, por efeito da imunidade tributária recíproca (CF, art. 
150, VI, “a”), do poder de tributar dos entes políticos em geral. (...)” (RE‑AgR 363.412/BA, 2ª T., rel. Min. 
Celso de Mello, j. em 07‑08‑2007) 
 
49. Um partido político é proprietário de um prédio e o aluga a terceiros. Sabe-se que a renda dos aluguéis é 
revertida para a atividade precípua político-partidária. Incide IPTU naquele edifício? 
Resposta: conforme assevera o artigo 150, VI, “c” da CF, o partido político tem imunidade para impostos. Assim, 
ainda que o imóvel de sua propriedade seja alugado a terceiros, sobre ele não incidirá o IPTU, desde que as receitas 
obtidas com a locação deste imóvel sejam empregadas na manutenção das finalidades precípuas do partido político, 
ou seja, desde que haja a correspondência fática, tornando o bem um patrimônio relacionado e, portanto, imune à 
tributação, nos termos do artigo 150, §4º da CF e da Súmula Vinculante nº 52. 
 
50. O SENAI é proprietário de um edifício no qual desenvolve atividade de integração no mercado de trabalho. 
Incide o IPTU? 
Resposta: o SENAI é uma entidade pertencente ao chamado “Sistema ‘S’”, que tem por objetivo a promoção da 
integração ao mercado de trabalho, nos termos do artigo 203, III, da CF. Segundo o artigo 150, VI, alínea “c” da CF, 
as instituições de assistência social, sem fins lucrativos, são beneficiadas pela chamada “imunidade tributária para 
impostos”, desde que atendidos os requisitos previstos na Lei (artigo 14 do CTN). Dessa forma, por se tratar de uma 
entidade considerada como de “assistência social”, não deve incidir o IPTU sobre o prédio de sua propriedade. 
 
51. A editora Alfa consulta-o(a) sobre alguns pontos: 
a) Incide IPTU sobre o prédio da editora? 
b) Incide IPVA sobre o caminhão da editora? 
c) Incide ICMS na venda de livros? 
d) Incide ICMS na venda de livros digitais? (Verificar caso das enciclopédias jurídicas em CD-ROOM) 
Respostas: 
 
 
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a) A chamada “imunidade de imprensa” está prevista no artigo 150, VI, “d” da CF. Trata-se de uma 
imunidade objetiva, que recai sobre livros, jornais, periódicos e papéis destinados à sua impressão. Dessa 
forma, os impostos que incidem sobre a pessoa jurídica(sobre propriedade de bens, por exemplo) não 
são atingidos pela referida imunidade. Assim sendo, o IPTU incide normalmente sobre o prédio da 
editora, bem como, o IPVA sobre seu carro. 
b) Ver resposta, igualmente, na letra A; 
c) Não incide ICMS na venda de livros, em razão da “imunidade de imprensa”, ou seja, há vedação à 
cobrança de impostos pelos entes federativos, sobre livros, jornais, periódicos e papéis destinados à sua 
impressão, nos termos do artigo 150, VI, “d” da CF . 
d) “O STF em 2017, entendeu que a “imunidade de imprensa” deve alcançar os livros digitais (livro em CD-
ROM), além, dos suportes/leitores digitais. A interpretação da Corte Suprema levou em conta a 
necessidade de aproximar a Constituição Federal da realidade na qual nos inserimos, afastando a exegese 
(interpretação) literal. Portanto, aplica-se também a alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da CF aos livros 
digitais e aos “e-readers” (leitores digitais de livros), não incidindo ICMS em suas vendas. 
 
52. A Igreja “X” vende produtos sacros (ou não). Ela aplica a renda conexa no propósito religioso, salientando que 
a atividade relacionada é um meio, e não um fim em si mesmo. Incide ICMS na venda? 
Resposta: a imunidade religiosa está prevista no art. 150, VI, “b”, da CF, afastando os templos de qualquer culto de 
impostos. O §4º do art. 150 da CF indica que tais impostos devem ser aqueles classificados como incidentes sobre 
“o patrimônio, a renda e os serviços”. O STF, de há muito, vem dando uma interpretação lata ao rol classificatório, 
afastando quaisquer impostos que possam onerar economicamente as finanças da entidade impositora, albergada 
pela regra imunizante. Observe a ementa jurisprudencial: 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO 
SEM FINS LUCRATIVOS. C.F., art. 150, VI, “c”. I. Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da 
imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo 
porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto 
daqueles. (...) (RREE 203.755/ES e RE 193.969/SP, 2ª T., rel. Min. Carlos Velloso, j. em 17‑09‑1996) 
 
53. Incide ICMS na venda de DVD’s cujo conteúdo é a música brasileira, interpretada por artistas brasileiros e 
produzida num estúdio no Rio de Janeiro? 
Resposta: a CF, após a EC n. 75/2013, passou a estipular, em seu artigo 150, VI, “e”, a chamada “imunidade 
musical”, que exonera o pagamento de impostos, no processo de produção e comercialização de CDs e DVDs 
elaborados no Brasil, desde que contenham obras musicais de autores brasileiros ou obras em geral interpretadas 
por artistas brasileiros. No entanto, a aludida imunidade não recai sobre o processo de industrialização, ou seja, 
replicação de CDs e DVDs, no qual continua ocorrendo a incidência de IPI, por força do teor previsto na parte final 
da alínea “e” supramencionada. Quanto ao ICMS, haverá a exoneração tributária, por força da imunidade. 
 
 
 
Bons estudos! 
Boa sorte! 
#Estudo mais. Estude sempre# 
Rumo à aprovação! 
Professor Sabbag

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