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Projeto Integrador 1 e 2

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ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
 CURSO DE CIENCIAS CONTABEIS
ALUNO:
TUTOR EAD: 
PROJETO INTEGRADOR I – N1
(Materiais de Construção IRMÃOS SOARES)
Cidade, UF
2019
	ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
CURSO DE CIENCIAS CONTABEIS
ALUNO:
PROJETO INTEGRADOR I – N1
	 Trabalho apresentado ao Curso (Ciências Contábeis) do Centro de Educação a Distancia – 
CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, 
como requisito parcial para obtenção de nota na 
Disciplina de Projeto Integrador.
Cidade, UF
2019
RESUMO
Este trabalho consiste na elaboração de um Plano de Controladoria em uma empresa previamente escolhida, que atua no ramo da construção civil de pequeno porte, Materiais de Construção Irmãos Soares, localizado em Miranda MS Aplicou-se um plano de controladoria dentro da organização. A administração de uma organização requer planejamento cuidadoso onde as decisões devem ser baseadas na probabilidade e não na necessidade lógica. Foi aplicada uma pesquisa tipo estudo de caso com abordagem qualitativa pelo planejamento e implantação do plano de controladoria. Foi pesquisado também o processo de elaboração de estratégia da empresa como o uso do Balaced Scorecard BSC.
Palavras-Chave: Controladoria; Organização; Implantação; Balaced Scorecard BSC.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS	6
2.2 Objetivos Gerais	6
2.2 Objetivos Específicos	6
2.3 Justificativa	6
3 MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO	8
3.1 Dados da Empresa Estudada	8
3.2 Histórico/principais aspectos desenvolvimentistas	9
3.3 Descrição dos recursos patrimoniais	10
3.4 Descrição dos recursos materiais	10
3.5 Áreas em que a empresa atua	10
3.6 Organograma	10
3.7 Declaração de Valores e Princípios da empresa	11
3.8 Declarações de Visão da empresa	12
3.9 Declarações de Missão da empresa	12
3.10 Metas e Objetivos da empresa	12
4 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES	13
4.1 Diferenças entre auditoria interna x auditoria externa	15
4.2 Modalidades de Auditoria Interna	16
5. VALOR ECONÔMICO ADICIONADO – EVA	18
5.1 Vantagens do EVA	21
5.2 Como calcular o EVA	21
6 . O PLANO DE CONTROLADORIA	23
6.1 O Profissional Controller	23
7. A APLICAÇÃO DA MATRIZ SWOT	24
8. A APLICAÇÃO DO BALANCED SCORECARD (CONTROLE DE METAS.................25 ESTRATÉGICAS)	25
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS	27
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	28
1. INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, toda e qualquer empresa, independente do seu tamanho ou ramo de atuação, deve estar apta a gerir seus recursos de maneira eficiente. Para isso, seus gestores devem estar providos do maior número de informações possíveis relacionadas ao negócio.
Sendo assim, este projeto integrador, elaborado na estrutura de estudo de caso, procurou propor um Plano de Controladoria, que atua no ramo da construção civil de pequeno porte, Materiais de Construção IRMÃOS SOARES, esta instalada na Miranda, MS atuante na região. Está situada em um ponto estratégico para distribuição ao mercado.  Seu negócio é criar alternativas em diversidade produtos designadas a construção civil, participando ativamente na comercialização desses produtos para seus clientes, agregando valor ao seu produto, o diferenciando dos demais devido ao fato de ser hoje referência em oferecer esse tipo de materiais, por sua qualidade e requinte. Agregando os valores da tradição familiar às novidades e mudanças tecnológicas, o Material de Construção IRMÃOS SOARES cresceu se modernizou e diversificou sua comercialização. A busca por novos produtos e as constantes inovações resultou na oferta de artigos que atendem aos mais exigentes hábitos de consumo do Brasil. Além dos investimentos em tecnologia, mão de obra qualificada, processos de venda e aquisição, a empresa tem uma preocupação especial com o meio-ambiente, adota uma séria política de reciclagem de produtos que serão descartados por não estar apto para revenda, preocupando-se em reutilizar-los, o que garante uma maior qualidade e ainda evita a poluição do meio-ambiente.
Em específico, este trabalho apresenta a empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES, que atua no setor da construção civil, vendendo desde produtos básicos aos de acabamento deste setor.
Os insumos vão desde os materiais básicos, como areia, cimento e brita – os principais que comprometem os prazos visto o alto volume de vendas. Os demais materiais possuem menores demanda e prazos mais extensos o que facilita a gestão do estoque, ainda que haja necessidade de melhorias.
A partir disso, este projeto tem por objetivo compreender o modelo de gestão e o processo de gestão da empresa em estudo, a importância da auditoria interna e externa nas organizações, e o valor econômico adicionado Eva. A atual conjuntura econômica e social tem reforçado a necessidade de as empresas incorporarem características que lhe permitam mais flexibilidade e adaptação ao ambiente onde atuam. A auditoria é um processo pelo qual uma empresa se submete para avaliar como está a utilização de seus recursos e como melhorá-los. Com o aumento da complexidade e do dinamismo do ambiente externo às organizações, estas passaram a depender de mecanismo mais eficaz de administração da informação, a fim de reduzir o quadro de incerteza em que decisões são tomadas e de melhorar o relacionamento com parceiros, clientes e fornecedores. (Beal, 2007, p.03)
Diante desde fato, a importância de controlar e acompanhar o desempenho dos negócios possibilita velocidade na tomada de decisão. As decisões tomadas nas organizações administrativas não fogem a esse padrão de pensamento.
Em um mundo de transformações, muitas mudanças ocorrem em pouco tempo, implicando cada vez mais em alcance de maiores vantagens competitivas.
A controladoria seria uma fonte teórica para a efetivação do planejamento da empresa em que a aplicação abrangeria todas as atividades empresariais, desde o planejamento inicial até a obtenção do resultado final.
Conforme Padoveze (2010, p.04) “A Controladoria é a utilização da Ciência Contábil em toda a sua plenitude”.
Devido às constantes mudanças e aumento na competitividade do mercado, o uso da controladoria torna-se cada vez mais necessária para uma gestão eficiente.
Ainda mais em tempos tão competitivos, onde é necessário se produzir mais com cada vez menos, isso tudo aliado a qualidade, preços, prazos de entrega entre outros. Com as facilidades na aquisição de novas tecnologias de gerenciamento e produção todas as empresas estão inseridas em um ambiente competitivo seja ele micro, pequena, média ou grande.
2.OBJETIVOS:
2.2 Objetivos Gerais
O objetivo desse trabalho é elaborar um plano de controladoria para uma empresa que atua no de ramo da construção civil no seguimento de comercialização de materiais de construção, uma empresa de pequeno porte e sugerir controles gerenciais que possam atender as necessidades de gestão da empresa.
2.2 Objetivos Específicos
Conceituar Controladoria
Descrever os papéis da Controladoria;
Conceituar planejamento e controle;
Identificar os instrumentos da controladoria para o processo de gestão.
Caracterizar a empresa, suas necessidades e melhoria para gestão da empresa;
A Consultoria Financeira tem como objetivo específico elaborar soluções financeiras estratégicas e propor alternativas de ajustes e melhorias, visando sempre á maximização do lucro e a proteção dos ativos financeiros da companhia.
2.3 Justificativa
A empresa denominada Materiais de Construção IRMÃOS SOARES Ltda., é uma pequena empresa A empresa atua no varejo da construção civil, com foco principal de serviços de vendas, fornecendo materiais para grandes construtoras, que são os principais clientes de longa data, além da clientela esporádica que consumemuitos produtos que, em sua maioria, são exclusivos dessa loja na região. No entanto, mediante à expansão da empresa, o plano de melhorias da empresa tem buscado identificar a viabilidade e necessidade de mudanças para seu crescimento empresarial, solidez e maior tempo de vida útil.
Outro aspecto importante que deve ser avaliado é a mão de obra da empresa, considerando-se as necessidades que a empresa necessita e aquelas referentes às necessidades da mão de obra. Também se pode avaliar a cultura da organização, isto é, os valores, hábitos e atitudes que envolvem a mão de obra.
Tendo como meta maximizar os resultados de seus clientes através do provimento de informações precisas que auxiliam nas tomadas de decisões, a empresa atua em diversos nichos ligados à gestão de empresas, que visa analisar a viabilidade econômica de um projeto, visto que o Brasil vive uma grande instabilidade financeira, por isso é necessário analisar meticulosamente cada ponto mercadológico e financeiro de qualquer investimento.
A empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES atua no ramo da construção civil em revenda de materiais de construção, com foco principal de serviços de vendas, fornecendo produtos de excelente qualidade e durabilidade, além da clientela esporádica que adquirem muitos produtos que, em sua maioria, são exclusivos dessa loja na região.
A empresa visa comercializar produtos de qualidade de marcas renomadas no mercado que atendam às normas técnicas e padrões de qualidade, permitindo-lhes não só se ajustarem às exigências do mercado, como também, atingirem seus objetivos, mas também à preservação do meio ambiente a fim de atender de forma satisfatória clientes, consumidores, colaboradores, fornecedores e sócios.
Os profissionais contábeis são fundamentais na organização de qualquer empresa, e seu mercado de trabalho passam e passarão por muitas mudanças principalmente no que tange a legislação. Da contabilidade ao planejamento tributário, da reorganização societária ao apoio na implantação de projetos, insere-se no mercado como empresa de excelência em consultoria corporativa. Ante o ritmo de desenvolvimento experimentado pelo Brasil nos últimos anos, uma verdadeira revolução fez-se sentir nos métodos de trabalho do planejamento e controle financeiro das empresas. O mundo empresarial brasileiro apresenta-se, cada vez mais, competitivo, obrigando a uma ênfase sempre maior na análise e investigação dos problemas que, diariamente, desafiam o executivo. Sendo assim, este trabalho tem como problema de pesquisa: por que o planejamento e o controle são instrumentos importantes a Controladoria?
3. MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO:
3.1 Dados da Empresa Estudada:
Nome fantasia: Materiais de Construção IRMÃOS SOARES
CNPJ: 2944095000428
Razão Social: Materiais de Construção IRMÃOS SOARES LTDA
Inscrição Estadual: Certificado de Registro de empresa no Conselho Regional de 131878897
Inscrição Municipal: 492.534.778.654
Endereço completo (inclusive e-mail): Rua Santa Genoveva, 898, Bueno – Miranda MS
CEP: 74765-786 Caixa Postal 000
E-mail: irmãos soares@gmail.com
Número total de colaboradores:
10 colaboradores
Número total de colaboradores por seguimento:
04 Vendedores
02 Estoquistas
02 caixas
Uma gerente
Uma auxiliar de serviços gerais
Data de fundação: A empresa foi fundada em 19/01/1981 e começou a atuar respectivamente em 01/06/1989 devido às adaptações da empresa para tal funcionamento.
Número de sócios:
De acordo com contrato social, é dois o número de sócios, sendo a participação de 60% e 40% respectivamente. Capital inicial organizado e ponto comercial encontrado os sócios foram em busca de mercadorias, enquanto três deles iam a viagens buscando produtos de qualidade e preços mais acessíveis o outro ficou na loja pra organizar o ambiente, esperar as mercadorias, preparar a inauguração e também dando inicio a contabilidade da empresa, pois, ele era formando técnico em contabilidade, mas não havia trabalhado na área ainda.
Valor do capital social
O valor do capital social é de R$ 100.00,00 sendo que as despesas para iniciar o negócio já começavam com o aluguel do ponto comercial R$ 1.500,00 algumas reformas para deixar o ambiente apropriado R$ 5.000,00 e do valor inicial já havia sido separado R$ 30.000,00 para as compras das mercadorias.
3.2 Histórico/principais aspectos desenvolvimentistas
A empresa foi fundada em 1981 e atua no setor da construção civil, no ramo do comércio varejista. Inicialmente, a empresa foi fundada por migrantes italianos, radicados no Rio Grande do Sul e buscaram, ainda na década de 1980, investirmos no setor da construção civil, visto o crescimento da cidade de Caxias do Sul e a oportunidade de negócio pelo alto investimento em construção naquele período. A empresa se expandiu e se consolidou desde então, sendo uma das principais fornecedoras de materiais de construção da cidade. Atende, além do mercado de Caxias do Sul, as cidades vizinhas como Flores da Cunha e Farroupilha, a implementação de uma logística de frete. No entanto, essa alternativa efetivou algumas dificuldades de gestão da organização, sendo uma delas a falta de controle e gestão do estoque, pois, muitas vezes, há sobreposição de pedidos, ou ainda, falta de gerenciamento entre os pedidos e o setor de entrega. Isso tem ocasionado a insatisfação de alguns clientes que cancelam ou fazem a devolução do pedido mediante os atrasos.
3.3 Descrições dos recursos patrimoniais:
Recursos patrimoniais, é o conjunto de riquezas da empresa, são as instalações, os prédios, equipamentos e veículos da empresa.
3.4 Descrições dos recursos materiais
Recursos materiais são os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações diárias, para construção de seu produto final. O Planejamento de compras de materiais do Materiais de Construção IRMÃOS SOARES é realizado uma programação anual, em janeiro de cada ano se faz um levantamento de estoque, vê o saldo e planeja o que vai precisar para o ciclo de compras, são divididas em três ou quatro meses isso quer dizer que em cada quatro meses realizamos as compras. O armazenamento de materiais no almoxarifado é feito conforme o tipo de material, também é classificado por referencia, nº de (Ref.). Os materiais ficam em prateleiras uma em cima da outra bem organizada e separada por tipo e tamanho. Quanto ao estoque é imprescindível um controle informatizado, para que haja agilidade, planejamento e organização do setor. Estes materiais deverão dá entrada e saída dos produtos, com inventário e aquisição constando o protocolo da instituição.
3.5 Áreas em que a empresa atua
A empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES atua no centro comercial de Miranda, MS, e gera empregos diretos e indiretos para mais de 10 funcionários e está sempre preocupado em garantir o bem estar, a segurança e a satisfação de seus clientes, colaboradores e parceiros. Contamos com a parceria de quase 30 (trinta) fornecedores e trabalhamos com aproximadamente 5.000 (cinco mil) itens. Procura satisfazer os desejos de consumo e necessidades da população da cidade e região sempre buscando diferenciação de mercado, com qualidade a preços competitivos e excelência na prestação de serviços, conduzindo com Responsabilidade o negócio e buscando sempre atingir a satisfação dos consumidores.
3.6 Organograma
Figura 01: Organograma da empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES Fonte: Materiais de Construção IRMÃOS SOARES
Para Chiavenato (2001, p. 251), "organograma é o gráfico que representa a estrutura formal da empresa".
O organograma da loja Materiais de Construção IRMÃOS SOARES.
É composto pela proprietária, gerente geral, gerente administrativo e comercial. Segundo a empresa esta metodologia facilita os funcionários terem contato com a gerência (direção), entretanto acaba centralizando a tomada de decisão.
Figura 1: Organograma Materiais de Construção IRMÃOS SOARES
3.7 Declarações de Valores e Princípios da empresa
Dignidade e respeito como basede todos os nossos relacionamentos:
Clientes internos externos, Fornecedores, Sócios, Concorrentes, Governo e a Comunidade de forma geral;
Humildade e coragem para enfrentar novos desafios;
Excelência na qualidade, expressa não só na qualidade dos nossos produtos e serviços, como também na de nossos colaboradores;
Responsabilidade e compromisso na construção e preservação do nosso patrimônio físico e da nossa imagem;
Valorização das pessoas;
3.8 Declarações de Visão da empresa
Ser referência no segmento varejista da construção civil, oferecendo produtos de alta qualidade, exclusivos e que atendam às demandas dos construtores, uma vez que o setor tem registrado inovações e novos materiais. Reconhecer os materiais com excelência e atender bem os clientes
3.9 Declarações de Missão da empresa
Ser reconhecida como a melhor Empresa de comércio da cidade, sendo referência em qualidade desde a comercialização de bens até a prestação desserviços, com a qual os nossos Clientes se identifiquem e nossos colaboradores se sintam respeitados e valorizados. Ser reconhecida como a melhor Empresa de comércio da cidade, sendo referência em qualidade desde a comercialização de bens até a prestação desserviços, com a qual os nossos Clientes se identifiquem e nossos colaboradores se sintam respeitados e valorizados. Comercializar produtos da construção civil que atendam às normas técnicas e padrões de qualidade, certificados e atentos à preservação do meio ambiente a fim de atender de forma satisfatória clientes, consumidores, colaboradores, fornecedores e sócios
3.10 Metas e Objetivos da empresa
Os objetivos da empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES., se concentram em oferecer os produtos de altíssima qualidade e o melhor atendimento para os clientes visando lucro, sendo que a empresa estar trabalhando em parceria com a CDL e SEBRAE e estão em um processo de criação de um planejamento para empresa.
Qualidade: oferecer produtos de qualidade, conforme as demandas do mercado e definições de normas técnicas.
Meio Ambiente: respeitar o meio ambiente, comercializar produtos que venham a causar menor impacto e que sejam mais sustentáveis.
Responsabilidade Social: ser solidário às ações contra trabalho infantil, adotando políticas de contratação de menor aprendiz e convênios para estagiários do setor de construção civil.
4. A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES
A auditoria interna é de suma importância para as organizações, desempenhando papel de grande relevância, auxiliando na eliminação de desperdícios, simplificando tarefas, servindo de ferramenta fundamental de apoio à gestão financeira e transmitindo informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades executadas. A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade.
Sem tais indagações, a organização pode ficar a mercê de fraudes, erros, ineficiências e outras irregularidades, praticadas por agentes internos (administradores, colaboradores) ou externos (clientes, fornecedores).
Constituem-se procedimentos de auditoria interna: exames, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações.
A auditoria interna é de suma importância para as organizações, desempenhando papel de grande relevância, ajudando a eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de apoio à gestão e transmitir informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades executadas.
De acordo com Franco (1996, p. 19) “desde o seu aparecimento, a contabilidade tornou-se um conjunto ordenado de conhecimentos, com objetivos e finalidades definidas, tem sido considerada como uma arte, como técnica ou como ciência de acordo com a orientação seguida.” A contabilidade é bem antiga, e cada vez mais vem se ampliando para melhor atender as expectativas das empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.
A gestão de controles implica na elaboração de procedimentos internos, sua execução e avaliação, visando eficácia na manutenção e criação do controle interno. A ausência de controle administrativo, dentre outras conseqüências, torna todo sistema de contabilidade inadequado, por falta de confiança em suas informações e em seus relatórios.
Sendo a auditoria interna importante como controle administrativo, ela verifica a existência dos controles internos e procura contribuir para o seu aprimoramento. Essa ferramenta tão preciosa, além de verificar se as normas internas estão sendo seguido, procura avaliar se a necessidade de novas normas, procedimentos e controles mais adequados e ágeis.
O objetivo da auditoria interna é beneficiar a organização com melhor controle de seu patrimônio, procurando reduzir a ineficiência, negligência, incapacidade, erros e fraudes. A realização de procedimentos regulares visando identificar as falhas e preveni-las, reforçando os controles, é imprescindível para qualquer gestão organizacional.
Neste sentido, a auditoria interna, preventivamente, realiza a análise da adequação dos mecanismos de controle, visando maior segurança patrimonial e confiabilidade nos relatórios contábeis e gerenciais.
O auditor interno deve obter analisar, interpretar e documentar as informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para dar suporte aos resultados de seu trabalho.
Através do relatório, o auditor interno prescreverá recomendações e as providências a serem tomadas pela administração. Portanto, não basta a simples existência do aparato de auditoria, mas a responsável implementação das recomendações e procedimentos cabíveis às rotinas organizacionais. Daí sua importância como instrumento de mudança e controle.
A auditoria é considerada um ramo da contabilidade, uma técnica contábil que averigua a exatidão dos registros e demonstrações contábeis e tudo relacionado com o controle do patrimônio da empresa.
A auditoria interna apesar de ser uma atividade nova, ela vem conquistando espaço cada vez maior devido ao grau de crescimento dos negócios e a necessidade do seu acompanhamento. Segundo Mautz:
As atividades econômicas e as empresas têm crescido em tamanho e complexidade, a ponto de ser completamente impossível, para uma só pessoa, ou mesmo um grupo de pessoas estarem em contato com todas as fases das operações de uma grande empresa. Isto tornou a contabilidade e os dados contábeis bem mais importantes. Somente através da cuidadosa coleta e do relatório interpretativo de fatos econômicos selecionados pode a administração ser mantida informada do desenvolvimento, atividades e resultados das várias operações que ela inicia. (1980, p. 540).
As atividades econômicas e as empresas têm crescido em tamanho e complexidade, a ponto de ser completamente impossível, para uma só pessoa, ou mesmo um grupo de pessoas estarem em contato com todas as fases das operações de uma grande empresa. Isto tornou a contabilidade e os dados contábeis bem mais importantes. Somente através da cuidadosa coleta e do relatório interpretativo de fatos econômicos selecionados pode a administração ser mantida informada do desenvolvimento, atividades e resultados das várias operações que ela inicia. (1980, p. 540). A Auditoria interna é continua ao contrário da auditoria externa. Ela é completa, pois observa o todo organizacional, é independente pela autonomia de atuação uma vez que tem livre acesso a todas as áreas e departamentos da organização e o controle interno é um dos objetos de estudo. A fim de evidenciar as principais diferenças entre as auditorias interna e externa descreve Carvalho (2006, p. 71) quadro a seguir:
	X
	Auditoria Interna
	Auditoria Externa
	O Auditor
	Empregado da empresa
	Contratado
	Finalidade
	Adequação do CI
	Parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis
	RemuneraçãoRecebe salário
	Recebe honorário
	Teste
	Testa mais
	Testa menos
	Grau de Liberdade
	Possui autonomia
	Possui independência
Apesar das diferenças, tanto a auditoria interna quanto a externa, ambas cada uma ao seu modo produzem informações a cerca dos elementos contábeis, elas visam dar credibilidade desses dados.
4.1 Diferenças entre auditoria interna x auditoria externa
De forma global, o trabalho executado pela Auditoria Interna é idêntico aquele executado pela Auditoria externa.
Ambas realizam seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria; ambas têm sua atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas, ambas modificam a extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos sistemas contábeis e de controles internos existentes.
Entretanto, os trabalhos executados pelos Auditores Internos e Externos têm suas diferenças básicas caracterizadas por:
	
AUDITORIA INTERNA
	
AUDITORIA EXTERNA
	
A auditoria é realizada por um funcionário da empresa
	
A auditoria é realizada através de contratação de um profissional independente
	
O objetivo principal é atender as necessidades da administração
	
O objetivo principal é atender as necessidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras
	
A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizada para desenvolver aperfeiçoamento e para induzir ao cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros
	
A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizada para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras
	
O trabalho é subdividido em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade administrativa
	
O trabalho é subdividido em relação às contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado
	
O auditor diretamente se preocupa com a detecção e prevenção de fraude
	
O auditor incidentalmente se preocupa com a detecção e prevenção fraudes, a não ser que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras
	
O auditor deve ser independente em relação às pessoas cujo trabalho ele examina, porém subordinado às necessidades e desejos da alta administração
	
O auditor deve ser independente em relação à administração, de fato e de atitude mental
	
A revisão das atividades da empresa é contínua
	
O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódica, geralmente semestral ou anual.
4.2 Modalidades de Auditoria Interna
Partindo do ponto de vista da capacitação do auditor, seu perfil profissional e o treinamento necessário deverão realizar um trabalho sobre todas as áreas de atuação da empresa e dentre elas, as seguintes modalidades de auditoria:
• Auditoria contábil: este processo é realizado junto à área contábil para verificar a adequação dos registros e procedimentos realizados na empresa de acordo com os regulamentos traçados pela administração, bem como a avaliação do cumprimento dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. A prática mostra, na maioria das vezes, este processo acompanhado de uma auditoria independente (externa).
• Auditoria operacional: aqui o objetivo é assessorar a administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando a organização, os departamentos, os sistemas, as funções e as operações, a fim de verificar se estão sendo atingidos os objetivos propostos.
• Auditoria de sistemas informatizados: este é um dos processos mais comuns de auditoria, considerando-se que maioria das organizações está estruturada em nível de controle sobre um sistema informatizado.
• Auditoria da qualidade: aqui também o auditor vai assessorar a alta administração, e nesta classificação da auditoria o profissional pode contar com as normas da ISO 9000. Vale lembrar que para certificação só é válida a auditoria externa, a interna pode usar os tópicos da ISO como guia de exigências a fim de se obter a qualidade. Assim, para melhor resultado a auditoria de qualidade deve ser executada por profissionais independentes, logo o processo deve ser planejado e programado visando verificar o cumprimento dos objetivos e padrões pré-estabelecidos, servindo por sua vez como processo para aperfeiçoamento do próprio sistema.
• Auditoria ambiental: considerado o ramo mais recente da auditagem. Na prática é um processo que examina e analisa os prováveis impactos que as empresas possam causar ao meio ambiente, com reflexo direto sobre a imagem delas no mercado e, conseqüentemente, sobre a captação de recursos, sob a forma de financiamentos ou lançamento de ações no mercado financeiro.
• Auditoria de gestão: aqui o auditor desempenha suas atividades participando de grupos envolvidos com projetos de qualidade total. Trabalha em condição do planejamento e do processo decisório decorrente das políticas, dos critérios e dos procedimentos adotados pela organização.
Todo trabalho da Auditoria Interna deve caminhar no sentido de formar opiniões consistentes, não apenas em relação aos custos e objetivos do empreendimento, mas também em relação a sua gestão como um todo, aplicando ações compensatórias e corretivas, sempre que necessário.
5. VALOR ECONÔMICO ADICIONADO – EVA
O EVA é um sistema de gestão financeira que mede o retorno que capitais próprios e de terceiros proporcionam aos seus proprietários. Ele mede a diferença entre o retorno sobre o capital de uma empresa e o custo desse capital. A gênese do modelo EVA está ligada a pesquisas mostrando que o modelo econômico, não a estrutura contábil, era preferencial no sentido de apontar o valor da empresa (EHRBAR, 1999). Como medida de desempenho, o EVA tem sido usado há mais de 200 anos, sendo a simples noção de lucro residual. O modelo EVA reconhece que, para produzir lucro, é necessário capital e, por isso, imputa ao lucro líquido operacional o custo do capital total (PAGNONCELLI; VASCONCELLOS, 2001).
Abaixo, encontram-se alguns conceitos emitidos por estudiosos do assunto. Ehrbar (1999, p.1) diz: “Em seu nível mais básico, o EVA®, uma sigla para valor econômico agregado, é uma medida de desempenho empresarial que difere da maioria dos demais ao incluir uma cobrança sobre o lucro pelo custo de todo o capital que uma empresa utiliza."
NOPAT = significa “Net Operating Profit After Taxes”, ou lucro operacional líquido após impostos. Seu semelhante na contabilidade tradicional é o Lucro operacional líquido.
Cálculo do Economic Value Added - EVA®
Seu cálculo é determinado na seguinte fórmula: (NOPAT = Lucro Operacional Líquido após os impostos), Adaptado de The Quest for Value (1990:137), Onde: NOPAT: Lucro Operacional Líquido depois do imposto, em que as despesas financeiras não estão incluídas WACC: Custo Médio Ponderado de Capital: é o capital investido, tanto o capital próprio como o capital de terceiros Nessa fórmula, pode-se ver que o EVA® é o lucro residual, isto é, Lucro Operacional Líquido após o imposto menos o custo de capital empregado no investimento. Para se apurar o NOPAT e o Capital é necessário realizar alguns ajustes. Partindo do resultado contábil para se chegar ao resultado econômico, Frezatti (2001: 51- 60) classifica os ajustes necessários da seguinte forma: EVA® = NOPAT – WACC x Capital. A determinação do custo de capital de terceiros é obtida de forma mais direta para Stewart (1990: 435).
O modelo EVA reconhece que, para produzir lucro, é necessário capital e, por isso, imputa ao lucro líquido operacional o custo do capital total (PAGNONCELLI; VASCONCELLOS, 2001).
EVA é lucro da forma pela qual os acionistas o medem. Se o retorno esperado é de x% sobre seu investimento, não começam a “ganhar dinheiro” até que os lucros ultrapassem esta marca. Ou seja, até que um negócio produza um lucro maior do que seu custo de capital, o mesmo estará operando com prejuízo. No EVA,lucro é o lucro operacional após pagamento de impostos menos o encargo sobre capital, tanto para endividamento quanto capital acionário. Ou seja, o lucro é modificado: lucro operacional - custo de capital. O que resta é o valor que excede ou deixa de alcançar o custo do capital utilizado para realizar aquele lucro, ou o Lucro Residual, conforme demonstração a seguir (EHRBAR, 1999, KAPLAN, 2001, NAKAMURA; 2001 PAGNONCELLI; VASCONCELLOS, 2001).
EVA = LL - (C% * CT), ou
Vendas
Custos operacionais
= Lucro operacional (EBIT: earnings before interest and taxes)
Impostos
= Lucro líquido operacional (NOPAT: net operating profit after tax)
Custos de capital (Capital utilizado * Custo Médio Ponderado do Capital)
= Lucro residual (EVA: economic value added)
Lucros contábeis convencionais incluem dedução para pagamento de juros, mas não para custo de capital acionário (PAGNONCELLI; VASCONCELLOS, 2001). Pior, muitos gerentes focalizam lucro operacional, que sequer tem encargo sobre endividamento (EHRBAR, 1999).
O encargo de capital no EVA é o que os economistas chamam de custo de oportunidade (considerando grau de risco comparável), ou seja, o lucro máximo que seria obtido pelos acionistas se o mesmo capital fosse aplicado em outra alternativa de investimento com o nível de risco comparável (EHRBAR, 1999, PAGNONCELLI; VASCONCELLOS, 2001). Este custo de capital, ou taxa de retorno exigida, aplica-se a capital próprio, assim como a endividamento. O custo deste capital é calculado pelo custo médio ponderado do capital próprio e de terceiros. Muito mais que uma medida de desempenho, EVA é a estrutura para um sistema de gestão financeira e remuneração variável que pode orientar cada decisão tomada por uma empresa, da sala do conselho ao chão de fábrica. O modelo sempre oferece uma resposta certa para a melhoria contínua, dado que mais EVA sempre é melhor para o acionista. EVA negativo significa não cobertura dos custos de capital investidos.
Para Pagnoncelli e Vasconcellos (2001), EVA é uma ferramenta que engloba os riscos do negócio e os riscos financeiros, permitindo examinar os três princípios fundamentais da criação de valor: fluxo de caixa, fator risco e retorno.
EVA é uma medida de desempenho, mas tanto quanto, é a base para incentivos que impulsionam comportamento, uma mudança de comportamento em toda a organização. No fundo, o EVA não diz respeito a finanças ou economia, mas sim a pessoas, desacorrentando o potencial de realização da organização (EHRBAR, 1999). O autor alerta que, se o EVA não for levado até o nível de remuneração, pode não produzir impacto.
Enfim, as vantagens do EVA, apresentadas por Ehrbar (1999), são:
Simples, compreensível e ligado a valor;
Foco singular em toda a organização;
Desde os gerentes até a corporação estão todos falando a mesma língua e vendo o quadro inteiro;
Mudança cultural e empowerment.
EVA não é ambígua. Tem foco único que permite que todas as decisões sejam modeladas igualmente, visualizando a riqueza incremental.
5.1 Vantagens do EVA
Leveza;
Facilidade de “conformação”;
Cores vivas;
Muitas opções de tamanhos e espessuras;
Resiliência (efeito memória);
Custo baixo.
5.2 Como calcular o EVA
EVA (Economic value added) é uma marca registrada da empresa de consultoria americana Stern & Stewart. É o mesmo que Valor econômico agregado (VEA).
O VEA é o indicador econômico que melhor reflete a criação de riqueza para os acionistas. É obtido após deduzir o Imposto de Renda do lucro operacional e desse valor, o custo do capital (próprio e de terceiros) investido na operação.
A fórmula para cálculo do VEA é:
VEA = Resultado operacional líquido - (Investimento total x WACC)
WACC é acrônimo de Weighted Average Cost of Capital, e o CMPC, acrônimo de Custo Médio Ponderado de Capital.
Exemplo:
Uma empresa x obteve resultado operacional líquido (após Imposto de Renda) de R$ 30.000 e, no período que gerou o resultado operacional líquido, empregou R$ 100.000 de capital em operações, sendo R$ 60.000 de capital de terceiros e R$ 40.000 de capital próprio, com custos líquidos de Imposto de Renda, de 18% e 16%, respectivamente. Qual seria o valor criado para os acionistas?
O valor econômico agregado pode ser calculado de duas formas: (1) a partir do resultado operacional líquido, conforme a fórmula acima; e (2) a partir do lucro líquido.
(1)           Cálculo de VEA a partir do resultado operacional líquido
Como o resultado operacional líquido é um resultado antes das despesas financeiras deduzido do correspondente Imposto de Renda, primeiramente, calcula-se o custo médio ponderado de capital (CMPC ou WACC).
	
	Capital próprio
	Capital de terceiros
	Investimentos em operação
	40.000
	60.000
	
Custo de capital
	18%
	16%
	
CMPC (WACC)
	
16,8%
Nota.  Os custos de capital estão expressos em taxas líquidas de Imposto de Renda. Para cálculo do CMPC, ver o exemplo prático em Cálculo do CMPC - Custo médio ponderado de capital (WACC).
Em seguida, deduz-se o custo do capital de R$ 100.000,00 investidos na operação.
	Resultado operacional líquido
	30.000
	(-) Custo do capital investido
	16.800
	(=) Valor econômico agregado
	13.200
R$ 100.000 x 16,8%
6 . O PLANO DE CONTROLADORIA
A Controladoria é uma nova tendência, fortemente amparada pela Contabilidade, que possibilita às entidades terem uma visão holística de todo o funcionamento estrutural da organização.
Em mencionar, sua responsabilidade em fornecer informações tempestivas e essenciais para as tomadas de decisões às quais se tornam efetivas por terem esse grande respaldo. É uma tendência que está retirando a Contabilidade do papel de coadjuvante e está a colocando em seu merecido lugar.
Ao contrário do que muitos pensam a Controladoria não é uma competência que cabe apenas às grandes corporações.
As pequenas e médias empresas também devem dispor dessa inclinação, pois a mesma consegue gerenciar as lacunas deixadas pelos empresários que se preocupam mais com as atividades fins.
6.1 O Profissional Controller
O gerente de controladoria, muitas vezes conhecido pelo termo em inglês controller, é o profissional responsável pelo planejamento, coordenação, direção e controle das atividades de curto, médio e longo prazo executadas nas áreas de planejamento, controladoria e finanças. O Gerente de Controladoria (Controller) tem a função básica de extrair e consolidar informações relevantes, fidedignas e tempestivas, gerando relatórios para auxiliar a tomada de decisões dos gestores de cada área, bem como para a diretoria da organização.
Está sob as responsabilidades de um gerente de controladoria (controller) atuar com instruções para as demais áreas da empresa, realizar a análise de desempenho, análise e proposta de ações para a equipe de gestão, contabilidade, gestão de liquidez de ativos de controle, finanças, planejamento fiscal, governança corporativa, conformidade e garantia gestão de riscos, análise de viabilidade de projetos e na redução de custos e melhorias contínuas na produtividade.
Também estão entre suas atribuições realizar acompanhamento e aplicação das medidas acordadas durante o processo de planejamento e fazer a programação de recursos em cooperação com serviços compartilhados.
Para isto, um gerente de controladoria precisa ter aptidões como saber tratar, refinar e apresentar, de maneira clara, resumida e operacional, dados contidos nos registros da contabilidade financeira.
Deve ainda, para ter um trabalho eficaz, observar inúmeros princípios norteadores, como iniciativa, visão econômica, visão holística, persistências, imparcialidade, persuasão, liderança e ética.
7. A APLICAÇÃO DA MATRIZ SWOT – (Materiais de Construção IRMÃOS SOARES)
	PONTOS FORTES
	
	PONTOS FRACOS
	Know-how;
	
	Baixa qualificação dos colaboradores;
	Qualificação dos colaboradores;
	
	Alta rotatividade dos colaboradores;
	Atendimento ao cliente;
	
	Alto custo da folha de pagamento;
	Departamentode TI interno;
	
	Deficiência na comunicação interna;
	Agilidade;
	
	Alta inadimplência dos clientes;
	Controle do custo;
	
	Perda de clientes;
	Gestão das tarefas;
	
	Concorrência desleal.
	FRAQUEZAS
	
	AMEAÇAS
	Crescimento no mercado
	
	Desvantagens externas
	Proposta inovadora
	
	Crise no mercado
	Vantagens externas
	
	
	Concorrentes inovadores
	Alto investimento publicitário
	
	
	Concorrentes com o mesmo público alvo
	Investir em treinamento
	
	
	Número alto do desemprego
8. A APLICAÇÃO DO BALANCED SCORECARD (CONTROLE DE METAS ESTRATÉGICAS)
No Brasil, grupos empresariais vêm percebendo no “Balanced Scorecard” (BSC), uma ferramenta eficiente de gestão que, conseqüentemente, pode contribuir na construção de estratégia.
A aplicação do BSC permitiu que as organizações executassem seus planejamentos estratégicos, integrando o sistema de medidas com o sistema gerencial, baseado na simples premissa de que medição do desempenho pode ser aplicada em todos os departamentos, ajudando as pessoas a executar suas estratégias Há um balanceamento entre indicadores financeiros e não financeiros, relacionando o BSC com o desempenho das organizações, permitindo um gerenciamento com foco nas estratégias, e tornando-as ações (KAPLAN e NORTON, 1997).
As experiências revelaram que executivos utilizavam o BSC não apenas para esclarecer e comunicar a estratégia, mas também para gerenciá-la. O BSC deixou de ser um sistema de medição e aperfeiçoamento para se transformar em um sistema gerencial.
O Balanced Scorecard (BSC) significa indicadores balanceados de desempenho, este é o nome de uma metologogia voltada à gestão estratégica da empresa. Esta metodologia pressupõe que a escolha dos indicadores para a gestão de uma empresa não deve se restringir a informações econômicas ou financeiras.
O Balanced Scorecard, a partir de uma visão integrada e balanceada da empresa, permite descrever a estratégia de forma clara, através de objetivos estratégicos, sendo todos eles relacionados entre si através de uma relação de causa e efeito. Além disso, ele promove o alinhamento dos objetivos estratégicos com indicadores de desempenho, metas e planos de ação. Os indicadores de desempenho utilizados na metodologia do BSC muitas vezes chegam com os resultados indesejados, devendo ser estudados; é onde a metodologia da Gestão do Conhecimento pode contribuir e criar elementos necessários para seu entendimento no controle dos processos.
A proposta é derivar esse conjunto de indicadores de acordo com a missão da empresa, sua estratégia, tecnologia e cultura. Assim, diferentes situações de mercado, estratégias de produtos e ambientes competitivos requerem diferentes “scorecards”. O ponto central do modelo não é o controle e sim, a visão, e a missão da empresa (COSTA 2002, p. 15).
O principal objetivo do BSC é o alinhamento do planejamento estratégico com as ações operacionais da empresa. Este objetivo é alcançado da seguinte forma:
Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;
Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas;
Planear, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas;
Melhorar o feedbacke o aprendizado estratégico – permite monitorizar continuamente a organização, girando, essencialmente, à volta de quatro perspectivas:
Financeira;
Clientes;
Processos Internos;
Aprendizagem e crescimento.
O resultado esperado da integração do Balanced Scorecard e da Gestão Estratégica de Negócio consiste em desenvolver indicadores de desempenho que possibilitem o acompanhamento dos resultados em vários níveis, tornando possível uma visualização da empresa. Isso permite a conexão de atividades estratégicas e, quando necessária, uma análise e reavaliação de suas estratégias de negócios e de suas ações, possibilitando uma correção rápida de rumo para adequar se ao mercado e alcançar os objetivos e metas da organização. Um serviço de qualidade é o intuito de toda organização que preza pela satisfação do cliente e busca maiores mercados. Quando ocorrem erros, é preciso que haja meios de contornar a situação, ou tentativas de reparar tais incorreções utilizando um plano de ação.
A filosofia do BSC é a de colocar a visão e a estratégia no centro do sistema de gestão, ao invés do controle. Ao estabelecer metas e objetivos, a alta administração deixa a cargo dos níveis operacionais a tarefa de definir os caminhos para alcançá-las.
Para Kaplan e Norton (1997), o BSC incorpora os “Scorecards” em torno das saídas internas do processo, mas também adiciona o uso dos “Scorecards” em torno das estratégias da empresa, criando um processo que permite uma tradução da estratégia em termos operacionais, conforme demonstrado na Figura 1.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade deve estar presente em todas as etapas do processo decisório de uma empresa. Esta, a partir de suas atribuições, estabelece e desenvolve condições para a realização da gestão, a partir das informações por ela geradas. A controladoria apoiada nas informações contábeis e numa visão multidisciplinar age de forma pró ativa em relação às necessidades do processo decisório da empresa, orientando-a para a eficácia organizacional. A controladoria apoiada nas informações contábeis e numa visão multidisciplinar age de forma pró ativa em relação às necessidades do processo decisório da empresa, orientando-a para a eficácia organizacional.
Dessa forma, vê-se a importância e a relevância da controladoria dentro do processo de gestão das organizações. É sabido ainda que, esses planejamentos devem ser periodicamente analisados e avaliados, para que se necessário for, sejam feitos ajustes, com o objetivo de atingir as metas traçadas pela empresa. Sendo assim, conforme estudo, a controladoria pode auxiliar os gestores da empresa Materiais de Construção IRMÃOS SOARES Ltda., a planejar e controlar a execução das suas atividades com mais eficiência.
Nessa perspectiva, espera-se que a controladoria no processo de gestão das organizações possa criar condições necessárias para que estas adquiram uma maior estabilidade no mercado e, conseqüentemente garanta sua sobrevivência no mundo dos negócios de forma competitiva contínua e efetiva.
O modelo de gestão apresentado utilizou como pano de fundo o Planejamento Estratégico da Organização e seus indicadores de desempenho advindos do BSC. Constatou-se que, com a atuação da Controladoria, sua estruturação, suas funções o seu conceito dependem de cada empresa ou como a empresa deseja ser conduzida. Portanto, existe uma limitação para o trabalho da Controladoria, conforme a empresa, suas atividades, o tamanho dela, e as condições de cada uma. Assim, a Controladoria possui um papel de suma importância, dentro de uma empresa, é ela que demonstra, através de relatórios, para cúpula administrativa a situação da empresa; é a mesma que fornecem dados e informações; que planeja e pesquisa, mostrando os pontos que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade.
A informação é necessária para a tomada da decisão, e a qualidade da informação afeta a qualidade da decisão. Um sistema de informação adequado e eficiente é sucesso certo.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, V. F., 1994, “Total Quality Control in Japanese Way”, editora Fundação Christiano Ottoni, Belo Horizonte - MG.
CATELLI, A. Controladoria: Uma Abordagem da Gestão Econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. 1. Ed.
GARCIA, A. S. Introdução a Controladoria: Instrumentos Básicos de Controle de Gestão das Empresas. São Paulo: Atlas, 2010. 1. Ed.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010. 5. ed.
MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2009. 15. Ed.
PELEIAS, I. R. Controles Internos no Ciclo Financeiro. São Paulo: Boletim IOB – Caderno Temático Contábil e Balanço, 2003.
SALOMON, D. V., 1999, “Como fazer uma monografia”, 9ª edição, editora Martins Fontes, São Paulo-SP.

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