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Prof. Dra. Gracielle Vieira Ramos Email: graciellevieiraramos@gmail.com Osteocinemática: Osteo” e “cinemática” movimentos dos ossos descritos nos três planos do corpo (Ex: flexão de quadril no plano sagital) Tipos de Movimento Artrocinemática: artro” e “cinemática” movimentos articulares (acessórios) que ocorrem dentro entre as superfícies articulares durante movimentos fisiológicos. (Ex: rotação, rolamento, giro, compressão e tração) Mayworm, 2016 Mayworm, 2016 Tipos de Movimento - Artrocinemática - Técnica de terapia manual passiva usada para tratar disfunções articulares como a rigidez, hipomobilidade e dor. Movimentos Fisiológicos (osteocinemática) Tipos Mov. Integrantes Movimentos acessórios Mov. Intra-articul. O que é Mobilização Articular? (artrocinemática) Movimentos Fisiológicos (Osteocinemática) (Alavanca Óssea) Movimentos Acessórios (Artrocinemática) Movimentos Acessórios (Integrantes) Movimentos Acessórios (Intra-Articulares) Importante para que os movimentos fisiológicos não lesionem as estruturas articulares Mayworm, 2016 OS MOVIMENTOS ARTROCINEMÁTICOS SÃO INFLUENCIADOS PELA FORMA DAS SUPERFÍCIES ARTICULARES Ovóide : uma superfície é convexa e outra é côncava Selar: uma superficie é côncava em uma direção e convexa na outra, com a superficie oposta convexa e côncava. Rolamento Nas articulações com a biomecânica normal: Rolamento ocorre em combinação com os movimentos de deslizamentos e giro ROLAMENTO SOZINHO pode causar COMPRESSÃO nas superfícies do lado que o osso esta se movendo, o que pode provocar uma LESÃO ARTICULAR Rolamento pode ocorrer de forma isolada? Rolamento As superfícies são incongruentes. Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta. Ocorre na mesma direção que a oscilação. Causa compressão de um lado e separação de outro. O rolamento isolado não reproduz a mecânica articular normal O rolamento é sempre na mesma direção que o movimento ósseo sendo a superfície óssea convexa ou côncava. Deslizamento As superfícies são planas Se o osso que se move for convexo : deslizamento ocorre na direção oposta à do movimento . Se osso que se move for côncavo : deslizamento na mesma direção do movimento. Regra do convexo- côncavo Movimento Movimento Rolamento Rolamento Deslizamento Deslizamento Regra do convexo-côncavo Giro Rotação de um segmento sobre um eixo estacionário. Ocorre em combinação com o rolamento e deslizamento. Compressão Diminuição do espaço articular Cargas compressivas normais: nutrição Cargas compressivas altas: deterioração Contração muscular e rolamento: compressão . FORÇAS PRESENTES EM UMA ARTICULAÇÃO Tração (longitudinal ou oblíqua) Deslizamento ou Separação das superfícies. articulares Controla a dor e alonga a cápsula retraída SEPARAÇÃO DESLIZAMENTO FORÇAS PRESENTES EM UMA ARTICULAÇÃO TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS Grau 1 - oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da amplitude do movimento. Grau 2 - oscilações rítmicas de grande amplitude no meio da amplitude do movimento , não atingindo o limite. Grau 3 - oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da mobilidade existente. Grau 4 - oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da mobilidade existente e forçadas na resistência. G5- thrust em alta velocidade de pequena amplitude no limite da mobilidade disponível (TÉCNICA QUE REQUER TREINAMENTO AVANÇADO – não é objetivo da presente aula) TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS (ADM) APLICAÇÕES GRAU I E II : ANALGESIA (fase aguda) + mecanorreceptores: inibe vias nociceptivas no nível da medula espinhal e tronco encefálico; Mobilização do líquido sinovial (nutrição da cartilagem). APLICAÇÕES GRAU III E IV : AUMENTAR A ADM (fase subaguda e crônica) Utilizam alongamento dos tecidos periarticulares (limite elástico) VELOCIDADE E DURAÇÃO GRAU I E IV : OSCILAÇÕES RÁPIDAS 3 à 4 SEGUNDOS . GRAU II E III : OSCILAÇÕES REGULARES 1 À 2 MINUTOS. TÉCNICAS COM TRANSLAÇÃO MANTIDA GRAU 1 : tração articular de pequena amplitude – analgesia GRAU 2 : tração suficiente para tensionar os tecidos ao redor da articulação - determina o quão sensível está a articulação (início ttº) - Forma intermitente gera analgesia para manter ADM. - GRAU 3 : tração suficiente para alongar a cápsula e tecidos vizinhos. (↑ ADM) MOBILIDADE INTRA- ARTICULAR EXISTENTE ALONG 1 2 3 Vantagens da mobilização Dosagem da força Força aplicada perto da articulação Força seletiva , aplicada no tecido desejado. A direção da mobilização acompanha a mecânica articular. EFEITOS Nutrição da cartilagem Mantém a extensibilidade nos tecidos articulares Analgesia e diminuição do espasmo muscular. Estímulo proprioceptivo. Aumento ou manutenção da ADM Aumenta a velocidade de execução do movimento Recupera ou melhora a função estabilizadora. INDICAÇÕES Hipomobilidade articular reversível. Disfunções musculoesqueléticas e articulares Traumas Limitação progressiva Imobilidade funcional CONTRA-INDICAÇÕES Espondilolistese, hipermobilidade, lesões vertebrais com compressão de raízes nervosas, compressão da cauda eqüina ou da medula (mielopatia) e estenoses. Fraturas não consolidadas, fratura por stress, luxação e lesões ligamentares agudas. Tumores e Infecções Osteoporose Doenças inflamatórias (espondilite anquilosante, artrite reumatóide) Espasmo intenso. Má formação congênita Precauções Dor excessiva Artroplastias totais. Tecido conjuntivo recém-formado, após lesões ou cirurgias. Idosos Pacientes hemofílicos Hipomobilidade e Hipermobilidade reacional compensatória Uma hipomobilidade corresponde a uma restrição de movimento em algum dos eixos de movimento. Uma hipomobilidade pode provocar uma hipermobilidade reacional e compensatória, levando a sintomas à distância. As hipomobilidades devem ser tratadas e não as hipermobilidades, mesmo sendo muitas vezes estes o local de dor. PRÁTICA MMSS Articulação Acromioclavicular (Deslizamento Anterior) INDICAÇÃO: aumentar a mobilidade da articulação POSIÇÃO DO PACIENTE: Sentado ou decúbito ventral POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: -Fixar a escápula ao redor do acrômio lateralmente; - Empurrar a clavícula anteriormente na região do trapézio fibras superiores FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: EMPURRAR A CLAVÍCULA ANTERIORMENTE Articulação Esternoclavicular (Deslizamento Posterior e Superior) INDICAÇÃO: aumentar a mobilidade da articulação POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito dorsal POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - Flexionar o dedo indicador e colocar a falange média ao longo da clavícula para apoiar o polegar; FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: POSTERIOR: EMPURRAR COM O POLEGAR NO SENTIDO POSTERIOR SUPERIOR: EMPURRE COM O INDICADOR OU POLEGARNO SENTIDO SUPERIOR Articulação Glenoumeral (Deslizamento Anterior na posição de repouso) INDICAÇÃO: Mobilidade em Extensão e rotação externa POSIÇÃO DO PACIENTE: Decúbito Ventral braço na posição de repouso na borda da maca (estabilizar acrômio) POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - Lateralmente à maca com a perna fletida apoiando o braço do paciente; -Posicionar uma mão distalmente ao úmero (separação Grau 1) - Mão oposta posterior ao úmero, região proximal FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: DESLIZAR O ÚMERO ANTERIORMENTE E MEDIALMENTE CUIDADO: Posicionar o ombro à 90º de abdução e rotação externa pode ocasionar subluxação da cabeça do úmero Articulação Glenoumeral (Progressão da Rotação Externa) INDICAÇÃO: rotação externa POSIÇÃO DO PACIENTE: ombro na posição de repouso , rodar externamente até a ADM final (separação Grau III) perpendicular ao plano de tratamento na cavidade glenoumeral PROGRESSÃO DE SEPARAÇÃO para EVITAR subluxação da cabeça do úmero Articulação Glenoumeral (Deslizamento Posterior na posição de repouso) INDICAÇÃO: flexão e rotação interna POSIÇÃO DO PACIENTE: Decúbito Dorsal com o braço do paciente na posição de repouso. POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - De costas para o paciente entre o tronco e braço; - Apoiar o braço contra seu tronco, segurando o úmero distalmente (separação Grau 1); -Posicionar a mão oposta na região proximal e anterior do úmero FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: DESLIZAR A CABEÇA DO ÚMERO POSTERIORMENTE Articulação úmeroulnar INDICAÇÃO: aumentar a flexão POSIÇÃO DO PACIENTE: Decúbito Dorsal na beira da maca com o cotovelo na posição de repouso POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - Dedos da mão medial na região proximal da ulna. Reforçar com a outra mão FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: APLICAR UMA FORÇA DE SEPARAÇÃO À 45º DE FLEXÃO. MANTENHA A SEPARAÇÃO DIRECIONANDO A FORÇA NO SENTIDO DISTAL DA ULNA FAZENDO UM MOVIMENTO CURVO Articulação Punho INDICAÇÃO: aumentar mobilidade (dorsal) e (palmar) POSIÇÃO DO PACIENTE: sentado com o antebraço apoiado sobre um suporte e mão fora da maca POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: -Estabilizar o antebraço com a mão proximal; - Posicionar a mão distal sobre o dorso da mão FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: A: Dorsal – mobilizar o punho no sentido dorsal (para cima); B: Palmar: mobilizar o punho no sentido palmar (para baixo. PRÁTICA MMII Deslizamento Posterior do Quadril INDICAÇÃO: Aumentar a flexão e rotação interna POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito dorsal, com quadril no final da maca; - Perna contra-lateral em flexão de quadril e joelho apoiando no tronco pelo paciente POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - De pé no lado medial da coxa do paciente; - Colocar uma cinta ao redor do ombro e embaixo da coxa do paciente se possível, ara permitir maior sustentação da coxa; - Mão proximal posicionada na região anterior da coxa, próxima ao quadril; - Mão distal na região posterior da coxa, próxima ao joelho. FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: Manter o cotovelo estendido, flexionando os joelhos. Aplicar a força no sentido posterior Deslizamento TíbioFemoral Posterior INDICAÇÃO: Aumentar flexão POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito dorsal com o pé apoiado na maca POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - Sentar sobre o pé do paciente; - Segurar ao redor da tíbia com as duas mãos. FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: Estenda os cotovelos e empurre a tíbia posteriormente Deslizamento TíbioFemoral Anterior INDICAÇÃO: Aumentar Extensão POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito ventral com suporte na região anterior do joelho POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - Segurar a porção distal da tíbia; - Mão proximal na face posterior da tíbia proximal FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: Forçar a tíbia anteriormente. Articulação TaloCrural (Deslizamento Ventral) INDICAÇÃO: Aumentar a flexão plantar POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito ventral com o pé na borda da maca POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - De pé ao final da maca - Posicionar a mão lateral no dorso do pé, para aplicar uma tração Grau I - Posicionar a mão medial sobre o tálus posteriormente e calcâneo; FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: Empurrar contra o calcâneo no sentido anterior (em relação à tíbia) Articulação TaloCrural (Deslizamento Dorsal) INDICAÇÃO: Aumentar a dorsifflexão POSIÇÃO DO PACIENTE: decúbito dorsal com o tornozelo na posição de repouso. POSIÇÃO DO FISIOTERAPEUTA: - De pé ao lado do paciente; - Mão Cranial: estabilizar a perna com mão ou cinta sobre a maca; - Posicionar a mão caudal sobre o tálus; - Aplica-se uma força de separação Grau I na direção caudal. FORÇA DE MOBILIZAÇÃO: Deslizar o tálus posteriormente contra a tíbia
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