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APOSTILAS DA PROVA FINAL – 8º ANO. Aula 02 A Sensação das Cores. As cores no mundo animal servem como forma de comunicação. Insetos e repteis com combinação das cores amarelo, preto e vermelho, estão dizendo aos seus possíveis predadores que são venenosos. Faixa Amarela (Dendrobates Leucomelas) Para nós humanos as cores também possuem significado elas nos causam sensações, influenciam nossas emoções, nosso humor e até nosso organismo. Vermelho Representa: o fogo, o sangue, a violência e paixão, a sexualidade, o poder e o mal. Sensação: perigo, rebeldia, calor, euforia, excitação e dinamismo. Laranja Representa: o fruto maduro, ao campo, o outono, a fertilidade e a criatividade. Sensação: fome, vitalidade, intensidade, vigor e entusiasmo. Amarelo Representa: a atenção, energia, o sol e o calor, o verão, a riqueza o ouro e o prazer. Sensação: vitalidade, brilho, luminosidade, alegria, juventude e felicidade. Verde Representa: a natureza, a mata, o meio ambiente, o dinheiro, a verdade, o certo e o natural. Sensação: frescor, liberdade e crescimento. Azul Representa: a inteligência, a liberdade, a verdade, o céu, a imensidão, ao mar e a beleza. Sensação: frio, tristeza (nos países do hemisfério norte por estar ligado ao inverno), alegria (nos países do hemisfério sul por estar ligado ao verão), imensidão e solidão. Roxo Representa: a magia, o espiritual, o esoterismo, a intuição, a vitória, o romance, o estilo, por ser uma cor que na antiguidade era muito difícil de confeccionar e extremamente cara, também representa a nobreza e o luxo. Sensação: sensualidade, elegância, inquietação e profundidade. Rosa Representa: as flores, a primavera, a inocência, a sensibilidade e o romantismo. Sensação: frescor, feminilidade, delicadeza e leveza. Marrom Representa: a madeira, as árvores, a floresta, os móveis e os livros Sensação: rústico, dureza, durabilidade, colonial, artesanal e solidez Branco Representa: luz, a neve, a paz, a harmonia, a pureza e a limpeza em países orientais o branco pode representar a morte. Sensação: espaço, paz, clareza, iluminação, ideia e delicadeza. Preto Representa: a morte, a noite, a sombra, o vazio, a sofisticação, o espaço. Sensação: ausência, tristeza, melancolia, solidão, depressão, perda e medo. Na História da Arte. O Expressionismo, foi um movimento que teve origem em Dresden, Alemanha entre 1904 e 1905, com um grupo de pintores chamado “Die Brücke”, que significa “A Ponte”. Desse grupo, faziam parte Ernest Ludwig Kirchner e Kart Schimidt-Rottluff. Os artistas Vang Gogh e Edvar Munch, ambos pós impressionistas, foram de grande importância para esse movimento. No Expressionismo o artista procura expressar as emoções humanas, interpretar as angústias que caracterizavam o homem do iníco do século XX. Traduziam em linhas e cores os sentimentos mais dramáticos do homem, como a dor, a solidão, o medo e o desespero. No Brasil, Cândido Portinari foi o grande representante deste movimento, com sua série de obras intituladas “Os Retirantes”. Edvard Munch - Separação Van Gogh_Retrato do Dr. Gachet Cândido Portinari - Os Retirantes Cândido Portinari - O menino Morto - Série os Retirantes Aula 03 Faces, Autorretrato e Identidades. Ao longo da história, por várias razões e utilizando diferentes materiais, pessoas retratam pessoas, seja através de pinturas, escultura ou relevos, o homem sempre teve fascínio pela própria imagem. Desde a pré-história o homem já pintava a figura humana nas cavernas, durante o Renascimento, muitos artistas se dedicavam exclusivamente a pintar retratos de nobres e para a igreja.As obras feitas pelos artistas Renascentistas, embora fossem simetricamente perfeitas não possuíam vida ou expressão. Pietro della Francesca _ Retrato de Frederico Montefeltro Diferente do período Barroco que os artistas buscaram retratar as pessoas e também seus sentimentos, os retratos feitos pelos artistas Barrocos, além de serem extremamente realistas também possuem uma grande vitalidade. Frans Hals _ Palhaço com Alaúde Os retratos eram tão preciosos, que os próprios artistas também queriam a sua imagem retratada, por isso muitos, cada um em sua técnica e ao seu tempo fizeram seus autorretratos. Van Gogh - Autorretrato Como já vimos na aula anterior, os artistas usam de vários meios para representar um sentimento, seja através da cor ou das linhas sinuosas, de deformidades e contrastes, mas é o rosto humanos quem melhor expressa qualquer sentimento, por isso o estudo das expressões humanas, é tão importante para todos os gêneros de artistas. Estudo de expressões de um personagem de Historia em quadrinhos, estilo Comics. Apesar de todas as transformações ocorridas na arte ao longo dos tempos, este gênero de pintura resistiu e ainda hoje é representado de diversas maneiras por vários artistas. Hoje na arte contemporânea, artistas se apresentam por meio de vídeos, fotografias, moldes corporais, enfim uma infinidade de coisas, em busca da representação não só de seu rosto ou corpo, mas de sua identidade. Juliana Scorza _ Autor retrato Jorge Amado Frida Kahlo_ Auto Retrato Aula 04 Simetria e Assimetria Os objetos, os animais, os vegetais, os minerais e as pessoas que estão à nossa volta podem ser classificados quanto à forma em: simétrico e assimétrico. Segundo alguns pesquisadores, a simetria é considerada um dos fatores que geram grande beleza, um teste foi feito nos Estados Unidos onde pessoas viam fotos com rostos simétricos e assimétricos, e diziam qual era o mais bonito, 9 de cada 10 pessoas consideraram os rostos simétricos mais bonitos. Com esse resultado, concluíram que a simetria é um dos elementos responsáveis pelo padrão de beleza.mas ser apenas simétrico não quer dizer ser belo, pois a simetria pode muitas vezes ser monótona. Simetria é o arranjo ou a composição de um todo dividido em duas ou mais partes, que apresentam correspondência na forma e no tamanho, a partir do eixo. O eixo de simetria é a linha que divide as formas em metades, e por seu eixo pode ser Radial (ou bilateral), Real ou Assimétrico. Na simetria real ou bilateral metades são exatamente iguais. Na simetria radial todas as retas passam por um centro ou se irradiam do cento para for, por exemplo: as rodas de bicicleta e a estrela-do-mar. Nos assimétricos os lados não possuem eixo central, portanto um lado não é igual ao outro. Ainda existe a Simetria Axial ou Reflexão, que é um efeito espelhado na imagem, que não altera as dimensões nem proporções da imagem, um bom exemplo é o mosaico de ladrilhos, ou o reflexo das águas de um lago. Na Historia Já vimos como é importante a simetria, agora vamos ver como o artista Rubem Valentim fez uso da simetria em suas obras. Rubem Valentim é um artista brasileiro, nascido em Salvador e autodidata, ele foi pintor, esculto, gravador e professor. Começou a pintar na década de 1940 e contribuiu para o movimento de renovação da cultura baiana. Suas obras concretistas são estruturadas com rigor mas suavizadas pelo colorido sensual e profundo, e é considerado um dos grandes pintores Construtivistas brasileiros. Obra: Emblema com logotipos poéticos Obra: Objeto emblemático Aula 05 Kirigami Kirigami é a arte de cortar papel criando formas, superfícies e desenhos. “Kiri” significa “corte” e “kami”, “papel”. A arte de recortar papéis, junto com o origami tradicional, deu origem à arte dos cartões tridimensionais, que tem sido popularmente divulgada como kirigami. Os cartões são montados a partir de cortes, dobras e encaixesde papel. A técnica tem sido utilizada por profissionais das mais diferentes áreas, como terapia, educação, propaganda e marketing etc Na sua concepção original foi desenvolvido por Mashiro Chatani, professor de arquitetura no Instituto de Tecnologia de Tóquio com Keiko Nakazawa, com o objetivo de revelar modelos de origami arquitetônicos. A técnica rapidamente se espalhou pelo mundo e ganhou inúmeros adeptos. No japão os cartões são confeccionados em geral com motivos de monumentos famosos. Outros artistas vem se destacando nesta arte entre eles podemos citar Peter Callesen, um artista dinamarquês cujas obras impressionam pela delicadeza e precisão do corte e dobradura. Com papel branco, estilete, dobraduras e um pouco de cola, Callesen usa o bom humor e a ironia para caminhar entre o sonho e a realidade, transformando o espaço onde o papel foi cortado em uma sombra da dobradura, mas não uma sombra qualquer, pois nas obras de Callesen até as sombras contam suas histórias. Abaixo algumas obras que parecem mágica de Peter Callesen Para quem se interessou pelas obras de Peter Callesem. Segue o link com mais imagens das obras desse incrível artistas: Acesse: www.petercallesen.com, divirta-se com as imagens. Aula 07 Azulejaria Azulejo é uma peça de cerâmica fina, geralmente quadrada, em que de uma dos lados é vidrada (textura de vidro), impermeável e brilhante, esta textura se consegue em geral ao se cozer a peça revestida com esmalte. A face brilhante do azulejo pode ser branca, monocromática, policromática, pode conter uma imagem, ou ainda ser lisa, ou em alto-relevo. Os azulejos são geralmente usados como elemento associado a arquitetura, mas também são usados como elementos decorativos e obras de arte. Em Portugal o azulejo se tornou um importante suporte para a expressão artística por mais de cinco séculos, e hoje é considerado como uma das maiores e mais originais expressões da cultura portuguesa. Como podemos observar na obre de Jorge Colaço de 1922, chamada Batalha de Aljubarrota. A maior parte da azulejaria encontrada no Brasil é de origem portuguesa. Os melhores exemplares podem ser encontrados na Bahia, Pernambuco e Maranhão. Durante os séculos 17 e 18, os azulejos foram intensamente empregados em sacristias de igrejas e palácios. Até o século 19 os azulejos eram usados para revestir e decorar as paredes externas das casas mais nobres, mas no século XX, o uso de azulejos começou a ser rejeitado pelos arquitetos, mas na mesma época, os artistas plásticos resgatam os azulejos em obras como os painéis assinados pelos artistas Cândido Portinari e Paulo Rossi, que ficam nas paredes do Palácio Gustavo Capanema (prédio do MEC) Na Historia Vamos conhecer um artista contemporâneo, que trabalha com azulejaria, seu nome é Alexandre Manicin. Mancini, é mineiro de Belo Horizonte e é considerado um dos principais artistas da azulejaria brasileira contemporânea. Criando obras instigantes e harmônicas. Suas obras tem uma composição aleatória buscando o ritmo e o movimento das formas geométricas Podemos encontrar suas obras em várias cidades pelo Brasil integradas a espaços públicos ou particulares. Aula 07 Perspectiva Linear Nós habitamos um mundo tridimensional. Ou seja, vemos o mundo em três dimensões: a altura, a largura e a profundidade. É por conta da profundidade que dizemos “a árvore está mais perto” ou “a árvore está mais longe”. Sem profundidade, todos os objetos iam parecer a mesma distância para nossos olhos. É exatamente isso que acontece quando desenhamos ou pintamos sem o uso da perspectiva. Uma tela ou papel possui apenas duas dimensões, a altura e a largura, mas isso não quer dizer que não podemos representar a profundidade, para isso nos utilizamos da perspectiva linear. Mas afinal o que é Perspectiva linear? O arquiteto e escultor renascentista Filippo Brunelleschi, redescobriu os princípios da perspectiva linear, redescobriu, pois, este princípio já era estudado por gregos e romanos, mas havia sido abandonado e esquecido. Brunelleschi restabeleceu na prática o conceito de ponto de fuga e a relação entre a distância e a redução do tamanho dos objetos. O que é ponto de fuga? Bem, ponto de fuga é o ponto para onde convergem as “linhas” que formam o objeto dentro do espaço tridimensional. É como se fosse o alvo para o qual tudo “corre”. Na imagem acima podemos ver perfeitamente como as linhas em negrito, se dirigem para o ponto central do desenho, mesmo as janelas voltadas para a rua, seguem em direção ao ponto de fuga. Reparem como os objetos da cena vão diminuindo a medida que se aproximam do Ponto de Fuga! Uma imagem pode ter um ou mais pontos de fuga. Mas não vamos complicar ainda… E Linha do Horizonte? Em uma paisagem, a linha do horizonte é o que separa o Céu da Terra, se for em uma paisagem com montanhas por exemplo, a linha do horizonte fica na base das montanhas. Para o desenho em perspectiva a linha do horizonte representa o nível dos olhos do observador como podemos notar no desenho abaixo. Reparem que o que está acima da linha do horizonte é visto de baixo para cima, enquanto o inverso acontece com o que está abaixo da linha do horizonte como podemos notar na imagem abaixo; Então como vimos através do uso da perspectiva linear conseguimos reproduzir em um suporte Bidimensional uma imagem Tridimensional. Na Historia Foi no Renascimento com Brunelleschi que o estudo da perspectiva e seu uso alteraram de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. Neste período quase toda a pintura obedecia a esse método de representação. A perspectiva era um expediente que produzia a ilusão da realidade, mostrando os objetos no espaço em suas posições e tamanhos corretos. A ilusão de profundidade produzida pela perspetiva foi tão impactante que se propagou por todo o mundo. Notem como impressiona a ilusão de profundidade destes quadros Renascentistas! Obra: Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino (1481/82) Obra: Escola de Athenas – de Rafael. A partir do Século XIX, correntes estilísticas como o Impressionismo, o Cubismo, etc, desestabilizam o conceito e uso da perspectiva. Hoje a perspectiva é pouco utilizada na arte contemporânea, mas é utilizada principalmente nas Histórias em Quadrinhos e animações, onde seu uso é de extrema importância para o realismo e atmosfera das histórias. Confira abaixo como a perspectiva é utilizada nas HQs e Animações. Na imagem abaixo do Batman, podemos ver como foi usada à perspectiva para representar tanto o Batman como a cidade, vistos de baixo para cima. Nesta imagem da HQ, dos vingadores, podemos ver claramente a linha do horizonte, e perceber a distância da cidade ao fundo. Acima um mangá chamado Shingeki, podemos perceber na ista de baixo para cima, a proporção do gigante em relação as casas e ao personagem principal do desenho. Nesta cena de Naruto, a linha do horizonte está na base das elevações, a visão também é de baixo para cima, e temos a noção de profundidade provocada pelas árvores que vão diminuindo de tamanho. Já no Superman, a vista é de cima para baixo, temos a sensação da profundidade e altura em que o homem de aço se encontra pela vista de cima da cidade. Aula 08 Cubismo O Cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja, se desliga completamente da interpretação ou semelhança com a natureza, a obra tem valor em sim mesma, como maneira de expressão das ideias. Durante o desenvolvimento do cubismo este se desenvolveu em duas principais etapas, são elas: Cubismo Analítico(1910-1913): Caracterizado pela fragmentação da obra O artista decompõe a obra em partes, registrando todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura em todos os ângulos no mesmo instante. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege. O objetivo do cubismo analítico era produzir uma imagem conceitual de um objeto, em vez da sua imagem visual. Um dos grandes artistas do Cubismo Analítico foi Georges Braque.Vejam algumas de suas obras deste período. Obra: “Vaso em uma mesa” Obras: Os barcos de pessoas” Obra; Natureza morta com harpa e violino Cubismo Sintético (1913-1914): Ao contrário do Analítico no cubismo sintético as cores eram mais fortes e as formas em geral vistas de um ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente reconhecíveis. As obras eram feitas através de colagens realizadas com letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até mesmo objetos inteiros. Para não falar que o cubismo é só feito por Braque e Picasso, um dos grandes representantes do Cubismo Sintético foi Juan Gris.Vejam alguns trabalhos deste grande artista Obra: “A Guitarra” Obra: “Guitarra e Jornal” Obra: “Guitarra diante do Mar” Aula 09 Surrealismo de Salvador Dali Imaginem um relógio que derrete, ou um peixe com corpo de mulher... Essas coisas tão diferentes só podem ser vistas em um sonho, pois estão acima da realidade, é este tipo de “delírio” que serve de tema ao movimento surrealista. O movimento artístico e literário surge em Paris na década de 1920, mais ou menos ao mesmo tempo em que apareciam outros movimentos modernistas como o cubismo. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia a dia, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. Os artistas Salvador Dali (1904-1989) e René Magritte (1898-1967) são os dois principais artistas deste movimento sendo Dali o mais festejado entre os dois. Por trás de obras cheias de sonhos e imagens controversas, os pintores surrealistas tinham um sério propósito. O movimento surgiu em um período entre guerras, e tinha como propósito rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência. Vamos analisar a obra abaixo chamada “A persistência da Memória” Relógios que são objetos usados para marcar o tempo aparecem derretendo, se desmanchando em meio a uma paisagem semiárida. Os relógios são utilizados para marcar o tempo, e o tempo está ligado a memória, pois tudo que vivemos grava-se em nossa memória. Ao retratar os relógios se desmanchando é como se o artista estivesse dizendo que nossa memória vai escorrendo se desmanchando e se apagando assim como o tempo. Vejamos o exemplo de outra obra muito conhecida chamada “Invenção Coletiva” de Magritte. Quando pensamos em um ser metade mulher metade peixe, com certeza nos lembramos de uma sereia, mas também com certeza esta imagem em nada se parece com o que conhecemos sobre uma sereia... O artista Margritte, brinca com o imaginário coletivo, com os seres estranhos e irreais que povoam a imaginação do povo e que muitas vezes existem na cultura de varias civilizações, assim ele cria seres ainda mais fantásticos. Vamos ver outras obras de Salvador Dali Um dos elementos muito usado por Dali, são os animais fantásticos Imagens como um planeta Terra em forma de um ovo que se derrete e se rasga para o nascimento de um Adão, que é esperado por uma estranha Eva e seu filho, em uma cena que lembra um pesadelo da criação. Mulheres que se partem em esferas ou se tornam objetos com gavetas em um cenário de pesadelo também é outra abordagem comum em suas obras. Aula 10 A História do Teatro Todo mundo já viu uma peça de teatro, ou pelo menos ouviu falar em teatro, mas de onde vem a arte do teatro? O teatro é o contar de uma história, encenar e recriar uma história e esta ideia de contar a história evoluiu junto com a humanidade. O homem primitivo já ensaiava uma espécie de teatro. Eram danças dramáticas que abordavam questões do dia a dia. Essas danças primitivas com o passar do tempo evoluíram e se transformaram em rituais, onde o homem procura se harmonizar com a natureza e acalmar os seus efeitos. Assim surgem os primeiros mitos, e primeiros deuses. Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos rituais tornaram-se grandiosos, ganharem regras de acordo com o que exigia o estado e a religião, os mitos ganhavam vida e se tornavam reais. Estes rituais serviam para propagar a tradição, difundir a história e para o divertimento e honra dos nobres. Na Grécia sim, surge o teatro bem próximo do que conhecemos hoje em dia. Só que no início era o “ditarambo” uma espécie de procissão que servia para homenagear o Deus Dionísio (deus do vinho). Mais tarde essa procissão evoluiu e passou a ter um coro formado por coreuatas (narradores) e corifeu (ator), que cantavam, dançavam e contavam histórias sobre o deus Dionísio. Mas a grande evolução aconteceu quando se criou o diálogo entre os coreuatas e o corifeu. Neste momento cria-se uma ação na história e surgem os primeiro textos teatrais. Aula 11 A Mímica Uma das brincadeiras mais tradicionais e eventos lúdicos, tanto para crianças quanto para adultos é a mímica, brincadeira essa que a maioria das pessoas já brincou ao menos uma vez na vida. A mímica pode até parecer uma simples brincadeira, mas não é ela é uma forma de expressar os sentimentos, pensamentos e transmitir mensagens, tudo isso se utilizando da expressividade corporal sem o uso da linguagem falada. O mímico se utiliza da expressão corporal para transmitir sua mensagem. No ato de representar, o mímico usa gestos, mobilidade e expressão facial para narrar uma história, relatar um evento ou interpretar um papel. Na Grécia antiga a mímica era um recurso valioso nos palcos, servia para melhor comunicação entre os intérpretes (conhecidos como Corifeus) e a plateia. Corifeu a direita e Coro a esquerda em interpretação de tragédia grega No inicio do cinema, quando este ainda era mudo, a mímica era um grande recurso usado pelos artistas, que precisavam transmitir os sentimentos e pensamentos dos personagens sem palavras. O inesquecível Charles Chaplin foi um grande mestre nesta arte. Com a chegada do cinema falado a mímica ficou restrita aos teatros, circos e performances públicas. Ainda hoje a mímica é utilizada para o aprimoramento da capacidade de raciocinar, interpretar e para melhorar a relação social entre os participantes. Aula 12 A Evolução do Teatro Bem já vimos como o Teatro começou, agora vamos ver como foi a sua evolução através dos tempos. Depois que deixamos a Grécia lá pelos idos séculos V a.c, o teatro finalmente chega a Roma, mas sem grandes modificações em suas estruturas, porém quando o Cristianismo dominou Roma e depois toda a Europa, o teatro passou a ser vítima de preconceito, pois a igreja católica o considerava obsceno e violento e por isso durante séculos passou a combater e perseguir o teatro. Tudo começa a mudar realmente por volta do século XII até o século XV, quando se iniciou o período do Teatro Medieval. O Teatro Medieval tinha como enredo histórias bíblicas, e era em princípio representado dentro das igrejas, mas tarde passou a ser encenado na porta das igrejas, para que toda a multidão pudesse assistir. Resquíciosdo Teatro Medieval podem ser vistos até hoje, um bom exemplo disso é a representação da “Paixão de Cristo” em Nova Jerusalém. Em meados do século XV um novo movimento agita a Europa, é um movimento de renovação intelectual e artística que atinge seu ponto máximo no século XVI, este movimento ficou conhecido como Renascimento, ou Renascentista. Foi um período fértil de invenções e descobertas. O ideal renascentista era marcado pela crença em uma capacidade ilimitada da criação humana. No teatro surge a Commedia Dell’Arte, uma forma de teatro popular improvisado, que tem sua origem na Itália mas se desenvolve na França onde se mantém popular até o século XVII, a Commedia Dell’Arte surge como uma reação ao teatro literário que não chamava mais a atenção do público, ela retoma a pantomima, o ridículo e a vulgaridade das comédias primitivas gregas, com a diferença dos trajes carnavalescos e nos temas abordados com mais alegria e euforia e pode ser considerado o ponto de partida das diferentes formas de teatro do povo que chegariam no drama Shakespeariano. Durante o século XVII a arte Barroca começa a ganhar força e influenciar o teatro. Na Espanha o dramaturgo e poeta Lope de Veja, publica a obra “Arte Nuevo de Hacer Comedias” onde aponta os elementos básicos da produção teatral para a época, tais como: Divisão da obra em três atos; a mistura do trágico com o cômico e a composição em verso. Alguns desses elementos se mantêm no teatro até hoje. Enquanto em Londres o teatro se revolucionava, alguns dramaturgos Franceses do classicismo disparavam críticas a Shakespeare, que segundo eles ignorava a poética de Aristóteles. Tendo o Rei Sol Luiz XIV como grande incentivador, os pensadores da Academia Francesa buscaram seguir as concepções do teatro clássico de Aristóteles, assim o Classicismo Francês se firmou ao ponto de influenciar o Teatro Alemão. Se opondo as formulas clássicas e rígidas do teatro Frances, surge o Romantismo, onde os autores cultuavam uma arte subjetiva, que valorizava a emoção acima da razão. Muitos românticos tiveram suas peças transformadas em óperas, como é o caso de Richard Wagner o maior dramaturgo romântico da Alemanha. Na primeira metade do século XIX, se opondo ao Romantismo surge na França o Realismo, que pregava a fidelidade máxima ao real, trazendo a reflexão sobre temas sociais. As características mais marcantes do Teatro Realista são: a descrição de costumes e fatos contemporâneos; o gosto pelo detalhe mínimo; a linguagem coloquial e a excessiva objetividade na descrição dos personagens. Assim com o Realismo surge na França é de lá que também vem o movimento de reação ao Realismo, ou seja, o Teatro Fantástico, que tinha como influência o movimento Surrealista. As maiores características do Teatro Surrealista ou Fantástico eram: a eliminação do enredo; deformação fantástica; a procura do “antiteatro” e a falta de coerência e homogeneidade. Hoje o teatro contemporâneo é único e uma mistura de tudo que já foi visto. Assim o teatro segue seu rumo, vai voltando ao passado e visando o futuro. Aula 13 Identidade Visual Embora você possa nunca ter ouvido falar em identidade visual, todos nós estamos sempre sendo bombardeados pelas identidades visuais todos os dias, o dia todo, e já nos acostumamos com elas. Então o que é a identidade visual? A definição para Identidade Visual é: conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, uma ideia, um produto, empresa, instituição ou serviço. Deu para entender o que é Identidade Visual? Não? Esse conjunto de elementos é o Logotipo, ou seja, um símbolo visual que pode conter letras, palavras , imagens e cores que definam a identidade de algo. Ainda não entendeu? Vamos então entender o que é um Logotipo e você vai notar que já conhece um monte. Logotipo é um símbolo visual capaz de representar a assinatura de uma empresa. Por exemplo.... Se você ver este símbolo vai saber exatamente do que se trata sem precisar nem pensar não vai? E que tal este outro símbolo? Para quem gosta ou conhece um pouco de carros não foi difícil reconhecer este símbolo isso porque já ficaram gravados em nossa mente como a representação de uma marca. Isso é a Identidade Visual! Um Logotipo é usado na empresa exaustivamente para que fique gravado na memória do consumidor. As empresas usam o Logotipo em Papeis timbrados, envelopes, etiquetas, adesivos, embalagens, objetos, uniformes, rótulos, e tudo o mais que puderem por sua marca para que esta se espalhe e vire uma identidade. Agora você deve estar se perguntando e o que isso tem a ver com a arte? Hoje muito e pouco, explicando... Até alguns anos atrás o design e a arte eram uma só coisa, até o modernismo, depois de algum tempo e também de muita discussão a arte e o designer foram separados. Mas até hoje muitas empresas usam o trabalho de artistas famosos para “criar” ou modificar seus Logotipos. Um bom exemplo disso é o logotipo mutante do Google... Ele já foi reinventado várias vezes para comemorar datas especiais, mas o logotipo original da Google todos reconhecem por mais que os artistas os alterem... Entendendo a Arte e o Design A diferença fundamental entre a Arte e o Design é o objetivo de cada um. Normalmente o processo de criação de uma obra de arte começa com nada, uma tela em branco ou uma folha de papel. A obra de Arte é o resultado de uma visão, uma opinião ou sentimento que o artista em dentro de si. Os artistas criam a Arte para compartilhar estes sentimentos com os outros e permitir que as pessoas se relacionem, aprendam e se inspirem pela sua arte. Já o design parte de um produto ou serviço, a intenção do design é motivar o público a fazer alguma coisa, seja comprar um produto, usar um serviço, visitar um local ou dar alguma informação sobre algo. Ou seja, vender uma ideia. Na História. A Staatliches-Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha. E foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e arquitetura além de ser a primeira escola de design do mundo. Aula 13 Ilustração: Todo mundo conhece o desenho, a pintura e até as artes plásticas, mas será que todos sabem o que é uma ilustração? A Ilustração é uma linguagem visual que agrega informações ao texto. Ficou difícil? Vamos tentar de novo. Ilustração é uma imagem figurativa utilizada para acompanhar, explicar e acrescentar informações a um texto ou trabalho. Embora geralmente as pessoas imaginem a ilustração apenas como um desenho ou pintura, as colagens e fotografias também podem servir como ilustração. Vejam um bom exemplo de uma ilustração feito com colagem Um desenho sozinho pode ser um rabisco, um esboço ou mesmo um desenho finalizado, será sempre isso... Um desenho. No momento em que esse desenho for usado para acompanhar um texto, um conceito, ou um produto, por exemplo, ele estará ilustrando algo, então não será mais um mero desenho e sim uma Ilustração. O mesmo acontece com a pintura, a gravura, a colagem e a fotografia. As ilustrações não precisam ser obras de arte, um traço bem feito e expressivo também pode ser uma boa ilustração. E por falar em cor, as ilustrações podem ser coloridas, monocromáticas, em preto e branco e feitas com os mais variados tipos de materiais, incluindo hoje a computação gráfica. As Ilustrações são consideradas um dos elementos importantes do design gráfico, sendo comuns em jornais, na publicidade, revistas e livros (especialmente Ana literatura infanto-juvenil), comoo livro “Diário de Um Banana” Na História. A Ilustração vinculada a textos teve origem na Iluminura, que é um tipo de pintura decorativa, frequentemente aplicado ás letras capitulares (Primeira letra do início de um capítulo ou parágrafo) no inicio dos capítulos dos códices (ou codex, vem do latim, que significa “livro”) de pergaminhos e livros medievais. Iluminura também se aplica ao conjunto de elementos decorativos e representações executadas nos manuscritos, principalmente nos conventos da idade Média. Criar iluminuras era um trabalho refinado e bastante importante no contexto da arte medieval. No século XIII, “Iluminura” tinha outro sentido, era principalmente o uso de douração, portanto, um manuscrito iluminado seria, nesse sentido, um manuscrito decorado com ouro ou prata. A produção de manuscritos iluminados entrou em declínio após a invenção da imprensa lá pelo meio do século XV. Iluminuras de Letras: A letra J iluminada capitular, na Cronica de El-Rei Dom Afonso Henriques, de Duarte Galvão, Codice do século XVI. Iluminura Medieval: Onde podemos ver um médico ou físico da Medicina Medieval, que observa um paciente com inflamação no olho. Iluminura do livro Canon Medicinae de Besançon, do século XIII Iluminura de elementos decorativos: A Inveja – Iluminura do Livro de Horas de Robinet Testard, o último quartel do século XV, que representa a inveja como um dos sete pecados mortais. Ilustração no Brasil... Existem muitos artistas ilustradores no Brasil, mas entre tantos vamos estudar um pouco sobre o escritor e ilustrador Roger Mello. Roger Mello Nasceu em Brasília, em 1965 e se formou em design na Escola Superior de Desenho Industrial. Ele já fez ilustrações para mais de cem livros, entre os quais, 19 livros têm textos que ele mesmo escreveu. Roger Mello já ganhou muitos prêmios entre eles o prêmio suíço Espace-enfants em 2002, no mesmo ano foi o vencedor do prêmio Jabuti nas categorias literatura infanto- juvenil e ilustração com o livro Meninos do mangue, teve vários trabalhos ganhadores dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e por sua obra como ilustrador ganhou em 2010 o premio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil. Entre muitos títulos podemos destacar: A flor do lado de lá O Gato Viriato O Próximo dinossauro
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