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Atendimento odontológico para pacientes com necessidades especiais

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Aula 26 e 27/09
DEFICIÊNCIA: perda ou anormalidade de estruturas que gera uma incapacidade para o 
desempenho de atividades que fazem parte do padrão normativo de comportamento. 
Em outras palavras, pessoas com deficiência são aquelas que apresentam impedimentos de 
natureza física, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas outras barreiras, podem 
obstruir ou dificultar sua participação plena e efetiva na sociedade. Além das barreiras listadas, 
outra barreira absurdamente limitante é o preconceito - da família, do paciente em relação a 
sua condição, da sociedade e do profissional da área da saúde. 
CLASSIFICAÇÃO (IADH):•
São considerados pacientes especiais todos os que se encaixam em algum grau nas 
seguintes categorias:
Desvios de inteligência-
 neste caso são considerados desvios acima da média (acima de 60) e desvios abaixo da 
média (abaixo de 60). Para os abaixo da média, também há a classificação dos que são 
treináveis, dependentes e ? .
Deficiências físicas-
 os deficientes fisicos são aqueles que nasceram com alguma disfunção e, também, são 
aqueles que adquiriram alguma anomalia. Podem ou não estar associadas a deficiência 
mental.
Anomalias congênitas-
 são as anomalias adquiridas/ geradas durante a gestação. As anomalias afetam as 
estruturas que estarão sendo formadas durante o período em que foram atingidas, isto 
também significa que a intensidade está intimamente relacionada a época em que as 
anomalias surgirão. Quanto mais cedo, mais danos serão causados. Essas anomalias 
podem surgir por conta de doenças (sífilis, HPV, Zika e etc), ou traumas que afetam a mãe 
e, consequentemente, o feto. 
Desvios comportamentais: neste quadro se encaixam os pacientes que possuem desvios 
comportamentais/ sociais - não é sinônimo de desvio de inteligência, embora estas 
condições, em alguns casos, sejam complementares. Desvios comportamentais são 
aqueles que, caracteristicamente fogem das condutas socialmente aceitas como padrão
-
Transtorn1os psíquicos: neste quadro se encaixam pacientes que possuem alterações de 
percepção da realidade a nível mental. É importante destacar que são condições que 
podem ter cura (depressão) ou apenas adequação social (esquizofrenia, TDAH e etc..) 
-
Distúrbios sensoriais e de audiocomunicação;-
Doenças sistêmicas crônicas: podem ser adquiridas ou herdadas por genética. Exemplo: 
doenças autoimunes.
-
Doenças endócrino-metabólicas: diabetes;-
Desvios sociais: indivíduos que por algum motivo, não são socialmente aceitos. O motivo 
pelo qual não são aceitos, também é o que faz com que necessitem de atenção especial: 
usuários de drogas, moradores de rua. 
-
Estados fisiológicos especiais: pacientes que são dependentes de atenção especial porque 
não possuem total autonomia - bebês e idosos.
-
1. o que faz o TDAH ser um transtorno psíquico? 
Doenças herdadas -
Sempre lembrando que existe diferença entre expressar uma doença e ser portador de um gene -
o que explica doenças de menor prevalência. Um fator que facilita a combinação e a consequente 
expressão, são os casamento consanguíneos. 
Defeitos congênitos - modifica os órgãos e sistemas que estão no período de formação quando o 
feto é afetado.
-
Alterações que ocorrem durante a vida, como doenças sistêmicas, infecções, acidentes e traumas.-
Há ainda a possibilidade de fatores decorrentes do momento perinatal (parto) causar alguma 
alteração no indivíduo, como nascimento prematuro, fenômenos hipóxico-hisquêmicos. 
-
Desnutrição (nisto se inclui a falta de alimentos como, também, alimentos pouco nutritivos).-
As deficiências podem ser determinadas por fatores como:
FATORES RELACIONADOS A FAMÍLIA DO PACIENTE:
Além do desafio em si da consulta do PNE, é necessário entender que a família do PNE também 
necessita de cuidados especiais. É preciso ressaltar que a família precisou de um bom tempo para 
entender as condições do paciente, precisou se adequar e aceitar. E muitas vezes, durante o 
atendimento odontológico, a família ainda está trabalhando em um destes estágios e tudo isso afeta (e 
Atendimentos odontológico para pacientes com 
necessidades especiais
 Página 1 de Prof. Elisa 
atendimento odontológico, a família ainda está trabalhando em um destes estágios e tudo isso afeta (e 
muito) o comportamento do paciente. 
Outro ponto muito importante a se considerar é que família e os cuidadores exercem papel essencial do 
desenvolvimento do tratamento odontológico, uma vez que muitos desses pacientes são muito 
dependentes de outros para exercerem autocuidado, não só no sentido motor mas também no 
entendimento da necessidade dos cuidados pessoais.
Falta de profissionais capacitados;-
Necessidade de alteração na dinâmica do consultório;-
Dificuldade de elaborar um perfil multidisciplinar do atendimento;-
Falta de humanização no acolhimento deste paciente-
Dificuldade de acessibilidade -
FATORES QUE INFLUENCIAM DIRETAMENTE NO ATENDIMENTO/ PROCURA DE 
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO;
ATENDIMENTO E TRAMENTO ODONTOLÓGICO
CONDIÇÕES BUCAIS: a questão da anormalidade de hábitos e anormalidade anatômica afetam a 
cavidade bucal. Seja por conta dos medicamentos que modelam a secreção salivar, ou medicamentos 
que modulam a resposta inflamatória, assim como deglutição atípica, respiração bucal, deficiências no 
sistema imunológico. 
Por conta das dificuldades, é comum que esses pacientes tenham dieta pastosa e higiene bucal 
deficiente. 
PRÉ OPERATÓRIO
É necessário conhecer toda a história médica e estar familiarizado com o estado clínico atual. Para isto, 
é muito importante estar a par dos resultados do exames diretamente relacionados a disfunção do 
paciente e coletar toda documentação odontológica necessária (exame clínico, radiográfico). É muito 
importante que o CD esteja sempre em contato com os médicos responsáveis pelo caso. 
QUANTO AOS CUIDADORES: é importante ressaltar que os cuidadores também ficam inseguros 
durante o atendimento dos PNE, por isso devem fazer parte do atendimento. Eles devem ser 
esclarecidos e participar da consulta, observando os comportamentos do paciente. 
-
CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE: o paciente pode ser colaborador (que, em geral, colabora e 
permite o tratamento) - não é sinônimo de paciente bonzinho!; o paciente também pode ser não 
colaborador (é o paciente que possui barreiras comportamentais). O paciente pode passar de uma 
categoria para a outra no decorrer do tratamento. 
-
Para pacientes especiais é ainda mais importante que o CD avalie muito bem as possibilidades de 
complicações e personalize o atendimento às necessidades do paciente. 
O ATENDIMENTO
Muito do decorrer do tratamento depende do grau de entendimento que o paciente tem sobre a 
situação. E, é importante lembrar que as pessoas são diferentes umas das outras. 
CONDICIONAMENTO: está etapa é a de ambientalizar o paciente ao profissional e ao ambiente de 
trabalho. O CD deve conversar bastante e prestar muita atenção em suas reações. A consulta deve 
ser interativa e inclusiva - para isso, é interessante que seja uma consulta lúdica, envolvendo os 
interesses do paciente, oferecer reforço positivo. Um bom recurso é a técnica dizer - mostrar -
fazer. 
-
Porém, se o paciente não for colaborador ou realizar movimentos involuntários , uma alternativa 
é utilizar contenções físicas. As contenções podem ser ativas - quando o paciente é contido 
fisicamente por outra pessoa (tipo, alguém segura os braços), ou a contenção pode ser passiva -
quando o paciente é contido por dispositivos ou faixas estabilizadoras. 
Mas, para utilizar essas técnicas é MUITO importante que os cuidadores e os responsáveis pelo 
paciente autorizem o procedimento e entendam MUITO bem sua função e seu objetivo. Também 
é importante ressaltar que os métodos de contenção não são formas de castigar o paciente, mas 
de tornar o atendimentomais viável e seguro para o profissional e, principalmente, para o 
paciente. 
Em casos mais extremos são utilizados os métodos de sedação e anestesia geral como contenção 
do paciente. Para isto o profissional deve ser capacitado para realizar estas técnicas e realiza-las 
em ambiente próprios para elas - hospital, por exemplo. Outra forma de contenção química, é a 
alteração ou prescrição (sob consentimento do médico responsável) dos remédios calmantes para 
que seu pico de efeito seja durante a consulta.
 Página 2 de Prof. Elisa

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