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A Sensação das Cores e a Arte do Retrato

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APOSTILAS DA PROVA FINAL – 8º ANO.
Aula 02
A Sensação das Cores.
As cores no mundo animal servem como forma de comunicação.
Insetos e repteis com combinação das cores amarelo, preto e vermelho, estão dizendo
aos seus possíveis predadores que são venenosos.
Faixa Amarela (Dendrobates Leucomelas)
Para nós humanos as cores também possuem significado elas nos causam sensações,
influenciam nossas emoções, nosso humor e até nosso organismo.
Vermelho
Representa: o fogo, o sangue, a violência e paixão, a sexualidade, o poder e o mal.
Sensação: perigo, rebeldia, calor, euforia, excitação e dinamismo.
Laranja
Representa: o fruto maduro, ao campo, o outono, a fertilidade e a criatividade.
Sensação: fome, vitalidade, intensidade, vigor e entusiasmo.
Amarelo
Representa: a atenção, energia, o sol e o calor, o verão, a riqueza o ouro e o prazer.
Sensação: vitalidade, brilho, luminosidade, alegria, juventude e felicidade.
Verde
Representa: a natureza, a mata, o meio ambiente, o dinheiro, a verdade, o certo e o
natural.
Sensação: frescor, liberdade e crescimento.
Azul
Representa: a inteligência, a liberdade, a verdade, o céu, a imensidão, ao mar e a beleza.
Sensação: frio, tristeza (nos países do hemisfério norte por estar ligado ao inverno),
alegria (nos países do hemisfério sul por estar ligado ao verão), imensidão e solidão. 
Roxo 
Representa: a magia, o espiritual, o esoterismo, a intuição, a vitória, o romance, o estilo,
por ser uma cor que na antiguidade era muito difícil de confeccionar e extremamente
cara, também representa a nobreza e o luxo.
Sensação: sensualidade, elegância, inquietação e profundidade.
Rosa
Representa: as flores, a primavera, a inocência, a sensibilidade e o romantismo.
Sensação: frescor, feminilidade, delicadeza e leveza.
Marrom
Representa: a madeira, as árvores, a floresta, os móveis e os livros
Sensação: rústico, dureza, durabilidade, colonial, artesanal e solidez
Branco
Representa: luz, a neve, a paz, a harmonia, a pureza e a limpeza em países orientais o
branco pode representar a morte.
Sensação: espaço, paz, clareza, iluminação, ideia e delicadeza.
Preto
Representa: a morte, a noite, a sombra, o vazio, a sofisticação, o espaço.
Sensação: ausência, tristeza, melancolia, solidão, depressão, perda e medo.
Na História da Arte.
O Expressionismo, foi um movimento que teve origem em Dresden, Alemanha entre
1904 e 1905, com um grupo de pintores chamado “Die Brücke”, que significa “A
Ponte”. Desse grupo, faziam parte Ernest Ludwig Kirchner e Kart Schimidt-Rottluff.
Os artistas Vang Gogh e Edvar Munch, ambos pós impressionistas, foram de grande
importância para esse movimento.
No Expressionismo o artista procura expressar as emoções humanas, interpretar as
angústias que caracterizavam o homem do iníco do século XX. Traduziam em linhas e
cores os sentimentos mais dramáticos do homem, como a dor, a solidão, o medo e o
desespero.
No Brasil, Cândido Portinari foi o grande representante deste movimento, com sua série
de obras intituladas “Os Retirantes”.
Edvard Munch - Separação
Van Gogh_Retrato do Dr. Gachet
Cândido Portinari - Os Retirantes
Cândido Portinari - O menino Morto - Série os Retirantes
Aula 03
Faces, Autorretrato e Identidades.
Ao longo da história, por várias razões e utilizando diferentes materiais, pessoas
retratam pessoas, seja através de pinturas, escultura ou relevos, o homem sempre teve
fascínio pela própria imagem.
Desde a pré-história o homem já pintava a figura humana nas cavernas, durante o
Renascimento, muitos artistas se dedicavam exclusivamente a pintar retratos de nobres e
para a igreja.As obras feitas pelos artistas Renascentistas, embora fossem
simetricamente perfeitas não possuíam vida ou expressão.
Pietro della Francesca _ Retrato de Frederico Montefeltro
Diferente do período Barroco que os artistas buscaram retratar as pessoas e também
seus sentimentos, os retratos feitos pelos artistas Barrocos, além de serem
extremamente realistas também possuem uma grande vitalidade.
Frans Hals _ Palhaço com Alaúde
Os retratos eram tão preciosos, que os próprios artistas também queriam a sua imagem
retratada, por isso muitos, cada um em sua técnica e ao seu tempo fizeram seus
autorretratos.
Van Gogh - Autorretrato 
Como já vimos na aula anterior, os artistas usam de vários meios para representar um
sentimento, seja através da cor ou das linhas sinuosas, de deformidades e contrastes,
mas é o rosto humanos quem melhor expressa qualquer sentimento, por isso o estudo
das expressões humanas, é tão importante para todos os gêneros de artistas.
Estudo de expressões de um personagem de Historia em quadrinhos, estilo Comics.
Apesar de todas as transformações ocorridas na arte ao longo dos tempos, este gênero
de pintura resistiu e ainda hoje é representado de diversas maneiras por vários artistas.
Hoje na arte contemporânea, artistas se apresentam por meio de vídeos, fotografias,
moldes corporais, enfim uma infinidade de coisas, em busca da representação não só de
seu rosto ou corpo, mas de sua identidade.
Juliana Scorza _ Autor retrato Jorge Amado
Frida Kahlo_ Auto Retrato
Aula 04
Simetria e Assimetria
Os objetos, os animais, os vegetais, os minerais e as pessoas que estão à nossa volta
podem ser classificados quanto à forma em: simétrico e assimétrico.
Segundo alguns pesquisadores, a simetria é considerada um dos fatores que geram
grande beleza, um teste foi feito nos Estados Unidos onde pessoas viam fotos com
rostos simétricos e assimétricos, e diziam qual era o mais bonito, 9 de cada 10 pessoas
consideraram os rostos simétricos mais bonitos.
Com esse resultado, concluíram que a simetria é um dos elementos responsáveis pelo
padrão de beleza.mas ser apenas simétrico não quer dizer ser belo, pois a simetria pode
muitas vezes ser monótona.
Simetria é o arranjo ou a composição de um todo dividido em duas ou mais partes, que
apresentam correspondência na forma e no tamanho, a partir do eixo.
O eixo de simetria é a linha que divide as formas em metades, e por seu eixo pode ser
Radial (ou bilateral), Real ou Assimétrico.
Na simetria real ou bilateral metades são exatamente iguais.
Na simetria radial todas as retas passam por um centro ou se irradiam do cento para for,
por exemplo: as rodas de bicicleta e a estrela-do-mar.
Nos assimétricos os lados não possuem eixo central, portanto um lado não é igual ao
outro. 
Ainda existe a Simetria Axial ou Reflexão, que é um efeito espelhado na imagem, que
não altera as dimensões nem proporções da imagem, um bom exemplo é o mosaico de
ladrilhos, ou o reflexo das águas de um lago. 
Na Historia
Já vimos como é importante a simetria, agora vamos ver como o artista Rubem
Valentim fez uso da simetria em suas obras.
Rubem Valentim é um artista brasileiro, nascido em Salvador e autodidata, ele foi
pintor, esculto, gravador e professor. Começou a pintar na década de 1940 e contribuiu
para o movimento de renovação da cultura baiana. Suas obras concretistas são
estruturadas com rigor mas suavizadas pelo colorido sensual e profundo, e é
considerado um dos grandes pintores Construtivistas brasileiros.
Obra: Emblema com logotipos poéticos
Obra: Objeto emblemático
Aula 05
Kirigami
Kirigami é a arte de cortar papel criando formas, superfícies e desenhos. “Kiri” significa
“corte” e “kami”, “papel”. A arte de recortar papéis, junto com o origami tradicional,
deu origem à arte dos cartões tridimensionais, que tem sido popularmente divulgada
como kirigami. Os cartões são montados a partir de cortes, dobras e encaixesde papel.
A técnica tem sido utilizada por profissionais das mais diferentes áreas, como terapia,
educação, propaganda e marketing etc 
Na sua concepção original foi desenvolvido por Mashiro Chatani, professor de
arquitetura no Instituto de Tecnologia de Tóquio com Keiko Nakazawa, com o objetivo
de revelar modelos de origami arquitetônicos.
A técnica rapidamente se espalhou pelo mundo e ganhou inúmeros adeptos. No japão os
cartões são confeccionados em geral com motivos de monumentos famosos. 
Outros artistas vem se destacando nesta arte entre eles podemos citar Peter Callesen, um
artista dinamarquês cujas obras impressionam pela delicadeza e precisão do corte e
dobradura.
Com papel branco, estilete, dobraduras e um pouco de cola, Callesen usa o bom humor
e a ironia para caminhar entre o sonho e a realidade, transformando o espaço onde o
papel foi cortado em uma sombra da dobradura, mas não uma sombra qualquer, pois nas
obras de Callesen até as sombras contam suas histórias.
Abaixo algumas obras que parecem mágica de Peter Callesen
Para quem se interessou pelas obras de Peter Callesem. Segue o link com mais imagens
das obras desse incrível artistas:
Acesse: www.petercallesen.com, divirta-se com as imagens. 
Aula 07
Azulejaria
Azulejo é uma peça de cerâmica fina, geralmente quadrada, em que de uma dos lados é
vidrada (textura de vidro), impermeável e brilhante, esta textura se consegue em geral
ao se cozer a peça revestida com esmalte.
A face brilhante do azulejo pode ser branca, monocromática, policromática, pode conter
uma imagem, ou ainda ser lisa, ou em alto-relevo.
Os azulejos são geralmente usados como elemento associado a arquitetura, mas também
são usados como elementos decorativos e obras de arte. 
Em Portugal o azulejo se tornou um importante suporte para a expressão artística por
mais de cinco séculos, e hoje é considerado como uma das maiores e mais originais
expressões da cultura portuguesa. Como podemos observar na obre de Jorge Colaço de
1922, chamada Batalha de Aljubarrota.
A maior parte da azulejaria encontrada no Brasil é de origem portuguesa. Os melhores
exemplares podem ser encontrados na Bahia, Pernambuco e Maranhão. Durante os
séculos 17 e 18, os azulejos foram intensamente empregados em sacristias de igrejas e
palácios.
Até o século 19 os azulejos eram usados para revestir e decorar as paredes externas das
casas mais nobres, mas no século XX, o uso de azulejos começou a ser rejeitado pelos
arquitetos, mas na mesma época, os artistas plásticos resgatam os azulejos em obras
como os painéis assinados pelos artistas Cândido Portinari e Paulo Rossi, que ficam nas
paredes do Palácio Gustavo Capanema (prédio do MEC)
Na Historia
Vamos conhecer um artista contemporâneo, que trabalha com azulejaria, seu nome é
Alexandre Manicin.
Mancini, é mineiro de Belo Horizonte e é considerado um dos principais artistas da
azulejaria brasileira contemporânea. Criando obras instigantes e harmônicas.
Suas obras tem uma composição aleatória buscando o ritmo e o movimento das formas
geométricas
Podemos encontrar suas obras em várias cidades pelo Brasil integradas a espaços
públicos ou particulares.
Aula 07
Perspectiva Linear
Nós habitamos um mundo tridimensional. Ou seja, vemos o mundo em três dimensões:
a altura, a largura e a profundidade. 
É por conta da profundidade que dizemos “a árvore está mais perto” ou “a árvore está
mais longe”.
Sem profundidade, todos os objetos iam parecer a mesma distância para nossos olhos. É
exatamente isso que acontece quando desenhamos ou pintamos sem o uso da
perspectiva.
Uma tela ou papel possui apenas duas dimensões, a altura e a largura, mas isso não quer
dizer que não podemos representar a profundidade, para isso nos utilizamos da
perspectiva linear.
Mas afinal o que é Perspectiva linear?
O arquiteto e escultor renascentista Filippo Brunelleschi, redescobriu os princípios da
perspectiva linear, redescobriu, pois, este princípio já era estudado por gregos e
romanos, mas havia sido abandonado e esquecido.
Brunelleschi restabeleceu na prática o conceito de ponto de fuga e a relação entre a
distância e a redução do tamanho dos objetos.
O que é ponto de fuga?
Bem, ponto de fuga é o ponto para onde convergem as “linhas” que formam o objeto
dentro do espaço tridimensional. É como se fosse o alvo para o qual tudo “corre”.
Na imagem acima podemos ver perfeitamente como as linhas em negrito, se dirigem
para o ponto central do desenho, mesmo as janelas voltadas para a rua, seguem em
direção ao ponto de fuga. Reparem como os objetos da cena vão diminuindo a medida
que se aproximam do Ponto de Fuga!
Uma imagem pode ter um ou mais pontos de fuga. Mas não vamos complicar ainda…
E Linha do Horizonte?
Em uma paisagem, a linha do horizonte é o que separa o Céu da Terra, se for em uma
paisagem com montanhas por exemplo, a linha do horizonte fica na base das
montanhas. 
Para o desenho em perspectiva a linha do horizonte representa o nível dos olhos do
observador como podemos notar no desenho abaixo.
Reparem que o que está acima da linha do horizonte é visto de baixo para cima,
enquanto o inverso acontece com o que está abaixo da linha do horizonte como
podemos notar na imagem abaixo;
Então como vimos através do uso da perspectiva linear conseguimos reproduzir em um
suporte Bidimensional uma imagem Tridimensional.
Na Historia
Foi no Renascimento com Brunelleschi que o estudo da perspectiva e seu uso alteraram
de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. Neste período quase toda a pintura
obedecia a esse método de representação. A perspectiva era um expediente que produzia
a ilusão da realidade, mostrando os objetos no espaço em suas posições e tamanhos
corretos. A ilusão de profundidade produzida pela perspetiva foi tão impactante que se
propagou por todo o mundo.
Notem como impressiona a ilusão de profundidade destes quadros Renascentistas!
Obra: Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino (1481/82)
Obra: Escola de Athenas – de Rafael.
A partir do Século XIX, correntes estilísticas como o Impressionismo, o Cubismo, etc,
desestabilizam o conceito e uso da perspectiva.
Hoje a perspectiva é pouco utilizada na arte contemporânea, mas é utilizada
principalmente nas Histórias em Quadrinhos e animações, onde seu uso é de extrema
importância para o realismo e atmosfera das histórias. Confira abaixo como a
perspectiva é utilizada nas HQs e Animações.
Na imagem abaixo do Batman, podemos ver como foi usada à perspectiva para
representar tanto o Batman como a cidade, vistos de baixo para cima.
Nesta imagem da HQ, dos vingadores, podemos ver claramente a linha do horizonte, e
perceber a distância da cidade ao fundo.
Acima um mangá chamado Shingeki, podemos perceber na ista de baixo para cima, a
proporção do gigante em relação as casas e ao personagem principal do desenho.
Nesta cena de Naruto, a linha do horizonte está na base das elevações, a visão também é
de baixo para cima, e temos a noção de profundidade provocada pelas árvores que vão
diminuindo de tamanho.
Já no Superman, a vista é de cima para baixo, temos a sensação da profundidade e altura
em que o homem de aço se encontra pela vista de cima da cidade.
Aula 08
Cubismo
O Cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja, se desliga completamente da
interpretação ou semelhança com a natureza, a obra tem valor em sim mesma, como
maneira de expressão das ideias.
Durante o desenvolvimento do cubismo este se desenvolveu em duas principais etapas,
são elas:
Cubismo Analítico(1910-1913):
Caracterizado pela fragmentação da obra O artista decompõe a obra em partes,
registrando todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a
visão total da figura em todos os ângulos no mesmo instante. A cor se reduz aos tons de
castanho, cinza e bege.
O objetivo do cubismo analítico era produzir uma imagem conceitual de um objeto, em
vez da sua imagem visual.
Um dos grandes artistas do Cubismo Analítico foi Georges Braque.Vejam algumas de
suas obras deste período.
Obra: “Vaso em uma mesa”
Obras: Os barcos de pessoas”
Obra; Natureza morta com harpa e violino
Cubismo Sintético (1913-1914):
Ao contrário do Analítico no cubismo sintético as cores eram mais fortes e as formas em
geral vistas de um ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente reconhecíveis.
As obras eram feitas através de colagens realizadas com letras, palavras, números,
pedaços de madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até mesmo objetos
inteiros.
Para não falar que o cubismo é só feito por Braque e Picasso, um dos grandes
representantes do Cubismo Sintético foi Juan Gris.Vejam alguns trabalhos deste grande
artista
Obra: “A Guitarra” 
Obra: “Guitarra e Jornal”
Obra: “Guitarra diante do Mar”
Aula 09
Surrealismo de Salvador Dali
Imaginem um relógio que derrete, ou um peixe com corpo de mulher... Essas coisas tão
diferentes só podem ser vistas em um sonho, pois estão acima da realidade, é este tipo
de “delírio” que serve de tema ao movimento surrealista.
O movimento artístico e literário surge em Paris na década de 1920, mais ou menos ao
mesmo tempo em que apareciam outros movimentos modernistas como o cubismo.
Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da
lógica e da razão e ir além da consciência do dia a dia, para poder expressar o
inconsciente, a imaginação e os sonhos.
Os artistas Salvador Dali (1904-1989) e René Magritte (1898-1967) são os dois
principais artistas deste movimento sendo Dali o mais festejado entre os dois.
Por trás de obras cheias de sonhos e imagens controversas, os pintores surrealistas
tinham um sério propósito. O movimento surgiu em um período entre guerras, e tinha
como propósito rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam
levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso
desmedido da ciência.
Vamos analisar a obra abaixo chamada “A persistência da Memória”
Relógios que são objetos usados para marcar o tempo aparecem derretendo, se
desmanchando em meio a uma paisagem semiárida. Os relógios são utilizados para
marcar o tempo, e o tempo está ligado a memória, pois tudo que vivemos grava-se em
nossa memória. Ao retratar os relógios se desmanchando é como se o artista estivesse
dizendo que nossa memória vai escorrendo se desmanchando e se apagando assim como
o tempo.
Vejamos o exemplo de outra obra muito conhecida chamada “Invenção Coletiva” de
Magritte.
Quando pensamos em um ser metade mulher metade peixe, com certeza nos lembramos
de uma sereia, mas também com certeza esta imagem em nada se parece com o que
conhecemos sobre uma sereia... O artista Margritte, brinca com o imaginário coletivo,
com os seres estranhos e irreais que povoam a imaginação do povo e que muitas vezes
existem na cultura de varias civilizações, assim ele cria seres ainda mais fantásticos.
Vamos ver outras obras de Salvador Dali
Um dos elementos muito usado por Dali, são os animais fantásticos
Imagens como um planeta Terra em forma de um ovo que se derrete e se rasga para o
nascimento de um Adão, que é esperado por uma estranha Eva e seu filho, em uma cena
que lembra um pesadelo da criação.
Mulheres que se partem em esferas ou se tornam objetos com gavetas em um cenário de
pesadelo também é outra abordagem comum em suas obras.
Aula 10
A História do Teatro
Todo mundo já viu uma peça de teatro, ou pelo menos ouviu falar em teatro, mas de
onde vem a arte do teatro?
O teatro é o contar de uma história, encenar e recriar uma história e esta ideia de contar
a história evoluiu junto com a humanidade. O homem primitivo já ensaiava uma espécie
de teatro. Eram danças dramáticas que abordavam questões do dia a dia. Essas danças
primitivas com o passar do tempo evoluíram e se transformaram em rituais, onde o
homem procura se harmonizar com a natureza e acalmar os seus efeitos. Assim surgem
os primeiros mitos, e primeiros deuses.
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos rituais tornaram-se grandiosos,
ganharem regras de acordo com o que exigia o estado e a religião, os mitos ganhavam
vida e se tornavam reais. Estes rituais serviam para propagar a tradição, difundir a
história e para o divertimento e honra dos nobres.
Na Grécia sim, surge o teatro bem próximo do que conhecemos hoje em dia. Só que no
início era o “ditarambo” uma espécie de procissão que servia para homenagear o Deus
Dionísio (deus do vinho). Mais tarde essa procissão evoluiu e passou a ter um coro
formado por coreuatas (narradores) e corifeu (ator), que cantavam, dançavam e
contavam histórias sobre o deus Dionísio. Mas a grande evolução aconteceu quando se
criou o diálogo entre os coreuatas e o corifeu. Neste momento cria-se uma ação na
história e surgem os primeiro textos teatrais.
Aula 11
A Mímica
Uma das brincadeiras mais tradicionais e eventos lúdicos, tanto para crianças
quanto para adultos é a mímica, brincadeira essa que a maioria das pessoas já brincou ao
menos uma vez na vida.
A mímica pode até parecer uma simples brincadeira, mas não é ela é uma forma
de expressar os sentimentos, pensamentos e transmitir mensagens, tudo isso se
utilizando da expressividade corporal sem o uso da linguagem falada.
O mímico se utiliza da expressão corporal para transmitir sua mensagem. No ato
de representar, o mímico usa gestos, mobilidade e expressão facial para narrar uma
história, relatar um evento ou interpretar um papel.
Na Grécia antiga a mímica era um recurso valioso nos palcos, servia para melhor
comunicação entre os intérpretes (conhecidos como Corifeus) e a plateia. 
Corifeu a direita e Coro a esquerda em interpretação de tragédia grega
No inicio do cinema, quando este ainda era mudo, a mímica era um grande
recurso usado pelos artistas, que precisavam transmitir os sentimentos e pensamentos
dos personagens sem palavras. O inesquecível Charles Chaplin foi um grande mestre
nesta arte. Com a chegada do cinema falado a mímica ficou restrita aos teatros, circos e
performances públicas.
Ainda hoje a mímica é utilizada para o aprimoramento da capacidade de
raciocinar, interpretar e para melhorar a relação social entre os participantes.
Aula 12
A Evolução do Teatro
Bem já vimos como o Teatro começou, agora vamos ver como foi a sua
evolução através dos tempos.
Depois que deixamos a Grécia lá pelos idos séculos V a.c, o teatro finalmente
chega a Roma, mas sem grandes modificações em suas estruturas, porém quando o
Cristianismo dominou Roma e depois toda a Europa, o teatro passou a ser vítima de
preconceito, pois a igreja católica o considerava obsceno e violento e por isso durante
séculos passou a combater e perseguir o teatro. Tudo começa a mudar realmente por
volta do século XII até o século XV, quando se iniciou o período do Teatro Medieval.
O Teatro Medieval tinha como enredo histórias bíblicas, e era em princípio
representado dentro das igrejas, mas tarde passou a ser encenado na porta das igrejas,
para que toda a multidão pudesse assistir. Resquíciosdo Teatro Medieval podem ser
vistos até hoje, um bom exemplo disso é a representação da “Paixão de Cristo” em
Nova Jerusalém.
Em meados do século XV um novo movimento agita a Europa, é um movimento
de renovação intelectual e artística que atinge seu ponto máximo no século XVI, este
movimento ficou conhecido como Renascimento, ou Renascentista. Foi um período
fértil de invenções e descobertas. O ideal renascentista era marcado pela crença em uma
capacidade ilimitada da criação humana.
No teatro surge a Commedia Dell’Arte, uma forma de teatro popular
improvisado, que tem sua origem na Itália mas se desenvolve na França onde se
mantém popular até o século XVII, a Commedia Dell’Arte surge como uma reação ao
teatro literário que não chamava mais a atenção do público, ela retoma a pantomima, o
ridículo e a vulgaridade das comédias primitivas gregas, com a diferença dos trajes
carnavalescos e nos temas abordados com mais alegria e euforia e pode ser considerado
o ponto de partida das diferentes formas de teatro do povo que chegariam no drama
Shakespeariano.
Durante o século XVII a arte Barroca começa a ganhar força e influenciar o
teatro. Na Espanha o dramaturgo e poeta Lope de Veja, publica a obra “Arte Nuevo de
Hacer Comedias” onde aponta os elementos básicos da produção teatral para a época,
tais como: Divisão da obra em três atos; a mistura do trágico com o cômico e a
composição em verso. Alguns desses elementos se mantêm no teatro até hoje.
Enquanto em Londres o teatro se revolucionava, alguns dramaturgos Franceses
do classicismo disparavam críticas a Shakespeare, que segundo eles ignorava a poética
de Aristóteles. Tendo o Rei Sol Luiz XIV como grande incentivador, os pensadores da
Academia Francesa buscaram seguir as concepções do teatro clássico de Aristóteles,
assim o Classicismo Francês se firmou ao ponto de influenciar o Teatro Alemão.
Se opondo as formulas clássicas e rígidas do teatro Frances, surge o
Romantismo, onde os autores cultuavam uma arte subjetiva, que valorizava a emoção
acima da razão. Muitos românticos tiveram suas peças transformadas em óperas, como é
o caso de Richard Wagner o maior dramaturgo romântico da Alemanha.
Na primeira metade do século XIX, se opondo ao Romantismo surge na França o
Realismo, que pregava a fidelidade máxima ao real, trazendo a reflexão sobre temas
sociais. As características mais marcantes do Teatro Realista são: a descrição de
costumes e fatos contemporâneos; o gosto pelo detalhe mínimo; a linguagem coloquial e
a excessiva objetividade na descrição dos personagens.
Assim com o Realismo surge na França é de lá que também vem o movimento
de reação ao Realismo, ou seja, o Teatro Fantástico, que tinha como influência o
movimento Surrealista. As maiores características do Teatro Surrealista ou Fantástico
eram: a eliminação do enredo; deformação fantástica; a procura do “antiteatro” e a falta
de coerência e homogeneidade.
Hoje o teatro contemporâneo é único e uma mistura de tudo que já foi visto.
Assim o teatro segue seu rumo, vai voltando ao passado e visando o futuro.
Aula 13
Identidade Visual
Embora você possa nunca ter ouvido falar em identidade visual, todos nós estamos
sempre sendo bombardeados pelas identidades visuais todos os dias, o dia todo, e já nos
acostumamos com elas. Então o que é a identidade visual?
A definição para Identidade Visual é: conjunto de elementos formais que representa
visualmente, e de forma sistematizada, um nome, uma ideia, um produto, empresa,
instituição ou serviço.
Deu para entender o que é Identidade Visual? Não?
Esse conjunto de elementos é o Logotipo, ou seja, um símbolo visual que pode conter
letras, palavras , imagens e cores que definam a identidade de algo.
Ainda não entendeu? Vamos então entender o que é um Logotipo e você vai notar que já
conhece um monte.
Logotipo é um símbolo visual capaz de representar a assinatura de uma empresa. Por
exemplo....
Se você ver este símbolo vai saber exatamente do que se trata sem precisar nem pensar
não vai?
E que tal este outro símbolo?
Para quem gosta ou conhece um pouco de carros não foi difícil reconhecer este símbolo
isso porque já ficaram gravados em nossa mente como a representação de uma marca.
Isso é a Identidade Visual!
Um Logotipo é usado na empresa exaustivamente para que fique gravado na memória
do consumidor. As empresas usam o Logotipo em Papeis timbrados, envelopes,
etiquetas, adesivos, embalagens, objetos, uniformes, rótulos, e tudo o mais que puderem
por sua marca para que esta se espalhe e vire uma identidade.
Agora você deve estar se perguntando e o que isso tem a ver com a arte? Hoje muito e
pouco, explicando...
Até alguns anos atrás o design e a arte eram uma só coisa, até o modernismo, depois de
algum tempo e também de muita discussão a arte e o designer foram separados. Mas até
hoje muitas empresas usam o trabalho de artistas famosos para “criar” ou modificar seus
Logotipos. Um bom exemplo disso é o logotipo mutante do Google... Ele já foi
reinventado várias vezes para comemorar datas especiais, mas o logotipo original da
Google todos reconhecem por mais que os artistas os alterem...
Entendendo a Arte e o Design
A diferença fundamental entre a Arte e o Design é o objetivo de cada um. Normalmente
o processo de criação de uma obra de arte começa com nada, uma tela em branco ou
uma folha de papel. A obra de Arte é o resultado de uma visão, uma opinião ou
sentimento que o artista em dentro de si.
Os artistas criam a Arte para compartilhar estes sentimentos com os outros e permitir
que as pessoas se relacionem, aprendam e se inspirem pela sua arte.
Já o design parte de um produto ou serviço, a intenção do design é motivar o público a
fazer alguma coisa, seja comprar um produto, usar um serviço, visitar um local ou dar
alguma informação sobre algo. Ou seja, vender uma ideia.
Na História.
A Staatliches-Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de
vanguarda na Alemanha. E foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é
chamado Modernismo no design e arquitetura além de ser a primeira escola de design
do mundo.
Aula 13
Ilustração:
Todo mundo conhece o desenho, a pintura e até as artes plásticas, mas será que todos
sabem o que é uma ilustração?
A Ilustração é uma linguagem visual que agrega informações ao texto. Ficou difícil?
Vamos tentar de novo. Ilustração é uma imagem figurativa utilizada para acompanhar,
explicar e acrescentar informações a um texto ou trabalho.
Embora geralmente as pessoas imaginem a ilustração apenas como um desenho ou
pintura, as colagens e fotografias também podem servir como ilustração.
Vejam um bom exemplo de uma ilustração feito com colagem
Um desenho sozinho pode ser um rabisco, um esboço ou mesmo um desenho finalizado,
será sempre isso... Um desenho. No momento em que esse desenho for usado para
acompanhar um texto, um conceito, ou um produto, por exemplo, ele estará ilustrando
algo, então não será mais um mero desenho e sim uma Ilustração. O mesmo acontece
com a pintura, a gravura, a colagem e a fotografia.
As ilustrações não precisam ser obras de arte, um traço bem feito e expressivo também
pode ser uma boa ilustração.
E por falar em cor, as ilustrações podem ser coloridas, monocromáticas, em preto e
branco e feitas com os mais variados tipos de materiais, incluindo hoje a computação
gráfica.
As Ilustrações são consideradas um dos elementos importantes do design gráfico, sendo
comuns em jornais, na publicidade, revistas e livros (especialmente Ana literatura
infanto-juvenil), comoo livro “Diário de Um Banana”
Na História.
A Ilustração vinculada a textos teve origem na Iluminura, que é um tipo de pintura
decorativa, frequentemente aplicado ás letras capitulares (Primeira letra do início de um
capítulo ou parágrafo) no inicio dos capítulos dos códices (ou codex, vem do latim, que
significa “livro”) de pergaminhos e livros medievais. 
Iluminura também se aplica ao conjunto de elementos decorativos e representações
executadas nos manuscritos, principalmente nos conventos da idade Média. Criar
iluminuras era um trabalho refinado e bastante importante no contexto da arte medieval.
No século XIII, “Iluminura” tinha outro sentido, era principalmente o uso de douração,
portanto, um manuscrito iluminado seria, nesse sentido, um manuscrito decorado com
ouro ou prata.
A produção de manuscritos iluminados entrou em declínio após a invenção da imprensa
lá pelo meio do século XV.
Iluminuras de Letras: A letra J iluminada capitular, na Cronica de El-Rei Dom Afonso
Henriques, de Duarte Galvão, Codice do século XVI.
Iluminura Medieval: Onde podemos ver um médico ou físico da Medicina Medieval,
que observa um paciente com inflamação no olho. Iluminura do livro Canon Medicinae
de Besançon, do século XIII
Iluminura de elementos decorativos: A Inveja – Iluminura do Livro de Horas de Robinet
Testard, o último quartel do século XV, que representa a inveja como um dos sete
pecados mortais.
Ilustração no Brasil...
Existem muitos artistas ilustradores no Brasil, mas entre tantos vamos estudar um pouco
sobre o escritor e ilustrador Roger Mello.
Roger Mello Nasceu em Brasília, em 1965 e se formou em design na Escola Superior de
Desenho Industrial. Ele já fez ilustrações para mais de cem livros, entre os quais, 19
livros têm textos que ele mesmo escreveu.
Roger Mello já ganhou muitos prêmios entre eles o prêmio suíço Espace-enfants em
2002, no mesmo ano foi o vencedor do prêmio Jabuti nas categorias literatura infanto-
juvenil e ilustração com o livro Meninos do mangue, teve vários trabalhos ganhadores
dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e por sua obra como ilustrador
ganhou em 2010 o premio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura
infanto-juvenil.
Entre muitos títulos podemos destacar:
A flor do lado de lá
O Gato Viriato
O Próximo dinossauro

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